6 de Junho…  Que dia maravilhoso…

Aniversário do “Defendeeeeeeeeu Maaaaaaaarcos”…
Palmeiras Campeão Mundial Sub-17…
Palmeiras 2 x 0 Grêmio, lá no Olímpico…
🙏🙏🙏💚💚💚☘️🍀☘️

Que jogo, amigo palestrino… que jogo… foi o melhor do campeonato até agora. Na semana anterior, disseram, foi “Porcus Tristis”… nesta semana, foi PORCO ALEGRE.

Eu achava que seria uma partida difícil… Palmeiras e Grêmio estão entre os candidatos ao título. Além disso, o Grêmio não perdia há 10 jogos, não tomava gols há 5 e, nas últimas 17 partidas, tinha tomado apenas 2 gols… tinha defesa menos vazada do brasileirão… a imprensinha o badala muito e diz que ele é o melhor time do Brasil (é um time muito bom sim, mas, depois dessa quarta, porque foi o Palmeiras a vencê-lo, certamente a press vai mudar o discurso rsrs)… Tinha jogador gremista dizendo que o time que tentasse jogar de igual para igual lá no Olímpico iria tomar de 3 ou 4…

E lá foi o Palmeiras para o sul (foi para o sul, agora foi para o Ceará, e depois receberá o Flamengo, que virá de 3 partidas seguidas no RJ. O Verdão terá feito aproximadamente 8.500 km para depois pegar o time carioca, que viajará apenas 434 km até SP. Tabela bacana a da CBF, né?)…

E foi “barba, cabelo e… Bigode”.

Ao contrário do que muita gente imaginava, o Palmeiras não ficou na retranca, muito pelo contrário, foi pra cima do Grêmio, encarou o dono da casa e jogou um bolão. E com a zaga reserva, sem Borja, que vai jogar a Copa do Mundo pela seleção colombiana, sem Keno… e ainda sem Scarpa – a “Justiça” do Trabalho do RJ continua punindo o atleta, que não recebia salários, e favorecendo o clube que não cumpria com as suas obrigações trabalhistas

E, de cara, o Palmeiras começou o jogo assustando o Grêmio… Antes mesmo de 1 min, Marcos Rocha recebeu na direita e chutou rasteiro pra área, com perigo. No minuto seguinte, ou nem isso,  ataque do Palmeiras, a bola respingou na frente da área do Grêmio e Willian, de esquerda, chutou pro gol com muito perigo. A bola pegou na trave de Grohe. Por pouco o Palmeiras não abriu o placar…

Marcando bem, se garantindo na defesa, o Palmeiras ia pra cima do Grêmio. E o Grêmio, que não está muito acostumado com adversários jogando ofensivamente lá na sua arena, parecia não saber muito bem o que fazer com aquele Palmeiras que o encarava de frente. Mas procurava atacar também. O jogo era aberto… os times defendiam bem, mas tocavam a bola e contra-atacavam com perigo.

Willian me pareceu ter sido derrubado na área, mas imagina se a Globo mostrou o replay para que tirássemos a dúvida? E olha que de outros lances, os replays são mostrados na mesma hora. Mas basta ter uma dúvida qualquer a favor do Palmeiras que ela não mostra mesmo – como fez na primeira final do Paulistão, quando mostrou só 24 horas depois, o “impedimento” de Willian inventado pelo bandeira.

O juiz deu um cartão amarelo para Dudu pra lá de esquisito… ele pulou para não ser derrubado/atrapalhado na jogada e caiu, sem ser tocado pelo adversário que chegava. Mas levantou logo, não pediu falta, nada disso… e o juiz deu amarelo pra ele por… simulação. Um amarelo que o deixa pendurado para o jogo contra o Ceará… e o outro jogo depois desse será com o Flamengo… Hmmmmmmm.

Um jogo muito bom, mas faltou sair um gol do Palmeiras no primeiro tempo… e foi por pouco que ele não saiu. Hyoran dividiu com os zagueiros do Grêmio e a bola sobrou para Willian, ele encheu o pé e acertou o travessão, de novo. O Bigode estava querendo balançar a rede… O Grêmio tentou responder com Luan, mas Jaílson, que não estava dando moleza pras investidas do Luan, mandou pra escanteio…

O primeiro tempo acabou aos 45′, com o placar ainda no 0 x 0.

