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Muita gente que não acompanha o Palmeiras pela internet, ou que não acompanha tão atentamente as notícias de alguns programas esportivos, talvez não tenha entendido muito bem a cobrada, a “chamada na chincha” que o Moisés deu no repórter da Fox Sports, na entrevista ao final da partida diante do Galo – quando o Palmeiras, pra “variar”, foi muito assaltado pela arbitragem – talvez não tenha entendido a cara sem graça das pessoas no estúdio…

Na publicação anterior, mostrei um pouco do que foi o embarque do Palmeiras para MG, mostrei um pouquinho da festa, maravilhosa, que a Que Canta e Vibra fez para o Verdão.

Foi tudo muito lindo e emocionante… a ponto de deixar os torcedores profissionais de imprensa com uma baita dor de cotovelo, e com amnésia também, afinal, eles até esqueceram que, semanas antes, eles acharam lindo uma torcida tomar as dependências de um aeroporto para apoiar o seu time.

Mas a Nossa Senhora do Print, que tudo vê, não esqueceu o dois pesos e duas medidas da Fox Sports (dos profissionais da Fox Sports), por exemplo…

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Vê como funciona? O modus operandi é esse…

Para o time que querem dar uma força, eles fazem parecer que a ida da torcida ao aeroporto é algo bastante positivo (e é mesmo), que é “o time nos braços da torcida”, “é a invasão histórica”; a ideia a passar é a de força, energia, poder… Já no caso da nossa torcida ir para o aeroporto, ficou parecendo que a intenção de quem escreveu era exatamente a de passar a ideia de algo negativo, algo ilícito (eles estão sempre procurando ilegalidade nas coisas do Palmeiras), “torcida de clube pode fechar aeroportos para fazer festa?”… quem lê, já torce o nariz de cara para a presença dos palmeirenses em Congonhas.  No entanto, ninguém questionou isso – a Fox não questionou isso –  em outras oportunidades, não é mesmo? O que é “lindo” pra um, é “ilícito” para o outro? Ah, tá…

Houve ainda quem ficasse indignado com os sinalizadores. João Canalha, da ESPN (aquele mesmo babaca que chamou o Vitor Hugo de vice-campeão da Copa do Brasil, antes das finais), ficou tendo chiliques por isso,  s sinalizadores “poderiam queimar alguém” . Será que ele acha que só os sinalizadores verdes podem queimar alguém, porque não me lembro de ele, e qualquer outro ‘jornaleiro’, ter reclamado desses sinalizadores aqui:

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Você vê? É errado só para a torcida do Palmeiras… Como podemos confiar nas notícias, opiniões e análises de profissionais desse “quilate”? Como podemos levar a sério o que nos dizem e nos contam sobre o Palmeiras?

Fox, ESPN, SporTV… é tudo a mesma mer… cadoria!!  Estamos de olho, e a Nossa Senhora do Print também! 😉

Parabéns, Moisesão da Massa! A sintonia entre time e torcida está perfeita. Aplausos pra você, seu lindo!

E BOOOOOOORA SER CAMPEÃO!!  #VeeeeeeeeemENEA

Eu não falo pra você que foi pouco o 7 x 1 da Alemanha pra cima desse futebol brasileiro esculhambado, dessa CBF envolvida em corrupção (o FBI já prendeu um dirigente por corrupção, e tem mais gente da CBF na mira), de campeonatos de cartas marcadas, de favorecimentos pra uns e prejuízos e perseguição pra outros?

Não falo pra você que o STJD é um tribunal de ocasião, que, de justiça não tem nada, e usa dois livros de regras, “dois-pesos-e-duas-medidas”, para punir clubes e jogadores de acordo com a “cor das trancinhas” dos envolvidos?

Não falo que, na imprensinha,  está cheio de gente sem um pingo de vergonha na fuça, que não tem o menor pudor de fazer jornalismo (??) como se fosse torcedor numa arquibancada?

Então…

Depois da vitória do Palmeiras em cima do FluminenC (o clube queridinho do João Havelange e dos promotores da Justiça Desportiva), o  STJD (o mesmo tribunal que montou um teatro, em 2013, para rebaixar a Portuguesa, tirar o FluminenC da série B e salvar o Flamengo do descenso, e cuja corregedoria, agora, investiga o seu Procurador-Geral, Paulo Schmitt, por denúncia de armações nos julgamentos, em favor da CBF) denunciou o técnico Cuca e mais três profissionais do Palmeiras pelo uso de ponto eletrônico durante a partida. Detalhe, denunciou por muita insistência de, André Hernan, um repórter do SporTV (leia-se rgt).

“Ah, mas o uso do ponto eletrônico é proibido”, “a comunicação externa é proibida”,  dirão alguns. Sim, isso é proibido, e há muitos anos. No entanto, a comunicação externa continua acontecendo normal e abertamente, com ponto ou com outros artifícios também, principalmente, quando um técnico, por expulsão, está fora de uma partida.

Pois bem… Cuca tinha sido expulso diante da Ponte Preta  (por ter socado o ar em sinal de protesto quando o juiz marcou uma falta do Palmeiras – expulsão mandrake… Cuca nem se dirigiu ao árbitro, e estava certo em se aborrecer, a tal falta não existiu). Assim, ele não pôde comandar o Palmeiras diante do FluminenC e assistiu ao jogo no camarote, mas, segundo a denúncia do repórter do SporTV, ele e seu substituto se comunicaram através de um ponto eletrônico.

Cuca nega ter usado qualquer coisa, e reclama da perseguição que está sofrendo por parte da imprensa (até ele, que acabou de chegar, já sabe como é “que a banda  toca” em relação ao Palmeiras)…

https://www.youtube.com/watch?v=DJ2kneja6GQ&feature=youtu.be

O repórter do SporTV e a emissora “mãe” não sossegaram enquanto não conseguiram que o STJD (serviçal da CBF, que, segundo o ex-jogador Alex, é apenas um escritório da rgt) denunciasse o palmeirense. Mais uma vez, a imprensa esportiva (a rgt) sai da sua esfera de trabalho usual e se empenha na denúncia de um profissional do Palmeiras – se fosse mesmo da sua competência, deveria fazer igual em todas as situações, mas a press não faz o mesmo com os profissionais de outros clubes, não há uma enxurrada de notícias sobre os “delitos” de alguns clubes e jogadores, nem sobre o estádio citado na Lava-jato, o diretor preso por receber propina, o jogador que toma todas, os salários muito atrasados em alguns clubes, as declarações desastrosas de jogadores sobre dirigentes… No Palmeiras, até as vagas no estacionamento, ou a quantidade de atletas que o clube contrata, viram notícias negativas.

