SEGUNDA PARTE – “Edilsão 2015”

Nunca as arbitragens “erraram” tanto na história do futebol como no Brasileirão 2015… Mas a imprensinha jura – e vai repetir isso até que vire verdade – que foi na bola…

O modus-operandi mudou, mas o absurdo de se dar um campeonato de presente, tirando dos demais clubes as chances de realmente disputá-lo, foi o mesmo do Brasileiro 2005 e de outros tantos. Ainda faltavam três rodadas, e o título do “Edilsão, versão 2015” já tinha sido entregue, e da maneira mais descarada possível.

Sabe aquela criança, que você pega pela mão para ela aprender a andar, e fica por perto pra ela não cair quando se desequilibrar, até que ela, sabendo que tem alguém para ampará-la, caso necessite, consiga caminhar sozinha? Assim fizeram com o S.C.Itaquera.

Depois que o ajudaram a ganhar confiança,  a “andar” (rapidinho) no campeonato, e o colocaram na primeira colocação, ele foi sozinho, ou quase, quando ia dar uma escorregada, a mão generosa do apito estava lá para ampará-lo. Aí apareceu o trabalho do técnico, o futebol bacana, o time sem pressão… Saber, por antecipação, que vai “dar certo” é uma tranquilidade…

Pra se ter uma ideia, foram 35 rodadas, sem que nenhum, eu disse NENHUM, pênalti fosse marcado contra o S.C.Itaquera, mesmo ele tendo cometido vários (isso é muito revelador), alguns deles, verdadeiras jogadas de vôlei. E nenhum dos árbitros que apitaram seus jogos viu qualquer coisa – fizeram o oposto com o Palmeiras, não marcando nenhum dos muitos pênaltis que ele sofreu em casa, nem muitos dos que ele sofreu fora, mas assinalando outros tantos contra ele, que nem aconteceram de fato…

Edilsão2015-pênaltis-cometidos-e-sofridos

Só na 36ª rodada, quando o título já tinha  sido “conquistado”, marcaram uma penalidade contra o time de Itaquera. E uma penalidade inventada, diga-se de passagem, com cara e pinta de ter sido arranjada para mascarar a vergonha de 35 rodadas sem um mísero pênalti contra e de ter sido beneficiado o campeonato todo.

35 rodadas podendo  cometer pênaltis impunemente…  Como esse de Uendel, por exemplo. Tão “discreto”, tão “difícil” para a arbitragem marcar, não é mesmo?

Edilsão2015-Bambis

Mas essa bola na mão, com  braço junto ao corpo, e que veio de um chute muito próximo, eles marcaram. Ah, mas era contra o Palmeiras…

Edilsão2015-PênaltiMandrake-VictorRamos

Ficou parecendo que a “ajeitada” dada na regra sobre o toque de mão na bola foi feita para facilitar o trabalho das “forças ocultas”. E, levando-se em conta que já tinham determinado antes que as arbitragens tivessem mais rigor com as reclamações dos jogadores, ficou meio estabelecido que, levar porrada e ser garfado podia/pode, mas reclamar disso, não.

A juizada fez a festa com essa nova possibilidade de interpretação… Inventou pênalti onde não tinha, ignorou os que não queria (não podia?) ver… e ai daquele que reclamasse. E a imprensinha, com bem raras exceções, disse amém às apitadas. Tinha sempre um “eu também marcaria”, “eu também não daria”, “os árbitros erram com todos os times”…

E todo mundo se perguntava: quem será que banca a “cegueira” das arbitragens? Por que a regra não legitima essas “apitadas” não. Pela regra, nas imagens postadas acima, aquele toque de mão do Uendel, não assinalado, foi muuuito pênalti; o pênalti de Victor Ramos, o juiz só marcou porque estava com vontade de marcar…

Regras-toque-de-mão-na-bola

Não bastasse isso, ainda teve um extra, o de se fazer todos os times, menos um (a princípio, dois) jogarem às 11h00 da manhã, aos domingos, no “calorzinho básico” que faz aqui e que mina o rendimento da maioria dos jogadores.