No segundo tempo, no primeiro minuto, Jaílson teve que espalmar um chute gremista da entrada da área…

E quem achou que o Palmeiras mudaria de postura na segunda etapa se enganou. O Verdão voltou jogando na mesma pegada, do jeito que a gente gosta. Marcos Rocha cobrou um escanteio e quase que o zagueiro do Grêmio fez contra. De cabeça, ele desviou a bola de Marcos Rocha, mas estava de costas,  e por muito pouco a bola não entrou no gol de Grohe.

Uns minutos depois, o Palmeiras cobrou escanteio, os jogadores pediram o toque de mão de André, que aconteceu, mas o árbitro não marcou.

E então… no frio da noite de quarta-feira, o Palmeiras resolveu nos aquecer… Dudu (monstro no jogo) recebeu na esquerda e deu um passe maravilhoso, no meio de dois gremistas, para Willian, que se infiltrava mais à frente. O Bigode mandou de primeira, no canto, pra balançar a rede! Gritei como se estivesse no estádio (ainda bem que meu vizinho é parmera também)…  A cara do Renato, dos jogadores do Grêmio era de: “Como assim”?  Yeaah, o Verdão,  de Bigode, furava a então melhor defesa do brasileiro, e estava na frente… merecidamente.

Ao Grêmio restava tentar buscar o empate. Mas ora esbarra em Jaílson, ora na defesa, e em algumas vezes, errava a finalização mesmo. O jogo era muito bom, e o Palmeiras, que não desperdiçava as oportunidades de ir para o ataque, era melhor em campo.

Felipe Melo saiu para a entrada de Thiago Santos; Moisés deu lugar a Jean, que voltava a jogar depois de tanto tempo; Bruno Henrique  foi descansar e Lucas Lima veio pro jogo… os pendurados do Palmeiras estavam todos amarelados… o relógio já marcava quase 40’… Por mim, o juiz já podia até apitar o final de jogo se quisesse. Meu coração estava ansioso, inquieto… mas ainda bem que o juiz não podia terminar antes da hora… teríamos mais um momento de felicidade explícita…

41’… O Palmeiras desce em contra-ataque… Hyoran faz o lançamento à frente, o jogador do Grêmio tenta interceptar, mas chuta a bola mais pra frente ainda… e adivinha quem aparece com muita velocidade para tocar na saída do Grohe e dar mais um gol ao Palmeiras? Ele mesmo… Bigode! Que coisa linda esse jogador!! Acertou em cheio o Palmeiras ao contratá-lo.

O juiz deu mais 4 minutos… e o jogo acabou com 2 x 0 para o Verdão. E foi merecidíssimo! Diante de um adversário perigoso, aguerrido, que jogava em sua casa,  o Palmeiras foi brilhante, jogou muito (subiu quatro posições na tabela)… fez “barba, cabelo e Bigode”.

 

 

 

 

 

 

…………

…….

Antes do jogo, imaginando que os nossos adversários transformariam a partida em uma guerra campal (que intuição a minha), eu achava que qualquer pontinho que o Palmeiras pudesse trazer lá do Uruguai seria lucro … e ele trouxe TRÊS!!

Que jogo! Com duas etapas totalmente distintas…

Tive que assistir ao jogo no note, e o link travava, tinha delay de quase dois minutos… um sofrimento para um espírito ávido por ver o Palmeiras em mais uma partida importante.

À princípio, achei bom (mais ou menos bom) irmos com três zagueiros,  não sermos tão ofensivos (o Peñarol, em sua casa, teria que ir pra cima), no entanto, mesmo tendo assistido muito mal à partida, não tive como não perceber que a coisa não ia, o Palmeiras não rendia, não atacava, não tinha posse de bola, tinha problemas com a marcação, Borja estava isolado… que aquilo que o Eduardo parecia ter imaginado não dera certo… e que Willian tinha que estar no time.

Pra piorar, logo aos 12′, o Peñarol abriu o placar com um gol irregular. Mina foi muito visivelmente puxado na área, impedido de disputar a bola. Que raiva. Um jogo difícil, na casa do adversário, o Palmeiras, desfalcado de Dudu, defendendo a primeira colocação no grupo, buscando a classificação, e a arbitragem valida um gol irregular ignorando uma falta tão fácil de ser vista.

Mas o Palmeiras não estava nada bem na partida, não dava mostras que ia em busca do empate, não criava nada, não se acertava na marcação, não conseguia trocar três passes direito…

E então,  aos 39′, tomamos o segundo gol, que o link travado nem me deixou ver, e nem queria ver mesmo – um amigo me  enviara uma reclamação no messenger e, então, concluí que eles tinham marcado o segundo, e cadê coragem pra confirmar?  Que desgraça… Sem a visão ‘full time’ do que acontecia em campo, e numa aflição enorme, com o coração acelerado, eu só podia torcer, e conversar com o meu outro Amigo, o lá de cima…

O primeiro tempo terminou 0 x 2… e então, na volta para a segunda etapa, Eduardo Baptista, com duas substituições certeiras, mudou tudo… e consertou o que não estava dando certo antes. Fez surgir o Alviverde Imponente. O sol palestrino, que, daquele momento em diante, passaria a brilhar no Uruguai, iria aquecer nosso sangue, nosso coração e nossa alma…

O Palmeiras voltou com Tche Tche e Willian nos lugares de Egídio e Vítor Hugo. Tirando um zagueiro e colocando um atacante, EB dava mostras que queria o Palmeiras consertando o estrago do primeiro tempo. Michel Bastos acabaria indo, e indo muito bem, para a lateral esquerda, Tche Tche iria jogar ao lado de Felipe Mello (como joga bem nosso Pitbull) e Willian, certamente  – e era o que eu esperava – ia ser Willian, o bom e iluminado jogador de sempre. Vaaaamos, Palmeiras!

Meu link ainda estava mostrando uma falta para o Peñarol quando fui avisada do gol do Palmeiras… de Willian! Quando vi o lance quase caí dura… que golaço, que categoria do Bigode! Depois do cruzamento de Jean, da tentativa de Borja pelo alto, Willian pegou a bola que sobrava pra ele, dominou, DEU UM CHAPÉU NO ZAGUEIRO e, de voleio, mandou pro fundo das redes. É muita “ousadura”! 1 x 2, e tínhamos só 3 minutos de jogo no segundo tempo… Pra cima deles, Palmeiras, vamos buscar !

Eduardo Baptista reposicionara o time e o futebol começara a fluir… o Alviverde Imponente, que não tinha aparecido no primeiro tempo, chegou para a segunda etapa com tudo. O Peñarol não conseguia acompanhar a subida de produção do Verdão, não tinha como segurar os toques mais rápidos, as chegadas na área, os belos passes trocados entre nossos velozes jogadores… a marcação do Palmeiras voltava a ser eficiente. A intensidade do Verdão determinava o ritmo da segunda metade de jogo. Meu coração já estava de sobreaviso esperando o segundo gol, e quase que o gol saiu pelos pés de Guedes, que perdeu uma chance incrível aos 12′, depois de um cruzamento de Jean.

Mas não demoraria nada… O Palmeiras tinha voltado com tudo mesmo…

Cinco minutinhos depois do gol de Willian, aos 17′, Jean cruzou de longe… a bola, perfeita de Jean, encontrou Mina lá na área, entre dois zagueiros… nosso zagueiro artilheiro, esperto, subiu mais e mandou pro fundo da rede. O Palmeiras empatava a partida! E Mina certamente estaria dançando pra comemorar. Graças a Deus! Eu chorava de alegria e emoção… e tinha que esperar quase dois minutos para ver nosso gol, para ver a dança do Mina… Não tinha importância. Nada tinha mais importância agora… o Palmeiras estava jogando do jeito que a gente gosta, do jeito que ele sabe e pode jogar.

E eu, que antes do jogo me contentava com um empate, agora queria a virada… E acreditava muito nela… o amigo que me mantinha informada também acreditava. Meu coração estava totalmente descontrolado… Eu assistia ao jogo sabendo que aquilo que eu via em campo já tinha acontecido quase dois minutos antes, e sabendo também que, se ninguém me avisara de nada, é porque nada relevante acontecera… mas eu torcia mesmo assim.

