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Que permaneça conosco, em nossos corações, todo o aprendizado que essas estrelas em nossa ‘decaárvore’ nos trouxeram… É preciso união, sem ela fica tudo mais difícil… é preciso muita calma, bom senso, apoio irrestrito e uma boa pitada de experiência e sabedoria…  é preciso identificar os erros,  consertá-los, ter paciência e coragem pra superar os obstáculos… é preciso saber esperar que os dias nublados deem lugar aos dias de sol… é preciso sorrir sempre, manter o foco, não desistir nunca e, acima de tudo, é preciso ter amor no coração, muito amor. 

E assim é pra tudo na vida.

Que Jesus, o homem que veio a esse mundo há mais de 2000 anos para nos ensinar o amor, abençoe a sua vida e o seu Natal!

FELIZ NATAL, AMIGO PALESTRINO!🎄🌟💚🐷

“Eeeeeem 74, nós ganhamos o Paulistão… foi em cima dos gambás… “ 🎶

Num 22 de Dezembro… há 44 anos… #AFreguesiaVemDeLonge

Decisão do Paulistão 1974… O Palmeiras tinha conquistado os campeonatos Brasileiros de 72 e 73 (cheio de craques, com um time chamado de Academia, os títulos eram rotina na vida do Verdão), já o adversário, perdera espaço entre os grandes, estava sem ganhar títulos desde 1954 (é por isso que, hoje em dia, seus torcedores chamam de “títulos de fax” as conquistas – de campeonatos brasileiros, principalmente – de outros clubes nas décadas em que eles ficaram na seca. Pra eles, nesse período, era como se o futebol não existisse. Todo mundo brincava, menos eles).

Sendo assim, a pressão pra vencer era toda do nosso adversário. Mas com o empate por 1 x 1 no primeiro jogo, muita gente achou que a fila ia acabar… A torcida deles lotou o Morumbi, a festa estava preparada… Imagina qual era a postura da imprensa na época? Veja o que disse Leivinha na ocasião:

Nós percebíamos que a imprensa preferia e gostaria de ver o Corinthians campeão. E naquele momento o Palmeiras estava acostumado a ser campeão, e o Corinthians, não. Mas tudo mudou para esse jogo e éramos considerados carta fora do baralho. A festa estava toda pronta para eles, mas as pessoas esqueceram que do outro lado estava o Palmeiras .

Todo mundo dizia que o Corinthians ia ser o campeão. Para nós, a expectativa era normal porque o Palmeiras era campeão quase todo ano. E naquele dia tinha mais de cem mil pessoas no Morumbi (120 mil) e a grande maioria era de torcedores corintianos. Acho que a cada mil torcedores, cem eram palmeirenses. Eles imaginavam que a vitória já estava garantida para eles – diz Jair Gonçalves.

E não foi só a mídia e a torcida adversária em maior número que queriam fazer o Palmeiras perder o título… Teve até ameaça para Leivinha, antes do jogo. Ele recebeu uma carta de alguém que se dizia corintiano e que afirmava que se ele fizesse gol, a pessoa ia matá-lo e ia matar a família dele também.  Ele levou a carta para a diretoria do Palmeiras que disponibilizou dois seguranças para acompanhá-lo de casa para o clube, do clube para casa, por um tempo. Até o presidente do Palmeiras, Paschoal Giuliano, teve um problema em sua casa quando alguém colocou fogo em seu quintal.

‘Tranquilinho’ aquele derby , não é?  E nesse climão, o Palmeiras foi pro jogo buscar a vitória, e abriu o placar com Ronaldo, depois de Jair Gonçalves levantar na área e Leivinha ajeitar pra Ronaldo (Jair e Ronaldo não costumavam ser titulares), calando a grande torcida adversária presente no Morumbi. Depois disso, como contara Leão, o adversário ficou mais preocupado em não tomar o segundo do que ir pra cima do Verdão.

Eles tinham um bom time também. Nós fizemos 1 a 0 e achei que o Corinthians viria para cima do Palmeiras. Mas isso não aconteceu. Eles tinham tanto respeito e tanta preocupação com o nosso ataque, que era bom, que eles ficaram na deles, tentando jogar de igual para igual, mas para não tomar o segundo gol .

E não teve jeito. De nada adiantou a imprensa fazer lobby para o adversário,  a  torcida deles ser maior no estádio… de nada adiantaram as ameaças a Leivinha… de nada adiantou o árbitro, Dulcídio Vanderlei Boschilia, anular um gol legítimo do Verdão (seria o segundo do Palmeiras e o segundo de Ronaldo)… O Palmeiras venceu por 1 x 0 e a festa foi verde no Morumbi.

Pra se ter uma ideia da importância daquela conquista, depois do jogo, por precaução, Leivinha (que já tinha recebido ameaças) e Ronaldo, o autor do gol, seriam colocados pelo pessoal do Palmeiras em um carro todo fechado. Dois policiais iriam dirigindo, com metralhadoras no chão, para que eles saíssem escondidos do Morumbi. Seriam levados para as suas casas com a orientação para sair só no dia seguinte.

O Palmeiras, com a sua maravilhosa Academia, ganhava mais um título, e o adversário, que já estava na fila há vinte anos, ia ficar mais um…

E a torcida esmeraldina cantava: “Zum zum zum… é 21! Zum zum zum… é 21!

(Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2014/08/memorias-do-centenario-o-chute-que-calou-mais-de-100-mil-corintianos.html)


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O ano está acabando… vai esvaziando os seus dias… E nós, palmeirenses, estamos plenos, cheios de alegria pelo decacampeonato que conquistamos há menos de um mês, e que revivemos todos os dias…

Mas não conquistamos o décimo brasileirão (só) na partida contra o Vasco, quando a matemática carimbou nosso título. Não. Ele foi conquistado em todas as rodadas, em todos os dias, todos os momentos… desde que Felipão chegou ao time. Mais afável, mais tranquilo e flexível, transformando em energia, em combustível valioso, e muita sabedoria, as águas turvas de outros tempos, Felipão desenhou o deca desde que chegou ao Palmeiras – faço aqui um ‘mea culpa’ porque, sem levar em conta que, como um bom vinho, Felipão estaria ainda melhor agora, eu não queria a sua contratação… não achava que ele pudesse trazer algo novo (tolinha)…

O homem chegou e, sabendo aproveitar o excelente elenco que tinha nas mãos, fez o que nenhum outro tinha pensado em fazer antes… montou dois times, fez com que todos se sentissem importantes, fechou a “casinha” (a tranquilidade em campo começou a vir a partir do momento que paramos de tomar gols bestas) e conseguiu ir bem em todas as competições. Ao contrário do que vimos acontecer ano passado, Felipão procurou valorizar e estimular cada um de seus jogadores, o elenco todo… Abraçou o time e o time o abraçou… a torcida entrou no abraço… e o que se viu foi um Palmeiras gigante, deliciosamente protagonista. A Família Palmeiras, com sobrenome Scolari outra vez, estava mesmo de volta, para alegria de muitos e para a surpresa de outros.