Roubo-Brasileiro-20015-jogos às 11a

Segundo as notícias, Corinthians e Flamengo seriam poupados da experiência a pedido da Globo, por causa da audiência. E já estamos carecas de saber que esse papo de audiência é só papo mesmo, não é?
https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2014/12/15/quem-e-que-da-mais-audiencia-mesmo-dona-platinada/

O experimento teve início na primeira rodada do Brasileiro, em 10/05/2015.  E até Setembro, só um time ainda não tinha jogado às 11h00 – o Palmeiras já tinha feito 3 partidas nesse horário, outros clubes tinham feito 5  (Flamengo, FluminenC e SPFW, que sempre recebem agradinhos da CBF, também eram poupados, e tinham feito só 1):

Roubo-Brasileiro-20015-jogos às 11-1

Então, porque estava dando muito na cara, marcaram – às pressas – um jogo do time de Itaquera para uma manhã de domingo, contra o Joinville, último colocado na tabela. Tudo no “disfarcetion”. Fariam depois uma segunda partida de manhã, mas a pedido da diretoria do Santos, o adversário, que pensava apenas na renda.

A imprensinha noticiaria ao final do campeonato: “Números do Timão impressionam”. E ela tinha razão, o número de pênaltis cometidos por seus jogadores e não marcados pelas arbitragens, os dos gols irregulares e validados, os dos gols legítimos dos adversários, que foram anulados… o número de pontos que lhe foram “doados,” os que foram tirados de seus concorrentes diretos (o Galo, por exemplo), eram, e ainda são, impressionantes.

E sem contar aquelas coisas que as arbitragens brasileiras sabem fazer tão bem… amarrar o jogo de um time e liberar o jogo de outro, aplicando cartões amarelos e vermelhos à conveniência de alguns, deixando de marcar algumas faltas, inventando outras… dando licença para alguns times baterem à vontade… mudando resultados de partidas… Tudo muito impressionante mesmo.

E foi assim, com muitas reclamações de torcedores, clubes, jogadores, e até mesmo de alguns (poucos) jornalistas,  que o time que pouco aspirava na competição (perdera jogadores importantes por não ter dinheiro nem para pagar os salários), pulou da 7ª colocação (16 pontos) para a 1ª . Arrancaram do Atlético-MG – prejudicado quando “foi necessário” – a liderança do campeonato. E tudo com o “selo de qualidade” da arbitragem brasileira, e do Chefe de Arbitragem, o Sr. Sérgio Corrêa, aquele mesmo, que o ex-árbitro Gutemberg acusara de fazer pressão nos árbitros que iam apitar jogos do S.C.Itaquera.

Gutemberg

É muito provável que eu tenha me esquecido de algum “erro” de arbitragem dentre os inúmeros erros que fizeram o campeão de 2015, porém, acredito que os mais relevantes estejam aqui.


9ª rodada – Corinthians 2 x 1 Figueirense

Uma penalidade “mandrake” marcada contra o Figueirense, e a expulsão do zagueiro Thiago Heleno, por causa do pênalti, que não existiu.

https://youtu.be/aBpRsgaBl_8


11ª rodada – Goiás 0 x 0 Corinthians

O juiz não viu, porque não quis, nada errado nessa “faltinha” de Gil no atacante do Goiás. Pênalti, e muito pênalti, aliás.

Edilsão2015-Goiás


17ª rodada – São Paulo 1 x 1 Corinthians

Pênalti escandaloso, cometido por Uendel e não marcado pela arbitragem. Muito provavelmente, seria uma derrota na conta do “S.C.Ajudado Paulista”…

Edilsão2015-Bambis1


18ª rodada – Corinthians 4 x 3 Sport

Pênalti inventado por Luís Flávio de Oliveira. Veja só, a Comissão de Arbitragem “sorteia” um árbitro paulista, e corintiano, para apitar uma partida entre Corinthians e Sport. E no finalzinho da partida, o árbitro paulista e corintiano,  faz essa presepada a favor do time paulista, e quando o placar era de 3 x 3. O jogador está caindo – ninguém cai com o braço colado ao corpo – a bola toca em seu braço e ele marca a penalidade máxima.