Eu sei que a um repórter de campo cabe reportar os fatos de uma partida, no entanto, reportar os fatos de um time e não reportar os de outros, reportar os supostos delitos de uns e fazer de conta que não viu os de outros, exagerar no ato de “reportar”, não é trabalho de repórter – de um bom repórter – nem aqui e nem na China, ou no Chile, que é de onde vem o “meio-quilo” platinado – e há quem o parabenize ainda. Dá a impressão que a intenção é só a de atrapalhar o trabalho de um clube e seus profissionais.

E porque a imprensa tem agido assim, com essa ética e profissionalismo  seletivos , e porque o tribunal julga e denuncia de acordo com a “cor das trancinhas”, é que achamos que imprensa e tribunal perseguem mesmo os profissionais do Palmeiras.

É fácil sabermos se temos razão, caro leitor.

Façamos um teste. Tente encontrar as matérias sobre as denúncias que o STJD fez, e as punições que ele aplicou para esses técnicos das imagens abaixo, que também se utilizaram de recursos eletrônicos proibidos.

Ponto-eletrônico-Tite1Ponto-eletrônico-Dorivalrecurso-eletrônico-Dorivalrecurso-eletrônico-MO1recurso-eletrônico-MO

Encontrou? Não????  O STJD não denunciou nenhum desses técnicos pelo uso do proibido recurso eletrônico? Nenhum deles foi punido? Só tem denúncia para o Cuca? Se o tribunal não denunciou esses, por que então denuncia os profissionais do Palmeiras se a infração é a mesma? Pra que serve uma Justiça Desportiva que não faz justiça?

Continuemos, procure as matérias da rgt dando total enfoque nisso (duas vezes numa mesma página, por exemplo), procura as insistentes denúncias do “profissionalíssimo” “repórti” do SporTV, sobre os recursos ilícitos dos quais fizeram uso o Tite, o Dorival, o Marcelo Oliveira (muito mais gente se utiliza do ponto); procura a edição do rgt Esporte em que essas imagens foram mostradas com muito destaque, como fizeram agora com o Cuca; procura o jornal matinal, da mesma emissora, com notícias sobre o uso do ponto de Tite, Dorival, Marcelo Oliveira…

Achou? Não? A rgt não deu enorme destaque pra isso? Nem o “meio-quilo platinado” se esforçou pra denunciar esses técnicos? Por que com eles a coisa é diferente, se o uso foi ainda mais acintoso?

Bem, já que você está com a mão na massa, leitor, tenta então encontrar a denúncia e a punição recebida pelo preparador de goleiro do Santos, que, na semifinal do Paulistão 2016, entrou em campo com um recurso eletrônico proibido, para ajudar o seu goleiro a saber como defender as cobranças dos jogadores que o Palmeiras indicara para os pênaltis, (o do Santos pôde entrar em campo, e com um recurso ilícito, enquanto que o preparador do Palmeiras FOI PROIBIDO DE ENTRAR EM CAMPO para preparar o Prass).

Procura também notícias que mostrem o quanto a imprensinha se dedicou e se esforçou no afã de denunciar o Tite, no alambrado do Pacaembu, atrás do banco de reservas do seu time,  passando instruções para alguém da comissão técnica, depois de ter sido expulso num jogo diante do Vasco.

Punição-do-Cuca3

Ah, só mais uma coisinha, tente encontrar as denúncias e as punições do STJD para Marcelo Fernandes, técnico do Santos  em 2015,  e para os seus auxiliares, numa ocasião em que ele estava suspenso (Maio/2015) e ficou numa cabine ao lado do banco de reservas, quando abriram até um buraco no acrílico pra ele poder se comunicar com os auxiliares.

Punição-do-Cuca1

Punição-do-Cuca2

E então? Achou alguma coisa? Não? O STJD não puniu o preparador de goleiros do Santos pelo dispositivo eletrônico em campo? Também não puniu o técnico santista e os demais profissionais da comissão técnica do Santos?  E por que será que não o fez, né?  A mesma coisa com a imprensinha e seu “repórti”? Não se empenharam em denunciar esses casos?

É…  eu sabia mesmo que você não ia encontrar nada… e sabe por que eu sabia? Porque não há denúncia, punição e “empenho jornalístico” quando os profissionais são de outros clubes; porque, aqui, no Brasil, é uma mutreta só; aqui, se pune clubes e seus profissionais com dois-pesos-e-duas-medidas. Para alguns pode tudo, para outros (para o Palmeiras) tudo é proibido; para uns (Palmeiras, Verdão, Alviverde…), as regras devem ser cumpridas à risca, enquanto que, para outros, elas podem ser burladas o tempo todo e de todas as maneiras.

Mesmo com as imagens escandalosas, com pontos visíveis e rádio na cintura, o STJD não denunciou o Tite, nem o Dorival, tampouco o fez com Marcelo Oliveira. E sabe por que? Porque esses técnicos não trabalhavam no Palmeiras.

O STJD pune quem ele quer, quando quer, com a cara de pau de inventar até punições exclusivas para alguns (remember o “mas o Valdivia sorriu”, do Schmidt?).

As TVs, por sua vez, colocam holofotes nas infrações de um, e “apagam as luzes” e “desligam microfones” nas infrações de outros.

Já os “geornalistas” e “repórtis” também sabem ser “profissionais” só quando lhes convêm. O Gambazek, que parabeniza agora o repórter pelo empenho em denunciar o Cuca, em outra ocasião, dedurou Valdivia ao STJD, instigou o tribunal contra ele,  por forçar um terceiro cartão, só que esse “jornalista” NUNCA dedurou nenhum outro jogador, dos muitos  que fizeram e continuam fazendo o mesmo, principalmente, os do time para o qual ele torce – algumas semanas antes do cartão forçado pelo Mago, teve um cartão forçado por Paulinho, do COR, e pergunta se o jornalista falou algo contra isso? Quer mais prova de que ele não agiu com profissionalismo com o jogador do Palmeiras e foi apenas um torcedor rival?

A mesma coisa acontece com  o tal “repórti”, que, em suas entrevistas, abusa de provocar e ironizar os jogadores de alguns times (os do Palmeiras principalmente) enquanto banca o camarada com os demais, mesmo que tenha assunto mais polêmico pipocando na ocasião. No caso do ponto usado por Cuca, ele fez questão de dizer, todo orgulhoso,  que “fez uma espécie de força tarefa para denunciar”. Veja bem, ele não se preocupou em apenas reportar os fatos, ele se esforçou, fez uma força-tarefa para denunciar. Mas não fez o mesmo , não fez uma força-tarefa para denunciar o Tite, por exemplo, ou Dorival, Marcelo Oliveira. Que grande “profiçionau” ele é, você não acha?