Tínhamos tempo de sobra para virar… “Deus, por favor”…

O jogo chegara aos 27’… o celular me avisou que tinha uma mensagem no whatsapp… meu coração deu um salto… será que era gol do Palmeiras? Uma outra mensagem chegava no messenger… era, sim, gol do Palmeiras! Willian!! Meu Deus! Como assim? Já viramos? Fizemos 3 gols em 24 minutos? Sim… Saímos do inferno e entramos no paraíso! Tche Tchezinho tocou para Guerra e ele chutou forte, de fora da área; o goleiro espalmou para o lado, Jean estava lá (que partidaça do Jean!), pegou o rebote, viu Willian LIVRE DE MARCAÇÃO NA ÁREA, e cruzou nos pés do Bigode mais iluminado de todos… ele só teve o trabalho e a competência de mandar pro fundo da rede…  O sol verde brilhava em nosso mundo… os parmeras no estádio, aquecidos pelos gols de Willian e Mina, nem sentiam mais o frio… e faziam a festa…

Calma agora Verdão, paciência, e força… os uruguaios vão até morder, se for preciso, pra tentar empatar… Eu nem conseguia respirar direito esperando o tempo correr, o Palmeiras, quem sabe, marcar outro gol, e o juiz acabar logo o jogo…

O Palmeiras continuou jogando bem e se impondo diante do Peñarol… o jogo se aproximava do final… Fui avisada de que Keno tinha entrado no lugar do Guedes e que Guerra quase tinha feito o quarto gol, mas eu ainda estava vendo o desarme perfeito do Pitbull, que acontecera um pouco antes disso… Guenta aí, Parmera, falta pouco…

Eu já não assistia mais, aflita, esperava só o aviso de que o jogo tinha acabado…

– Falta quanto?

– Um minuto.

Parecia que meu coração estava batendo em vários lugares do corpo…

– Pqp! Fim!

#Amor #Orgulho desse meu Palmeiras, meu Alviverde Imponente, valente, raçudo, talentoso, que venceu o Peñarol, no Uruguai, de maneira espetacular, histórica – o Peñarol, em seus domínios, e ganhando por 2 x 0, nunca tomara uma virada antes…

Queria poder morar na alegria desses gols…

https://www.youtube.com/watch?v=6qS1AO2bZWM

Mas, tão logo o jogo acabou, os jogadores uruguaios, de maneira covarde, muito provavelmente querendo tirar o foco de terem sido derrotados em casa, de virada, e também, muito provavelmente, porque é de praxe arrumarem encrencas com seus adversários, é de praxe a pancadaria… fizeram uma emboscada, deixaram trancados os portões de acesso aos vestiários e partiram pra cima dos jogadores palmeirenses.

Willian foi agredido, Prass foi cercado por vários jogadores uruguaios e também foi agredido, Felipe Melo, de braços levantados, comemorando o resultado da partida, foi puxado pelo pescoço, cercado por vários jogadores e deu um murro, com ousadura (bem dura mesmo) e muita responsabilidade, na cara de um dos jogadores que queriam agredi-lo, a torcida uruguaia jogou bombas em nossa torcida, tentou invadir o seu espaço… não fosse a nossa torcida organizada segurando a bronca na bancada, não fossem os vinte seguranças que o Palmeiras sabiamente tinha levado para o Uruguai, certamente teria acontecido uma tragédia… Eduardo Baptista, na coletiva, de maneira sensacional, espinafrou a imprensa, especialmente Juca Kfouri, pelas inverdades que ele, escondido atrás de uma fonte qualquer, publicara em seu blog… mas isso é coisa para a próxima postagem…

Hoje, só quero lembrar que o Alviverde Imponente, do time “rachado”, “brigado”, “em crise”, se matou em campo, jogou muito, fez jogadas lindas, fez três gols, virou o jogo, enfrentou os covardes uruguaios, ganhou no campo e fora dele… #RachaMaisQueTáPouco

 

Cá estamos nós, na final da Copa do Brasil!!!

Copa que, coincidentemente, já conquistamos uma vez, sob o comando do Bigode! Copa, que nos matou de emoção e alegria, no jogo diante do Grêmio, com um gol de um outro bigode… o bigode mágico e cheio de garra de Valdivia!

Nossa história já foi escrita por muitos outros “bigodes”…

POIS ENTÃO, VAMOS ESCREVER MAIS UM CAPÍTULO NO LIVRO MARAVILHOSO DAS GLÓRIAS PALESTRINAS, A CARÁTER!!

Torcedor palestrino, leve o seu bigode hoje à Arena Barueri! Bigode de verdade, ou de fantasia, pintado no rosto, não importa… A MODA NO VERDÃO AGORA É BIGODE! O meu já está preparado, e o seu?

Forza, palestra!! #forzabigode!!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YOK4YdUwRyo&feature[/youtube]

“Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar” – Chico Science

Três dias depois da desclassificação no Paulistão, íamos jogar contra o Paraná, na casa dele, com um fardo imenso de problemas. Com boa parte da torcida perdendo de vez a confiança no time, alguns torcedores fazendo protestos no desembarque da delegação, o goleiro sendo crucificado porque, a despeito dos erros do time, da comissão técnica e da diretoria, ao longo do campeonato todo, as suas três desastrosas falhas, diante do Guarani, acabaram sendo o motivo da nossa desclassificação! Só nos sobrou a Copa do Brasil e a desconfiança de que o semestre já está quase perdido…

Eu nunca deixo de acreditar no Palmeiras a cada nova partida, a cada novo campeonato. E isso é tão certo quanto o dia que nasce depois de uma noite. Mas tem hora em que o coração, cansado de sofrer, cansado de ser maltratado, reclama, se encolhe no peito, bate mais devagar, mais sem graça… Ontem, antes da partida, eu vivia um misto de sensações. Fé, medo, confiança, desconfiança… precisávamos reverter aquele astral tão pesado… E, tinha que ser nesse jogo, não dava para aguentarmos mais um insucesso. Por isso, na noite de ontem, pra mim, o resultado seria muito mais importante que o futebol que o Palmeiras apresentaria na partida.

E eis que o Palmeiras entrou em campo com surpresas! Bruno no gol, o atacante Mazinho fazendo a sua estreia e Valdivia… de bigode! Um baita bigodão latino, que talvez fosse uma maneira de mostrar que, com erros, ou sem eles, o grupo está, sim, fechado com Felipão! E, em minutos não se falava em outra coisa entre os torcedores. O assunto era o bigode do Valdivia! E o melhor de tudo, é que a torcida, que anda tão casmurra, começou a se divertir com aquilo. E vieram os apelidos, as comparações; Bandido mexicano, Fred Mercury, Dick Vigarista, Chris Cornell, Zorro, Amigo da Onça, Zé Bonitinho, cantor de bolero… Em minutos, sem que a gente mesmo se desse conta, estávamos todos mais leves; em minutos, sem que nem mesmo a imprensa se desse conta, ninguém mais falava dos problemas passados. Valdivia, brilhante, mais uma vez nos mostrando que é f*%#@! Tirou o foco da crise, fez todo mundo dar risada, trouxe um pouco de alegria ao elenco, à torcida e deixou o ambiente melhor.

Eu recebia tweets, e-mails, perguntas no Facebook, todos muito divertidos, sobre o que eu achava daquele bigode. Claro que eu achei lindo! E não tinha como não rir… não tinha como não brincar, ainda que, dentro de campo estivéssemos tendo problemas, ainda que não concordássemos com toda a escalação do técnico, ainda que soubéssemos que não íamos jogar melhor do que contra o Guarani. O astral tinha mudado, era outro…

O estádio estava lotado, os torcedores locais faziam dele um caldeirão infernal e, por conta disso, o Paraná começou o jogo com velocidade, com uma baita disposição e com a caixa de ferramentas aberta. Bateram um bocado! O Palmeiras, no estilão de sempre, procurava cadenciar o jogo, conter o ímpeto do Paraná; mas não jogava bem.  Eu me aborrecia um bocado com Felipão; ainda que ele tenha colocado dois atacantes em campo, tinha que ter escalado Daniel Carvalho com Valdivia (Mazinho estava em campo, mas para que a gente não perca o costume, ele não jogaria em sua verdadeira posição). Os adversários sabem que é só marcar muito bem o nosso homem de criação para dificultar que a bola chegue redondinha ao atacante. E, embora muito marcado, o Bigode, ooops, o Mago, fazia uma bela partida. Mazinho também, seguro, nos dava a impressão que já tinha jogado outras vezes com a nossa camisa. Gostei dele.