Edilsão2015-Sport

OK, poderíamos até acreditar que foi apenas uma questão de má interpretação da regra, de critério do tal Luís Flávio, mas, acontece,  que o mesmo Luís Flávio , que assinalou a penalidade contra o Sport, não assinalou essa penalidade aqui contra o Cruzeiro:

Roubo-Brasileiro-20015-Gambá-Oliveira-Cruzeiro-pênalti-cometido

Dois critérios diferentes, “dois pesos e duas medidas” do gambá Oliveira, para “errar” , “coincidentemente”, a favor do seu time de coração – o “liMdo” também operou o Palmeiras, rival figadal do time dele, na primeira final da Copa do Brasil.

A Comissão de Arbitragem não é fraca nos “sorteios” não…

Roubo-Brasileiro-20015-Gambá-Oliveira-dois-pesos-e-duas-medidas

Depois desse jogo, a opinião pública caiu de pau – mais ainda – nos benefícios do apito para o time de Itaquera. O jogador Diego Souza, do Sport, disse publicamente que o Corinthians era beneficiado pelas arbitragens. Em todas as bocas se falava tanto do “Apito Amigo”, que o jogador corintiano, Elias, saiu com essa:

Edilsão2015-DeclaraçãoElias1

Então, né? Parecia até um pedido…  E não demoraria nadinha para que ele fosse atendido e as arbitragens colocassem o time do Elias na liderança.


19ª rodada – Avaí 1 x 2 Corinthians

Um gol do Avaí mal anulado pela arbitragem, e mais uma vitória na conta do apito.

Edilsão2015-Avaí


22ª rodada – Corinthians 2 x 0 FluminenC

Gol legítimo do FluminenC anulado pela arbitragem quando o placar era 1 x 0 para os paulistas e o time carioca estava muito melhor na partida do que o dono da casa, o que poderia desencadear uma reação do visitante. Mas, imagina se a arbitragem ia deixar o time Itaquera correr esse risco… Olha o “impedimento” que foi marcado:

Roubo-Brasileiro-20015-cícero-impedimento-fluminense-x-corinthians-


23ª rodada – Palmeiras 3 x 3 Corinthians

Pênalti de Cássio sobre Gabriel Jesus, que a arbitragem ignorou. A imprensinha tratou logo de dizer que “eles dividiram a bola, que Cássio foi na bola”… A imagem (abaixo) mostra que o goleiro foi pra cima do jogador palmeirense e o derrubou (veja onde Jesus estava no início e onde estava quando foi atingido. Veja que o goleiro é que foi em sua direção, e de pé direito levantado). A bola, inclusive, já tinha passado, como mostra uma das imagens. E tanto houve o contato violento, que o goleiro teve até um corte na perna e precisou ser atendido.

Se o goleiro não foi na bola, se houve o contato violento com o atacante, se ele derrubou o jogador que ia  pro gol… como é que chama isso?

Um pênalti – a possibilidade do Palmeiras fazer um gol -, mais a expulsão do goleiro, que o juiz não deixou acontecer… O Palmeiras deixou de ganhar 2 pontos, e o Corinthians ganhou 1, de presente da arbitragem.

Roubo-no-derby-pênalti-em-Jesus

Roubo-no-derby-pênalti-em-Jesus1

Foi na bola sim… Deus tá vendo.  E Jesus também.

Roubo-no-derby-Cássio-esquece-a-bola

E não foi só isso, teve também a falta não marcada em Arouca na ocasião do terceiro gol “itakera”. Bola em jogo, e o Arouca sendo puxado na área (imagem abaixo)… a arbitragem nada marcou.