“Ainn, o Palmeiras jogou feio”, disseram as bocas localizadas nas proximidades de cotovelos doentes, doloridos…

Mas não é o gol o momento mais bonito do futebol? O momento pelo qual anseiam todos os times quando entram em campo, e com o qual sonham todos os torcedores? Não são esses gols, e as jogadas que terminam em gols que trazem o encantamento ao esporte?  Pois os gols, e todas as jogadas que os desenharam, foram nossos… por 64 vezes nesse Brasileirão… nenhum outro clube marcou tantos gols, produziu tanta beleza como o Palmeiras. Nenhum outro clube sofreu menos gols do que o Palmeiras (26)…

E não são as vitórias o objetivo de todos os times que disputam um jogo? Não é pensando nisso que alguns jogadores se benzem, beijam medalhas, apontam os céus, pisam primeiro com o pé direito… ao entrar em campo?  Pois elas foram nossas também, por 23 vezes, em 38 partidas disputadas – 80 pontos conquistados -, nenhum outro clube venceu tanto… e nenhum outro clube perdeu tão pouco também… Em 37 partidas do Brasileirão 2018, o Palmeiras sofreu 4 derrotas, nenhuma sob o comando de Felipão, que levou o Palmeiras à melhor série invicta de toda a história dos pontos corridos: 23 jogos sem perder (o segundo turno inteirinho e mais um pouco).

E não podemos esquecer as torcidas… não são elas que, enlouquecidas de alegria e em demonstrações escancaradas de  tórrida paixão,  mostradas à exaustão nas imagens de jornais e TV, que fazem o esporte ser mais do que apenas e tão somente futebol? Pois nenhuma outra torcida foi tão e tantas vezes feliz quando a torcida palestrina…

Foi lindo sim! E lindo demais! Foram deliciosas as vitórias, maravilhosos os gols (teve cada golaço) e as jogadas, foram sensacionais as defesas… foram lindas as comemorações, os abraços, os aplausos, as rezas, as lágrimas de alegria…

E brilharam todos, cada um à sua maneira, em oportunidades diferentes, com tarefas diferentes, em lances diferentes – poucas vezes vimos um time nosso tão maduro, tão consciente em campo…. Esse deca tem a contribuição de todos. Uma vitória exuberante num dia, uma vitória mais apertada no outro, três pontos aqui, um pontinho ali, um adversário “sem conseguir balançar as nossas redes” acolá… e construímos o deca. Cada um contribuiu com alguma coisa em campo… e na arquibancada também… e sobrou raça, muita vontade, sobrou o “saber conduzir uma partida”…

Conquistamos o deca em altíssimo estilo, com sobras, com números maravilhosos, com time unido, focado, consciente, com alma,  honra, amor… com orgulho.

Não montaríamos a nossa “árvore de Natal decacampeã” sem os ‘enfeites’ todos que os nossos jogadores colocaram nela… sem os craques, sem os “operários”, sem os gols, as defesas, os carrinhos, os desarmes, as faltas, os bate-bocas em campo, as encaradas no adversário, as piscadinhas, as comemorações com a torcida…

Mas ter visto os jogadores usando os seus talentos ao máximo (nosso craque, Dudu, por exemplo, o melhor jogador do campeonato, arrasou nas partidas)… o time ter se portado como se portou,  ter se motivado como se motivou, ter acreditado como acreditou, ter esbanjado confiança como esbanjou, ter virado uma família como virou… não foi na sorte… Vermos (por várias vezes) um jogador substituído vibrar feito louco, de verdade, com o gol do cara que entrara no lugar dele, não foi por acaso… tudo isso teve uma assinatura… nossa maravilhosa árvore de Natal teve um “designer” responsável pela sua idealização e montagem… ele aproveitou todo o elenco que tinha à disposição, respeitou e valorizou cada profissional… e o time jogou o que jogou pra ele, por causa dele, e é justo que se diga:

Não teríamos conseguido nada disso, sem você, Felipão. Um ‘decaobrigado’ a você!! (Eu te devia essa, viu?)

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…………………………………………..Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão Felipão e Dudu

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“E di dirti tranquillamente, de dirtelo finalmente, che ti amo e che di amarti non smetterò mai…” – Lucio Dalla

 

Que sensação maravilhosa é essa leveza pós título…  ainda estou saboreando e revivendo a tarde de domingo…

Depois de alguns amargos anos em que uma classificação para a Libertadores era o máximo que algumas administrações palestrinas nos permitiam sonhar, lá estava eu a caminho da festa do título do Palmeiras… O terceiro título nacional em quatro anos, o segundo Brasileirão conquistado em 3 temporadas… a décima conquista de campeonato brasileiro (chegamos nos dois dígitos) na gloriosa e vencedora história do Palmeiras.

Decacampeão… e parece que foi ontem mesmo que começamos a nos acostumar a falar em eneacampeonato.

Quando cheguei na Estação Palmeiras-Barra Funda, já parecia que eu entrava em outro mundo… o meu mundo. Camisas do Palmeiras, de todos os modelos, alegres, vaidosas, festivas, ansiosas, apressadas, com faixas de campeão, eram vistas pra todo lado… Muitos ambulantes vendiam faixas de decacampeão de todos os tipos e modelos. Parei para escolher uma e, eram tantos vendedores disputando a cliente,  que, mesmo sem pedir desconto algum, eu comprei a minha pela metade do preço.