Não me importo nem um pouco com as punições, desde que elas sejam aplicadas igualmente para todos os clubes e profissionais. Só que não é isso o que acontece aqui. O STJD prejudica quem ele bem entende e alivia pra quem ele bem entende também. Já passou da hora de acabarem com ele.

Espero que o Departamento Jurídico do Palmeiras não aceite essa denúncia e punição seletiva do STJD, esse vergonhoso “minha mãe mandou punir esse daqui” do tribunal, que não se cansa de prejudicar o Palmeiras, enquanto é bonzinho com os demais. Que o Palmeiras acione a Fifa, se preciso for, para provar que o STJD é um atraso. Só serve aos interesses da CBF, e de justiça ele não tem nada.

Ah, e quanto à emissora… ASSINA LOGO COM O ESPORTE INTERATIVO, PALMEIRAS! CORRA O RISCO, E MANDA ESSA RGT E SEUS “PROFIÇIONAIS” PRA PONTE QUE CAIU!!

Nós vamos aplaudir… de pé!

Depois de ter vetado a primeira partida do Palmeiras no Allianz Parque, o que fez com que a estreia da nossa arena fosse adiada para 19 de Novembro, quando o Palmeiras enfrentará o Sport, a nossa “querida” PM – a mesma PM que liberou o Esmolão, ainda EM OBRAS -, tirou 4 mil lugares do Allianz Parque. Lugares dos torcedores palestrinos.

Eu explico… Embora o Allianz Parque tenha conseguido um alvará para 43 mil lugares, depois da última vistoria em nossa arena, ele perdeu quatro mil desses lugares. Sim, 4 mil cadeiras serão inutilizadas, e a  lotação máxima do Allianz passará de 43 mil para 39 mil pessoas, por causa de uma determinação da Polícia Militar (só para o Palmeiras é essa encheção de saco. Cada hora inventam alguma coisa. Faça as contas de 4 mil lugares a menos em cada partida, e calcule o prejuízo e transtorno que isso trará). 

De acordo com a WTorre, construtora do estádio, a decisão tem a ver com a preocupação da PM com a segurança da torcida visitante. Na avaliação feita para liberar a arena para a inauguração, os órgãos de segurança pública chegaram à conclusão de que deveria haver um maior distanciamento entre os assentos e determinaram que fossem colocadas barreiras físicas, além de determinarem a inutilização de quatro mil assentos nas proximidades dessas barreiras.

A WTorre já providenciou grades para o local, o que provavelmente fará com apareçam alguns “pontos cegos” na arena. No entanto, o Allianz Parque foi projetado para não ter separação física, como determina o Caderno de Especificações da Fifa, e também para que a visibilidade seja total de qualquer de um dos seus 43 mil assentos. Portanto, não há pontos cegos em nossa arena, ou melhor, não havia, até a PM interferir e determinar a colocação das barreiras físicas.

Aí, eu fico pensando… de que adianta fazer um estádio padrão Fifa, sem dinheiro público, diga-se de passagem,  se a PM exige que as normas da Fifa não sejam respeitadas, que a arena “padrão Fifa” seja apenas padrão tupiniquim? E porque não temos uma justiça que funcione, de verdade, com os briguentos, com os violentos dos estádios,  que não representam nem 15% da capacidade total de público, todos os outros torcedores acabarão sendo punidos? 

Pega-se uma arena como o Allianz Parque, considerada a mais bonita e moderna do mundo, e faz-se com que ela funcione como se fosse o Brinco de Ouro? Não faz sentido algum, não há bom-senso algum nisso.

Até quando vamos ser tão atrasados no Brasil? Até quando as medidas todas serão tomadas em função desse atraso de mentalidade, desse atraso de educação? Até quando a violência entre torcidas será apenas evitada ao invés de ser efetivamente combatida?

E cá entre nós, quando é que as exigências serão igualmente rigorosas para todos os clubes?

Na semana passada, o Palmeiras não conseguiu permissão para inaugurar o Allianz Parque (lindo o nome dele, né imprensinha? ALLIANZ PARQUE!! Decora aí, para parar de falar “arena do Palmeiras”, tá?), agora, não pode dispor de todos os lugares – quatro mil cadeiras é muita coisa pra se perder, né?

E foram os mesmos órgãos de segurança pública que permitiram que um estádio fosse inaugurado assim, em obras,  sem ter todas as arquibancadas…

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Mas proibiram o Allianz Parque de ser inaugurado assim:

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Vai entender os “critérios” dessa gente, não é mesmo?

E se fosse só isso… Na verdade, uma tonelada de exigências têm sido feitas ao Palmeiras desde que ele apresentou o projeto de reforma do Palestra. Pra se iniciar a construção do Allianz foi um parto, à fórceps, enquanto que o “istádio dos 4 Tobogãs”,  por exemplo, pôde começar a ser construído mesmo sem ter um projeto. E, enquanto os órgãos de segurança pública e as autoridades faziam vistas grossas para um estádio construído em área de dutos da Petrobras, para o Palmeiras,  até um laudo sobre os efeitos das buzinas, na região do entorno da arena, era necessário para que as obras tivessem continuidade.

Não dá para entender essa má vontade/implicância com um e a tão boa vontade com outro…

E aí, fica a pergunta:

A PM, que tirou 4 mil lugares do Allianz Parque, para o “perigosíssimo” jogo de estreia do Palmeiras diante do Sport, é a mesma PM que aceitou essa divisão de torcidas mandrake, feita “nas coxas”, e sem segurança alguma,  para o confronto de maior rivalidade do país, o  primeiro dérbi do Itaquerão?

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Que coisa, não?

O Allianz Parque, a arena mais moderna e bonita do planeta, é padrão Fifa, mas o “dois-pesos-e-duas-medidas” utilizados pela PM é padrão “Desafio ao Galo”, né?

E pensar que, em 2012, houve até um projeto que objetivava fortalecer o futebol nacional e fazer do Brasileirão 2015, o melhor campeonato do mundo…

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2012/05/29/por-um-futebol-melhor-um-projeto-de-responsa/

E pensar que, naquela ocasião, se falava em “um momento importantíssimo na construção de um futuro do nosso futebol”…

Parece que não vai dar, né?