Edilsão2015-Palmeiras-Arouca


26ª rodada – Inter 2 x 1 Corinthians

De novo, Uendel, o “goleiro de linha” itakera, meteu a mão na bola e arbitragem nada marcou. O Inter ganhou (no sufoco), é verdade, mas o jogo estava 0 x 0, era praticamente o primeiro lance da partida, quando a arbitragem, beneficiando o time do Apito Amigo, ignorou a penalidade máxima cometida por Uendel (vida mansa a do time cujos jogadores de linha podem meter a mão na bola à vontade).

Edilsão2015-Inter


27ª rodada – Corinthians 2  x 0 Santos

A arbitragem marcou uma penalidade em Vagner Love, quando a partida estava 0 x 0 – ajudinha boa. A penalidade existiu mesmo, mas, antes dela, teve uma solada do atacante corintiano, teve uma mão na bola do mesmo Vagner Love e, só depois, é que ele sofreu a penalidade. O juiz “ficou cego” por uns momentos e “não viu nada” do que aconteceu antes,  assinalando só o que ele quis…

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Uma solada digna de cartão vermelho, que o juiz fez de conta que não  viu, na sequência, V.Love ajeita a bola com a mão, e só depois disso tudo recebe a falta… Mais uma vez, um árbitro “segurava a mão da criança” mais favorecida desse “Edilsão, edição 2015″…

Edilsão2015-Santos


34ª rodada – Corinthians 2 x 1 Coritiba

Pênalti contra o time itakera no primeiro tempo, não marcado pelo juiz.

Edilsão2015-Coritiba

O benefício maior na partida, um absurdo, foi a marcação de impedimento em uma jogada totalmente legal do Coxa (ele lutava contra o rebaixamento, e precisou ser garfado em benefício do time itakera). O bandeira tinha condições totais de observar a legalidade da jogada, e o juiz também. E era jogo em que o Galo poderia encostar… Mais uma vez, “seguraram a criancinha pela mão”

Edilsão2015-Coritiba-impedimento1

Um descaramento marcar impedimento nessa jogada, não é mesmo? Na sequência, Cássio cometeu pênalti (esqueceu a bola e foi no jogador), e poderia/deveria ter sido expulso, mas como juiz e bandeira já tinham dado uma apitada amiga pro “Curintia”, invalidando a jogada legal  do Coxa… ficou por isso mesmo.

Edilsão2015-Coritiba-impedimento

Uma vergonha esse campeonato. Uma vergonha o que as arbitragens fizeram. Uma vergonha a imprensa legitimar tantos “erros”…

Teríamos que ser muito inocentes para imaginarmos que os árbitros todos “resolveram  ajudar um mesmo time  a conquistar o campeonato”, assim, sem mais, nem menos… porque, talvez, “eles sejam todos corintianos e, na dúvida, apitaram em favor do time de coração”… Aham…

Os 7 x 1 na Copa não foram acidente de percurso. Hoje, há um abismo entre o futebol europeu, a sua organização e estrutura, e o que chamamos de futebol aqui.

Não somos mais o País do Futebol…

Mapa-Corrupção-Futebol1

Somos o país da corrupção e maracutaia no futebol – e não só no futebol -, o país dos dirigentes corruptos, dos resultados arranjados, da televisão que manda no esporte, da mutreta no tribunal, da imprensa omissa e covarde.

O esporte mais querido dos brasileiros (será que ainda é?) agoniza… A CBF, mergulhada em corrupção, conseguiu esculhambar e enlamear o futebol brasileiro… Pra se ganhar um título legitimamente hoje em dia, é preciso ganhar das arbitragens também, dos “sorteios” de árbitros, como o Palmeiras precisou fazer na Copa do Brasil…

Passa da hora de acabarem com a CBF. Passa da hora de acabarem com o  tribunal de promotores/torcedores, que julgam de acordo com a “cor das trancinhas”… tá na hora de acabar com essa tentativa canalha de espanholização do futebol brasileiro…

Agora é a hora de virar essa grande lata de lixo de cabeça pra baixo, “queimar todo o lixo” e começar tudo outra vez.