Cesar Greco/Ag Palmeiras/Reprodução

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Reprodução

“Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço” – Chico Xavier
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Estávamos todos esperando pelo amistoso com a Chape na Arena Condá, e os motivos eram muitos… Matar a saudade de ver o Palmeiras em campo… ver a Chape de volta – com curativos e bandagens no coração, é verdade, mas refeita, com jogadores estreantes, comandados agora por Vagner Mancini…  ver nossas novas contratações em campo… acompanharmos a reconstrução de um clube, um time;  fazermos parte, mesmo que de longe, do jogo histórico – que o Palmeiras propôs à Chape – recheado de carinho e amizade para o outro time verde que nosso coração adotou.

Claro que torceríamos pelo Palmeiras, não dá para fazer diferente em nenhum jogo, mas é claro também que o placar pouco nos importava. E ele ficou justo, perfeito para a ocasião: 2 x 2 (Douglas Grolli e Amaral marcaram os dois da Chape; do nosso lado, Raphael Veiga, estreante, que anda comendo a bola nos treinos na Academia, abriu o placar na Arena Condá; Vitinho, que fez muita gente lembrar do Mago pela visão de jogo e algumas enfiadas de bola, fez um golaço, empatou e fechou o placar; e ainda teve o Felipe Melo, emocionado na estreia com a verde esmeralda).

Mas tinha muito mais coisas envolvidas nisso… Antes mesmo do jogo ter início, um sentimento difícil de explicar tomava conta da gente, nos emocionava… Estádio cheio… torcedores das duas equipes  juntos na bancada…  a torcida da Chapecoense com uma faixa de agradecimento ao Palmeiras… os presidentes das duas equipes, que saíam de campo abraçados… a Chape agradecia ao Palmeiras em seu perfil no Twitter… Amaral, João Pedro e Nathan estavam no time catarinense… que orgulho eu senti/sinto ao ver o Palmeiras fazendo parte do renascimento da Chapecoense…

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O Palmeiras trazia o símbolo da Chapecoense na camisa, ao lado do seu próprio escudo, com a frase “#juntos”… a Chape também trazia o distintivo do Palmeiras na camisa… nosso coração, aquecido, parecia aumentar de tamanho.

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É muito mais do que apenas futebol…

O Palmeiras nos deu uma lição, pra vida. Ele foi além das palavras de comoção e solidariedade dos primeiros momentos da tragédia, ultrapassou qualquer barreira de rivalidade (o time catarinense sempre foi um adversário complicado pra gente) e ajudou a Chape a se reerguer. Estendeu a mão e a ajudou a se refazer, se renovar, a entrar em campo novamente…  a fazer com que aquela noite, de tanta dor e escuridão, finalmente amanhecesse, num jogo histórico, que foi acompanhado por vários outros países… grandes, os dois, o que estende a mão, e o que nela se apoia para recomeçar a caminhar. Palmeiras e Chapecoense…  amigos, irmãos.

Ninguém jamais vai esquecer o que houve, ninguém vai esquecer os jogadores campeões – nossos adversários num jogo de tanta alegria para nós, e pra eles também. O Palmeiras conquistava o eneacampeonato brasileiro e a Chapecoense, com o país todo torcendo por ela, vivia a alegria de disputar uma final internacional – eles estarão pra sempre guardados em nossa memória e em nosso coração, mas a vida seguirá seu curso agora e, com ela, novas alegrias hão de vir…

Amanheceu para a Chape, ela está de volta aos gramados, e vai recomeçar, com novas folhas, novas flores…   Obrigada por fazer parte disso, Palmeiras, por fazer exatamente do jeito que fez, você nos encheu de orgulho.

Palmeiras e Chapecoense… amigos para sempre. E que Deus ilumine os caminhos dos dois.

 

Desde que começaram os rumores de que o Palmeiras queria contratar  Felipe Melo, a imprensinha, formadora de opinião – que adora esculhambar a reputação de alguns parmeras – entrou em polvorosa e tratou de espinafrar o jogador e fazê-lo parecer um Godzilla repaginado.  Depois que ele foi apresentado então… só se fala nele.

E é um tal de “Felipe Melo é violento” pra cá, “Felipe Melo é violento pra lá”… não falam outra coisa (até o violento do Zé Elias  se achou no direito de chamá-lo de violento – quem não te viu jogar que te compre, Zé).

Quem ouve/lê  os profissionais de imprensa, mesmo estando acostumado a ver as muitas e constantes botinadas e agressões por aqui – de um Fagner, de um Leandro Donizete, um Rodrigo, Diego Souza, Luís Fabiano, Gil, Ricardo Oliveira (são tantos… sempre),  por exemplo –  fica imaginando que o “malvadão” do Felipe Melo vai entrar em campo com uma metralhadora numa mão,  e uma granada – sem o pino – na outra, e acabar com os adversários. E sabemos muito bem que não é nada disso, não é mesmo? Ele é um jogador viril, que joga duro sim, eu sei,  mas em nada é diferente dos muitos que temos visto jogando aqui  e com os quais a imprensinha não se importa, não se “horroriza” e também nunca quer classificar como “violentos” – Fagner, por exemplo, é muito pior, é extremamente violento , nunca toma cartão, e é só “raçudo”.

Aqui – dependendo do time do sujeito, claro – as faltas mais duras, desleais – até mesmo algumas agressões – são sempre sem querer, ou porque o jogador chegou atrasado no lance, tropeçou na própria perna… Se um pisa no pescoço do outro, é porque o outro colocou o pescoço no caminho do um…  se dá uma cotovelada, foi o outro jogador que  “se chocou com o cotovelo do outro” (tenho até print de uma notícia platinada assim)… Estourar joelho, dar soco e cotovelada na cara, mandar jogador para o hospital e deixá-lo meses parado, sem perspectiva de volta aos gramados (como Fagner fez com Ederson-Fla, num lance em que o juiz, tão camarada, nem falta marcou), morder (só foi agressão quando o Suárez fez isso), pisar na mão, rachar a cabeça e tirar sangue de alguém com uma cotovelada… só se for sem querer, ninguém aqui faz de propósito.

Aqui, o jogador “tem apenas muita vontade de ganhar”, “não usou força desproporcional”, “tem espírito de decisão”, “sabe jogar Libertadores”. “Não existem faltas duras, desleais e nem agressões aqui (por isso, a imprensinha está fazendo esse escarcéu e difamando tanto a nova contratação do Palmeiras)… não existem jogadores violentos aqui… “não tem jogadores que já levaram 15/17/19/20 vermelhos na carreira”… “não tem jogadores que levam dois vermelhos num mesmo campeonato”… “os árbitros marcam e punem todas as faltas duras e desleais, severa e igualmente”,  e “a imprensa esportiva não perdoa os jogadores desleais, agressores, sejam de qual time eles forem, e faz marcação cerrada nos mais exagerados, que são execrados pelos jornalistas nos portais, mídias sociais e programas esportivos”…

E quem me falou tudo isso foi o Coelho Branco… do País das Maravilhas.
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Já deu pra perceber como é a coisa por aqui, né Felipe Melo? A imprensinha já te mostrou as “armas” também. Tente se adequar à “inocência” e ao “fair-play” do futebol brasileiro – ao dois pesos e duas medidas, tão canalha, da imprensinha também -, sem contaminar os jogadores, tão “leais”, e com “tanto espírito desportivo” que atuam aqui no Brasil, tá?

E fica esperto, porque, alguns veículos de comunicação, alguns “torcedores (rivais) profissionais de imprensa” – que adorariam ter você no time deles – jogam sujo. E, como você é jogador do Palmeiras e não do time deles, vão pintar você com as cores mais violentas possíveis, vão te dar uma péssima reputação, que não dão a outros aqui. O que eles querem mesmo, é que os árbitros, ao contrário da benevolência (vistas grossas mesmo) que costumam ter aqui com alguns atletas violentíssimos, vejam você como o grande vilão, te persigam e punam, até pela mais insignificante falta, com o rigor que não costumam usar com os “Fagners”, “Rodrigos”, “Diegos”, “Ricardos”, “Alfacios”, “Márcios”, “Luíses”…
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Bem-vindo ao Palmeiras, Felipe Melo! Bem-vindo ao mundo dos jogadores perseguidos pela imprensinha canalha.

E é assim desde 1914…

2016 acabou e a temporada 2017 vai ter início…  Vivemos momentos surreais nesse ano que “acabou de acabar”, nos alegramos com um monte de coisas, com um monte de gente, mas, em compensação,  aguentamos muita encheção de saco… da imprensinha, principalmente.

O jornalismo esportivo no Brasil anda meio ‘caidaço’ mesmo, muitos de seus profissionais abdicaram do serviço de levar ao torcedor a informação como ela é, primando apenas pela guerrinha de ódio aos clubes rivais dos seus clubes de coração. E ainda há os que buscam “notoriedade” provocando torcedores nas mídias sociais. #RestInPeaceJournalism

Agem tão naturalmente que nem percebem que as suas declarações são um festival de contradições e incoerências, temperadas apenas com o despeito e a raivinha que sentem pelos rivais. E com o Palmeiras (sempre) vale qualquer coisa…

Quem não se lembra do Gambazek, ‘dedurando’ Valdivia ao STJD por forçar um terceiro cartão amarelo (ele jura que não foi ele, mas, se foi no programa dele, se era pauta do programa dele) e, no entanto, nunca tê-lo visto fazer o mesmo com nenhum outro jogador dentre todos os que forçam cartões? Quem não o viu, nesse Brasileirão 2016, ironizar Paulo Nobre por “ter reclamado do nível da arbitragem”, quando, na verdade, Paulo Nobre reclamou da tramoia de se valerem da interferência externa, ilegal, proibida pela Fifa, para se anular um gol ilegal num FlaxFlu de dois gols ilegais?

Atitudes pouco ou nada profissionais de alguns “jornaleiros” estão sempre pipocando por aí (não foi só em 2016)… Poderíamos listar uma tonelada delas. O santista, “Zé Caiu”, ofendendo até a mãe de torcedores no Twitter, fazendo insinuações levianas e maldosas sobre o Palmeiras, tripudiando sobre a lesão de um jogador (fez isso com Arouca em 2015). Os prints, inúmeros, estão por aí…

Sormani (outro santista), em 2015,  sendo extremamente grosseiro com Zé Roberto – convidado do programa da FOX -, ao falar sobre a mítica preleção do jogador, da qual o jornalista, com uma soberba tamanho GG, desfez um bocado – acabou pedindo desculpas depois, porque ficou feio pra caramba…  o mesmo Sormani, nesse Brasileirão, achou um horror a torcida do Palmeiras lotar o aeroporto para incentivar o time, mas não achou nada errado quando foi a torcida do Flamengo a fazer o mesmo, semanas antes… Renato “Felipão é 99,9% do Flamengo” Prado, dizendo que o Palmeiras “estava se borrando de medo do Flamengo” (dias depois, desesperançado, desceu a lenha no seu próprio time)…  Neto – esse, nem jornalista é – falando asneiras,  falando do Palmeiras, dos jogadores do Palmeiras, do presidente do Palmeiras, praticamente todos os dias, com o ranço curtido e envelhecido em tonéis de despeito de quem foi descartado pelo Ribamar…

J. Canalha, tão “elegante”, “isento” e santista,  chamando o zagueiro Vitor Hugo – convidado do programa da ESPN – de vice campeão da Copa do Brasil 2015, antes mesmo das partidas finais entre Palmeiras e Santos serem jogadas… e dando piti recentemente,  por causa dos sinalizadores – “podem queimar o olho de alguém” – que a torcida do Palmeiras acendeu em Congonhas. Mas ele não pareceu se preocupar com queimadura alguma nas vezes que outras torcidas fizeram o mesmo… André Hernan, fazendo “força-tarefa” para dedurar um ponto, supostamente usado por Cuca, mas deixando passar, em oportunidades anteriores, e sem “força-tarefa” alguma, os pontos usados, muy notadamente, por Dorival, Marcelo Oliveira, Tite…

A FOX, com o seu ‘dois pesos e duas medidas’, tentando fazer parecer ilícita uma situação que, semanas antes, e com outra torcida, ela tinha achado “histórica”.

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Chega a ser vergonhoso quando comparamos, não? Como dar credibilidade à essa imprensa?

A lista de “profiçionais” e “profiçionalices” é grande.  Os pênaltis não marcados para o Palmeiras são sempre “questionáveis”, polêmicos”, “interpretativos”, “o jogador tropeçou na própria perna”… alguns “erros” capitais contra o Palmeiras não são nem mesmo mostrados ou discutidos – vide os pênaltis sofridos por Yerry Mina, nesse Brasileirão, diante do Sport, diante do Galo. Um mínimo de beneficiamento que o Palmeiras receba – no meio de dezenas de prejuízos constantes que ele sofre e de pontos que lhe subtraem -, vira um escarcéu, e boa parte da imprensa, no seu jeitinho tão “Goebbels” de ser, repete incansavelmente o mesmo mantra de que o Palmeiras está sendo beneficiado.  No entanto, no brasileirão 2015, por exemplo, quantos ‘erros’, favorecendo um mesmo time, passaram quase despercebidos pela imprensa em geral – até mesmo pelos jornalistas ditos palmeirenses. Todo mundo deu um jeitinho de fazer parecer normal, entre outras coisas, um time cometer inúmeros pênaltis e passar 35 rodadas sem que nenhum deles tivesse sido assinalado…

O Palmeiras parece ser a vítima principal desse jornalismo rastaquera. Liderando o Brasileiro 2016 desde a 9ª rodada até a última, se viu em meio a uma verdadeira guerra que a imprensinha deflagrou contra ele, e sempre em favor de quem estivesse na segunda posição da tabela, principalmente quando quem esteve em segundo foi o “Flameingo”.

Quanta bobagem tivemos que ouvir e ler, quantas previsões furadas (até de pai de santo) tivemos que aguentar (o Palmeiras vai cair da primeira posição na 12ª rodada…), quantos torcedores profissionais de imprensa perderam a máscara querendo nos fazer acreditar que não ia dar para o Palmeiras… Difícil escolhermos o mais “disgusting”…

No entanto, teve um “jornalishta flamenguishta” – que jura que é torcedor do Racing-ARG  (jurava. Agora, não dá mais pra ele esconder o time de coração) -, que sempre se incomoda muito com o Palmeiras, e que quase surtou nesse 2016…

Não é de hoje que  Mauro Cezar Pereira nos dá a impressão que mistura o ato de informar com o de torcer. Pinta sempre com tintas mais escuras os comentários e análises sobre o Palmeiras e tudo o que se relaciona ao clube – nem os torcedores escapam -, se utilizando, muitas vezes, de argumentos que nos parecem meio distorcidos e um tanto quanto incoerentes.

A torcida do Palmeiras não engoliu a postura  pouco isenta do cidadão em 2016. Somos torcedores, e torcedores são passionais, é verdade, mas é exatamente por sabermos disso, que ficamos muito desconfiados que o torcedor lá “dentro do armário” do jornalista é quem andou escrevendo e falando sobre o Palmeiras no último ano.

O interessante é que, assim como os torcedores, ele também não é tolerante com certas coisas… Perguntaram a ele, certa vez, se em alguma ocasião ele achou que passou do ponto, se achou que tenha sido mal-educado, falado alguma grosseria ou usado um tom agressivo demais com um colega durante o debate, e tem um trecho na resposta dele que é bem interessante…

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Então…  Deturpar algo que é dito para sustentar o próprio ponto de vista, não dá; e eu diria que distorcer alguns fatos para sustentar determinados argumentos é intolerável. E não tem como concordar com coisas que tentam fazer parecer que  “preto é branco e azul é vermelho”. É por pensarmos o mesmo que marcamos posição em relação à uma boa parte da imprensa.

Como você pode ver na imagem abaixo, falando sobre o Avanti, o programa de Sócio-Torcedor do Palmeiras, ele diz que 100 mil associados – marca que o Palmeiras comemorava efusivamente na ocasião, e que a maioria dos clubes ainda estava longe de atingir – não representam nada (o “nada” está nas entrelinhas), representam só 1% da nossa torcida, “segundo pesquisas”. Uma notícia aparentemente normal, uma informaçãozinha de nada, a não ser pelo fato de que as pesquisas. nas quais ele se baseou, “mataram” milhões de torcedores do Palmeiras.

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Eis aqui um exemplo do “fazer parecer que azul é vermelho”…  A pessoa tem que ser muito bobinha, ou ter muita vontade de encolher a torcida do Palmeiras, para acreditar que ele tem apenas 10 milhões de torcedores e outros times por aí têm mais de 30/40 milhões, não? Se, há alguns anos, o Palmeiras tinha 15 milhões de torcedores e os dos “mais de 30/40 milhões” atuais tinham, aproximadamente, 20 milhões, basta pensarmos um pouco para percebermos que essa conta aí não bate. Algumas torcidas aumentaram em 50%/100% o número de seus torcedores e a do Palmeiras encolheu mais de 30%?  Morreram milhões e não nasceram outros? Ah, esse jeitinho “Goebbels” da press…

O Palmeiras teve o melhor público do campeonato, está entre os melhores índices de audiência, vende uma tonelada de camisas – infantis, inclusive (há alguns anos, era um dos 5 que mais vendiam adidas no mundo. Imagina agora?) – tem o programa de sócio torcedor que está entre os 10 maiores do mundo; tem canal do Youtube com mais inscrições no país; enche estádios em outros estados… a supremacia dos outros clubes, em número de torcedores, aparece onde mais além das “pesquisas”?

E ele critica sempre os programas de sócios-torcedores (algo que existe nos maiores clubes do mundo, inclusive, no futebol inglês,  para o qual ele se derrete) e diz que os clubes estão segregando quem não pode pagar e fazendo futebol para a classe média.

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“Preferem lugares sobrando no estádio”
… O Allianz está sempre cheio, mas, ainda que não estivesse, até parece que antes dos programas de sócios-torcedores os estádios estavam sempre lotados aqui  no Brasil, não?

E será que é o preço do ingresso mesmo o (único) termômetro do que leva, ou não, o torcedor ao estádio? Nem sempre quem cobra menos tem o melhor público (esta aí o SPFW , que não enche estádio nem cobrando R$ 10,00 – não encheu nem nem quando cobrou R$ 1,99 – que não me deixa mentir ). Como podemos constatar na imagem abaixo – onde não há nenhuma crítica do jornalista ao preço de ingresso, bem maior, praticado pelo Flamengo –, mesmo cobrando bem menos, o Santos teve público menor.

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Eu sei que ele parece falar de maneira geral quando critica os preços praticados pelos clubes em seus programas de sócio-torcedor, mas adivinhe se ao citar o Palmeiras não tem um veneninho?

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A postagem acima é de 2015…

Com tantas arenas por aí, só a do Palmeiras é que é a “arena do presidente Paulo”. Tem um veneninho aí, não? Além disso, o raciocínio não é muito lógico. Se o torcedor palmeirense pagava R$ 70.00 e tinha acesso direto, basta calcularmos, com 4 partidas como mandante no mês, esse ingresso saía muito mais barato que os 40 reais que pagávamos, sem Avanti, no Pacaembu e no Palestra, ou até mesmo os 30 reais de alguns anos atrás. Onde isso é ruim?

Nos valores de hoje, o Plano Ouro custa R$ 109,90 ao mês e dá 100% de desconto no setor que o jornalista chama de “menos nobre”, o Gol Norte; 4 mandos ao mês = ingressos a R$ 27,27 = uma senhora economia para o torcedor que vai sempre ao estádio -, no entanto, o sócio-torcedor do Flamengo, por exemplo, num plano quase equivalente, de R$ 99,00 ao mês, tem apenas direito a descontos no valor do ingresso, descontos que não ultrapassam os 50% (e se o torcedor quiser comprar mais de uma entrada, terá um acréscimo de R$ R$ 30,00 na mensalidade). Faça as contas…

Ah, mas “mais da metade da população brasileira é classificada como pobre ou de baixa renda”,  a maioria não pode pagar… “Não é moleza para a maioria desembolsar a taxa mensal. Ainda mais “num país em que a renda média domiciliar per capita é de R$ 1.052,00”.

É  verdade mesmo, a maioria não pode pagar por futebol –  não pôde nem pensar em pagar pelos caríssimos jogos da Copa do Mundo 2014, inclusive -, mas também não pode pagar por restaurantes, viagens, teatros, cinemas, Olimpíada e por… canais de TV! Ele não acha que são caras as assinaturas dos canais de TV?  Não acha que esses canais – o que ele trabalha, inclusive -, que muitas vezes transmitem jogos que a TV aberta não transmite – o que praticamente obriga os torcedores a assiná-los -, estejam fora do alcance do bolso de mais da metade da população brasileira? Não acha que é um abuso o torcedor ter que pagar por esses canais (com Premiere, é pior ainda) e ainda ter que assistir aos jogos com narradores tendenciosos, com torcedores rivais como comentaristas? Parece meio hipócrita isso, não? Os donos das TVs podem fazer programas sobre futebol (alguns bem ruinzinhos) apenas para a classe média,  podem transmitir futebol para menos da metade do país, segregando a outra parte, mas os clubes, que precisam investir muito em seus times e estádios, não podem? E quem vai sustentar os clubes, pagar as suas contas, montar os grandes times com os quais torcedores ricos e pobres sonham? Os jornalistas?

Os europeus podem vender carnês (em troca de descontos  “obrigam” o torcedor a comprar ingressos para o ano todo), podem até vender escalações antes dos jogos – como acontece na Inglaterra, com clube de divisão inferior – podem ter programas de sócios-torcedores, privilegiar esses associados com descontos nos ingressos, e tudo isso é lindo,  é de primeiro mundo, mas os clubes brasileiros, – a maioria deles, num miserê danado – não podem?

E ele não parece querer só dar aulas de marketing e administração para os clubes… Com o Palmeiras liderando o Brasileirão 2016, ele deu a impressão que queria ensinar o técnico Cuca a fazer o Palmeiras jogar. Quem o lia/ouvia até pensava que ele entendia mais da profissão do Cuca do que o próprio Cuca.

O Palmeiras foi campeão com 80 pontos, foi líder desde a 9ª rodada, com maior número de vitórias, o menor número de derrotas, o melhor ataque, a melhor defesa, o melhor saldo de gols, o Bola de Ouro, colocou vários jogadores na seleção do campeonato, fez o melhor segundo turno da história dos pontos corridos, e o futebol do Palmeiras, segundo o jornalista – que repetiu isso o campeonato todo -, era ruim, era o Cucabol. E não era apenas uma opinião dada, a crítica pontual, constante, tinha cara de perseguição mesmo – até o Cuca reclamou. Se fosse rubro-negra a camisa do líder, será que as críticas existiriam? Haveria perseguição? Faça a sua aposta.

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E onde será que está escrito que há alguma coisa errada com os gols originados de rebote de lateral? Onde será que existe a tal “regra” que gols originados de cruzamentos têm menos valor? Quem determinou que um técnico não pode aproveitar o fato de ter jogadores altos, de ter bons cabeceadores no time ?  Isso ficou com cara de uma vontade imensa, e rubro-negra, de querer desmerecer o futebol do Palmeiras e o seu técnico, não? (Do gol irregular do Flamengo, ele nada falou) Afinal, se o “Cucabol” era ruim, como é que o ‘bom e objetivo’ futebol dos outros times não conseguiu ser mais eficiente que o do Palmeiras, e esses times ficaram 29 rodadas atrás do time do Cucabol? Como não conseguiram superar os números do Cucabol? Como perderam para o Palmeiras o título de melhor time do campeonato? Como o criador do Cucabol foi escolhido o melhor técnico da competição? Por que não houve um “Entregobol” e outros apelidos depreciativos para as defesas e esquemas dos times que tomaram 62 gols de um esquema “tão ruim” quanto o de Cuca? Que jornalismo é esse, que ataca só o time que lidera o campeonato?

E foi bizarro ele tanto desmerecer o “Cucabol”, mas fazer ‘cara de paisagem’ para o futebol de outros times, o do ex-segundo colocado na tabela, por exemplo, que não deu nem pro cheiro. Ele achava que esse time tinha o futebol mais objetivo do campeonato… Não é o que dizem as estatísticas. Essa, por acaso, foi feita um pouco depois do confronto entre Palmeiras e Flamengo no segundo turno.

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Confrontado com essas estatísticas por torcedores (que ele, tão “democrático”, bloqueia loucamente no Twitter), ele se saiu com essa:

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Puro enrolation… O Flamengo cruzava quase 4 vezes mais do que o Palmeiras e não dependia dessa jogada? E a fazia tanto por quê? Pra passar o tempo?  Deve ser por isso que o campeão foi o Flam… Oh, wait! E aí nos lembramos do craque Alex dizendo que os clubes jogam exatamente como treinam…

E dá-lhe pentelhação e dor de cotovelo…

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Na imagem abaixo, podemos perceber o “jornalismo ressentido”… Ele achou absurdo o pênalti a favor do Palmeiras, mas absurdo mesmo foi fazer de conta que essa penalidade não existiu e ainda tentar atrelar isso a um outro jogo onde uma grande picaretagem tinha dado a vitória ao Flamengo…

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Em 15/09, o Flamengo continuava correndo atrás do Palmeiras, e, segundo o jornalista, o Palmeiras estava “estagnado” com o previsível Cuca,  e o Flamengo, do seu coração torcedor, estava em evolução…

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A análise dele era tão “isenta”, “criteriosa”, tinha tanto “embasamento”, a “evolução” do Flamengo era tanta, e o Palmeiras, do “previsível Cuca”, estava “tão estagnado”  que, algumas rodadas depois, em 23 Outubro, ele já tinha jogado a toalha. Nem com o segundo lugar ele contava mais para o time que “estava em evolução”…

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E nem os torcedores escapam. Os do Palmeiras parecem ser os favoritos; são criticados pelo jornalista desde a inauguração do Allianz Parque, “enchem o estádio só porque é novidade”. Ele tem a pretensão de ignorar e diminuir até o amor dos palestrinos pelo Palmeiras, porque cansou de afirmar que a “torcida cappuccino”, que é como ele nos chama, “vai ao estádio apenas para fazer selfies e tomar café” (e ninguém conta pra ele que não vendem café no Allianz)… Não demora muito, o ca#ador de regras, vai querer dar dicas de moda para as torcedoras também…

E perde um tempão reclamando das selfies dos torcedores (o que ele tem com isso, né?)…

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Você leu na imagem acima? Então, fica estabelecido que selfie em estádio ‘é muito patético’, segundo a cartilha “O que o torcedor pode e o que ele não pode fazer no estádio”, que o jornalista parece ter escrito (o pau de selfie ele deve ter visto sabe-se lá onde;  no Allianz, os parmeras não usam isso não). E o mastro, que “agitava a bandeira com fervor”, só não está mais nos estádios (paulistas) porque foram proibidos pela polícia. O coitado do pau de selfie nem existia quando a proibição foi feita, as selfies também não.

E fazer selfie, com pau ou sem,  é mais patético ainda quando quem a faz é o ca@ador de regras, que critica as selfies de “girls and boys” que ‘ignoram o placar’…

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Porque, comigo, preto é branco e azul é vermelho…

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Confrontado por torcedores, de novo, após essas imagens irem parar na internet, ele se justificou dizendo que a selfie foi um pedido dos torcedores. Realmente, seria indelicado, arrogante, ele se recusar a atender um pedido de torcedores. Mas não é ele quem critica as selfies feitas com ou sem acompanhante?

Depois disso, ele foi fotografado na bancada do Pacaembu, num outro jogo do Flamengo – e não há nada demais que ele vá aos jogos do seu time -; as imagens caíram na internet, e ele, ironizando o fato e os que o fotografaram, continuou martelando que  “selfie é patético”…

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Parece que as definições de “patético” foram atualizadas… hahahahaha

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Não se esqueça,  amigo leitor, você e eu não podemos fazer selfie no estádio – os outros torcedores também não podem -, porque “é patético”, tá? hahahahaa

2017 promete… muito mais incoerência, hipocrisia e artrose em “jornalíshticosh” cotovelos…

“Sai do armário”, Cezar! Lugar de torcedor é na bancada!

Desde os últimos meses de 2016, as especulações sobre contratações apontam nomes e mais nomes que estão chegando e saindo dos clubes. Claro que a maioria delas é só ‘adivinhation’ mesmo – em 2015, Dudu era do “lava-jato”… . em 2016, o Santos já tinha tudo acertado com o Guerra…

E em relação ao Palmeiras, que é o clube com mais ‘bala na agulha’ atualmente, a imprensa especula (inventa?) e já enche de defeitos os mais badalados prováveis futuros jogadores a vestir a verde mais campeã do país.

Como estão fazendo com Felipe Melo, por exemplo. Dizem que Palmeiras, São Paulo e Flamengo disputam a contratação do jogador da Internazionale de Milão (Felipe Melo já disse em seu perfil no Twitter que não houve contato algum do Flamengo). E praticamente afirmam que ele virá para o Palmeiras – lá na Itália dizzem que o destino do atleta deve ser mesmo o Brasil.

Eu não sei se Felipe Melo virá para o Palmeiras, como afirmam os especuladores de plantão, não sei nem se o Palmeiras tem mesmo interesse nele – nem estou preocupada com isso -,  mas estou começando a achar que as especulações são verdadeiras, só pelas tintas escuras com que querem pintar o jogador – se ele estivesse indo para qualquer outro clube que não o Palmeiras, certamente as tintas com as quais o pintariam seriam as mais claras e  brilhantes possíveis – lembram do Jonas, o “Schweinsteiger do Sertão”? Então…

“Ainnn, mas o Felipe Melo é muito violento”, diz um monte de gente (até mesmo ex-jogadores violentosestão dizendo isso). É muita hipocrisia dessa press… Parece até que o Palmeiras está/estaria contratando “Godzilla” Mas será que é do jeito que estão pintando?

Felipe Melo jogou no Brasil por três clubes diferentes, Grêmio, Cruzeiro e Flamengo, no período de 2001 a 2004, em campeonatos brasileiros, atuou em 76 partidas e recebeu 17 cartões amarelos (média 0,22)  e dois vermelhos (0,02).

GRE (2004)…………….19 jogos…….7 Amarelos…….2 vermelhos

CRU (2003)…………….31 jogos…….7 amarelos…….0 vermelho

FLA (2001/02/03)…..26 jogos…….3 amarelos…….0 vermelho

Nada demais, não é mesmo? Muita gente, que agora o acha tão violento, fazia pior quando jogava…

Mas esses são números do Brasil, e no Brasil, dependendo do clube onde o jogador atuar, as arbitragens deixam o sujeito ser violento à vontade, agredir à vontade – está aí o Fagner, que não me deixa mentir; agride um monte de adversários, mas não recebe todos os cartões vermelhos – nem amarelos – que merece.

Vejamos, então, como Felipe Melo se saiu, em relação à disciplina, atuando em Ligas europeias, onde os árbitros costumam ser bem mais rigorosos.

De 2004 à 2016,  foram 317 jogos  /  105 amarelos (média 0,33)  /  13 vermelhos (média 0,04)

Período…….Clube…………………….Jogos……..Amarelos………..Vermelhos

2004/05 –    Mallorca———————- 8 —————–1……………………..0
2005/06 –    Racing Santander—— 33 —————11……………………..1
2006/07 –    Racing Santander—— 15 —————–5……………………..1
2007/08 –    Almería———————- 34 —————13……………………..0
2008/09 –    Fiorentina—————— 29 —————-13…………………….2
2009/10 –    Juventus——————- 29 ……………..11…………………….2
2010/11 –    Juventus——————- 29 ——————6…………………….1
2011/12 –    Galatasaray————– 36 —————–13…………………….0
2012/13 –    Galatasaray————– 26 ——————-6…………………….2
2013/14 –    Galatasaray————– 30 ——————-8…………………….2
2014/15 –    Galatasaray————– 20 —————–11…………………….0
2015/16 –    Galatasaray————– 02 ——————-0…………………….0
2015/16 –    Internazionale———- 26 ——————-7…………………….2  ( http://www.inter.it/en/squadra/G0970 )

15 vermelhos, na disputa de campeonatos nacionais, de 16 anos de carreira (em algumas temporadas passou zerado). Em competições da UEFA, foram 50 jogos e 18 amarelos. Com a selenike, foram 22 jogos, 6 amarelos e 2 expulsões.

Eu sei que Felipe Melo entra duro nas jogadas, com disposição, muitas vezes com muito mais disposição do que deveria, mas só porque ele pode acabar sendo jogador do Palmeiras, a imprensinha está fazendo o Felipe Melo parecer o Godzilla vindo da Europa, fica contando seus cartões amarelos e vermelhos como se ele fosse o grande homem mau do futebol mundial, e esquece de contar os de outros atletas.

Na Europa, por exemplo, Pepe, o brasileiro naturalizado português, já foi expulso 15 vezes…

Sérgio Ramos, do Real Madrid, já foi expulso 19 vezes…

Aqui no Brasil, Kleber, o “Gladiador”, já foi expulso 13 vezes na carreira…

Diego Souza, já recebeu 17 vermelhos na carreira (fora os que o juiz deixou de dar, como aquela pisada, com os dois pés, no Thiago Santos, no BRA 2016, por exemplo)…

Luiz Fabiano, pretendido agora pelo Santos (e ninguém fala que ele é violento), já foi expulso 20 vezes na carreira…

E o que dizer do brasileiro Fernandinho, do Manchester City , que foi expulso 3 vezes em seis jogos?

E temos ainda aqueles que são violentos pela própria natureza, e que nem sempre, e nem todos, são advertidos com cartões – Leandro Donizete é um desses casos, Fagner é outro. Em 2015, os mais violentos do Brasileirão, segundo votação de jogadores das séries A e B do campeonato, foram:

1º – Leandro Donizete/Atl-MG –  com 17, 4% dos votos
2º – Willians/CRU – 10,1% (Cometeu 74 faltas, recebeu 14 amarelos e 2 vermelhos)
3º – Rodrigo/VAS  – 10,1% (recebeu 12 amarelos e 2 vermelhos)
4º – Jonas/FLA – 9,2% (recebeu 8 amarelos e 2 vermelhos)
5º – Guiñazu/VAS – 5,5% (recebeu 9 amarelos e 1 vermelho)

Em 2016, foram eleitos como os mais violentos:

1º  Leandro Donizete/ATL-MG com 33,05% dos votos (“bicampeão” em violência. Foi contratado pelo Santos agora e ninguém associou o “violento” ao seu nome)
2º – Fagner/COR 11,01% (imagina se ele fosse punido todas as vezes em que agride um adversário?)
3º – Rodrigo/VAS  7,62%
4º – Edílson/GRE  4,23%
5º – Joel Carli/BOT 4,23%

Ainnnn, mas o Felipe Melo é violento…, afirmou um monte de gente, afirmou Zé Elias, em um programa de TV.

É mesmo, Zé Elias? Me conte como era no seu tempo…

 

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Como eu disse lá no começo da postagem, não sei se o Felipe Melo virá para o Palmeiras, não estou preocupada com isso (gosto muito dos volantes que temos aqui), e também não sei nem se o Palmeiras quer mesmo o jogador… mas, pelo tanto que essa possível contratação já está incomodando os torcedores rivais de imprensa, porque estão fazendo parecer que é Godzilla quem está chegando ao Palestra… estou achando que vai ser uma boa se ele vier, viu?

Pode chegar, Felipe Melo!! A gente põe mais água no feijão. 😉

 

 

 

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“Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida era o Palmeiras; vivi Palmeiras e descobri que ele é a alegria”. (me desculpe, Rabindranath Tagore)

 

2016 chegou ao seu último dia… e, ao mesmo tempo em que gostaríamos de nos livrarmos logo dele e de algumas tristezas e decepções que ele “nos deu” – “acaba logo 2016”, diz a maioria -, entupimos as nossas  malas e bagagens para o Ano Novo com todas as deliciosas alegrias que 2016 nos trouxe, com as pequenas conquistas ao longo de doze meses, com os amigos, as pessoas queridas que caminharam conosco nesse período, e com a felicidade do tamanho do mundo que sentimos neste ano. Sim, elas vão conosco – na mala mais bonita – para 2017, assim como vão as tristezas e decepções também – não tem como não levá-las. Mas, essas, deixamos guardadas numa caixa, com tampa bem fechada.

Ah, 2016, seu louco…  Foram tantas alegrias que nos parecia que era só abrir os braços para que as estrelas do céu caíssem neles e se pudesse abraçá-las. Mas não foram as estrelas que caíram do céu, nós é que voamos tão alto que pudemos ir ao encontro delas. E as abraçamos em 2016…

Mas 2016 estava confuso, e fez uma grande bagunça na cabeça e no coração da gente… conseguiu embrulhar a nossa maior alegria num papel de tristeza… e, por um tempo, muito doloroso, tivemos que nos manter em respeitoso silêncio e deixá-la guardada no coração, para só voltarmos a experimentá-la muitos dias depois…

Não podemos mudar o que 2016 escreveu… não podemos reescrever nada (algumas coisas não gostaríamos de reescrever mesmo, nem mudar uma vírgula sequer)… mas podemos aprender. E aprendemos sim, muito.

Aprendemos que a vida é um sopro, é efêmera, e que é por isso que cada momento aqui é único, é mágico…

Que não podemos perder nem ignorar as pequenas alegrias do caminho, enquanto esperamos a grande e tal felicidade… que não se pode ter cautela pra ser feliz… que é preciso viver e curtir cada dia, cada momento… a gente tromba, ou não, com a “grande felicidade” lá na frente…

Aprendemos que é preciso que se abrace mais, se beije mais, se troque amor mais e sempre que for possível…

Que a Roda da Fortuna gira sim, e ela girou completamente a nosso favor…

Aprendemos que os sonhos, outrora proibidos pra nós, estão liberados, e podem e devem ser sonhados todos os dias – demos de cara com um desses no dia 27 de Novembro…

Aprendemos que quanto mais severa for a “poda”, mais forte, alta e frondosa se fará a árvore…

Que não estávamos errados quando – bem lá atrás – contávamos as nossas pequenas e modestas bençãos para não perdermos o dom de acreditar…

Aprendemos que é o que nós plantamos que determina o tipo de colheita que teremos depois…

2016 nos ensinou que, juntos, ficamos fortes demais…

Aprendemos que podemos receber até mais do que pedimos…

Que é bom viver, apenas isso, porque viver é começar sempre, a cada instante, a cada  dia e não só a cada ano…

E reforçamos aquilo que sempre soubemos… que ser Palmeiras é uma benção, uma dádiva, um privilégio… que ser Palmeiras faz para a nossa alma o que o sol faz para as plantas… que ser Palmeiras nos faz pessoas melhores e mais felizes…

E é isso que eu desejo para você e para mim em 2017, que sejamos Palmeiras sempre e cada vez mais…

Feliz Ano Novo, amigo palestrino! Com muita saúde, alegrias, gols, defesas maravilhosas, com Allianz Parque lotado, com a torcida mais linda do mundo fazendo festa, cantando, se emocionando…  COM PALMEIRAS NO CORAÇÃO!!

E boooora ser feliz e campeão em 2017 também!! 

Um grande e feliz ano para todos os amigos – palestrinos ou não – do Blog da Clorofila!

        

………………..arvore-parmera

24 de Dezembro…

Embora o país esteja passando por tantas dificuldades… as ruas estão entupidas de pessoas, apressadas, tentando driblar o calor imenso, a falta de dinheiro e emprego, e fazer as suas compras de Natal…

E  no meio desse vai e vem todo, quantas camisas do Palmeiras eu vi…

Pois é… Na contramão da economia arrasada do Brasil, na contramão de tanta coisa errada e triste que anda acontecendo por aí, o Palmeiras vai muito bem, obrigada, e que momento de sonho vivemos nós, palmeirenses… E por mais que sejamos solidários às outras coisas – e somos sim -, não temos como não nos sentirmos felizes pra caramba com o que nos aconteceu neste ano… não tem como não nos lembrarmos das lágrimas de alegria, dos abraços nos amigos… e daquela coisa tão boa que sentimos em nosso coração… não tem como não agradecermos ao espírito maior que veio aqui nos ensinar o amor…

Fomos tão felizes, sentimos tanto amor no coração, neste 2016, que certamente nos tornamos pessoas melhores por isso… como deve ser no Natal, como deveria ser no ano todo.

Depois de tantas tristezas,  e de tantas ‘cartinhas escritas ao ‘Bom Velhinho’ (tantas orações), depois de 22 anos pedindo “aquele” presente…  ele, ansioso, ou, quem sabe, não aguentando mais a nossa insistência, nos trouxe um monte de presentes muito antes da noite de Natal… e cada um mais caro (querido) do que o outro…

Ano passado, ele foi bastante generoso conosco, eu sei, nos deu uma conquista linda, épica, mas este ano ele caprichou… atendeu todos os nossos pedidos, até mesmo aqueles que não fizemos, que só imaginamos… Para este Natal,  não temos nada a pedir, só a agradecer…

“Querido ‘Papai Noel’,

Pra te falar a verdade, a princípio, a gente nem achou que os presentes seriam tão bacanas assim… mas,  mal abríamos um pacote, e lá estava um Moisés, gigante… abríamos outro, e tinha um Tche Tche; um não, meia dúzia deles… tinha um Jean, um Thiago Santos, um Roger Guedes… quantas surpresas! E naquele embrulho lindo que veio da China? Tinha um Cuca de presente pra gente.  Naquela outra caixa – a gente até desconfiou pelo tamanhão dela -, tinha um Mina… que faz gols, e dança também, sem controle remoto – funciona perfeitamente com o Mito ,que você nos deu ano passado.

E se era para sermos surpreendidos,  exatamente no pacote que nos parecia ter um presente mais simples (que doce e maravilhoso engano), aquele de papel crepom verde, e apenas um laço de fita branca, tinha um Jaílsão da Massa espetacular… e com uma bateria que nem precisava recarregar (demoramos para brincar com ele porque nem sabíamos que ele fazia tudo aquilo, que era tão sensacional)… E ele veio justo quando o nosso  “Fernando Prass” tinha ido pro conserto e estávamos tão tristes… Que benção, ‘Papai Noel’! A gente nem desconfiava que receberia essa alegria…

E o que dizer do nosso “novo” soldadinho de chumbo no modelo ‘capitão’? O de 2016 veio com mais gols e assistências  do que o do ano passado – e com a mesma garra. O sonho de qualquer criança da nossa idade…

Recebemos presentes maravilhosos durante o ano todo, para o ano todo… presentes que anunciavam o que estava por vir…

Numa caixa cheia de fitas e com um brilho especial, veio um anjo, dourado (!!), com 12 gols, com dribles e assistências maravilhosas, e com garantia de um ano! Anjo menino, de jeitinho simples, sorriso verdadeiro. Glória, Glória, Aleluia!

Acho que você nem soube, ‘Papai Noel’ (imagina se você não sabe tudo?), mas a gente chorou de emoção, muitas vezes, com as alegrias que esses presentes nos traziam… com esse Natal o ano inteiro… nos sentimos tão amados por você, ‘Papai Noel’…

Pacotes e mais pacotes, caixas e mais caixas… para serem abertos e”saboreados”…  mal podíamos acreditar. Aquela vitória épica em cima do Grêmio, com frio, chuva (com juiz nos roubando muito)… que presente lindo! Pensei que ia morrer de alegria (e de frio) aquele dia. Aquela outra vitória,  diante do Flamengo, com o juiz deixando até de marcar lance de vôlei contra o adversário… que presentão aquele futebol do Palmeiras e os três pontos conquistados. A vitória fácil na casa do maior rival… outro presente…

E os doces? Até disso você se lembrou… A caixa de doces veio repleta de lideranças, fresquinhas, de todos os sabores e aromas, com as quais nos deliciamos durante 29 rodadas. E todo mundo queria tomá-las de nós, mas , crianças que somos, fomos egoístas, eu confesso, e não as dividimos com ninguém…

E sempre que pensávamos que os presentes tinham acabado e que faltaria só “aquele”… aparecia uma outra caixa, com laço de fita brilhante, para nos surpreender…  Numa delas, um aplicativo para o nosso Transformer, Zé Roberto, com a opção  ‘salvar uma bola “insalvável” em cima da linha, em jogo importante e fora de casa’… Ele, que já era ótimo, ficou melhor ainda…

Não tenho coragem de te pedir nada agora, Papai Noel. Recebemos tanto…  Gols maravilhosos (um mais lindo que o outro), enlouquecedores, caixas e caixas repletas de emoção e alegrias… Maior número de vitórias, melhor ataque, melhor defesa, melhor segundo turno da história, melhor jogador do campeonato, melhor técnico, melhor time, Bola de Ouro, de Prata, vários jogadores na seleção do campeonato, a  torcida mais linda, o melhor público, melhor renda (mais do que a soma das rendas dos dois times ditos donos das maiores torcidas do país)…  o Palmeiras de volta… Ganhamos muito mais do que imaginávamos… 

E antes de ganharmos o presente mais sensacional dos último tempos… ainda veio aquela caixinha, pequenina, com o valioso e brilhante gol do Duduzinho, de cabeça… veio aquela pintura do gol de Fabiano, do gol que seria o do título… veio o Prass  voltando ao gol dois minutinhos antes do jogo acabar, para experimentar com Jaílson a mágica e a emoção de ser campeão do Brasil no maior campeão do país, veio o privilégio de podermos ter recebido a Chapecoense em nossa casa, em seu último jogo, antes que você os levasse pra jogar aí com você, ‘no ‘Polo Norte’… veio o eneacampenato, tão lindo, tão imponente, tão desejado…

E enquanto nos embriagávamos no cheirinho… de Palmeiras nove vezes campeão brasileiro, descobrimos uma última caixa… corremos abri-la e lá estavam os nossos verdadeiros presentes… A fé,  a alegria, sem tamanho, a capacidade de nos emocionarmos, de nos conectarmos ao que é divino, a paz no coração,  o orgulho de sermos quem somos, e a esperança renovada…

Muito obrigada, ‘Papai Noel’, pelo carinho e pela generosidade. Pra esse Natal eu não quero te pedir presentes, peço apenas que o seu “ajudante” – que cuidou do Palmeiras esse tempo todo e que foi nosso grande presente há quatro anos-  e os ajudantes que ele escolheu , sejam muito abençoados… e que você, ‘Papai Noel’, continue a proteger e defender o meu Palmeiras das pragas e ervas-daninhas que tentam acabar com as flores em seu jardim, tá? 

Feliz Natal pra você também, ‘Papai Noel’!! Um grande beijo pra você!”

FELIZ NATAL, PARMERADA!!
QUE A ALEGRIA QUE EXPERIMENTAMOS NO DIA 27/11, ESTEJA EM TODOS OS CORAÇÕES E LARES ALVIVERDES!

PAZ, SAÚDE, AMOR E MUITO PALMEIRAS A TODOS!

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O Campeonato Brasileiro 2016 acabou.

Ontem, tivemos a última rodada, quando o Palmeiras, campeoníssimo, com reservas – 14 jogadores já estavam de férias -, e, solto, sem pressão, jogando bem pra caramba, venceu o Vitória por 2 x 1, com gols de Gabriel e Alecsandro (acredite, foi prejudicado pelo árbitro Dewson Freitas, o tal “c%ralho ruim” – acho que não tinham contado pra ele que o Palmeiras já era campeão).

O campeão brasileiro 2016 e o Vitória entraram em campo homenageando a Chapecoense com mensagens de solidariedade. Na parte de trás da camisa, o Verdão trazia o nome dos jogadores vitimados na tragédia na Bolívia. Emocionante… A camisa com o nome de Bruno Rangel – que faria aniversário hoje – fez um gol lindo…

O Palmeiras já tinha sido campeão na rodada anterior, três clubes já haviam caído para a segundona e praticamente cinco deles já tinham garantido vaga na Libertadores e pré-Libertadores… e aconteceu o que mais ou menos todo mundo sabia que aconteceria. O Inter, mesmo com todas as vergonhosas tentativas de se safar fora das quatro linhas, caiu para a Série B; o cheirinho não deu nem pro cheiro de ser vice do Palmeiras; o nosso vice favorito, Santos, é que ficou com a posição, e o time da “lava-jato”, derrotado pelo Cruzeiro, mesmo com as seis (eu disse SEIS) vagas que a Conmebol dá para os clubes brasileiros agora, não conseguiu se classificar.

E o que apreendemos de tudo isso, além da alegria de vermos o Palmeiras nove vezes campeão brasileiro? A quais conclusões chegamos?

A primeira, eu diria, é sabermos que não podemos mesmo confiar em boa parte dos profissionais de imprensa, em boa parte dos veículos de comunicação. São torcedores com microfones nas mãos e mais nada:

Ainnn, o Palmeiras vai cair na tabela na 12ª rodada…

Ainnn, sem o Prass o Palmeiras não manterá seu rendimento…

Ainnn, com o Conca dando sopa, o Palmeiras resolve contratar Moisés, que jogou na A-2 com a Lusa e veio agora da Croácia…

Ainnn, o cheirinho de campeão do “fulano”…

Ainnn, o Palmeiras fez um gol sem ser de cabeça. É um progresso…

Ainnn, os torcedores vão ao Allianz só para fazer selfies e tomar café…

Ainnn, o Palmeiras joga feio,  o esquema de jogo é o Cucabol…

Ainnn, Dudu não decide e só reclama…

Ainnn, mas (Tche Tche) jogar no Audax não é a mesma coisa que jogar no Palmeiras…

Ainnn, o Palmeiras usa a perna direita só para entrar no ônibus…

Ainnn, o “Rafael Marques falou pro Cuca que ele comeu muita salada no almoço” e o Palmeiras entrou em crise…

Ainnn, o ‘Flamengo joga o futebol mais objetivo do país…

Ainnn, o Palmeiras está se borrando de medo do Flamengo…

Ainnn, o Pai de Santo ‘X’ disse que o Palmeiras não vai ser campeão…

Ainnn, quando o Flamengo voltar a jogar no Maracanã, vai tomar a primeira colocação do Palmeiras…

Ainnn, a tabela é mais fácil para o Palmeiras…

Ainnn, o Palmeiras pode se tornar campeão sem convencer…

Então, né? Falaram tantas ‘abobrinhas, fizeram de tudo para parecer que o Palmeiras não conseguiria (será que esperavam minar a vontade do nosso time?), e o Palmeiras, do Cucabol (tão poderoso), mesmo com todas as sacanagens das arbitragens (postei aqui as imagens e vídeos), foi melhor em tudo. Terminou o campeonato com 80 pontos, 24 vitórias, o menor número de derrotas (6), o melhor ataque (62 gols), a melhor defesa (32 gols), o melhor saldo de gols (30), não levou nenhum cartão vermelho na competição,  fez o melhor segundo turno na história do campeonato de pontos corridos (44 pontos e uma única derrota), teve o melhor público, a melhor arrecadação… teve/tem uma torcida maravilhosa, que encheu o Allianz e ajudou a fazer a diferença…

O Palmeiras foi líder desde a 9ª rodada até a última… terminou o campeonato 9 pontos à frente do segundo e terceiro colocados… 23 pontos à frente do sexto colocado, que ficou com a última vaga na Libertadores… o futebol “mais objetivo do país” não conseguiu nem a segunda colocação… o time que “levava vantagem nos critérios de desempate” foi vice do Palmeiras, de novo, 9 pontos (três partidas) atrás…

7 jogadores do Palmeiras – Jaílson, Jean, Yerri Mina, Tche Tche, Moisés, Dudu e Jesus estão na seleção do campeonato, Jesus foi eleito o craque do Brasileirão, Cuca foi o melhor técnico…  e, assim como o Palmeiras, a tabela previa que todo mundo jogasse contra todo mundo, uma vez fora e outra em casa…

Ainda bem que o Palmeiras poderia se tornar o campeão ‘sem convencer’, não é mesmo?

Mentiram um bocado para o torcedor durante esse tempo… Tentaram fazê-lo acreditar  no “Coelho Branco”… no “cheirinho de nada”… no que era apenas desejo de alguns “torcedores jornalistas”, no que era fruto apenas do despeito, e que nada tinha a ver com jornalismo… mas, de um jeito ou de outro, a vida sempre acaba desmascarando os farsantes.

Outra coisa que apreendemos, observando os fatos, é que não há mais boa vida para clubes administrados amadoramente, por dirigentes que só pensam em se favorecer dos clubes, está ficando complicada a situação de muitos desses clubes por aqui, e eles quase não conseguem mais andar com as próprias pernas – não fosse o patrocínio estatal, a grande maioria estaria sem patrocinador máster. Por causa de algumas coisas desse tipo, o Palmeiras passou alguns anos quase na seca, ganhando poucos títulos; estava falido no início de 2013 (sem dinheiro e sem receitas – que haviam sido recebidas em adiantamento) … mas o Palmeiras tinha acordado, e Paulo Nobre foi eleito, e  mudou tudo por lá – a mentalidade do clube, principalmente (grazie, presidente).

No entanto, como pudemos observar nesse brasileirão, tem clube que, mesmo recebendo há tempos a melhor quota de TV no país (ainda que não tenha sempre a melhor audiência), mesmo tendo ajuda de gordo patrocínio estatal  – que acabou se estendendo a quase todos os clubes do país -, mesmo sendo tido e havido como ‘poderoso’, tá numa pindaíba, atrasa salários, tem que se desfazer de jogadores importantes por não ter dinheiro para segurá-los, ou pagá-los, é recusado por 9 entre 10 técnicos do país – até mesmo técnicos de times mais modestos -, e não tem  dinheiro para pagar as prestações de uma arena (construída com dinheiro do povo, e em troca de muitas propinas), que lhe foi passada num negocinho de ‘amigo pra amigo’ (o “amigo tá enroscado com a federal agora). E o clube zerou em todos os campeonatos que disputou no ano, não chegou perto de nada, não conseguiu nem mesmo uma vaga na Libertadores, e justo quando o Brasil passou a ter direito a seis delas. E ele não foi o único grande nessa situação.

A coisa é séria no país, a coisa tá feia para o futebol brasileiro, para os clubes,  e um monte de gente faz que não percebe… e ainda tenta desvalorizar quem faz o caminho contrário e é bem sucedido… quem mostra o caminho das pedras para os demais.

Outra coisa importante para observarmos é que não existe mais esse clichê de que “time grande não cai”… Cai sim. Mesmo porque, ir parar na segunda divisão tem a ver com um campeonato mal jogado, com futebol e rendimento ruim em determinada competição, e não com a grandeza de um clube. Está aí, por exemplo, a Juventus, de Turim (rebaixada por ouros motivos, mas sem perder o status de grande time italiano) que não me deixa mentir.

Mas não costumava ser assim aqui no Brasil, não é mesmo? Era virada de mesa sempre. Hoje em dia, com exceção da mutreta com a Lusa, em 2013, arquitetada para salvar Flamengo e Fluminense do descenso (para salvar o futebol do RJ), não se vira mais a mesa. Nem o Corinthians, que adora uma ajudazinha, tentou se safar em 2007 através de trambique. Foi lá, jogou a B, foi campeão e voltou pela porta da frente. Como tem que ser.

Como me disse um amigo ontem: “Os grandes exemplos e as grandes mudanças só podem ser feitas pelo maior. Quem moralizou essa p%rra foi o Palmeiras. PONTO! 2002 é emblemático. O título da série B em 2003 é demonstração de grandeza. Depois do Maior Campeão mostrar o caminho, não se vira mais a mesa.”

Não é a toa que o Palmeiras é o Alviverde Imponente… o maior campeão do Brasil.

Orgulho desse meu Verdão, eneacampeão brasileiro! E, agora, já que ele está no caminho certo, que venham outros títulos em 2017!!

“Far vincere una squadra non è questione de quanto grande sia il giocatore, o i giocatori. Devono tutti essere disposti a sacrificarsi e a dare qualcosa di se stessi, pur di diventare campioni”

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A cidade fervilhava de verde…  respirava Palmeiras, naquele dia tão quente e ensolarado…

Como se fossem peregrinos em direção à uma “Meca” dos sonhos, palmeirenses apareciam de todos os cantos se dirigindo ao Allianz Parque e arredores (nem todos assistiriam ao jogo na arena)… a ansiedade era trazida a tiracolo…

A cidade estava uma loucura. Aquela gente de verde e branco, com um grande “P” no coração, que desembarcava dos metrôs, trens, ônibus, as que estavam nos carros que passavam – e cumprimentavam as que estavam a pé… essa gente toda, se mantinha numa movimentação acelerada. Camelôs, aos gritos, anunciavam as suas mercadorias… eram gorros de porco, faixas de incentivo, de campeão, bandeiras, camisas, cervejas, água… Se podia ouvir, mais ao longe, os cantos de torcedores que acabavam de desembarcar, e cujo volume ia aumentando  à medida em que eles subiam as escadas…

Quantos sonhos povoavam a nossa imaginação… Quantas imagens surgiam das nossas lembranças e dançavam diante de nossos olhos… E tudo se misturava… o ontem, o hoje e o “amanhã” das horas que se aproximavam… Eu olhava aquelas pessoas, olhos vidrados, e concluía que, assim como eu, elas deveriam estar meio anestesiadas; a ficha delas, assim como a minha, talvez não tivesse caído ainda…

Ou, então, era porque a gente já sabia… nossos olhos, vidrados, já podiam ver o que tanto queríamos… já estavam lá no momento maior…

Bandeiras às costas, rostos pintados, cabelos verdes, barbas e bigodes também verdes, chapéus, bonés, perucas, máscaras e narizes de porco, toucas de porco, gestos… códigos e símbolos de uma mesma família. Pessoas e mais pessoas que tomavam as calçadas, as ruas… indo todos para a mesma festa, com o mesmo ar de júbilo, como se fosse um grande e maravilhoso carnaval fora de época…

Todo mundo indo – ainda que, para alguns, fosse um ir apenas  em pensamento – e todo mundo lá, antes mesmo de chegar… O movimento nas ruas era frenético, incontrolável… o ‘rio’ seguindo seu curso…  Não é só futebol… nunca foi… Ser Palmeiras vai muito além de apenas gostar de um esporte…

                                isso-e-palmeiras

 

Palmeiras na final (a segunda em menos de um ano)…  e sobrando… foi caçado por vários times, o campeonato todo e desde a 9ª rodada; foi prejudicado, muitas vezes, pelas arbitragens; teve o seu trabalho, a sua campanha, diminuídos e menosprezados pelos torcedores rivais de imprensa dos programinhas esportivos; teve um lobby contrário, orquestrado pela mídia, durante dois turnos inteiros… e permaneceu imune e líder, até o final… com o “Cucabol”, do melhor ataque, melhor defesa, melhor saldo de gols, maior número de vitórias… 98% de chances de ser campeão (faltava só um pontinho em dois jogos – isso, se o Santos vencesse as suas duas partidas, o que eu tinha certeza, absoluta, que não aconteceria)… Fez gol de pé, gol de cabeça, fez jogadas de todos os tipos, ensaiada, no improviso,  de cruzamento, entrando pelo meio, com atacante, zagueiro, lateral, volante, meia…deu cambalhota, dançou em campo, pulou, socou o ar, se abraçou, se emocionou… e a torcida… ah, a torcida… encheu a arena o ano inteiro… cantou, vibrou, jogou com o seu time o campeonato todo, desde a primeira partida.

A PM proibira a entrada dos ‘peregrinos’ na Palestra Italia/Turiaçu, e  então, eles se fizeram mar nas ruas paralelas e nas transversais… Era impossível andar ali, e era delicioso também, o ar impregnado de Palmeiras satisfazia todos os meus sentidos.

Embora eu estivesse aflita pelo desfecho do jogo e do campeonato, não me percebia temerosa, era só aquele “não ver a hora de chegar a hora”…  Na entrada do Allianz, segurei a mão dos meus amigos e, disse que entraríamos com oito títulos brasileiros ali e sairíamos com nove. A garganta embolou…

Mas, de maneira totalmente inesperada, quando entreguei meu cartão Avanti para o moço da catraca, quando olhei o cartão trocando de mãos, me emocionei tanto, mas tanto, que, com as lágrimas quase caindo, mal consegui balbuciar um “obrigada” ao “bom jogo” que ele me desejara. O inconsciente fazia contato com o consciente… Sim, era verdade, eu estava entrando no Allianz para ver o meu Palmeiras ser campeão brasileiro… a ficha estava louca para cair…

Lá dentro, podia perceber que as pessoas à minha volta, apesar de muito ansiosas, pareciam extremamente felizes (na rua tive a mesma impressão). Todo mundo sorria, confiante, o tempo todo. Meu terço benzido estava na bolsa…

Olhávamos uns para os outros e nossos olhos se diziam: Você já se deu conta que o Palmeiras vai ser campeão brasileiro hoje? Muito louco isso…

Jaílson entrou pra aquecer… e Fernando Prass entrou também! Alegria e muita emoção no Allianz. “P#ta que pariu, é o melhor goleiro do Brasil, Fernando Prass!”… “Jaílson, Jaílson, Jaílson!”… Nossos dois goleiraços em campo… haja coração!

O time do Palmeiras veio para o aquecimento… muitos aplausos! A Chape também entrou em campo. Por motivos diferentes, dois times felizes estavam em campo… O de Cuca, porque, muito provavelmente, se sagraria campeão brasileiro naquela tarde; o de Caio Junior, porque ia disputar a final – inédita pra eles – da sul-americana dali a três dias.

Não saía da minha cabeça a “promessa” de Cuca, logo que chegou: “Nós vamos ser campeões brasileiros”. Eu, que em 1992 sonhara em vê-lo campeão pelo Palmeiras, tinha achado essa “promessa” de uma ousadia tão grande, e agora, a promessa se cumpria.   Meu Deus, o Palmeiras vai ser campeão brasileiro… é verdade, o enea vem aí. A “ficha” fazia contato no meu cérebro…

Times a postos, chegara a hora da execução do hino, do nosso hino… cantaríamos para o novo campeão brasileiro. Uma emoção tão grande, misturada com um orgulho maior ainda… A sensação dentro do peito era deliciosa… E o som?  “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…” O som reverberava pelas paredes do Allianz e subia aos céus…

Os nomes de nossos jogadores passaram a ser gritados pela torcida… “Glória, glória, aleluia…. é Gabriel Jesus”… última partida do nosso menino em nossa casa, última vez que cantaríamos pra ele… a saudade já doía na gente.

Confesso que, mesmo o Palmeiras sendo inconfundível pra mim, a camisa branca e calções verdes da Chapecoense, às vezes, e por uma fração de segundo, me atrapalhavam…

Quando o árbitro apitou o início de jogo, atravessamos um portal para uma outra dimensão… Eu apenas me perguntava: quem será que vai fazer o gol do título?

O alto-falante anunciou que o Santos perdia (ah, vá)… Mas o Palmeiras não estava nem aí para esse jogo, ia pra cima do seu adversário. A Chape –  finalista da sul-americana e querendo vaga na Libertadores -, não se fazia de rogada, tentava desarmar nossas jogadas e ia pro ataque também. O jogo era muito pegado, com jogadas duras. Mas, mesmo com toda a disposição do adversário, o Palmeiras tinha controle do jogo, parecia tranquilo, marcava firme e trocava passes lindos.

Jesus passou por três adversários e achou Moisés lá na área, na hora em que ele ia chutar pro gol, foi travado. O Allianz se arrepiava esperando o gol do Palmeiras, esperando o gol campeão – estava na cara que ele não demoraria a sair… a torcida cantava sem parar.

Brinquei com meus amigos: “Gol de título sempre sai dos pés mais improváveis… Vai, Fabiano chuta pro gol aí!”.

Um minutinho depois… na cobrança de falta, na jogada ensaiada, Duduzinho deu só uma roladinha pro Zé, que tocou rasteiro pra área; Jesus fez o corta luz, Moisés deu um toque de letra e o Fabiano, meio de lado, deu um toque perfeito, por cima, encobriu Danilo e botou na rede. Que golaço! Na pintura de gol, o campeão assinava a escritura do Brasileirão 2016, do seu eneacampeonato – nenhum outro clube conquistou um campeonato brasileiro por 9 vezes.

O Allianz enlouqueceu no gol de Fabiano… Gritos, lágrimas, muitas lágrimas, abraços… era impossível pensar ali, só conseguíamos sentir… e a emoção, impossível de ser contida, nos levava à loucura… Fabiano, alucinado, correu para os amigos no banco, os jogadores todos se deram um “abraço” gigante. Os 40 mil parmeras do Allianz se juntaram ao abraço, 20 milhões de parmeras, espalhados pelo mundo, foram abraçar o Fabiano também.

A ficha caiu… O Palmeiras era, SIM, campeão brasileiro. A Chape não ia virar o jogo e sabíamos disso…

E só deu Palmeiras depois disso, o goleiro Danilo ia salvando a Chapecoense de tomar mais gols… Dracena, Tche Tche, Mito, Zé, Jesus, Guedes, Jean, Fabiano, Jailsão da Massa… tava todo mundo batendo um bolão. Duduzinho e Moisés jogavam muito. Cabia ao Palmeiras apenas administrar. E por pouco Jesus não fez o segundo no finalzinho do primeiro tempo. O goleiro da Chape uma grande defesa e impediu o gol.

No começo do ano, quando pensávamos em título, parecia tão distante, uma caminhada complicada; durante o campeonato, pareceu tão difícil, mas, na verdade, nunca foi tão fácil… tão seguro, sem instabilidades no percurso, sem sermos ultrapassados…

E, agora, em pleno intervalo de uma final, nem nervosa eu estava…  só queria saber mesmo à que horas poderíamos soltar o grito de campeão.

Veio o segundo tempo, na outra dimensão onde nos encontrávamos, víamos o Palmeiras, muito superior, muito campeão, ir pra cima da Chape tentando matar logo o jogo e ela defendia de todo jeito. Guedes, Tche Tche, Dudu, Jesus… cada hora era um levando perigo…Tche Tche dando chapéu… o enea chegando… a torcida cantava cada vez mais forte… e o Zé Roberto, nossa revelação, ainda acenava para cantarmos mais. Time e torcida numa sintonia maravilhosa.

“Eu vou beber, beber até cair, o enea vem aí”…  

Passava dos 35′ quando, finalmente, o Allianz decidiu soltar o grito aprisionado por 37 rodadas… “É campeão!! É campeão!! É campeão!! Os “peregrinos” tinham encontrado a sua Meca de sonhos… a dimensão onde nos encontrávamos era o Nirvana… ninguém mais ia mudar isso… a felicidade não cabia em nosso peito…

Na lateral do campo, Barrios, Rafa, Arouca e os reservas todos já comemoravam o título… e então, Prass foi chamado para entrar em campo… Os torcedores choravam de emoção, as lágrimas escorriam no meu rosto… Os jogadores correram abraçar o Jaílson lá no gol. Ele fora fundamental na nossa conquista. Não conhecemos uma derrota sequer com ele no gol… Abençoado Jailsão da Massa, tão amado, que daria lugar para o Prass, que nós amamos tanto… era justo que Prass sentisse o gostinho de voltar nessa ‘final’.

Prass defendeu um cruzamento e o Allianz comemorou muito… “É campeão! É Campeão!”…

O juiz apitou o final da partida e a festa teve início no Allianz…  PALMEIRAS, 9 VEZES CAMPEÃO BRASILEIRO!! Não conseguíamos olhar tudo ao mesmo tempo, o telão, o gramado, os jogadores que choravam, nosso menino Jesus que desabara no gramado chorando muito, