O Palmeiras jogou na segunda-feira contra o Bragantino, pelo Paulistão – o campeonato mequetrefe da Federação Paulista de Futebol.

Jogou um bolão, colocou a bola no chão, e venceu bem. Dudu, Moisés e Scarpa arrasaram em campo. Prass esteve muito bem também. Aos 8′, Dudu fez 1 x 0. Jogada linda com Felipe Pires, Scarpa e ele, o baixola, mandando pra rede. Aos 29′, Borja invadiu a área, sofreu pênalti, Scarpa cobrou e  fez 2 x 0, resultado final.

Teria sido tudo tranquilo se não fosse a licença/alvará/permissão que o árbitro Vinícius Furlan  deu para a violência do Bragantino. Já tinha acontecido na partida diante do Oeste (contra o Botafogo também). Um chute no estômago de Dracena, uma cotovelada em Deyverson, na área, e uma outra cotovelada em Victor Luís (não tenho essa imagem) ficaram escandalosamente impunes… Lembra?

E como as botinadas nos parmeras parecem estar liberadas, aconteceu de novo, claro. O Bragantino, na última rodada, não se fez de rogado e desceu a botina sem dó nos palmeirenses. Com o consentimento da arbitragem. Um absurdo. O árbitro, fez vistas grossas para um monte de coisas, até mesmo para uma entrada criminosa de Júnior Goiano em Scarpa. Uma tesoura, por trás, digna de um cartão vermelho (e de uma punição do tribunal), que vai deixar o atleta palmeirense sem jogar por 3 semanas, e que o árbitro Vinícius Furlan nem sequer achou que merecia amarelo (o tribunal também fez de conta que nem ficou sabendo). Cego, sabemos que o árbitro não é (aliás, nenhum árbitro é cego)… também não desconhece as regras, senão, não estaria ali (os árbitros não chegam à primeira divisão sem serem preparados pra isso) … e, se não são cegos, se conhecem bem as regras, por qual motivo um árbitro deixaria de assinalar uma entrada criminosa dessa? Por qual motivo não puniria o agressor? Me engana que eu gosto, viu Federação Paulista?

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Não tem desculpa para deixar uma falta dessa impune, não é mesmo? Ainda mais porque sabemos – temos certeza – que se fosse um jogador do Palmeiras a cometê-la – Felipe Melo, por exemplo -,  teria sido expulso na mesma hora, saído de camburão do estádio e, no dia seguinte, sendo detonadíssimo pela imprensa esportiva, e em todos os programas de TV,  seria denunciado pelo tribunal, o julgamento já seria marcado, a provável pena pra ele já seria noticiada na TV… e o Delegado Olim apareceria dizendo que lá ninguém ganha no grito, aquelas coisas todas que conhecemos tão bem (a mesma “dinâmica” do que aconteceu –  merecidamente – com Deyverson, que cuspiu em um adversário, mas que não aconteceu com Henrique e com Clayson, que cuspiram em Borja e Felipe Melo)…

E agora, a coisa se repete… agressão em atletas do Palmeiras continua sendo coisa permitida pelas arbitragens nesse campeonato paulista… e a imprensa esportiva, dependendo da cor da camisa (de quem agride e de quem é agredido), atua como aliada. Uma agressão de um Felipe Melo é um escândalo, mas a de um Everton, de um Fagner, de um Júnior Goiano, ainda que violentas, desleais, não têm o mesmo peso, não ganham o mesmo destaque, os seus autores não são execrados, as suas reputações, como profissionais, não são destruídas… Fosse a imprensa realmente imparcial, isenta, ética, e desse o mesmo relevo para agressões, quaisquer que fossem elas, sem levar em conta a cor das camisas dos envolvidos, certamente as arbitragens não se sentiriam tão à vontade para brincar de “Bird Box” e fazer de conta que não enxergam o que acontece na  cara de árbitros e auxiliares, porque as notícias todas apontariam seus ‘erros’ e favorecimentos depois.

Dudu também apanhou na partida. Aliás,  uns segundinhos antes da tesoura em Scarpa, Dudu levou um tranco.  Ele avançava nas proximidades da área, foi parado na falta (o árbitro, muito perto do lance, acaba escondendo o tranco que Dudu levou), a bola sobrou para Scarpa e o Júnior Goiano entrou meteu uma tesoura desleal e criminosa nele… por trás.  Duas faltas seguidas, uma delas, escabrosa… e o árbitro ali pertinho… de enfeite.

Eu sei que num jogo entre um time mais técnico, talentoso, com jogadores mais habilidosos, dribladores, leves, e um time com jogadores com menos recursos técnicos, o que tem menos recursos vai querer parar o mais habilidoso na falta (às vezes, jogadores dos elencos melhores, mais categorizados, tecnicamente falando, também pegam duro os jogadores dos elencos tecnicamente inferiores, mas não com a mesma frequência). Isso é do futebol. No entanto, a regra não permite que seja assim. Por isso é que temos árbitros e auxiliares atuando nas partidas, para coibir a violência, para que sejam assinaladas as infrações e para que sejam punidos os infratores, como manda a regra.  Pra não virar um salve-se quem puder em campo. Mas não é isso o que temos visto acontecer…

Nenhum time, seja ele grande ou pequeno, pode ter aval da arbitragem para quebrar jogadores adversários; da mesma forma que que nenhum time pode estar fadado a apanhar com o consentimento do juiz.  Nenhum jogador, seja ele mais, ou menos valioso – em relação ao valor do seu passe e ao seu talento -, pode receber entradas passíveis de lhe quebrar uma perna, arrebentar ligamentos do joelho, do tornozelo, pode ser impedido de exercer a sua profissão por alguma lesão ocasionada por um adversário, sem que o agressor seja punido. Não punir coisas assim é o mesmo que dizer: “Pode bater à vontade, que tá liberado”. E é o que está acontecendo no campeonato mequetrefe da Federação Paulista. É por isso que o Botafogo bate, aí vem o Oeste dá chute, cotovelada, depois vem o Bragantino e arrebenta o Scarpa, dá uma entrada feia em Borja… Já que não acontece nada mesmo, a impunidade, para alguns, vai “fazendo escola” (e quem  será que dá a “licença” para que os árbitros possam agir assim?).

E enquanto a imprensa esportiva discute a camisa falseta do Bolsonaro, quem, além dos palmeirenses,  está discutindo a punição cabível para o jogador do Bragantino, que deu uma tesoura criminosa no Scarpa e o tirou dos próximos jogos do Palmeiras? Quem está pedindo que as arbitragens coíbam essa violência gratuita de que o Palmeiras tem sido vítima em alguns jogos?

Ninguém! Nem o tribunal… nem a FPF… e muito menos a imprensa esportiva (e todos fariam exatamente o contrário se o agressor fosse palmeirense) . E é exatamente isso que faz com que a gente pense que há algo de podre no reino do futebol paulista (e brasileiro), né?

Depois daquela mutreta orquestrada, filmada, fotografada, telefonada e escancarada – com a participação até da Federação Paulista – que ocorreu no derby da final do Paulistão 2018, não imaginei que o Palmeiras viesse a ser operado escandalosamente outra vez, e sem anestesia,  em um outro derby,  poucos meses depois daquele…

Palmeiras, a três pontos do líder no Brasileirão, somando bons resultados e pontos desde a chegada de Felipão; Lava Jato, mal posicionado na tabela, se distanciando até mesmo da briga pela vaga na Libertadores… Que tolinha eu fui por imaginar que  o Palmeiras não seria assaltado de novo, né?

Foi uma arbitragem nociva. Os quase 40 mil palmeirenses que estavam no Allianz – os que estavam vendo o jogo na TV também – quase morreram de tanta raiva do árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Ele abusou de ‘errar’ na partida – com uma desfaçatez tamanha -, e sempre em prejuízo do Palmeiras (claro), como sempre acontece quando Palmeiras e o time da Lava Jato se enfrentam, e não importando quem seja o juiz.

Mas, ao contrário de algumas outras vezes, nem com o árbitro “jogando” muito, nem com o árbitro irritando profundamente os jogadores do Palmeiras (isso serve para atrapalhar o time mais forte, para desconcentrá-lo, e dar uma igualada nas coisas em campo) eles conseguiram dar conta do nosso “time B”. Pra se ter uma ideia, o árbitro foi o mais produtivo jogador adversário, os demais só souberam bater, pisar, se jogar, fazer cera e ficar indignadíssimos com uma piscadinha de Deyverson.

Eu até achava que Felipão tinha que mandar o time titular pro jogo, uma vez que o adversário estreava Jair Ventura, seu novo técnico, e os times costumam ter um gás a mais em estreias de novos comandantes, mas não imaginei que o Lava Jato estaria murchinho, murchinho, sem gás nenhum, não imaginei que o nosso time “reserva” fosse jogar tão tranquilo e seguro (apenas 3 jogadores eram do time considerado titular).  Luan e Gustavo Gomez – nossa zaga “reserva” – jogaram muito, Marcos Rocha também, e ainda deu passe pro gol… Victor Luiz, errou algumas coisas, mas teve bons momentos no jogo… Deyverson, ligado no 220, fez o gol da vitória,  deu chapéu (foi pisado por Douglas por isso), deixou a gambazada revoltada por causa de uma piscadinha… (como chamar esses jogadores de reservas? Como chamar um Lucas Lima de reserva?), Thiago Santos foi bem, Felipe Melo jogou um bolão, Moisés, que entrou na segunda etapa, foi muito bem…  Willian entrou na segunda etapa também e, tão gentil, deu até uma “caneta” de presente pro Gabriel com os dizeres: “Recuerdos de Allianz Parque”… Duduzinho, que deu um trabalhão para os adversários (Mantuan que o diga), jogou demais e, por um pecado de alguns poucos centímetros, deixou de fazer um golaço – invadiu a área, passou entre quatro adversários e chutou, a bola bateu na trave de cima, pingou fora da linha do gol e Cássio conseguiu se safar.

E só deu Palmeiras no jogo – essa é a vantagem de se contratar muita gente boa, coisa tão criticada pela imprensinha meses atrás. Allianz lotado, a torcida “dentro de campo”, cantando sem parar, time jogando do jeito que a gente espera que ele jogue um derby. Além da defesa mais segura, mais forte e consciente, gostei também da atitude do time, e essas coisas são, sim, méritos de Felipão.

Embora o Palmeiras não tenha sido muito efetivo para conseguir o seu gol na primeira etapa e, por isso, tenha dado muitos chutões, embora tenha faltado ‘aquele’ passe, aquele acerto antes da finalização (Felipão consertaria isso depois), o Verdão comandou as ações, ficou muito mais tempo com a bola no pé, foi muito mais ao ataque (deu trabalho para a zaga ‘itakera’), acertou muito mais passes, roubou mais bolas, finalizou mais, teve mais escanteios. Pra se ter uma ideia, no primeiro tempo, quando o Palmeiras foi menos efetivo, tivemos chances com Hyoran, num chute cruzado, que passou perto e que Cássio não conseguiu pegar mesmo se esticando todo; com Deyverson, duas vezes, num chute frontal ao gol de Cássio e numa cabeçada que passou pertinho… O adversário, era uma pálida figura em campo. Cássio já fazia cera no começo do primeiro tempo.  E, nesses 45 minutos,tirando um chute de Jadson, que passou longe, o adversário não fez sequer uma finalização a gol, não cobrou escanteio algum. Weverton não sujou nem as luvas.

O Palmeiras atacava e o Lava Jato, só se defendia, colocando o time inteiro no campo de defesa. O desenho do primeiro tempo era esse:
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E não foi diferente na segunda etapa. Felipão acertou mais o time, trocou Thiago Santos por Moisés (e eu vivi pra ver o Felipão tirar um volante de campo), o Verdão foi pra cima – sofreu dois pênaltis e nenhum foi marcado pelo apitador – e abriu  o placar com um gol espertíssimo de Deyverson,  aos 11′. Marcos Rocha cruzou rasteiro, Deyverson, esperto, ganhou de Léo Santos e tocou pro fundo do gol de Cássio. E o Allianz, que já cantava sem parar, explodiu no gol. Festa no Chiqueiro!! Tchuuuupa, juiz!

O Lava Jato até tentou ir pra frente depois do gol tomado, mas não teve como.  Se time do Felipão quando tá em vantagem é difícil de ser batido, imagina com a torcida “dentro de campo”,  jogando também? A energia estava no ar, e não se sabia se ela vinha do campo pra arquibancada ou se era a arquibancada que energizava o campo. Palmeiras inteiramente focado no jogo, cheio de raça e vontade.

Deyverson estava bem na partida, mas como ele é meio destrambelhado,  e como o juiz estava “jogando” para os adversários, Felipão resolveu tirar o atacante e colocou Willian em seu lugar. Deyverson, ao sair, deu uma piscadinha para os lados do banco dos visitantes, alguns jogadores ali ficaram bravos,  levantaram do banco, xingaram (fazer selfie dentro do campo é bacaninha, né? Fazer embaixadinha, é do jogo, é malandragem. Chacoalhar as partes íntimas para a torcida adversária, depois de um gol, também pode. Nada disso é provocação, mas piscar é um “absurdo”) , Roger, o que ‘esqueceu’ a mão na cara de alguns parmeras, discutiu com Prass…

 

E cada hora era uma coisa pra agitar a parmerada. O BGod, que tinha acabado de entrar, tão gentil e hospitaleiro, deu uma caneta linda de “presente” para… Gabriel.  A torcida amou a “gentileza” do BGod…

Mas o árbitro continuava aliviando para o adversário, ignorando algumas faltas que eles faziam, ignorando as suas reclamações, e parecia se importar só quando as reclamações eram alviverdes. Felipão foi expulso por reclamação (o árbitro mete a mão no Palmeiras e não quer que ninguém reclame?)… Jogo tenso, como costumam ser os dérbis…

Mas não teve jeito. O Lava Jato não era de nada mesmo. O Palmeiras foi mais time, jogou mais e melhor, e saiu merecidamente com a vitória, com mais três pontos, com a torcida cantando feliz…  venceu o rival, a arbitragem, e, continua na briga pelo título.


Mas não é porque ganhamos, porque foi uma maravilha e ficamos todos felizes, porque a zoeira começou assim que o juiz apitou o final de jogo, porque os memes apareceram… que podemos esquecer e deixar de falar que, DE NOVO, o Palmeiras FOI MUITO GARFADO NUM DERBY. Isso é recorrente, é absurdo e  aviltante, e não parece ser por acaso. Teria o dedo da CBF nisso, uma vez que ela não toma nenhuma providência a respeito dos apitadores que fazem esse servicinho a cada confronto entre os dois times? O Palmeiras continua sendo roubado… e o Lava Jato continua sendo beneficiado… e a imprensinha continua tirando o foco – com tanta coisa errada feita pela arbitragem, ela, depois do jogo, só falou da piscadinha.

