102 anos de Palmeiras… é festa em nosso coração
Mas o que dizer sobre o Palmeiras que ainda não tenha sido dito?
Que ele é o maior campeão do Brasil… o primeiro campeão mundial de clubes… que já foi recebido e festejado por um milhão de pessoas após uma conquista… que a seleção brasileira só conseguiu ser campeã nas vezes em que teve um palmeirense na equipe… que ele vestiu a camisa da seleção brasileira – do goleiro ao ponta esquerda, com técnico e tudo – e a honrou vencendo um dos seus grandes rivais… que ele tem a melhor, mais atuante e apaixonada torcida… que ele teve que vencer adversários + arbitragens desde a primeira vez que se inscreveu na liga, em 1916… que ele foi o clube que abriu as suas portas para a Cruz Vermelha transformar as suas instalações em hospital, na época da gripe espanhola, e ganhou a simpatia e o respeito do povo… que ele conquistou as 5 coroas… que seus títulos são todos legítimos… que ele venceu o Santos por 8 x 0, venceu o Corinthians por 8 x 0 e nunca recebeu o “troco” de nenhum dos dois… que ele comprou seu campo de futebol, e mais uma grande área no entorno dele, há quase um século, em 1920… que, no seu primeiro jogo internacional, ele goleou a seleção paraguaia por 4 x 1… que foi o primeiro clube do Brasil a ter a honradez de assumir os seus erros e jogar a série B, sem fazer mutretas e conchavos para permanecer na série A… que ganhou o título e o troféu de Campeoníssimo… que ele enfiou 6 x 1 no Boca Juniors… que ele foi Palestra e teve que virar Palmeiras para que não lhe tomassem o seu patrimônio… que ele entraria em campo como “inimigo da pátria” e ao pisar no gramado seria aplaudido por todos…
Que quando reformou o Parque Antarctica, em 33, passou a ter o Palestra Italia, o estádio mais moderno do país… que hoje tem o Allianz Parque, a melhor, mais moderna e mais bonita arena do Brasil, uma das melhores do mundo… que saiu de uma “fila” indigesta, em 93, goleando o seu maior rival por 4 x 0 (fora o baile)… que 12 de Junho é o nosso feriado… que ganhou uma Copa do Brasil, em 2012, e teve festa do ‘Oiapoque ao Chuí’… que conquistou uma Libertadores, apresentando ao país o maior goleiro de todos… que passou vários anos sem conquistas e, mesmo assim, nenhum rival conseguiu superá-las… que o Palmeiras nasceu numa final de campeonato em que ele foi o campeão e o seu adversário fugiu de campo antes do jogo acabar… que o Palestra/Palmeiras deu ao Brasil os maiores craques de todos os tempos… que ele é o campeão do Século… que conquistou a Copa do Brasil, em 2015, de maneira épica, e que nunca se viu nada parecido com o que aconteceu no Allianz…
Nada disso eu preciso dizer… Isso todo mundo conhece, todo mundo sabe (mesmo aqueles que fingem que não sabem). A história do futebol guarda todas essas lindas memórias.
O que a história não conta é que desde que eu e o Palmeiras nos esbarramos (numa outra existência, talvez), a minha vida mudou por completo…
Que ele tem a capacidade de me encantar por qualquer motivo, de me fazer sorrir, de fazer meu coração quase parar de felicidade, de me emocionar, até mesmo quando entra em campo…
A história do futebol não conta que o Palmeiras sempre foi generoso comigo, sempre me permitiu ser exatamente do jeito que sou, que me ajudou a conhecer as boas coisas que haviam dentro de mim… e me fez ser uma pessoa melhor…
Que ele me deu as maiores e mais inesquecíveis alegrias… os melhores e mais caros amigos…
Me deu ídolos maravilhosos e tão amados… me deu o privilégio de ver em campo os mais talentosos e mágicos jogadores…
Que me tirou o sono tantas vezes, numa ansiedade gigante, antes de partidas importantes… e me deixou sem dormir outras tantas vezes porque a alegria era tão grande que não cabia no peito e nem na cama…
Que em todas as vezes que alguém me perguntou para qual time eu torcia, eu sempre respondi (e respondo) com um sorriso, sentindo o maior orgulho do mundo ao dizer: Eu sou Palmeiras…
Que em todas as vezes em que canto o “nosso hino” no Allianz, em alguns trechos só consigo mexer a boca, porque a voz não sai de tanta emoção…
Que eu vivo e respiro Palmeiras… que ele é a melhor parte da minha vida…
Não dizem também, que nunca houve – e não vai haver -, tempo ruim entre mim e ele. Que ele será amado e respeitado, na alegria e na tristeza, nas vitórias ou na falta delas, com títulos, ou sem eles… por todos os dias em que eu viver.
Parabéns, Palmeiras, seu lindo!
Eu te desejo muitas conquistas, é claro. Te desejos muitos gols marcados, nenhum ou pouquíssimos gols sofridos, desejo grandes defesas embaixo de nossas traves; te desejo jogadores de fibra, de raça e talento, que deixem a alma em campo para honrar a sua camisa; te desejo paz para seguir seu caminho, te desejo mais uns 42 pontos conquistados no restante desse campeonato… mas, acima de tudo, e por toda a sua existência, eu te desejo pessoas… que te amem tanto quanto nós o amamos agora, que “entrem em campo” como nós fazemos agora; te desejo o Allianz Parque sempre cheio, a sua gente sempre feliz e cantando sem parar.
Te amo, ‘Parmera’! Auguri.