Estamos sempre reclamando da maneira dúbia com que a imprensa esportiva noticia os assuntos dos clubes de futebol. Reclamamos do “dois-pesos-e-duas-medidas” que dimensiona os problemas e fracassos de um, e ameniza os problemas e fracassos de outros; que minimiza os sucessos e as boas notícias de uns e agiganta as de outros.

Isso é comum, principalmente no estado de São Paulo, e pode ser observado diariamente nos portais e nos programinhas de TV. Alguns “profissionais” de imprensa, de profissionais não têm nada, e se revelam apenas torcedores; outros, são apenas vassalos – não se sabe exatamente a quem servem.

Ontem à noite (20/11), São Paulo e Ponte Preta disputaram a primeira partida da semifinal da Copa Sulamericana.  Em pleno Morumbi, diante de milhares de torcedores são-paulinos, diante do goleiro que, segundo a Press, merecia ser homenageado porque ia superar um recorde de Pelé (!), o time de Campinas, que está na zona de rebaixamento do Brasileirão 2013, enfiou 3 x 1 nos donos da casa. Um vexame! Ainda mais depois do time do Jd. Leonor ter usado a sua influência nos bastidores para interditar o estádio da Macaca para a segunda partida, como já fez outras vezes com outros clubes, conseguindo vetar até a moderna Arena do Atlético-PR.

O time do Morumbi se preocupou tanto em sacanear a Ponte Preta na segunda partida, que acabou esquecendo de jogar futebol e foi merecidamente derrotado.

E você imagina como os portais noticiaram o vexame bambi? Assim:

 

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notícia-UOL

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Repare, o nome do São Paulo, tido como ‘bicho-papão’, o time grande do confronto, QUE FOI FACILMENTE DERROTADO, mal aparece nas notícias como perdedor.

Vejam as chamadas da Gazeta Esportiva:

– “Pelé exalta fidelidade e vê recorde quebrado por Ceni como homenagem”
– “Vídeo: Muricy Ramalho pede para São Paulo não jogar a toalha”
– “Mesmo com obrigação de fazer três gols, Muricy não joga toalha” (essa, embora seja sutil, é a única chamada que remete à real situação do time Leonor depois da derrota) 

Essas  são as chamadas do site do Globo Esporte:

– “São Paulo é o terceiro clube mais valioso das Américas”
– “ACREDITA” Reação no Brasileiro faz São Paulo sonhar com vaga na Sul-Americana”
– “Muricy inicia ‘vestibular’ para 2014 e admite atraso na busca por reforços”.

Nem parece que o clube deu um baita vexame na quarta-feira, não é mesmo? Mas deu! A imprensa é que quer plantar outro tipo de raciocínio na cabeça dos seus leitores mais distraídos, que compram como verdade absoluta tudo o que a imprensinha vende; é a imprensa que quer limpar a barra do time do Laudo Natel, que quer desviar o foco de atenção dos seus torcedores.

No máximo, o que conseguimos apreender das entrelinhas dessas notícias é que o culpado talvez seja o Muricy, que, comandando o clube leonor, já sofreu a 6ª queda para brasileiros em competições internacionais (o time do SPFW estava lutando pra não cair antes dele chegar).

Não tem uma chamada na home dos sites falando sobre o vexame. Ninguém diz que ele foi atropelado (esse foi o termo usado para o Palmeiras derrotado pelo Atl-PR – perder do Atlético é ser atropelado, perder da Ponte Preta não?), nem que agora as chances estão muito reduzidas; não tem imagens de torcedores chorando, não tem estatísticas mostrando que a Ponte agora é favorita à vaga; ninguém fala das falhas da zaga bambi, do ataque inoperante, nem das falhas do goleiro de hóquei…

… não há as palavras “vergonha”, “vexame”, “inoperância,” “fracasso”; não tem a imprensa dizendo que um time que é derrotado por um outro, que vai ser rebaixado, não tem condições de jogar a série A do próximo ano;  não tem entrevistas com os “craques” que pipocaram diante do time quase rebaixado no Brasileiro; não se fala em custo x benefício de Luís Fabiano, Ganso…

…como fariam se fosse com o Palmeiras. Né?

Ainda bem que somos lunáticos, com mania de perseguição, e a imprensa esportiva é “profissionalíssima”…

Pois é, amigo leitor, que lambança estamos vendo acontecer no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A cada nova situação, vamos percebendo que não é lenda urbana, paranóia de torcedor e tampouco brincadeira, que os tais promotores andam punindo jogadores e clubes de acordo com a quantidade de simpatia  que têm por eles. A falta de critério nas denúncias ou na falta delas, nos julgamentos e punições nos levam a pensar que estão agindo com clubismo por lá, e cada vez de maneira mais escancarada!

Puniram Valdivia por ter forçado um terceiro cartão amarelo e admitido isso, mas não fizeram o mesmo com o Elias, do Flamengo, que cometeu a mesmíssima infração (infração, nas contas do tribunal, que deu um jeitinho de enquadrar algo corriqueiro no futebol no tal artigo 258, e só porque era com Valdivia, DO PALMEIRAS). Dessa vez, o SporTV não ligou para o tribunal, o jornalista gambá, convenientemente, não viu, não ouviu e não falou nada sobre o cartão forçado do flamenguista; o promotor, já legitimando a punição que não viria para Elias, disse que precisaria analisar a reação do jogador… Uma vergonha! Não há nada na regra sobre conduta anti-desportiva que justifique que um seja punido e outro não, quando os dois agiram da mesma maneira.

A infração, que é o que deve ser motivo de punição, foi a mesma! De diferente só os jogadores, os clubes envolvidos e a raivinha do promotor porque Valdivia sorriu. O que nos leva a pensar que o tribunal pune com mais rigor os jogadores e clubes dos quais os promotores gostam menos. Mas isso não é correto, não é mesmo, Dona Justiça Desportiva? Afinal, eles estão lá para fazer com que o futebol seja conduzido dentro das regras, e só quando se fizer necessária a intervenção do tribunal. Mas não é isso que temos visto acontecer. Os promotores têm atuado e aparecido muito mais do que as arbitragens que já aparecem mais do que os jogadores, verdadeiros donos do espetáculo. E caso fosse mesmo necessário que aparecessem tanto – e não é – isso significaria que, dentro de campo, as arbitragens não estariam fazendo o seu trabalho direito e seriam os árbitros e bandeiras que deveriam ser punidos, não é mesmo?