E não foi pouco o prejuízo que a arbitragem causou ao Palmeiras. Início de jogo, Léo Santos derrubou Lucas Lima na entrada da área. Na hora, deu a impressão de pênalti, mas foi fora. No entanto, foi falta, foi muito falta. O árbitro viu, auxiliares viram, e nada foi marcado. Lucas Lima reclamou, com razão, e o juiz amarelou o jogador palmeirense. Para o infrator, nada;  para o Palmeiras, a não marcação da falta e o cartão para Lucas Lima. Estranho o livro de regras do árbitro…

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E o árbitro continuou invertendo critérios, faltas, irritando e pilhando o time do Palmeiras, enquanto  marcava qualquer encostada no adversário, principalmente nas proximidades da área.

Roger “esqueceu” o braço no rosto de Luan, e não levou cartão… depois acertou “sem querer” Gustavo Gomez… e nada – só na segunda etapa ele levaria um amarelo. A memória do árbitro para lembrar das regras funcionava, ou não, de acordo com a cor da camisa do jogador.

Na segunda etapa, o árbitro nos mostraria a que veio… Aos 8′ (um pouquinho antes do gol de Deyverson),  dois pênaltis foram cometidos pelos “itakeras”, em duas jogadas seguidas num intervalo de uns cinco segundos…na cara do árbitro e do auxiliar. Lances  bem fáceis de se ver, até de longe, mas o árbitro não assinalou nenhum deles.

O primeiro, cometido por Henrique em Deyverson… que já tinha tocado a bola quando foi tocado pelo corintiano. E isso é pênalti. Os árbitros “esquecem” as regras em dérbis, não?

Na sequência, Douglas chutou Marcos Rocha…

Como explicou Gaciba: “São duas jogadas em velocidade. Em ambas os jogadores do Palmeiras tocam na bola primeiro e depois recebem o chute. Na regra do jogo não fala em intenção, e houve o toque nas duas. Foi pênalti nos dois lances”.

E assim, nesse “jeitinho de apitar”, e se não faço confusão, são 9 anos de derby sem que nenhum pênalti tenha sido marcado a favor do Palmeiras, mesmo ele tendo sofrido vários. É muita coisa. Esquisito isso, não?

Mas teve mais coisa…  Deyverson deu um chapéu em Douglas e olha só o que o Douglas – olhando bem onde pisava –  fez na sequência do lance…

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O juiz “não viu” essa agressão, o bandeira também não, nem “o quarto árbitro, o quinto árbitro, o delegado, nem o tutor, nem o cara com o celular na mão querendo afastar o helicóptero que sobrevoava o estádio”… os profissionais  da emissora de TV, que tem “trocentas” câmeras, também “não viram” (se viram, fizeram de conta que não)… nem os jornalistas dos programinhas esportivos, com os vídeos disponíveis, com imagens mil…

Ah, se fosse o Felipe Melo a pisar em alguém… Se fosse ele, teria recebido o vermelho na hora, claro; a imprensa falaria dessa agressão o dia inteiro, em todos os programas, por dias seguidos, as imagens seriam mostradas dezenas de vezes e por todos os ângulos possíveis; ele seria o maior vilão do futebol, e você seria sutilmente convencido a achar que a expulsão foi pouco, e que ele não serve para o seu time.  Essa maneira seletiva de agir é “desonestidade” que fala, né?

Um dia essa “casa” cai…  O que importa agora é que o Palmeiras jogou muito bem, superou o rival, a arbitragem mandrake e continua na briga pelo título do Brasileiro… quanto ao técnico estreante, é melhor Jair se acostumando…  não vai ter moleza contra o Verdão.  

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Faz muito tempo que eu digo que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva julga clubes e jogadores com as regras que melhor lhe convier… algumas vezes, com regras próprias, ou distorções das regras  existentes, que parecem novas regras, recém inventadas pelos famigerados torcedores promotores da nossa detestável “Capitania Hereditária” – quem não se lembra da pena exclusiva para Valdivia, por forçar um terceiro cartão? Quem não se lembra do jogador do Flamengo forçando um cartão também, e admitindo isso logo depois da punição do Mago, sem receber pena alguma? Quem não se lembra do Se Vagner Love tivesse as trancinhas rubronegras…”?

Faz tempo também, que reclamo da conivência da imprensa esportiva, e dos servicinhos prestados por alguns de seus veículos e profissionais, para legitimar esse dois-pesos-e-duas-medidas do tribunal – das arbitragens também -, sempre em favorecimento de 2 ou 3 clubes. Punições descabidas e inventadas para o Palmeiras e para os jogadores do Palmeiras, a imprensa faz parecer que foram merecidíssimas, enquanto que punições para outros clubes e seus jogadores, pelas mesmas infrações, a imprensa faz parecer  que são crimes contra a humanidade.

Na Copa do Mundo, a mordida(agressão) que Suárez deu no jogador italiano foi considerada crime por aqui e rendeu os mais condenáveis comentários. E foi uma coisa condenável mesmo. No entanto, Emerson Sheik ter mordido um jogador do Boca Juniors na Libertadores de 2012, mereceu o comentário de que “ele sabe jogar contra argentinos” (que liMdo, não?). A hipocrisia é imensa.

“Trocentas” garfadas do apito no Palmeiras – como aconteceu escandalosa e obscenamente em 2012 – são apenas erros de arbitragem nas profissionais bocas da imprensa, e a maioria das imagens desses “erros” somem dos vídeos de melhores momentos; um raríssimo erro de arbitragem beneficiando o Palmeiras, mesmo que seja numa partida em que ele é prejudicado em vários outros lances, é um absurdo inaceitável, condenado, mostrado,  e comentado à exaustão em todos os programas esportivos.

Como aconteceu diante do Criciúma em 2013. Bruno César sofreu pênalti de Escudero, que o juiz não marcou, e, quando ele estava no chão, foi chutado com bola e tudo pelo mesmo Escudero. O juiz, de novo, nada marcou, a imprensa fez que não viu, o STJD nem “tchum”.

pênalti-em-Bruno-Cesar

Mas essa penalidade, a favor do Criciúma e não assinalada pelo árbitro, foi o ‘apocalipse’; fizeram um escarcéu imenso e o STJD não perdeu tempo em denunciar, julgar e punir o jogador palmeirense. Dois-pesos-e-duas-medidas na sua versão clássica.

tiago-alves

Essa cotovelada abaixo, que ocorreu numa outra partida (eu poderia mostrar inúmeras outras imagens de agressões e lances violentos sofridos por jogadores do Palmeiras, e que não foram marcados pelas arbitragens, mas nem precisa), também foi ignorada nos programas esportivos e nas pautas do tribunal:

Eguren sofre agressão e o árbitro nada marca

Eguren sofre agressão e o árbitro nada marca

 

Valdivia é expulso num Derby por deixar a mão na cara do adversário. E a imprensa, justificando o cartão vermelho dado a ele, o “frita”… ele é o “esquentadinho”, “prejudica o time”, “irresponsável”…

Expulsão-ValdiviaA

Mas, numa partida mais recente, o “esquentadinho” leva uma cotovelada,  o juiz nada marca, e a mesma imprensa diz que ele é “cai-cai”, que ele “provoca”, e o tribunal… nem aí, se faz de ceguinho da silva.