Bandeiras, bonés, chaveiros, placas, camisas, faixas, cavalinhos vestidos com camisas do time e faixas de campeão permeavam o caminho… Palmeiras pra onde quer que se olhasse, e o nome Palmeiras sendo ouvido a cada vez que algum deles gritava oferecendo a sua mercadoria: Boné do Palmeiras! Cavalinho do Palmeiras! Que sensação maravilhosa trazia aquele “caos” no caminho.

Céu encoberto, uma tarde quente, meio abafada… Um “formigueiro” na rua, uma enormidade de gente, que vinha de todos os lados se dirigindo ao Allianz Parque… Aquelas pessoas todas, vestidas de verde e branco, que transitavam de maneira desordenada pelas ruas e calçadas,  iam para a mesma festa…  e com o mesmo sentimento no coração…

Quando cheguei na Matarazzo, a minha emoção resolveu espiar o movimento, e era com olhos marejados e um grande nó na garganta que eu caminhava por ali, observando os reflexos dessa nova conquista do Palmeiras, observando tudo o que eu pudesse pra guardar na memória e no coração… os óculos escuros escondiam as lágrimas que eu tentava segurar. Quanta gente indo para o mesmo lugar, quanta alegria nos rostos, quantos sorrisos, quantos olhos brilhantes, cheios de vida, e que sorriam também… o ar rescendia a felicidade, a amor… as pessoas pareciam estar ainda mais vivas. O Palmeiras já tinha conquistado o título na rodada anterior, e agora, na última partida do campeonato, ia encontrar a sua torcida em casa, ia receber a taça de campeão e o amor da sua gente… e a torcida estava louca para se encontrar com ele.  Não, não é só futebol…  É algo maior,  que nos move,  nos une, eleva e nos transporta para uma dimensão diferente, como se uma porta se abrisse para um mundo totalmente verde, com cheiro e gosto de paixão.

A festa já começava ali mesmo, na rua. A parmerada estava numa alegria só… Encontrei os amigos, ganhei uma garrafinha de cerveja e, apesar de não costumar beber, aceitei a cerveja gelada, brindamos o momento, bebemos, jogamos alguma conversa fora, rimos bastante, abraçamos o amigo que ia pra outro setor e entramos… E, claro, compramos o copo comemorativo do Palmeiras Campeão Brasileiro 2018.  “P-a-l-m-e-i-r-a-s  C-a-m-p-e-ã-o” era o delicioso som que se repetia, inúmeras vezes, dentro da minha cabeça…

Última rodada do campeonato… Eu imaginava que os dois times, por motivos muito diferentes, claro, deveriam jogar meio na ressaca. O Palmeiras chegava na partida campeão, de dever cumprido, e já fizera até uma grande festa para comemorar o título, devia estar literalmente de ressaca… o seu adversário, em compensação, chegava já rebaixado no campeonato, naquela ressaca de tristeza… De qualquer forma, era o melhor ataque da competição, contra a pior defesa.

Allianz Parque lotado (quebra de recorde na arena), transbordando felicidade… Torcedores de cabelos verdes, barbas verdes, de máscara de porco, nariz de porco, chapéus de porco, de perucas verdes, unhas e bocas verdes,  envoltos em bandeiras… todo mundo se enfeitara de alguma maneira para a ocasião tão especial… Os jogadores palmeirenses se aqueciam no gramado quando algumas faixas verdes e brancas  começaram a descer lá do anel superior… a arena também se enfeitava para a festa. E foi nesse momento que os primeiros gritos de “É campeão” começaram a ecoar forte no Allianz… aí, não deu pra não chorar…


Times em campo, Palmeiras festejado, aplaudido… o hino, arrepiante, à nossa moda… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… Tínhamos total compreensão de que estávamos dentro de um sonho… real.

Como não poderia deixar de ser, o jogo era todo nosso, mas não era tão pegado… o Palmeiras tinha mais posse de bola e procurava mais o gol – fez algumas jogadas tão lindas – , e o Vitória tratava de se defender e tentava atacar o Palmeiras com chutes de longe. Nós queríamos só comemorar, e, por isso, queríamos o gol pra incendiar a festa – o time também queria – e ele não saía. A torcida cantava feliz… com a leveza de ser dez vezes campeã brasileira.

E então, já no finalzinho do primeiro tempo, Lucas Lima fez boa jogada pela direita e tocou para Bruno Henrique chutar de fora da área. A zaga desviou e a bola sobrou para Duduzinho na esquerda. O craque do Palmeiras e do campeonato gingou na frente de seus marcadores e, com a mesma precisão de um passe que tivesse sido feito com as mãos,  levantou a bola na área, na medida, para Edu Dracena (sua segunda tentativa de gol na partida), saltar, cabecear pra baixo e estufar as redes do Vitória. O Allianz explodiu no som de mais de 41 mil vozes. Abraços campeões eram distribuídos nas arquibancadas…  que alegria! Era o gol de número dois mil do Palmeiras na história do Campeonato Brasileiro. E o Dracenão da Massa que o assinou.

No segundo tempo, Felipão voltou com Deyverson – de cabelo verde – no lugar de Borja. E o time do Palmeiras parecia ter voltado com mais pegada. Nos primeiros minutos, Dudu (que craque ele é. #FicaDuduzinho) quase marcou o segundo num chute colocado. Minutos depois, Deyverson deu uma caneta linda no jogador do Vitória, foi atingido na sequência, dentro da área, mas deu um “duplo twist carpado no vácuo” bem mandrake ao ser atingido e o árbitro nada marcou. No entanto, com a encenação (totalmente desnecessária) ou não de Deyverson, o árbitro tinha que marcar a falta que ele sofreu.

Mas nem precisamos esperar muito pra ver a rede baiana balançar pela segunda vez. Depois de uma cobrança de falta que parecia ensaiada, Dudu tocou para Scarpa, que chutou de pé esquerdo e guardou o segundo do Verdão. Na hora, tive a impressão que o goleiro falhara, mas a bola tinha dado uma desviadinha no meio do caminho. Era só festa no Allianz.