E assim como Elias foi poupado de punição (detalhe: ele não ia servir seleção alguma. Forçou o cartão para descansar, porque estava meio ‘baleado’. Isso é bem mais anti-desportivo, né “Ximit”?), outros jogadores, de grandes clubes, também serão poupados. A punição mesmo, foi só para o Valdivia, DO PALMEIRAS. Penso que não deram e não darão punições iguais a outros atletas, de grandes clubes, porque não querem (ou será que não podem?) punir determinados jogadores de determinados clubes (pelo menos, essa é a impressão que esse dois-pesos-e-duas-medidas me dá). Assim como não punem também os clubes de determinadas torcidas, façam elas o que fizerem.

E desse jeito, acabam conduzindo campeonatos, quando, através do abuso de poder, através das penas rigorosas para uns e da benevolência e camaradagem pra outros, enfraquecem alguns times, fazendo-os ficar sem alguns de seus jogadores, fazendo-os jogar fora de seus domínios e longe das suas torcidas; enquanto isso, beneficiam outros clubes (são sempre os mesmos os beneficiados) absolvendo seus atletas, até mesmo em caso de agressão ou então, punindo-os, raríssimas vezes, com as penas mais brandas possíveis, e permitindo que suas torcidas aprontem seguidas vezes, sem que o clube pegue nenhum gancho mais pesado – isso, quando ele pega algum gancho.

O Palmeiras perdeu mandos de jogos, de novo, porque duas de suas torcidas organizadas brigaram entre si. As torcidas estão erradas, e sabem muito bem disso. Na verdade, qualquer torcedor que frequenta estádio sabe que a sua má conduta pode motivar uma punição para seu clube. E a torcida do Palmeiras, se pensar mesmo no Palmeiras, sabe que tem que se cuidar ainda mais do que as outras, porque o STJD faz vistas grossas para os delitos de algumas torcidas, enquanto pune com extremo rigor os delitos dos palmeirenses.

Já tínhamos perdido 10 mandos de jogos e, agora, perdemos mais dois. Você já viu algum clube grande perder tantos mandos assim? Mas já viu torcida soltar fogos em cima da torcida rival (flamenguistas, nos torcedores do Atlético-GO, por exemplo), já viu torcedores botarem abaixo a cerca do Pacaembu; invadirem o local destinado a outra torcida e baterem em torcedores e policiais; dispararem sinalizadores na direção do campo; matarem torcedores de emboscada; matarem torcedor dentro do estádio, num outro país;  já viu uma torcida atear fogo em carro alegórico de carnaval, fazer arruaça na Marginal; já viu são-paulinos quase matarem um flamenguista (caso recente e o tribunal nada fez)… os casos são tantos, um pior do que o outro e, alguns, são sucessivos, e de uma mesma torcida. Eu concordo que os atos de vandalismo de torcidas, de qualquer torcida, atos de violência cometidos por elas, resultem em punição. Mas quando só o Palmeiras é punido, a coisa fica com cara de trambique.

Na rodada de ontem, o Corinthians, do estádio com entulho reciclado – com sapo e tudo – do Palestra (pausa para risos… hahahahahaha) foi goleado pela Lusa por 4 x 0 (mais uma pausa… hahahahah). O bandeira, que ficou à frente da torcida alvinegra marcou um impedimento do ataque corintiano (milagre essa marcação), acertadamente, diga-se de passagem (não pagaram o BolsaApito), e levou uma garrafada da contrariada torcida.

Veja as imagens:

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Mais um caso de perda de mandos de jogos, né? Mas o promotor Paulo Schmitt já me saiu com essa:

“Deverá constar na súmula (CUMA?), mas as imagens serão solicitadas, sem dúvida”. Mas se não constar na súmula, o tribunal pega as imagens e pune mesmo assim, né “Ximit”? Como já fez ‘trocentas’ vezes com o Palmeiras. Não me faça pensar que você está preparando o terreno para deixar o clube sem punição. Já tá ficando impossível adjetivar esse ‘modus operandi’ do tribunal. Tratem de usar o mesmo Livro de Regras para todos os clubes.

Mesmo porque, se o árbitro não colocou essa ocorrência na súmula, ele é quem tem que ser punido. Foi avisado pelo bandeira, que lhe entregou a garrafa que havia sido  atirada em sua cabeça. Olha aí a imagem:

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E nada de pensarem em dizer que foi torcedor da Lusa quem atirou a garrafa, como já disse, com a maior desfaçatez, o tal Dr. Osmar. Olha o bandeirinha onde estava e olha qual era a torcida atrás dele. Pra ser torcerdor da Lusa, tinha que ter sido atirado um bumerangue e não uma garrafa.

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A mim, não importa que a torcida infratora seja da Ponte Preta da Capital, da Ponte de Campinas ou qualquer outra, de qualquer outro clube. Importa que esse tal de Tribunal de (IN)Justiça Desportiva, aplique as regras e distribua as punições IGUALMENTE. Como deve ser para um tribunal que se intitule ‘de Justiça’.

Talvez seja gostoso – para alguns torcedores – punir jogadores de clubes rivais; talvez seja divertido punir clubes adversários aos clubes de coração, deixá-los em má situação… mas isso não é correto, e não é divertido para todo mundo também. O Palmeiras e a gente do Palmeiras têm que receber o mesmo tratamento dos demais clubes.

Porque, se não for assim, está na hora de acabarem com esse modelo de tribunal que temos aqui. No resto do mundo tem alguma coisa parecida com essa Capitania Hereditária Brasilis, que passa de pai pra filho? Com a demora para se julgar alguns e uma baita rapidez para se julgar outros? Então…

Vão lá pra arquibancada, senhores. É lá que devem estar os torcedores. Ou então, arrumem uns apitos e umas bandeiras e vão pra dentro do campo apitar os jogos. Só tá faltando isso mesmo.

Segunda parte – E SE FOSSE O CONTRÁRIO, “SEO XIMIT”?

 

Mago-Kardec-agredidos-Blog

Você já imaginou, leitor, um jogador levar duas cotoveladas do Mago numa partida, sair de campo de cara inchada, olho roxo e lábio cortado, e o Mago não ser expulso, não ser dedurado, – by phone -, pelos “jornaleiros” da TV, não ter as imagens mostradas até no Fantástico, não ser denunciado pelo Paulo Schmitt, e nem ser punido pelas imagens depois? Impossível, né? Era capaz de o mandarem para o paredão de fuzilamento, pra guilhotina, cadeira-elétrica, andar na prancha… Não temos nada disso aqui? Mas, se o infrator fosse um jogador do Palmeiras, certamente passaríamos a ter. Em 2007 Valdivia foi expulso e, com a análise das imagens,  pegou 5 jogos depois, por revidar um puxão de cabelos com um empurrão, um quase soco. Mas Valdivia foi agredido trocentas vezes antes e depois disso, e de maneira bem mais desleal – levou um “coice” do William, do Coritiba, na final da Copa do Brasil, lembra? -, sem que seus agressores fossem punidos…

Já tentou imaginar, leitor, um jogador do Palmeiras, seja ele quem for, cuspindo no rosto de um adversário, sem ser expulso, sem a mídia fazendo um escarcéu e mostrando a imagem duzentos milhões de vezes ao dia, sem o STJD dando um gancho pesado pra ele, como aconteceu com  Willians, do América, que cuspiu no rosto de Alan Kardec? Você consegue imaginar um jogador do Palmeiras pisando as mãos de um adversário, de propósito, dentro da área, e o juiz não o expulsar, não marcar o pênalti e o STJD não o denunciar e punir?

Impossível imaginar, né? Para o Palmeiras todos os rigores da lei – e mais um pouco -… e o mais rápido possível. Os promotores, tão logo são questionados, já ressaltam a gravidade da infração, o artigo em que ela se encaixa, e já desfiam a quantidade de jogos máximos que o jogador do Palmeiras pode pegar, mas, para os clubes que têm  “trancinhas nas cores adequadas” – e não são só as rubro-negras as favoritas -, para os jogadores com “trancinhas nas cores mais agradáveis” aos promotores do tribunal, o discurso tem outro tom,  “há que se analisar se o jogador teve mesmo a intenção, há que se confirmar se o ano é bissexto, se o juiz relatou na súmula, se ele escreveu com caneta azul, se o vento mudou a trajetória do cuspe, se não foi o olho que se jogou de encontro ao cotovelo do adversário, se o jogador riu, se piscou, se coçou as bolas…” enrolation, embromation… para fazer o de sempre, não punir quem eles não querem punir.

Quem assistiu à partida do Palmeiras contra o América-MG no último sábado, viu o absurdo que foi aquilo. Uma arbitragem péssima, que foi responsável pelo resultado do jogo,  não assinalando lances capitais para o Palmeiras (três penalidades, só para exemplificar), e violência rolando solta, com a conivência da arbitragem, que permitiu que os atletas palestrinos fossem agredidos, cuspidos, que tomassem botinadas e cotoveladas de todos os jeitos e estilos, sem nem mesmo assinalar as principais e mais graves infrações. Valdivia apanhou mais do que Judas em sábado de Aleluia e sofreu agressão em duas vezes, pelo menos; Kardec foi agredido 3 vezes (foi pisado, cuspido e,  quando pegaram o joelho dele, apenas por maldade, também foi agressão).  Leandro, Wendel e o time todo levaram um monte de sarrafadas desleais. E nenhum jogador do América foi expulso por isso, nenhum foi pego pelo tribunal…

O assalto no apito e a violência em doses cavalares por parte dos mineiros, deveriam ser um prato cheio para a imprensa e para o implacável STJD, né? Que nada… nos vídeos por aí, você mal encontra as imagens dessas agressões e, pelo visto, o STJD não está muito interessado em buscá-las. A Press, por sua vez, só mostrou as imagens dos ferimentos palestrinos porque os próprios jogadores, que saíram de campo como se tivessem participado de uma luta de UFC, as divulgaram. Veja as imagens.  Valdivia, com o rosto inchado, ferido, e Kardec, com as mãos feridas, depois de ter sido pisado pelo goleiro do América, que, segundos antes, tentara quebrar as pernas do atacante.

Kardec-mão-pisada(Imagens Globoesporte.com)

A regra para agressão existe, mas é mais uma coisa que o STJD não tem muito bem resolvida, muito bem compreendida na cabeça dos seus torced…, ooops, promotores. Pra uns, ela é aplicada; pra outros, não… É inadmissível que jogadores saiam de campo assim machucados, sem que seus agressores sejam punidos por isso.

As câmeras de TV são inúmeras no estádios, em em todos os ângulos, sendo assim, podemos pensar que o STJD só não pegaria essas imagens e puniria os agressores de Valdivia e Kardec se não quisesse, não é mesmo?

Mas, para  o STJD, o peso e as medidas podem ser dois, mesmo numa mesma partida e numa mesma confusão em campo…

Lembra do jogo do Palmeiras contra o Paysandu, leitor? Lembra dos jogadores sentando a botina nos palmeirenses, fazendo uma cera absurda, se jogando no chão a todo momento para simular contusão (isso também é atitude antidesportiva, né “seo Ximit”? E o senhor não denunciou nenhum). Lembra de como eles tentaram segurar a reação do Palmeiras, né? Lembra da falta violenta sofrida por Wesley, que gerou revolta dos palmeirenses e fez o time do Paysandu ir pra cima do jogador?

Então… Há duas semanas, a Capitania Hereditária da Justiça Desportiva, se valendo de imagens, resolveu punir os jogadores que brigaram na partida entre Palmeiras e Paysandu. Até aí… tudo bem. Brigas não devem acontecer mesmo. Só que, baseado nas imagens, o tribunal levou a julgamento o jogador Wesley – que já tinha sido punido pelo árbitro – e Mendieta, que não recebeu punição alguma na partida. MAS NÃO LEVOU A JULGAMENTO NENHUM JOGADOR DO PAYSANDU!!  O Palmeiras, segundo o STJD, brigou sozinho! Que coisa, não? Wesley pegou mais um jogo de gancho e Mendieta pegou 4!!??!!O jogo foi no dia 17/08 e, no dia 05/09, Wesley e Mendieta já tinham sido tirados da lista dos relacionados para a próxima partida do Palmeiras, porque seriam julgados pelo STJD. Rapidinho, né? O Palmeiras conseguiu efeito suspensivo para Wesley e a pena de Mendieta foi reduzida para 2 jogos.

O goleiro do Paysandu que foi até o banco do Palmeiras engrossar a confusão, que partiu pra cima do Prass, xingando ele de tudo quanto é nome, na cara da bandeirinha, não foi visto pelo STJD… Nem o Vanderson, que fez a falta violenta em Wesley, e deveria ter sido expulso (aí não teria briga alguma) e que depois foi lá brigar… O STJD só viu o Wesley dar um empurrão nele quando ele chegou querendo briga (mas esse detalhe o tribunal também não viu).  O STJD SÓ VIU PALMEIRENSES BRIGANDO, E SÓ PUNIU PALMEIRENSES! Tá na hora desses promotores vestirem a camisa dos seus clubes e irem pra arquibancada;   lugar de torcedor é lá.

