Há 49 anos, o Palmeiras foi o Brasil em campo… foi a seleção brasileira.
Depois daquela derrota doída para o Uruguai na final Copa de 50, a celeste permanecia entalada na garganta dos brasileiros. E a rivalidade entre as duas seleções, fazia com que qualquer confronto entre elas passasse a ter muita importância.
E naquele 7 de Setembro de 1965, num amistoso, com público de 80 mil pagantes, Brasil e Uruguai se enfrentariam novamente na inauguração do Mineirão.
E quem foi que a CBD chamou para representar o Brasil naquela missão? O Palmeiras, claro! A famosa Academia!
E não foi à toa, afinal, o Palmeiras possuía um dos principais times do país na época, que era chamado de “verdadeira Academia”. E contava com vários jogadores “selecionáveis”, ou seja, jogadores com passagem anterior pelo selecionado nacional ou que seriam convocados no futuro. O bicampeão mundial Djalma Santos, Julinho Botelho (um dos destaques da seleção na Copa de 54), Djalma Dias, Servílio, Rinaldo e Valdir de Moraes já tinham passagem pela seleção. Jovens talentosos como Ademir da Guia e Dudu, certamente acabariam sendo convocados.
O médico e os massagistas também eram esmeraldinos. O treinador, o argentino Filpo Nuñes, também era do Palmeiras. Até hoje, ele foi o único estrangeiro a dirigir a seleção brasileira.
Que moral tinha la nostra Academia, non è vero?
Time bom, entrosado, bem treinado, cheio de jogadores talentosos… não deu outra! O Brasil/Palmeiras criou um monte de chances de gol, e abriu o placar aos 27′ do primeiro tempo, com Rinaldo cobrando pênalti. Sete minutos depois, Tupãzinho fez 2 a 0. No segundo tempo, mesmo tendo feito cinco substituições, a seleção verde(esmeralda)-amarela, esbanjou categoria e futebol e, literalmente superior em campo, ampliou aos 29, com gol de Germano.
E porque era o Palmeiras, não bastava apenas representar a seleção, tinha que honrá-la com uma vitória, com um 3 x 0 nos rivais uruguaios.
E assim, o Palmeiras, com a sua inesquecível Academia, escreveu mais uma página da sua linda história, e da história do futebol brasileiro também.
Bravíssimo, Palmeiras!
“São cem anos de história, de lutas e de glórias, te amo meu Verdão…”♫♪