E porque o título já tinha sido conquistado na partida anterior, porque o Palmeiras vencia o Vitória por 2 x 0, porque o segundo tempo já estava na metade, o time deu uma relaxada, diminuiu o ritmo, deu espaço para o adversário. Antonio Carlos fez uma falta, fora da área e o árbitro marcou pênalti (adivinha quem era o árbitro? Ele mesmo, Heber Roberto Lopes, aquele, que nos garfou na reta final do BRA 2017. Nos garfava de novo, e no segundo lance importante, em pleno jogo de entrega da taça). O Vitória cobrou e guardou. Nem cinco minutos depois, aproveitando que o Palmeiras ainda parecia meio relaxado, sem intensidade, Luan (Vit) recebeu na entrada da área, fez a jogada individual e chutou forte. Weverton nada pôde fazer.

A partida estava empatada, e a torcida palmeirense continuava comemorando o título do Brasileirão… Nada nos abalava naquela tarde… nosso Palmeiras era decacampeão. Nossos dias, desde a rodada anterior, quando o título fora conquistado diante do Vasco, eram de festa, de coração em paz, de alma levinha, levinha… mas, claro, queríamos vencer sim.

Felipão, que já tinha colocado Moisés – de cabelo verde também – no lugar de Scarpa,  sacou Lucas Lima e colocou Guerra em campo. O jogo ia chegando ao fim… Foi então que Bruno Henrique resolveu que não podia ter água no nosso chopp. Num contra-ataque do Verdão, ele recebeu de Guerra e, de fora da área e de primeira, mandou uma bomba pro fundo da rede do Vitória. Um golaço! E a festa no chiqueiro pegou fogo! Minutos depois, o jogo acabou. O Campeão Brasileiro 2018 conquistava mais uma vitória, na última partida do ano.

“É Campeão”… “É Campeão”… gritava o Allianz Parque…  E o sonho, real,  tomou ares de fantasia… Os nomes de todos os jogadores do elenco eram gritados… de Felipão também… Fogos explodiam em volta do teto do Allianz, o céu se enchia de “nuvens”coloridas, de luzes coloridas… nada mais parecia real… como crianças, ficávamos olhando tudo aquilo, encantados. No campo, nossos heróis comemoravam muito, faziam muitas fotos, e também viviam um sonho… era difícil saber qual deles estava mais feliz. Tinha gente que chorava, tinha gente que não conseguia parar de sorrir, muita gente gritava, batia no peito… Eles e nós… nós e eles… e todos sabíamos os caminhos que tínhamos percorrido para chegarmos até ali.

Nossos heróis iam recebendo as suas medalhas – o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, convidado do Palmeiras para assistir ao jogo, era um dos que colocavam a sonhada medalha no pescoço dos jogadores… e, então, finalmente, o capitão Bruno Henrique levantou o tão cobiçado troféu…  o ar se encheu de papel verde picado… os pedacinhos de papel voavam por toda a arena… a visão era linda ali… fogos explodiam no céu, nosso coração explodia de amor… a festa dos jogadores era enorme no campo, todos queriam segurar a taça de campeão, todos queriam extravasar a alegria daquele momento, daquele primeiro Brasileirão na carreira de alguns de nossos atletas… os jogadores davam a volta olímpica, Felipão dava a sua volta por cima… o presidente Galiotte, dando a volta no campo também, cumprimentava os torcedores… a torcida, orgulhosa, louca de felicidade pelo decacampeonato, dava uma volta no paraíso… o Allianz se tornara surreal… nosso mundo estava todo ali… o Palmeiras, nosso amor pra toda vida, exercia o seu imenso poder de nos fazer esquecer de todo o resto lá fora…  poderíamos viver pra sempre dentro naquele momento…

E nada no mundo poderia ser melhor… Palmeiras, dez vezes Campeão Brasileiro! Que lindo, Palmeiras! Que lindo!

E que venha o próximo!

 

Pronto! Acabou a espera, acabou a ansiedade, os “periquitos” voando no estômago… acabaram as contas, os adversários nos secando… as notícias venenosas… acabaram as rezas, as promessas, o “vestir a camisa da sorte”… Dois anos depois de termos conquistado o enea, ganhamos mais um brasileirão! O Palmeiras é, pela décima vez, campeão brasileiro!! Sim, o nosso tão esperado decacampeonato brasileiro chegou… e consolidou ainda mais o Palmeiras como o  #MA10RDOBRASIL.

É CAMPEÃO, PARMERADA! VAMOS COMEMORAR!!

Agora, é o momento do coração explodir de alegria, de extravasarmos… de curtirmos essa maravilha de campanha que o Palmeiras fez no Brasileirão… é hora de saborearmos as delícias de mais um título – legítimo – que conquistamos… de revermos os lances, as partidas, as defesas, os gols, as declarações dos jogadores, a festa da parmerada pelo país e pelo mundo… hora de festejarmos, muito, nossos craques, nossos guerreiros, de revivermos as façanhas de Duduzinho (o melhor jogador do Brasil) e Cia…

É hora de parabenizarmos Felipão pela sua maravilhosa volta por cima… é hora de o agradecermos pela união do grupo, pela maturidade, pelos dois times que ele montou (só ele teve essa sacada)… Hora de agradecermos ao comandante e aos comandados pela melhor defesa do campeonato, pelo melhor ataque, a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos, pelo maior número de vitórias e o menor número de derrotas, pela maior sequencia de vitórias em casa,  pelo Palmeiras melhor mandante, melhor visitante… pela campanha tão tranquila no maior campeonato do país…

É hora de agradecermos a Deus por sermos Palmeiras e pela felicidade que estamos sentindo… é hora da alegria maior de todas,  hora das lágrimas de felicidade… da emoção que não cabe no peito… hora do orgulho imenso que sentimos pelo nosso time… hora de amigos, de abraços, de cerveja gelada, de vinho, de pizza e de muitas risadas… de Rua Palestra Italia lotada… de planos para a última e tão festiva partida, que acontecerá daqui a uma semana…

Mas é hora também de reconhecermos que foi tranquilo, que, no fundo, todos sabíamos, até mesmo os mais desesperados de nós, os que enxergam um furacão num mero balançar de bandeiras e reclamam como loucos por qualquer coisinha errada, por qualquer lateral perdido, passe errado, cruzamento que não deu certo… os palmeirenses todos sabiam… ESSE TÍTULO ERA DO PALMEIRAS, ERA NOSSO, E NÃO ERA DE HOJE, NÉ?