Olha aí o Palmeiras brigando “sozinho” em seu próprio banco:

Briga-Paysandu-Blog

Mas, como somos lunáticos, e o STJD é muito “justo”, podemos esperar  que, além de dar 2 jogos de gancho pro Elias do Flamengo, PELO CARTÃO AMARELO FORÇADO (não esqueci disso), usando a mesma regra que usou para Valdivia,  o tribunal irá usar a regra  que prevê punição para agressão e, assim como já puniu o Mago uma vez, assim como puniu Mendieta agora,  ele vai pegar os agressores de Valdivia (quando o Mago agrediu, pegou 5 jogos de gancho) e Kardec e dar um belo gancho pra eles.

Se o STJD não fizer nada disso, a gente vai poder pensar e também dizer, que os torcedores, ooops, promotores do STJD estão sacaneando o Palmeiras. Porque, para punir palmeirenses, a justiça deles é cega, mas dependendo do clube, a gente fica com a impressão que ela abre bem o olho para enxergar as cores das “trancinhas”…

Os nossos olhos estão bem abertos, viu STJD?? Estamos de olho…

PRIMEIRA PARTE –

Nesses últimos dias/anos, andamos reclamando um bocado do Superior Tribunal de Justiça (?) Desportiva – STJD.

Parece que o tribunal tem problemas com o poder que tem para punir jogadores; jogadores que, muitas vezes, nem foram punidos pelos árbitros, e que são punidos pelas imagens das partidas; jogadores já punidos pelos árbitros, que o STJD acha que deve punir de novo, quando isso nem é necessário; jogadores punidos pelo próprio tribunal, que são levados a julgamento outra vez pela mesma infração… e esse poder, que não anda sendo usado de maneira justa e imparcial, acaba influenciando até no andamento dos campeonatos.

Parece também que o STJD tem algum problema com o Palmeiras… ou então, o problema é que os seus promotores não conseguem julgar e punir outros clubes, jogadores de outros clubes, as torcidas de outros clubes, com o mesmo rigor com que julgam as situações envolvendo o Palmeiras. O tribunal parece implacável para o Palmeiras e para os que vestem as suas cores – se valendo até de denúncia feita por torcedor profissional de imprensa -, enquanto é uma verdadeira “mãe” pra outros… As penas nunca são iguais, mesmo em situações semelhantes. E as desculpas pra justificar essa “bipolaridade” são as mais esfarrapadas possíveis. Fica parecendo que é apenas clubismo o que move os promotores e que, de justiça, mesmo, esse tribunal não tem nada, uma vez que as imagens de um, são minuciosamente revistas e analisadas, enquanto as de outros, parecem que nem existiram, ou então, que foram/são vistas com outros olhos.

E aí a gente lembra do Vagner Love sendo julgado pelo STJD, e um dos seus promotores se lamentando que as trancinhas do jogador – verdes e brancas, na ocasião – não fossem rubro-negras. Essa “cor das trancinhas” tem feito cada coisa…

Na semana retrasada, os promotores do STJD tiveram a cara-de-pau de dar 2 jogos de suspensão para Valdivia, por ele ter forçado um cartão amarelo. Um tipo de suspensão que o mesmo STJD nunca deu para nenhum outro jogador, mesmo tendo sido inúmeros os casos de cartões forçados e publicamente confessados. E se a Justiça Desportiva nunca puniu ninguém por isso (o mesmo STJD absolveu Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, quando eles tinham as “trancinhas” rubro-negras), por que é que puniu um jogador do Palmeiras? E por que não puniu Paulinho e Tite do Corinthians no ano passado? Nem o Riveros do Grêmio? Nem todos os milhares de outros que fazem o mesmo desde que os cartões foram inventados? Punição com exclusividade para um único clube é inaceitável. Cheira a abuso de poder!

Na ocasião do cartão amarelo forçado de Valdivia, o presidente do tribunal, Flávio Zveiter, participou de um programa da Globo (o programa que havia recebido Valdivia antes da rodada, e que depois usou o que foi falado por ele lá, para dedurá-lo ao STJD) e afirmou:

Estou tomando conhecimento da declaração do atleta agora (“agora” significa: depois que o programa do corintiano André Rizek ligou pra ele pra questionar a punição que cabia ao jogador do Palmeiras. O mesmo Rizek, que não ligou para o tribunal quando o Paulinho, do Corinthians, o time para o qual ele torce, fez o mesmo), mas em tese, uma vez que eu ainda não vi o lance, essa atitude pode ser passível de punição porque caracteriza uma infração ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Ou seja, cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código, o que passa a ser passível de punição de uma a seis partidas (Guarde bem essas informações, você vai precisar delas depois).

O promotor Paulo Schmitt, também afirmou que jogador seria denunciado no artigo 258 do CBJD. E Valdivia foi mesmo denunciado (imagina se não seria) e punido com dois jogos. Uma punição exclusiva para Valdivia, nunca antes dada a nenhum outro jogador do país! Mas, antes dessa punição, já havia acontecido um julgamento – o único – de jogadores que forçaram um terceiro cartão amarelo. 

E veja o que o STJD achou da infração ao código naquela ocasião:

STJD-absolve-ronaldinho

Os jogadores das “trancinhas rubro-negras” – o tribunal as adora –  forçaram um terceiro cartão amarelo, admitiram isso e foram absolvidos, e, pelo mesmo motivo, o jogador do Palmeiras foi condenado. O pau que não bateu nos jogadores do Flamengo, bateu no jogador do Palmeiras. MAS QUE REGRA É ESSA, QUE VALE PRA UNS E NÃO VALE PRA OUTROS?  O STJD está se sobrepondo às regras do futebol? Caça as bruxas que ele bem entender, e deixa voando as que bem entender também? Se forçar um cartão é infringir o artigo 258, não pode haver absolvição pra uns e condenação pra outro. Ou pune todos ou não pune ninguém.

E o que diz o famigerado artigo 258?

Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador (o Tite não foi punido, nem julgado e tampouco denunciado), médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. (NR).

§ 1º É facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de advertência se a infração for de pequena gravidade. (AC). (acharam de grande gravidade o Valdivia forçar um cartão, sem ter dado botinada em um adversário!?!?)

§ 2º Constituem exemplos de atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros:

I – desistir de disputar partida, depois de iniciada, por abandono, simulação de contusão, ou tentar impedir, por qualquer meio, o seu prosseguimento; (AC). 

II – desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. (AC). (nessa aqui, o tribunal vê quem ele quer ver. Os casos de punição pra uns e “vistas-grossas” pra outros são inúmeros. Tem jogador que xingou o juiz e recebeu gancho, e tem jogador que xingou o juiz, igualzinho, e recebeu pena comunitária…)

E prestem atenção: O ARTIGO NÃO DIZ ABSOLUTAMENTE NADA SOBRE A PUNIÇÃO SER BASEADA NO TIPO DE REAÇÃO QUE TEVE O JOGADOR AO CONSEGUIR O SEU INTENTO (guarde essa informação também).

E se já tínhamos a impressão de que esse artigo 258 poderia estar sendo usado de maneira seletiva, clubista, uma nova situação veio reforçar a coisa. Nesta semana, o jogador Elias, do Flamengo – olha as “trancinhas” rubro-negras de novo -, forçou um terceiro cartão amarelo, pra descansar, e admitiu isso:

Elias-admite-cartão-forçado1

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/09/elias-recebe-o-terceiro-cartao-amarelo-e-nao-enfrenta-ponte-preta.html#atleta-elias-trindade

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/09/elias-deve-ser-denunciado-pelo-stjd-por-forcar-cartao-e-pode-levar-gancho.html

E aí, todo mundo pensou: “vai pegar dois jogos de gancho, assim como pegou o Valdivia, vai ser pego no tal artigo 258”, não é mesmo? Não há nem o que questionar. O presidente do tribunal disse que cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código. 

Nada disso! Parece que para o promotor Paulo Schmitt (como ele é contraditório) as coisas não são inquestionáveis assim. Pasme com as declarações do promotor à imprensa, sobre Elias ter admitido que forçou o cartão, acrescentando que a ideia foi do seu treinador:

Quem falou foi o Elias, o Mano disse que não pediu ao jogador. Em tese, será só o atleta (que será denunciado) – explicou Paulo Schmitt, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Um dos dois está mentindo, né “seo Ximit”? E o tribunal, ao que parece, premia a mentira, absolvendo de antemão quem dela se utilizou.

E então, o promotor falou sobre denunciar ou não o jogador do Flamengo:

É provável. O tratamento a esse tipo de conduta de manipular o controle de cartões, escolhendo o adversário para o cumprimento do impedimento automático, é reprovável e será avaliado. Dependendo da análise das provas, receberá da procuradoria esse atleta o mesmo tratamento de outros que assim agirem – explicou.

http://extra.globo.com/esporte/flamengo/flamengo-stjd-vai-analisar-se-elias-forcou-terceiro-cartao-amarelo-9946022.html#ixzz2eyQ0A1f5

Análise das provas? É reprovável e será avaliado? O jogador admitiu e o tribunal ainda vai analisar as provas? Como assim, “seo Ximit”? Não tem essa de que vai analisar se o Elias forçou o cartão, ELE ADMITIU PUBLICAMENTE QUE FEZ ISSO! O jogador vai ter que provar que falou o que falou? Depois dessa embrulhada toda só se ele for muito burro, né? O senhor não se pronunciou da mesma forma sobre o cartão do Valdivia.

E o promotor também não quis comparar os dois casos (Valdivia e Elias) ainda alegando que precisaria rever os lances da partida e o pós-jogo.

Cada caso é um caso. O Valdívia riu no lance, debochou após o jogo e entrei com uma ação para a suspensão. Nesse caso tenho que avaliar, ver como tudo aconteceu, como o jogador reagiu. Não posso afirmar nada ainda – disse.

Que história é essa de “Valdivia riu no lance” e ” tenho que ver como o jogador reagiu”, Sr. Paulo Schimitt? A regra diz que a punição é para quem ri ou para quem força o cartão? Os dois casos são idênticos! Os dois forçaram o cartão e admitiram isso. A única diferença que há no caso são as “trancinhas rubro-negras” do Elias. Elas vão pesar, de novo?

Onde há na regra qualquer alusão à reação do atleta que forçar um terceiro cartão? O TRIBUNAL NÃO PODE INVENTAR UM “ADENDO” À REGRA QUE ESTÁ NO LIVRO, CONDENAR VALDIVIA PORQUE ELE RIU E ABSOLVER ELIAS PORQUE ELE NÃO RIU. Já não há nada no artigo sobre forçar um terceiro cartão, o tribunal é que resolveu que um cartão tomado de propósito (só o do Valdivia) é exemplo de atitude contrária à disciplina ou à ética desportiva. NO ARTIGO NÃO HÁ NADA SOBRE A REAÇÃO DO ATLETA. A Justiça Desportiva está querendo que isso seja a brecha para livrar o jogador que tem as trancinhas nas cores que agradam aos homens do tribunal? É isso? Se não é, tá com cara que é!

Tá com cara também, que estão dando a deixa para que os jogadores, daqui por diante, cometam a infração, jurem de pés juntos que não a cometeram e não riam em hipótese alguma. E isso é vergonhoso, uma vez que a infração, SE É QUE ISSO É MESMO UMA INFRAÇÃO, continuará a ser praticada. O tribunal, que puniu a sinceridade de Valdivia,  absolverá a dissimulação de outros?

Não entendo nada de leis, mas imagino – e imaginar eu posso – que os promotores não têm o direito de usar a regra de maneira torta, da maneira que acharem melhor, para punir quem eles querem punir e inocentar quem eles querem inocentar.  Eu quero entender, Sr. Paulo Schmitt. O tribunal não DEVE APENAS FAZER COM QUE AS REGRAS SEJAM CUMPRIDAS, IGUALMENTE, SEM PRIVILÉGIOS? A DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL É CLARA: cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código. 

Vou achar imoral e muito anti-ético se isso for agora distorcido para beneficiar um clube, quando um outro clube já foi prejudicado pelo mesmo motivo (acho imoral que a imprensinha já tenha “esquecido” o cartão forçado do Elias; acho indecente que ela legitime, sempre, o benefício pra alguns em detrimento do prejuízo pra outros). O STJD vai ter que dar dois jogos para o Elias também, como deu para Valdivia (onde está a imprensa para falar sobre isso?). Porque se não der, vou me sentir no direito de pensar que o STJD pune quem quer, quando quer, do jeito que quer, e deixa de punir também quem ele quer, quando ele quer e do jeito que quer.

E aí, vou começar a pensar também que vão ter que criar um outro tribunal, para que ele possa fiscalizar, denunciar, julgar e punir o STJD que não anda fazendo as coisas direito…