AgressãoAoMago

Um “trabalho” tão bem feito, que tem até palmeirenses aceitando a lavagem cerebral de que os árbitros erram para todos os times, tem palmeirenses culpando seus jogadores quando eles tomam cartões, ou achando correto que o Palmeiras seja prejudicado pelas arbitragens caso não tenha jogado bem, como se uma coisa legitimasse a outra. E nem se dão conta que, na nossa balança, o prato dos benefícios está praticamente vazio, enquanto que o dos prejuízos, repleto, arrasta no chão.

O mesmo acontece com o tribunal em relação às infrações cometidas por jogadores. Se são jogadores do Palmeiras os infratores, eles são denunciados e julgados por imagens, são punidos – até mesmo por sorrisos -, e muitas vezes são julgados de novo pela mesma infração – Diego Souza era uma grande vítima de rejulgamentos quando estava no Palmeiras. O juiz pune em campo, o tribunal resolve punir um pouco mais; o juiz não pune em campo, vem o tribunal fazer “justiça”. Só que o mesmo não acontece com vários outros jogadores e clubes.

E nos perguntamos: por que alguns são denunciados e punidos e outros não? Por que para uns servem as imagens para se fazer a denúncia, e,  para outros, a infração tem que estar relatada na súmula? A mando de quem se utilizam desse “método” tão discrepante? Qual o livro de regras que usam para o Palmeiras, que nunca é igual ao que usam para os outros clubes?

O “dois-pesos-e-duas-medidas” é jogado na nossa cara todos os dias. Depois de todo blá bla blá da Copa por causa da agressão do Suárez, que o juiz não viu, e a sua consequente e pesada punição, aconteceu algo meio inédito aqui no campeonato brasileiro; o jogador Petros, do Corinthians, agrediu o árbitro Raphael Claus durante a partida entre Santos e Corinthians. E não foi por acaso, não foi sem querer, foi de propósito mesmo. Acompanhe…

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=1P893FtDp-k[/youtube]

Fica tão claro que ele muda até de direção para ir de encontro ao árbitro e atingi-lo, não é mesmo? Mas teve gente que fez de conta que não viu isso, e a parte muito/bastante/tremendamente cara-de-pau da imprensa saiu em defesa do… jogador?? Teve quem dissesse que ele deu uma trombada no árbitro, que não o viu, que foi sem querer… (??) Qual a possibilidade de um jogador do Palmeiras, Valdivia por exemplo, agredir um árbitro e não pegar “duzentos” jogos de gancho? Quais as chances de vermos profissionais de imprensa e ex-árbitros saírem em sua defesa?

O árbitro nada marcou na súmula, mesmo tendo levado uma pancada nas costas que quase o derrubou,  mesmo tendo visto as imagens depois do jogo. E porque nada havia na súmula, alguns “imprenseiros” diziam que o STJD não poderia denunciá-lo (mas quando denunciou o jogador do Palmeiras só pelas imagens podia?). Arnaldo César Coelho gastou o seu latim na defesa do jogador (por que o defendem se ele está errado?)

Só que, na terça-feira, dois dias depois da partida, o árbitro foi obrigado a fazer um adendo na súmula e relatar a ocorrência, sob o risco de ser ele o punido (não fosse isso, ele não relataria?).

raphael-claus-agressão-súmula

E então, o STJD resolveu denunciar o jogador – teria sido inaceitável ele não ser denunciado -, e aí surgiu mais polêmica…

Arnaldo César Coelho (é advogado de defesa do Petros?) declarou no programa “Bem Amigos” que vê o adendo à súmula como precedente perigoso…

Leonardo, no mesmo  programa, defendeu o direito que o árbitro tem de escrever na súmula no dia seguinte…

Por que tanta falação, tanta polêmica para se punir, ou deixar de punir – como querem muitos –  um jogador que merece ser punido por agressão? Agressão é agressão, e não importa a “cor das trancinhas” dele.

Petros agrediu o árbitro, sim, e o árbitro, atingido pelas costas, não viu o lance, portanto o STJD pode agir à vontade, sem precisar do adendo na súmula. Afinal, a regra deve ser a que a Fifa estabelece, não é mesmo?

E se deve, vejamos o que declarou o presidente da Comissão Disciplinar da Fifa, durante a Copa do Mundo no Brasil (preste atenção a isso palestrino, e faça um “remember” das inúmeras vezes que o tribunal descumpriu essa norma para punir jogadores do Palmeiras):

Comitê-Disciplinar-Fifa1Se a Comissão Disciplinar  só pode agir em caso de expulsão ou em caso de o árbitro aparentemente não ter visto o lance, então, não precisava de súmula e tampouco de adendo para se denunciar o Petros , não é mesmo? O árbitro não viu nada na hora e tampouco puniu o jogador… portanto, o caso é todo do STJD! O julgamento será nessa segunda (amanhã), e o tribunal só não vai aplicar as regras e dar um belo gancho para o jogador que agrediu o árbitro (como faria se o jogador, por acaso, fosse do Palmeiras), se ele não quiser, ou se alguns dos promotores gostarem da cor das trancinhas do Petros… Vamos observar…

 

“Tu te tornas eternamente responsável pelas expectativas que cultivas”

Nunca essa frase fez tanto sentido…

Ver o Palmeiras ser desclassificado, pelo Ituano, foi de lascar.  Ainda não dá para acreditar que aconteceu… mas aconteceu, e, deixando de lado o fato que dói, sempre que respiramos, o que é que a gente faz? Diz que o time é medíocre e pronto? Não, porque isso não é verdade.

Tá todo mundo p… da vida, e eu também estou, estamos todos muito aborrecidos, de farol baixo… mas, vamos combinar, se tínhamos tantas expectativas, se acreditávamos no título, é porque acreditávamos no time, e também porque ninguém achava o time medíocre até ele perder, certo?

Passei esses dias pensando sobre tudo o que vi no estádio, tentando entender, revendo lances do jogo e vendo o que não vi na hora e que a imprensa não mostrou depois… penso que começamos a perder a classificação na partida anterior, e nem percebemos. Termos perdido o nosso melhor jogador, vítima da violência do Bragantino, não foi uma ocorrência normal de jogo, e sim decorrência de uma arbitragem licenciosa. Já fomos “mancos” para a semifinal.

Apesar da chuva, das dificuldades para o torcedor chegar, da “batalha” para comprar ingressos, no domingo, às 19h30, o estádio se iluminava com a presença de quase 33 mil torcedores, com a alegria e energia dessas pessoas. Mas, infelizmente, como se fosse um filme de terror, daqueles bem ‘trash’, deu tudo errado e os “mocinhos” todos ‘morreram’ no final. Um miserável conjunto de fatores que culminaram numa decepção tamanho GG.

A começar pelo regulamento esdrúxulo da competição, que fez os dois times de melhor campanha jogarem a semifinal contra times de campanhas inferiores, em partida única, e sem a vantagem do empate. O que permitiu aos outros usarem a tática do “tentar levar o jogo para os pênaltis a qualquer custo, descendo sarrafadas o tempo todo, fazendo cera o tempo todo”. E, só para lembrar, o Palmeiras foi o único time que teve um dia a menos de descanso antes da semifinal. Para quem tinha seu melhor jogador machucado, pelo excesso de pancadas sofridas na partida anterior (que ‘coincidência’ a juizada liberar a pancadaria pra cima do Palmeiras nessas duas partidas), um dia de tratamento podia fazer uma diferença e tanto.

Mas os times concordaram com essa fórmula, o Palmeiras concordou com as datas, portanto, pulemos essa parte, mas que fique registrado que a fórmula do campeonato foi uma droga.