PARABÉNS, PALMEIRAS! Sua família, orgulhosa, feliz e emocionada, te abraça!! O Brasil é verde!! #QuemTemMaisTem10 

(Amanhã, eu escreverei sobre o jogo, sobre a nossa campanha… tá?)

“Caros sócios,
 
Sou o Paulo Nobre, ex-presidente que comandou o clube de 21 de Janeiro de 2013 a 15 de Dezembro de 2016. Tomo a liberdade, neste momento político pelo qual passa nossa Sociedade Esportiva Palmeiras, de manifestar a minha opinião. Estou totalmente afastado da vida política do clube há quase dois anos, e optei por não me manifestar até agora por não achar efetiva nenhuma manifestação a não ser próxima de uma eleição onde você, com seu voto, pode mudar o que por ventura julgar não estar bom.
 
Meu problema com o Sr. Maurício Galiotte é muito mais profundo e sério do que uma mera divergência de opinião sobre um tema político, como o atual presidente simplifica ao tentar explicar nosso afastamento. Digo aos senhores que a minha decepção pessoal com ele foi gigantesca e jamais poderia imaginar que ele tomasse as atitudes que tomou ao final do meu mandato e durante os dois anos do seu, demonstrando uma total divergência de princípios e de conceito do que é certo e errado, ético ou não, e desta forma meu rompimento com ele é irreversível. Eu o considerava muito mais que um amigo. Nossas famílias tinham um relacionamento muito próximo, passávamos quase todos os feriados juntos e digo de coração aberto que tenho muitas saudades dos seus filhos, por quem tenho muito carinho, e do seu pai, que era um dos poucos familiares que eu permitia que frequentasse o camarote da presidência nos dias de jogos e fazia questão que sentasse na minha frente, para ser a 1ª pessoa que eu abraçava quando o Palmeiras fazia gol. Fico triste com tudo isso, mas hoje é passado e bola pra frente.
 
Quero deixar muito claro que o ocorrido entre o Sr. Maurício e eu pertence apenas a nós dois e essa carta não tem o objetivo de denegrir a imagem pessoal dele, que pode estar destruída comigo, mas o fato de ele merecer ou não meu desprezo, não faz dele necessariamente uma pessoa má com os outros. A partir daí, cada um que faça seu julgamento, e peço a todos vocês que não motivem seu voto sábado, dia 24 de novembro, baseados no que aconteceu pessoalmente entre nós dois, e sim que vocês avaliem tudo o que aconteceu no Palmeiras em 2017 e 2018, bem como as propostas das duas chapas, para poderem votar no que julgarem que será melhor para o futuro do clube.
 
De qualquer forma, eu gostaria de esclarecer os motivos que me afastaram completamente da política do Palmeiras. Tentarei fazer um resumo dos fatos que não expus até agora, por simplesmente achar que só tumultuaria e não seria produtivo fora do período eleitoral. Acredito que fazer oposição não pode ser algo destrutivo e é com muita alegria e respeito que vejo que a atual chapa de oposição também teve esse espírito, apenas se pronunciando quando algo sério expunha o Palmeiras e a atual presidência, não sei por qual motivo, se calava.
 
Durante os 14 anos militando na vida política do Palmeiras, formamos um grupo que apesar de pequeno era coeso, sempre levando a bandeira da meritocracia, transparência, ética e profissionalismo, pois sem elas não acreditávamos que uma gestão poderia estar à altura da Sociedade Esportiva Palmeiras e estaríamos praticando a velha política.
 
No final de 2010, esse pequeno grupo começou a crescer com outros conselheiros que comungavam das mesmas ideias e princípios. Resolvemos, então, nos lançar como uma 3ª via nas eleições presidenciais de Janeiro de 2011. Foi nesta época que conheci o Sr. Maurício e, desde o princípio, ficamos muito próximos por pensarmos muito igual. Perdemos aquela eleição, não desistimos e viemos a conquistar a presidência 2 anos depois, sempre criticando a velha política e acreditando que seria possível administrar o clube de acordo com nossos ideais. Nos 4 anos de minha presidência, colocamos em prática, nossas ideias, o que possibilitou a volta do Palmeiras ao protagonismo nacional e continental, e mostramos que era possível o clube ter responsabilidade financeira com indispensável sucesso esportivo. Por esta razão, me revolta ver alguém que esteve ao meu lado nesta árdua caminhada, mas de sucesso, praticar a contramão de tudo que sempre acreditamos, colocando em risco todos os conceitos que com tanta dificuldade conseguimos implementar no clube.
 
Com o sucesso alcançado ao final de minha gestão, politicamente imaginei que o clube estava em paz. Como fui o responsável por conduzir o processo sucessório, fiquei muito honrado e feliz de ter feito meu braço direito, grande amigo e 1º vice, Sr. Maurício, meu sucessor, uma vez que nem clima para se fazer uma chapa de oposição havia no segundo semestre de 2016.
 
Entretanto, em Outubro de 2016, começou minha decepção. Gostaria de deixar claro que nunca combinei com o Sr. Maurício que sua indicação a me suceder estava condicionada à minha participação na gestão. Sempre achei que o presidente tem que ter a liberdade de montar sua equipe sem qualquer obrigação com qualquer um. Quando ele estava formando a sua diretoria, propôs que eu trabalhasse “escondido” para que o Sr. Mustafá e Sra. Leila não soubessem que eu fazia parte da gestão, o que sinceramente me ofendeu, pois jamais me sujeitaria a isso.
 
Finalmente, no dia 27 de Novembro de 2016, dia do jogo contra a Chapecoense, eu descubro que o Sr. Mustafá havia feito uma carta, no final de fevereiro de 2016, dizendo que a Sra. Leila Pereira não era sócia desde 2015, quando ela comprou um título, mas sim desde 1996, pois tinha sido agraciada por ele, quando presidente, com um título e que por desordem do Palmeiras toda a sua documentação havia sumido! (se ela já era sócia, por que comprou um título em 2015?)
 
Um ex-presidente não tem, isoladamente, o poder de fazer uma carta e o que está escrito nela passar a ser verdade. Ele teve a colaboração do diretor financeiro nomeado em minha gestão, Sr. José Eduardo Luz Caliari, o qual na época contava com a minha total confiança, para anexar com força administrativa essa carta na ficha da Sra. Leila.
 
Esse mesmo Sr. que sempre precisou contar com o apoio do nosso grupo para se eleger conselheiro pelos sócios, tinha mais dificuldade ainda dentro do conselho deliberativo para se eleger conselheiro vitalício, até quem em Março de 2016 ele se elegeu com os votos do grupo do Sr. Mustafá.
 
Após o jogo da Chapecoense, o Palmeiras em festa, chamei o Sr. Caliari para saber porque ele havia aceitado e ratificado a carta do Sr. Mustafá sem me consultar antes – a princípio, ele disse que não se lembrava! Depois, se lembrou que havia feito com o aval do Sr. Maurício Galiotte, meu 1º vice e braço direito. Ao perguntar ao Sr. Maurício, ele também não se lembrou do episódio e, depois de algumas horas, me disse que o Sr. Caliari disse a ele que o Sr. Mustafá havia dito que eu estava a par de tudo! O que é mais engraçado, é que eu passava a imagem de um presidente duro, austero e centralizador. Por que, se me perguntavam tudo, ninguém tocou nesse assunto delicado comigo?

Neste momento, eu reuni o Departamento Jurídico, que fez um parecer totalmente contrário à essa carta que conta uma história que não se comprova nas documentações do clube e que todos sabem que não é verdade. Com isso, eu revoguei a validade dessa carta antes de sair da presidência. O Sr. Mustafá reapresentou a carta na primeira semana do mandato do presidente Sr. Maurício e ele a aceitou. O caso era administrativo, onde uma sócia não tinha condições estatutárias de ser candidata por falta de tempo pra isso, porém, a partir do momento que deram condições de candidatura e ela se elegeu, passou a ser um problema político que foi julgado pelo conselho deliberativo, que encantado com a patrocinadora e com o futuro maravilhoso que era prometido, simplesmente fez vistas grossas e aceitou a tal carta.

Com essa atitude de aceitar aquela carta só para agradar uma patrocinadora que queria ser conselheira naquele momento, sem esperar o tempo que o estatuto previa e como todos os conselheiros que estão lá hoje esperaram, percebi que seria uma gestão com princípios distintos dos nossos e não seria nem de perto uma continuidade da gestão que eu, com muito sacrifício, suor e lágrimas, presidi. Diante disso, resolvi me afastar.

Sócio, você que acompanhou tudo o que aconteceu nestes dois últimos anos, é quem pode dar o aval para essa administração que pratica a velha política continuar, ou para que uma nova administração, com princípios semelhantes aos praticados na minha, assuma. Quero deixar muito claro que quando você votar no Sr. Genaro Marino, você não estará votando no Paulo Nobre, mas sim em um presidente que tem os mesmos princípios que eu.
Não existe nenhum combinado que, caso o Sr. Genaro vença, eu assuma esse ou aquele departamento, mesmo porque eu não gostaria de militar na vida  política do Palmeiras por um bom tempo, quero poder ter o direito de ser um torcedor. Mas vejo tanto no Genaro, como no Tomaselli, Galassi, Fronterotta e Guilherme pessoas extremamente sérias, dedicadas e com princípios iguais aos meus e de nosso grupo.

Pergunto a você, sócio: você está satisfeito com a atual administração do clube?Você gosta da maneira com a qual o atual presidente se comporta no dia a dia e nas crises que aparecem toda hora?

Você se sente representado pelo atual presidente?

Você se orgulha de ter um presidente como ele conduzindo o Palmeiras?

Como você, sócio e palmeirense, se sente em ver o Palmeiras virar a imagem e semelhança da presidente da Crefisa?

Você não acha estranho tanta vontade, esforço e dinheiro investido para uma campanha de mudança de estatuto para um mandato de 3 anos e, assim, possibilitar que a Sra. Leila já possa ser candidata e presidente em 2021?

Você não acha estranho em uma campanha a chapa da situação ao invés de trazer ideias trazer só brindes para agradar a você, sócio?

Você acha normal, por um erro ou engano de lançamento na contabilidade do patrocinador, o Palmeiras assumir R$ 120 milhões de dívida, que vieram como presente da patrocinadora?

Você, sócio, já não viu esse tipo de política ser praticada antes e acabar afundando o Palmeiras na lama?

Sem dúvida, os elencos montados em 2017 e 2018, na minha opinião, foram muito bons, e temos que comemorar muito esse título brasileiro, mas não te preocupa o Palmeiras estar a cada dia andando menos com as próprias pernas e ficando cada vez mais dependente do dinheiro e da boa vontade da patrocinadora?

Foi na minha gestão que a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras e eu sou o primeiro a dizer que como patrocinadores eles são sempre muito bem-vindos, mas vocês não enxergam nenhum conflito de interesses e um patrocinador participar da vida política do clube?

Meus caros amigos, eu percebo que após 4 anos de dedicação física, financeira e mental com a qual eu colaborei com o clube, não ficou nenhum legado para essa administração que me sucedeu, isso é muito frustrante, mas é a vida. Agora, avalie você dia 24 de Novembro que tipo de Palmeiras você quer para os próximos 3 anos.

Para ser muito sincero, por mais que a Sra. Leila tenha descoberto o Palmeiras só em 2015, vamos acreditar que ela tenha realmente se apaixonado pelo clube, como ela diz, afinal, nós sabemos que o Palmeiras é apaixonante! Só por esse motivo já acredito que eles não deixariam de patrocinar o Palmeiras.

Também como grande empresária e vendo como a Crefisa e a FAM ganharam visibilidade patrocinando  o Palmeiras, não há motivos para eles deixarem o clube. Agora, se isso não for verdade e eles saírem do Palmeiras, garanto que outros patrocinadores virão, pois o Palmeiras é gigante e o mercado sabe disso.

Você quer um Palmeiras que saiba pescar e conquiste seus objetivos, ou um Palmeiras que recebe o peixe dependendo do humor e da vontade de alguém?

Senhores, o Palmeiras não é brinquedo de ninguém, é mais que um clube de futebol, o Palmeiras é uma família, é quase uma religião!

O Palmeiras, para ser respeitado pelo mundo, precisa antes se dar ao respeito!

Só peço a todos vocês que pensem muito bem antes de votar, e que Deus nos ilumine e nos proteja!

Um abraço verde,

Paulo Nobre”.

Só faltou Paulo Nobre desenhar, não é mesmo? Se bem que, mesmo de longe, dá pra gente perceber que as coisas não caminham tão bem no Palmeiras agora e, se continuarem assim, certamente teremos problemas futuros.  A conta sempre chega quando não se faz as coisas corretamente. A distribuição de “mimos” para sócios aptos a votar amanhã foi de uma vergonha sem tamanho. 

Um certo rival nosso deveria nos servir de lição. Os associados lá se deixaram levar pelo “canto da sereia” da Cara de Areia – que fez de tudo para ganhar a eleição -, achando que só teriam vantagens e favorecimentos com ele, cresceram os olhos para o que poderia vir “facinho”, fizeram vistas grossas ao discurso populista e enganador do candidato, fizeram que não sabiam sobre as mensalidades de sócios que ele pagava para angariar mais votos… parte da torcida o apoiou… e olha só a situação em que se encontram agora. Caíram todos do cavalo! Certamente não imaginavam que o fundo do poço chegaria tão rapidamente, que se tornariam os maiores caloteiros da praça, que deixariam de pagar serpentinas de carnaval , marmitas… que teriam até taça penhorada… que virariam motivo de chacota dos rivais e brigariam para não cair no final do ano.

Tomara os sócios palestrinos sejam mais espertos, observem bem o “andar da carruagem” e pensem no Palmeiras, de verdade. Como bem disse Paulo Nobre:  “O Palmeiras não é brinquedo de ninguém, é mais que um clube de futebol, o Palmeiras é uma família, é quase uma religião”.

*O negrito em algumas frases da carta de Paulo Nobre foi colocado por mim.

“I was born to love you with every single beat of my heart…” 🎶 – Freddie Mercury

Que eu amo o Palmeiras em qualquer situação, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza…todo mundo sabe… Mas quando ele faz bonito, e sobra, num campeonato longo como o Brasileirão, campeonato que já está no finalzinho, aí o coração não cabe no peito de jeito nenhum…

35 jogos… 71 pontos conquistados… 20 vitórias… 11 empates… 4 derrotas… Melhor ataque da competição (56 gols marcados)… Melhor defesa (24 gols sofridos)… Melhor saldo de gols (32)… 5 pontos à frente do segundo colocado,  6 à frente do segundo… 20 jogos invicto – a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos – e faltando apenas três rodadas. Esse é o meu (nosso) Palmeiras… que depende só dele mesmo para conquistar o decampeonato.

Isso mesmo. Se o Palmeiras continuar no ritmo nas últimas quatro rodadas da competição, ele conquistará o seu décimo campeonato brasileiro. Uma coleção de campeonatos limpinhos, limpinhos… legítimos.

Temos três “match points” a contar de hoje, três chances de colocarmos mais uma taça em nossa Sala de Troféus. Já os adversários, que também têm chances ainda, precisam ganhar as suas partidas e torcer por tropeços do Palmeiras… No entanto, se considerarmos as últimas três partidas dos três clubes que disputam o título, o Flamengo só conseguiu diminuir 1 ponto da diferença entre eles, o Inter, por sua vez, permaneceu com a mesma diferença.

É impossível que, nós, palmeirenses, fiquemos indiferentes aos números, que fiquemos indiferentes a esse momento, não é mesmo? Que nos mantenhamos com os dois pés no chão.  É impossível não “ouvirmos” que o deca está, sim, batendo à nossa porta…

A tarefa da torcida palestrina, nessas três partidas que faltam, é apoiar, cantar muito, torcer muito, rezar, aplaudir… é fazer do Allianz Parque hoje um caldeirão fervente… Nossa missão é “entramos em campo”, de alma e coração, jogarmos com o nosso time, e, com muito boas possibilidades, levarmos o Palmeiras na direção de mais um título.

No entanto, dependendo dos resultados da rodada, o Verdão pode ser campeão hoje mesmo. Já pensou? Hoje pode vir a ser  o dia de escrevermos mais uma página linda da história do maior campeão do Brasil… Tomara. Mas são três batalhas que teremos pela frente, três “match points”… Temos que fazer a nossa parte, com calma, jogando sério,  com muita luta, sabendo que ninguém ganha antes do apito final; temos que aproveitar as nossas três oportunidades, conscientes de que só dependemos de nós.

Está chegando a hora da sua volta por cima, Felipão! Tá chegando a hora de sermos muito felizes juntos, de novo!

O “deca” está batendo aí na porta, Verdão! Abre a porta pra ele!! #RaçaPorco

 

 

 

 

 

Foi num 05 de Novembro… um domingo… de um distante 1933…

Nascimento, Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato, sob  o comando de Humberto Cabelli… escreveram um capítulo glorioso da história do Palestra Italia…

Jogo válido pelo Campeonato Paulista-1933 e também pelo segundo turno do Torneio Rio-São Paulo – uma semana antes de o Palmeiras conquistar as duas competições enfrentando o São Paulo da Floresta…

No Parque Antarctica (no terreno onde hoje existe o Allianz Parque)…  com quatro gols de Romeu Pellicciari, um gol de Gabardo e três de Imparato, o Palmeiras venceu o Corinthians por 8 x 0…  uma vitória sensacional… a maior goleada aplicada no rival… goleada que, até hoje, 85 anos depois, ainda não foi superada.

Salve, Palestra Italia/Palmeiras!! 👏👏👏👏👏👏👏👏

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“Eeeeeem 33, nós jogamos o Paulistão… foi em cima dos gambás… foi uma surra… 8 x 0 pro Verdão” 🎶

“Feliz daquele que sabe que o caminhar é constante… e que amar é para sempre…”

……………………Image may contain: one or more people and outdoor

Fui ao Allianz de coração aberto… para o que desse e viesse. Sabia que era difícil reverter aquele resultado indigesto que tínhamos trazido da Argentina, mas sabia também que era completamente possível que o Palmeiras conseguisse virar o jogo nos noventa minutos  aqui.

No entanto, não queria criar expectativas de já ganhou… nada disso. Só queria acreditar que podíamos. Só queria estar lá e poder torcer… muito. Esperar acontecer… Esperar a alegria nos arrebatar, caso ela viesse…

O cenário era perfeito. As ruas cheias de parmeras, aqueles inúmeros vendedores ambulantes, pelo caminho, a nos oferecerem cerveja, água, refrigerante, bonés, chaveiros, cavalinhos do Palmeiras (ah, Brasileirão), camisas, bandeiras…

Eu caminhava apressada, saboreando tudo o que meus olhos podiam ver… e conforme me aproximava do Allianz podia ouvir muitos rojões, gente ansiosa conversando… nas catracas, a torcida cantava forte, feliz… Sim, o Palmeiras, o nosso Palmeiras, estava de volta. Voltava a ser protagonista nos campeonatos.

Entrei no Allianz e ainda não tinha muita gente lá dentro… a faixa de led, logo abaixo do anel superior, era a surpresa do Allianz Parque para a torcida… num muito aceso verde e branco, um  “oleeeee oleeee porcoooo” percorria a arena… o “rascunho’ do mosaico da torcida podia ser percebido nas cadeiras…
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Por falta de festa, de apoio, é que não foi… Como conter a emoção quando o Palmeiras entrou em campo, quando  o Allianz se vestiu de milhares de vozes, se enfeitou com dezenas de fogos de artifício? Uma festa para os nossos sentidos…

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Infelizmente, não deu certo… e a partida terminou empatada. Perder uma vaga na final, acontece… mas perdê-la, podendo não tê-la perdido, é meio complicado…

Teve de tudo no jogo, foi um carrossel de emoções… uma alegria do tamanho do mundo, quando Dudu cruzou para Bruno Henrique mandar pro fundo da rede, no comecinho de jogo, logo aos 9 minutos. A gente pensa até que vai morrer nessa hora, de tanta felicidade… apreensão, quando percebemos que o VAR avisara ao árbitro que havia alguma irregularidade… decepção, quando o nosso gol foi anulado… tristeza, pelo doce que nos arrancavam da mão… tensão, quando o Boca abriu o placar numa vacilada de Luan… alegria, quando Luan empatou o jogo, ainda no comecinho do segundo tempo… uma alegria maior ainda, quando o juiz marcou pênalti e Gustavo Gomez virou o jogo… teve esperança, mas muita esperança mesmo, principalmente depois do segundo gol – se tivéssemos feito o terceiro, o Boca não iria aguentar… mas nos jogaram um balde de água fria depois, quando os argentinos empataram de novo… pelos critérios da competição, pelo agregado, teríamos que fazer mais três gols…

O malfadado jogo na Argentina pesou na segunda partida… mas não achei que o Palmeiras foi mal, ele lutou muito; achei que faltou fazer algo, além do óbvio, para pegar os argentinos de calças curtas, porque eles estavam marcando como loucos, sempre com dois, ou até mais jogadores, em cima de qualquer parmera que estivesse com a bola, para evitar mesmo que fizéssemos as jogadas, para evitar que aproveitássemos o talento de Dudu, por exemplo (em cima dele sempre tinha três ou quatro adversários). 

Não podemos reclamar do VAR se Deyverson estava mesmo impedido – lá na hora, confesso que não vi a irregularidade. Mas o fato é que, quando anularam nosso gol, o time sentiu, acabou vacilando e deixando o Boca abrir o placar alguns minutos depois, mas Luan, que falhou no lance, poderia ter tido a proteção de mais algum parmera ali… era jogo valendo a “vida” na competição.

Empatamos… viramos… e o Allianz, que já estava eufórico, barulhento, ficou ensurdecedor. A torcida estava linda! Um show! E é assim que tem que ser mesmo, independente de resultados. Se fizéssemos o terceiro, o Allianz iria “eletrocutar” os argentinos, o Boca não ia segurar em campo… Tinha bastante tempo ainda e as chances estavam abertas pra nós, mas descuidamos de novo… e de novo com o jogador “maledetto” que já tinha enfiado dois na gente no jogo de ida. Só por aqueles dois gols ele não poderia ter vida fácil em campo no segundo jogo, né? Felipe Melo, que parecia ter cansado na partida (poderia ter sido substituído por isso), e por quem o maledeto passou facilmente, também podia ter tido um ‘help’ de mais alguém… era preciso que tivéssemos um olho no gato e outro na frigideira, assim como faziam os argentinos que não deixavam nenhum palmeirense no mano a mano.

Apesar de eu ter pedido tanto o Lucas Lima no primeiro jogo da semi, e pra esse também, achei que ele foi muito previsível, tocou de lado, pra trás… esperava mais dele, esperava o imprevisto pra colocar a bola no pé dos atacantes enganando a marcação cerrada dos adversários… esperava que ele reeditasse a partidaça que tinha feito na Argentina, quando ganhamos do Boca por 2 x 0, na Fase de Grupos.

Achei também que as muitas bolas que levantamos para a área não tiveram utilidade alguma com as “casquinhas” do Deyverson. Nessa partida, ele subia pra cabecear, cabeceava de qualquer  jeito, pra qualquer  lugar, sem proveito algum para os demais companheiros, para o ataque.

Apesar dos dois gols bobos que tomamos aqui, o estrago mesmo tinha sido feito no primeiro jogo… 

Enfim, mesmo sem ser um p&ta time, o Boca, copeiro que é, passou, e a gente não…

Mas agora não dá tempo para ficarmos reclamando, para ficarmos curtindo a ressaca, e muito menos pra querermos crucificar esse ou aquele, pedindo a cabeça desse ou daquele, mesmo porque não há motivo pra isso.

TEMOS UM BRASILEIRÃO PRA CONQUISTAR!  E o Palmeiras precisa de nós!

Ano que vem tem Libertadores outra vez e estaremos lá… e tem gente que já não vai nem participar da próxima, né? 😉

Vamos em frente… que atrás do Palmeiras tá cheio de gente.

O recém-eleito Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, que é palmeirense, teve seu nome escolhido por seu pai em homenagem a Jair Rosa Pinto, ex-jogador do Palmeiras… que foi eleito, e premiado, como o melhor jogador do Torneio Mundial de Clubes Campeões, “Copa Rio” -1951. 😉

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