Chovia uma barbaridade e tava uma dureza de a gente fazer gol. Nossos jogadores, parecem meio “amestrados” pelo esquema de uma única jogada”, mas, mesmo assim, levaram perigo de outras maneiras. Mazinho fez uma jogada linda,  driblou o zagueiro, entrou na área e chutou, o goleiro fez uma bela defesa; Valdivia, pela direita, já na pequena área, achou Barcos na cara do gol, mas nosso Pirata não conseguiu marcar… E dá-lhe chuveirinho! Oxalá apareça uma falta! E ela apareceu, aos 21′. Assunção cobrou com perfeição e guardou o seu 23º gol de falta, nesses dois anos de clube. Uffa!!

Minutos depois, Assunção chutou de longe, por pouco o goleiro não foi parar dentro do gol com bola e tudo. Mas Assunção, com dores na costela, teve que sair e foi substituído por… Patrik! Poderia ter entrado Daniel Carvalho ou mais um atacante. Ah, Felipão… Dois minutinhos depois, o Paraná empatou. Não foi bola aérea, acredite! O atacante recebeu um cruzamento rasteiro e chutou pro gol, Bruno fez grande defesa mas, Luisinho, aproveitou o rebote e guardou. Na cabeça da gente aquele pensamento nebuloso, negro e cheio de apreensão… será que… de novo?

Levamos bola na trave, tivemos dificuldades para chegar na área no segundo tempo, sentimos uma boa dose de aflição, nos aborrecemos com as substituições do Felipão, que tirou Barcos para colocar Fernandão, ficamos irados porque Patrik não fazia nada em campo, nos decepcionamos porque o Palmeiras fazia de tudo para garantir esse resultado magrinho, ao invés de ir pra cima e matar o jogo lá mesmo…

Mas, por mais que algumas coisas nos irritassem, não podíamos deixar de ver que Mazinho fazia sua estreia que nem gente grande, e jogava muito bem; que o nosso Zorro/bandido mexicano/cantor de boleros, Valdivia (de quem precisamos tanto para conquistar o que queremos), voltando de contusão, ainda sem ritmo, naquele gramado encharcado, pesado, buscou jogo, se movimentou, correu, deu carrinho, foi muito importante em campo; não podíamos deixar de ver que Bruno, seguro, também fazia uma boa partida, fazia defesas importantes; que Henrique, o nosso xerife, joga muito, e que nem tudo era motivo de reclamações.

E não era mesmo! Aos 33′, o botinudo do Henrique Alemão, cometeu pênalti em Patrik (!?!). Na ausência de Assunção, Henrique é o cobrador oficial. E cheio de moral, o xerife cobrou, muito bem por sinal, e colocou o Palmeiras em vantagem. Que alegria eu senti! Andamos levando tantas cacetadas nos últimos jogos, que temos que comemorar as coisas boas, por menor que elas sejam, quando elas nos acontecem. Felipão ainda colocou Román em lugar de Cicinho (imagina se ele não ia colocar mais um zagueiro?) e o jogo terminou (o bigode do Mago deu sorte) com a vitória do verde mais lindo do mundo!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=xS26GzbmpP4&feature=endscreen&NR=1[/youtube]

Deu um alívio imenso quando o juiz apitou o final; dá um alívio imenso quando o Palmeiras ganha. Mesmo que seja de um jogo feio, mesmo que tenhamos nos aborrecido com algumas coisas… Basta ele ganhar e a gente fica leve, ri mais fácil, se sente de bem com a vida, acha tudo mais bonito… E foi assim que fomos dormir, embalados pelos muitos risos que um ‘bigode latino’ nos trouxe; aliviados pela vitória que nos dá duas semanas de tranquilidade; um tanto esperançosos de que Felipão consiga enxergar um outro caminho; livres da aflição e do temor de mais um insucesso; um pouco mais relaxados para o jogo da volta … e com os nossos corações menos tristes, cantarolando um ritmo latino…

“…Solamente una vez, amé en la vida. Solamente una vez, y nada más…”