No jogo, o Palmeiras foi ofensivo, tentou chegar, mas o Mago fazia muita falta, Bruno César e Mendieta, juntos, não deram conta de chamar o jogo, ainda que Mendieta tenha feito algumas boas jogadas.

E faltou caprichar mais, errar menos passes… desperdiçar menos oportunidades… estar mais “pilhado no jogo” e “morder as orelhas do adversário” mostrando quem era o dono da casa…  não tentar jogar só pela esquerda, porque tínhamos um zagueiro jogando improvisado na lateral direita (como assim, Kleina?)… faltou Bruno César e Wesley “aparecerem”… faltou Leandro decidir (se atrapalhou na hora de dominar e perdeu um gol feito. Tem que levantar a cabeça na hora que recebe a bola, man)… faltou Vinícius jogar futebol… faltou o Kleina ter feito substituições melhores… faltou ter colocado o Raphael no gol (Bruno, na melhor das hipóteses, é um azarão do c…….) faltou o time jogar mais bola… faltou marcarem o jogador que arriscou de longe, só porque era o Bruno no gol, faltou o Bruno não estar adiantado na hora do chute (eu achei que estava)…

Mas, mesmo com tudo que nos faltava, o Palmeiras tinha totais condições de ficar com a vaga. O Ituano só estava interessado no anti-jogo. Pensa num time fazendo cera até não querer mais, desde o apito inicial, e multiplica essa cera por mil. O goleiro, que fez um monte de defesas, levava um tempo infinito para bater um tiro-de-meta, caía na área e ficava ganhando tempo a cada vez que o Palmeiras ia pro ataque ou cometia uma falta; os jogadores de linha, por sua vez, levavam séculos até chegarem para cobrar um lateral, para bater um escanteio. A torcida xingava, e o juiz nem aí… Pensa num time abusando do jogo violento. Foram 11 faltas, muito duras (sem contar as outras), só no primeiro tempo, e o Ituano não teve nenhum jogador expulso, e recebeu só dois amarelos no jogo (o Palmeiras recebeu cinco)…

Tudo devidamente permitido pela arbitragem…

Um lance passou batido na transmissão e nos programas esportivos do dia seguinte…

Com 1:29 min de jogo, Cristian deixou o braço na cara de Marcelo Oliveira e, na sequência, meteu a mão na bola. O juiz nem pensou em dar cartão no lance – no segundo tempo, ele se lembraria, e Valdivia seria prontamente amarelado, por “ter deixado o braço” em Josa.  E a imprensa se apressaria em noticiar a agressão do Mago, mas esqueceria dessa aqui. Na cara do ‘parmera’ pode? E aí não é agressão?

Christian-mão-na-cara

Christian-mão-na-bola

E 6 minutos depois, Cristian, esquecendo a bola, pegou o Juninho na lateral. Lance pra cartão, que o juiz não deu. Em 6 minutos, o jogador do Ituano, graças ao árbitro, deixou de levar dois cartões amarelos. Amarelo + amarelo = vermelho . Qual a probabilidade de o 10 do Palmeiras, caso estivesse em campo, cometer infrações semelhantes e não ser expulso  e massacrado depois pela Press?

Christian-Juninho1

A diferença entre o que o árbitro permite a um time e não permite a outro é assombrosa. A diferença entre o que a imprensa esportiva ‘ilumina’ e o que ela ‘escurece’ também é intrigante…

Mas, mesmo com esse anti-jogo todo, só perderíamos a classificação por uma fatalidade… ou duas…

E nos pareceu uma fatalidade a lesão na coxa que tirou Alan Kardec da partida, aos 40′ do primeiro tempo. E o “Lã”, nos deixando assustados e órfãos no ataque,  saiu de campo chorando…

Fatalidade??  Aos 35′, Kardec, que já apanhava o tempo todo do zagueiro Alemão, teve a “fatalidade” de ser agredido por ele, e o juiz não ter punido o agressor. E eu te pergunto, outra vez, qual a probabilidade de um zagueiro nosso, entrar pra quebrar um adversário, e o juiz  não expulsá-lo? E a imprensa não execrá-lo no dia seguinte? O do Ituano, nem amarelo recebeu.  (Lembra da expulsão do Kardec, à toa, numa outra partida contra o Ituano? Da expulsão do Bruno César? Do Leandro?  Por tão menos, Valdivia também foi expulso da final da Copa do Brasil, lembra?)

Repare na imagem abaixo, o jogador já chega com o joelho levantado para acertar o Kardec… antes mesmo da bola chegar. Foi agressão, sem bola.  E o bandeira viu direitinho.

Alemão-agride-Kardec

Alemão-agride-Kardec1

Depois dessa entrada desleal, com a intenção de quebrar nosso artilheiro, fiquei preocupada e prestando atenção no “Lã”, que mancava… mas, graças a Deus, ele parecia que ia continuar em campo. O zagueiro do Ituano deve ter prestado atenção também, porque, já que não levou cartão mesmo, 5 minutos depois, ele completaria o serviço… e tiraria o goleador do Verdão do jogo. Com as bençãos do juiz, como você pode observar. E eu pergunto, você acha mesmo que, contra Bragantino e Ituano o árbitro liberou a pancadaria dos pequenos, para beneficiar os… pequenos?

Repare, aos 40′, ele faz a mesma coisa, de novo. E o juiz, Antonio Rogério Batista do Prado, está vendo!! E se viu porque não puniu o jogador??? O cara quebrou o artilheiro do campeonato, tinha que ter sido expulso e ficou em campo. Que cazzo de arbitragem foi essa? É muito desrespeito com o Palmeiras e com os jogadores do Palmeiras!

Kardec-agredido1A

Um absurdo! E valendo vaga na final. O Bragantino já tinha tirado o Mago da semifinal e, agora, o Ituano tirava  Kardec.  E nenhum jogador foi expulso. A intenção era garantir que, caso o Palmeiras fosse para a final, fosse bastante enfraquecido?

A diretoria do Palmeiras não pode repetir as anteriores e não ver o que acontece “nas entrelinhas”, nos bastidores… tem que tomar providências. Com os outros times a juizada não faz isso, de jeito nenhum. Qual a probabilidade de o Lúcio, ou qualquer outro jogador alviverde, num jogo contra um outro time grande, ter essa licença para bater e agredir? N-e-n-h-u-m-a!

Adversário desleal, árbitro conivente… E nós, prejudicadíssimos, sem o Mago e sem Kardec,  Mal sabíamos o que ainda estava por vir…

Quando vimos o Bruno se aquecendo no intervalo não entendemos nada… Prass, que tinha torcido o pé no treino, nessa partida tão violenta, voltou a sentir dores… Agora sim, não faltava mais nada. Não era possível! Isso não estava acontecendo.

Sem Valdivia, o time não tem criatividade, perde qualidade e fica bastante previsível (ainda assim, poderia bater um “Ituano”); sem Kardec,  perde completamente o poderio ofensivo (ainda assim, tivesse o Kleina feito escolhas melhores, talvez tivesse dado – Vinícius não é substituto pra Kardec); mas, sem o Prass, não dá, de jeito nenhum.

E não temos um único substituto para o nosso goleiro titular – se o Bruno não serve, e, mesmo assim, o Raphael Alemão nunca é a segunda opção, posso presumir que o Bruno é a melhor opção que temos (O.o). Quando perdemos Kardec, fiquei bastante apreensiva, com todos os alarmes ligados, mas, quando vi que o Prass não tinha voltado do intervalo… os alarmes todos disparam e meu mundo caiu.

O sangue da torcida esmeraldina gelou nas veias e todo mundo se preparou para o pior. Minha confiança ficou totalmente abalada… mas me recusava a imaginar que podia dar tudo errado e rezava pelo Bruno. Olhava à minha volta e todos tinham o mesmo semblante… o ar se tornara pesado… mas a torcida não parava de cantar…

Os jogadores do Ituano receberam o aviso pra arriscar de longe (que moral, hein Bruno?), os do Palmeiras, agora bastante inseguros em campo sem a sua espinha dorsal, faziam de tudo para a bola nem chegar ao gol. E o time foi ficando nervoso… e a gente custando a acreditar no que se desenrolava à nossa frente.

Aos 25′ (o relógio corria), Kleina, vendo que tudo tinha desandado, chamou Valdivia pro jogo. O Mago deu outra movimentação para a equipe, o Palmeiras ficou mais perigoso, mas faltava o “Lã” lá na frente, faltava mais tempo. Com cinco minutos em campo, o Mago sofreu uma falta,  revidou e tomou cartão.  O juiz poderia dar amarelo pra ele sim,  pelo revide (teria que ter dado também para o Cristian, lá no começo),  mas nunca sem marcar a falta que ele recebeu antes.

Falta-ituano-Mago

E com o Bruno no gol (eu mal conseguia olhar as descidas do adversário), o Ituano arriscava chutes de longe  (quase tomamos um por cobertura), e foi assim, numa dessas tentativas, aos 38′, que achou o seu gol e decidiu a partida.

Por mais que o Palmeiras tivesse tentado, não conseguiu empatar… e nos despedimos do campeonato. À minha volta, os torcedores incrédulos, de olhos tristes e úmidos nem sabiam o que dizer. Olhávamos um pra cara do outro e não entendíamos o que tinha acontecido.

Triste, doído… tão difícil de administrar… tão difícil sair do estádio e deixar tudo o que sonhamos lá dentro. O meu caminho de volta nunca pareceu tão longo…

Mas, para mim, agora, a vida segue, e o que interessa é a Copa do Brasil. Quando eu canto “Eu sempre te amarei e te apoiarei…”♫, eu canto de verdade.

TAMOJUNTO, PALMEIRAS! SEMPRE!

MAS ABRE O OLHO, DIRETORIA, ESTAMOS CHEIOS DE ‘AMIGOS-DA-ONÇA’ NOS BASTIDORES DO FUTEBOL, E, SE BOBEARMOS, REPETIRÃO A DOSE NA COPA DO BRASIL.

Saí de casa a caminho do jogo, ansiosa, feliz pelo Palmeiras estar na briga pelo título, e, no trajeto, me deparei com um mendigo, dos muitos que dormem nas calçadas do meu caminho habitual.

Em todas as vezes que o vi, ele me chamou atenção. Tem uma certa boa aparência, está sempre usando roupas que parecem limpas, calçando tênis… mas o que me fez prestar atenção nele, mesmo, foram algumas camisas do Palmeiras (tem mais de uma) com as quais ele está quase sempre vestido.

Quando me viu passar, pela primeira vez falou alguma coisa comigo; parei, já mais à frente, me voltei pra ele e disse: Hã? E ele, que estava sentado no chão, levantou os braços pra cima, me deu um sorriso, levou as duas mãos ao peito e me disse:

Palmeiras, o meu amor! É hoje… Palmeiras!

Me deixou com um nó na garganta… só consegui sorrir e balbuciar: É Palmeiras!

Sinais…

Eu, que sabia que o Palmeiras não ia perder, e temia apenas o nosso grande inimigo de sempre, a arbitragem (e ela bem que tentou), tive então certeza da vitória.

Chegando ao Pacaembu, enquanto nos dirigíamos para o portão, caminhar não me parecia suficiente, a minha vontade era a de correr lá pra dentro.

Quando o jogo começou, o estádio estava cheio (mais de 25 mil pessoas), e o Palmeiras, estava do jeito que a gente queria: Valdivia, Bruno César, Leandro, “Lã” Kardec e Wesley… para desespero dos carniceiros jogadores do Bragantino.

E não deu outra, ou melhor, não deu “outro”, o Palmeiras foi o senhor da partida (teve 69% de posse de bola, pra você ter uma ideia). O Verdão atacava, controlava o jogo, e o Bragantino, na retranca, sem competência para praticar futebol, distribuía pancadas, abusava das faltas, muitas vezes violentas – time pequeno e covarde é assim mesmo – com bastante conivência do árbitro.

Com menos de 3 minutos de jogo, Valdivia – que foi deslealmente caçado durante toda a partida – como sempre acontece -, foi agredido com uma cotovelada, e o juiz  deixou passar e nem amarelo deu para o agressor. (Na final da Copa do Brasil, o Mago foi agredido com um pontapé por um jogador do Coritiba, e o juiz também deixou passar). Um absurdo um árbitro estar em campo para coibir a violência e deixar passar agressões, permitir que um jogador seja pisado, chutado, leve cotovelada. “Legal” o árbitro, Flávio Guerra, né? Depois que o colocaram na geladeira por ter assinalado 3 penalidades, LEGÍTIMAS, para o Palmeiras, diante dos bambis, em 2008, ele agora me dá a impressão de ter aprendido o jeito “certo” de apitar jogos do Verdão, sem ir parar no freezer outra vez. Olha a agressão, para expulsão, sofrida pelo Mago, que o juiz deixou sem punição:

AgressãoAoMago

Será que Valdivia poderia fazer algo parecido e continuar em campo?

Ao final do jogo, o tornozelo do Mago, o jogador “desleal” (ele desleal??), “que deveria ter sido expulso” (por apanhar tanto??), segundo o pessoal do Bragantino,  ficaria assim:

Foto: Olha o tornozelo do Mago como ficou de tanta botinada que ele levou!!!!!!

Mas, mesmo com violência dos adversários, mesmo com agressão já no início do jogo, os primeiros 25 minutos do Palmeiras foram dentro da área do Bragantino, que não conseguia sair do seu campo de defesa, e já fazia cera em qualquer lance, tentando ganhar tempo.

Bruno César cobrou falta, a bola passou pertinho… Bruno César cruzou,  o “Lã” mandou na rede pelo lado de fora… Wesley mandou uma bola perigosa na área, o zagueiro afastou o perigo… Tava chegando!

O Pacaembu se inflamava, chamava o gol. A torcida cantava, jogando com o time, fazia barulho, reclamava muito das faltas violentas do Bragantino e da conivência do árbitro que parecia não vê-las… A tática do adversário (será que foi o técnico quem preparou essa estratégia?) era dar chutão lá pra frente e tentar cavar faltas, escanteios, laterais, tentar desestabilizar os nossos jogadores… qualquer coisa para ganhar tempo e, quem sabe, cavar a expulsão de algum palmeirense, quem sabe, levar o jogo para as penalidades,

A nossa ansiedade para ver a rede dos linguiceiros balançar era enorme. Aos 20′, Bruno César chutou de fora da área e o goleiro espalmou; na cobrança de escanteio, Wesley levantou na pequena área, o zagueiro se atrapalhou todo tentando tirar a bola, e ela sobrou… pro “Lã” Kardec lindo!!! E se sobra pra ele, é rede!  Linha atacante de raça!

O Pacaembu explodiu no gol do artilheiro do Paulistão! Era o Palmeiras mais pertinho da semifinal do campeonato. Que alegria, meu Deus! Faz cera agora, Bragantino!

O Bragantino não nos assustava, a não ser pela violência com que atingia nossos jogadores. Valdivia, que jogava um futebol maravilhoso, apanhava mais que Judas em Sábado de Aleluia (e depois não querem que ele reclame). E nenhum jogador  do Bragantino era expulso!! Nossos atletas apanhavam com bola, sem bola… O árbitro era péssimo, ignorava as faltas que sofríamos e deixava o jogo seguir. Só parava o jogo quando a falta era cometida por alguém de verde… numa oportunidade, deu cartão amarelo para o jogador palmeirense errado, o que nos levava a pensar que se não viu nem o jogador, como poderia ter visto a falta?A torcida ficava revoltada.

O Palmeiras continuou comandando as ações, mesmo tendo tirado um pouco o pé do acelerador.  Nas modestas tentativas do Bragantino a defesa verde, comandada por Lúcio, estava esperta, Prass atento…e a primeira etapa acabou com 1 x 0 mesmo.

No segundo tempo, o Bragantino pareceu colocar o time pra cima do Palmeiras, na tentativa de buscar o empate – resultado que era tudo o que ele queria desde o início  – mas a defesa esmeraldina não dava chance. E, pra falar a verdade, os adversários não levavam perigo.

Valdivia, que tomava sarrafada a cada vez que tentava um de seus mágicos dribles, fez uma falta normal e recebeu amarelo. Lembra que ele foi agredido no começo do jogo e nem amarelo seu agressor levou? Então… Um desaforo esse livro de regras inventado para o Palmeiras! O juiz parecia avaliar a gravidade da infração dependendo de quem fosse o  jogador infrator ou de qual fosse o time dele…

Mas não tinha jeito, o Palmeiras sobrava no jogo mesmo apanhando, mesmo com o juiz facilitando a vida do adversário… Wesley, Valdivia, Bruno César, Leandro e “Lã” Kardec estavam impossíveis, Juninho jogava um absurdo! Wendel era um guerreiro. A defesa estava como no hino… ninguém passava! Coisa linda esse ‘Parmera’!

Valdivia fez jogada individual, invadiu a área e chutou, mas o goleiro fez a defesa. No rebote, Kardec encheu o pé e, de novo, o goleiro salvou. O grito de gol parou na garganta…

O Verdão metia artilharia pesada pra cima do Bragantino; Marcelo Oliveira chutou de longe, o goleiro conseguiu espalmar… no rebote, Kardec mandou pra fora…

Faltava a pá de cal nos “açougueiros” …

17′, … a bola passou de pé em pé… Valdivia se livrou de uma falta, ficou com a bola, tocou pra Juninho, que mandou pra área; Leandro foi na bola, atrapalhou o goleiro, a bola sobrou pra Kardec, que tocou para Wesley mandar pro gooooooooooooool! ESTÁVAMOS NA SEMIFINAL!! Que festa da Que Canta e Vibra!

Enquanto enlouqueciámos na bancada, e o ‘Fred Flintstone’ na lateral do campo, uma cena linda se desenrolava à nossa frente. Depois do gol, Kardec e Wesley se abraçaram, e os outros jogadores foram chegando para aumentar o tamanho do abraço… e ficaram ali, comemorando abraçados, parceiros em campo e fora dele…

Abraço

Meu coração não aguentou a alegria do gol, a imagem dos jogadores, e minha razão se rendeu à emoção. A torcida cantava… “Eu sempre te amarei…”,  arrepiante! Eu não conseguia cantar e nem parar de chorar… Meu Palmeiras classificado, meu Palmeiras em paz (apesar de tanto fogo-amigo), a torcida feliz, meu Palmeiras a caminho do título…

Não consegui ver mais nada direito depois desse gol, meu coração se antecipava, e já sonhava com o próximo jogo… mas, mesmo com olhos no futuro, vi Leandro soltar a bomba e o goleiro espalmar… vi entrar Eguren, Patrick… vi o Mago fazer magias ao lado do “Lã”… ouvi a torcida homenagear Valdivia durante a partida… ouvi os gritos de “Olé… vi entrar o Vinícius… ouvi o juiz apitar o final de jogo… ouvi os aplausos da torcida, vi os jogadores comemorando, vi o Kleina feliz, vi meu Palmeiras, imponente, classificado… eu continuava antevendo um domingo futuro, num outro Pacaembu lotado, sonhando com um gol do Mago, outro do “Lã” Kardec, um do Juninho… com defesas precisas do Prass… com o Palmeiras na final…

E O DOMINGO FUTURO, COM O QUAL EU TANTO SONHAVA,  É HOJE!!!

AVANTI, PALMEIRAS,  SCOPPIA CHE LA VITTORIA È NOSTRA!!

O Blog da Clorofila se solidariza com o palestrino Conrado Cacace, do site Verdazzo, e repudia e lamenta a agressão covarde que ele sofreu na tarde de ontem, na Vila Belmiro, após a partida Santos x Palmeiras.

Para esclarecimento aos amigos do blog, segundo relato do próprio Conrado, enquanto ele descia as escadas, embaixo das arquibancadas, na área destinada aos palmeirenses, e estava distraído mexendo no seu celular, levou um soco no rosto e caiu, levando vários chutes em seguida, sem ter condição de ver quem era o seu agressor ou agressores.

Como resultado, ele teve várias fraturas na face e precisará se submeter à uma cirurgia.

Não se sabe quem foi, uma vez que o relato do Conrado é bastante breve, e nem poderia ser diferente. Caso sejam torcedores santistas que invadiram o local e o agrediram, o que é pouco provável, será inadmissível pensar que uma pessoa deva ser agredida apenas porque torce para um time diferente. Caso sejam palmeirenses os agressores, a maior das possibilidades, é deprimente saber que existem pessoas que resolvem assim as diferenças de pensamento e conduta. É triste observar que na falta de argumentos, a saída de alguns seja a violência; mais triste ainda é saber que esse tipo de coisa, tão primitiva, aconteceu entre palmeirenses, que deveriam colocar o fato de torcerem para o mesmo time, acima de quaisquer outras diferenças, ao invés de agredirem pessoas ou, vergonhosamente, comemorarem quando elas são agredidas.

Nada serve de razão para atos como esse, que já não deveriam mais acontecer nos dias de hoje.

Deixo aqui a minha solidariedade a você, Conrado. Melhoras, e que o período para a sua recuperação seja breve.

Tânia “Clorofila” Dainesi
Blog Da Clorofila

Segunda parte – E SE FOSSE O CONTRÁRIO, “SEO XIMIT”?

 

Mago-Kardec-agredidos-Blog

Você já imaginou, leitor, um jogador levar duas cotoveladas do Mago numa partida, sair de campo de cara inchada, olho roxo e lábio cortado, e o Mago não ser expulso, não ser dedurado, – by phone -, pelos “jornaleiros” da TV, não ter as imagens mostradas até no Fantástico, não ser denunciado pelo Paulo Schmitt, e nem ser punido pelas imagens depois? Impossível, né? Era capaz de o mandarem para o paredão de fuzilamento, pra guilhotina, cadeira-elétrica, andar na prancha… Não temos nada disso aqui? Mas, se o infrator fosse um jogador do Palmeiras, certamente passaríamos a ter. Em 2007 Valdivia foi expulso e, com a análise das imagens,  pegou 5 jogos depois, por revidar um puxão de cabelos com um empurrão, um quase soco. Mas Valdivia foi agredido trocentas vezes antes e depois disso, e de maneira bem mais desleal – levou um “coice” do William, do Coritiba, na final da Copa do Brasil, lembra? -, sem que seus agressores fossem punidos…

Já tentou imaginar, leitor, um jogador do Palmeiras, seja ele quem for, cuspindo no rosto de um adversário, sem ser expulso, sem a mídia fazendo um escarcéu e mostrando a imagem duzentos milhões de vezes ao dia, sem o STJD dando um gancho pesado pra ele, como aconteceu com  Willians, do América, que cuspiu no rosto de Alan Kardec? Você consegue imaginar um jogador do Palmeiras pisando as mãos de um adversário, de propósito, dentro da área, e o juiz não o expulsar, não marcar o pênalti e o STJD não o denunciar e punir?

Impossível imaginar, né? Para o Palmeiras todos os rigores da lei – e mais um pouco -… e o mais rápido possível. Os promotores, tão logo são questionados, já ressaltam a gravidade da infração, o artigo em que ela se encaixa, e já desfiam a quantidade de jogos máximos que o jogador do Palmeiras pode pegar, mas, para os clubes que têm  “trancinhas nas cores adequadas” – e não são só as rubro-negras as favoritas -, para os jogadores com “trancinhas nas cores mais agradáveis” aos promotores do tribunal, o discurso tem outro tom,  “há que se analisar se o jogador teve mesmo a intenção, há que se confirmar se o ano é bissexto, se o juiz relatou na súmula, se ele escreveu com caneta azul, se o vento mudou a trajetória do cuspe, se não foi o olho que se jogou de encontro ao cotovelo do adversário, se o jogador riu, se piscou, se coçou as bolas…” enrolation, embromation… para fazer o de sempre, não punir quem eles não querem punir.

Quem assistiu à partida do Palmeiras contra o América-MG no último sábado, viu o absurdo que foi aquilo. Uma arbitragem péssima, que foi responsável pelo resultado do jogo,  não assinalando lances capitais para o Palmeiras (três penalidades, só para exemplificar), e violência rolando solta, com a conivência da arbitragem, que permitiu que os atletas palestrinos fossem agredidos, cuspidos, que tomassem botinadas e cotoveladas de todos os jeitos e estilos, sem nem mesmo assinalar as principais e mais graves infrações. Valdivia apanhou mais do que Judas em sábado de Aleluia e sofreu agressão em duas vezes, pelo menos; Kardec foi agredido 3 vezes (foi pisado, cuspido e,  quando pegaram o joelho dele, apenas por maldade, também foi agressão).  Leandro, Wendel e o time todo levaram um monte de sarrafadas desleais. E nenhum jogador do América foi expulso por isso, nenhum foi pego pelo tribunal…

O assalto no apito e a violência em doses cavalares por parte dos mineiros, deveriam ser um prato cheio para a imprensa e para o implacável STJD, né? Que nada… nos vídeos por aí, você mal encontra as imagens dessas agressões e, pelo visto, o STJD não está muito interessado em buscá-las. A Press, por sua vez, só mostrou as imagens dos ferimentos palestrinos porque os próprios jogadores, que saíram de campo como se tivessem participado de uma luta de UFC, as divulgaram. Veja as imagens.  Valdivia, com o rosto inchado, ferido, e Kardec, com as mãos feridas, depois de ter sido pisado pelo goleiro do América, que, segundos antes, tentara quebrar as pernas do atacante.

Kardec-mão-pisada(Imagens Globoesporte.com)

A regra para agressão existe, mas é mais uma coisa que o STJD não tem muito bem resolvida, muito bem compreendida na cabeça dos seus torced…, ooops, promotores. Pra uns, ela é aplicada; pra outros, não… É inadmissível que jogadores saiam de campo assim machucados, sem que seus agressores sejam punidos por isso.

As câmeras de TV são inúmeras no estádios, em em todos os ângulos, sendo assim, podemos pensar que o STJD só não pegaria essas imagens e puniria os agressores de Valdivia e Kardec se não quisesse, não é mesmo?

Mas, para  o STJD, o peso e as medidas podem ser dois, mesmo numa mesma partida e numa mesma confusão em campo…

Lembra do jogo do Palmeiras contra o Paysandu, leitor? Lembra dos jogadores sentando a botina nos palmeirenses, fazendo uma cera absurda, se jogando no chão a todo momento para simular contusão (isso também é atitude antidesportiva, né “seo Ximit”? E o senhor não denunciou nenhum). Lembra de como eles tentaram segurar a reação do Palmeiras, né? Lembra da falta violenta sofrida por Wesley, que gerou revolta dos palmeirenses e fez o time do Paysandu ir pra cima do jogador?

Então… Há duas semanas, a Capitania Hereditária da Justiça Desportiva, se valendo de imagens, resolveu punir os jogadores que brigaram na partida entre Palmeiras e Paysandu. Até aí… tudo bem. Brigas não devem acontecer mesmo. Só que, baseado nas imagens, o tribunal levou a julgamento o jogador Wesley – que já tinha sido punido pelo árbitro – e Mendieta, que não recebeu punição alguma na partida. MAS NÃO LEVOU A JULGAMENTO NENHUM JOGADOR DO PAYSANDU!!  O Palmeiras, segundo o STJD, brigou sozinho! Que coisa, não? Wesley pegou mais um jogo de gancho e Mendieta pegou 4!!??!!O jogo foi no dia 17/08 e, no dia 05/09, Wesley e Mendieta já tinham sido tirados da lista dos relacionados para a próxima partida do Palmeiras, porque seriam julgados pelo STJD. Rapidinho, né? O Palmeiras conseguiu efeito suspensivo para Wesley e a pena de Mendieta foi reduzida para 2 jogos.

O goleiro do Paysandu que foi até o banco do Palmeiras engrossar a confusão, que partiu pra cima do Prass, xingando ele de tudo quanto é nome, na cara da bandeirinha, não foi visto pelo STJD… Nem o Vanderson, que fez a falta violenta em Wesley, e deveria ter sido expulso (aí não teria briga alguma) e que depois foi lá brigar… O STJD só viu o Wesley dar um empurrão nele quando ele chegou querendo briga (mas esse detalhe o tribunal também não viu).  O STJD SÓ VIU PALMEIRENSES BRIGANDO, E SÓ PUNIU PALMEIRENSES! Tá na hora desses promotores vestirem a camisa dos seus clubes e irem pra arquibancada;   lugar de torcedor é lá.

Olha aí o Palmeiras brigando “sozinho” em seu próprio banco:

Briga-Paysandu-Blog

Mas, como somos lunáticos, e o STJD é muito “justo”, podemos esperar  que, além de dar 2 jogos de gancho pro Elias do Flamengo, PELO CARTÃO AMARELO FORÇADO (não esqueci disso), usando a mesma regra que usou para Valdivia,  o tribunal irá usar a regra  que prevê punição para agressão e, assim como já puniu o Mago uma vez, assim como puniu Mendieta agora,  ele vai pegar os agressores de Valdivia (quando o Mago agrediu, pegou 5 jogos de gancho) e Kardec e dar um belo gancho pra eles.

Se o STJD não fizer nada disso, a gente vai poder pensar e também dizer, que os torcedores, ooops, promotores do STJD estão sacaneando o Palmeiras. Porque, para punir palmeirenses, a justiça deles é cega, mas dependendo do clube, a gente fica com a impressão que ela abre bem o olho para enxergar as cores das “trancinhas”…

Os nossos olhos estão bem abertos, viu STJD?? Estamos de olho…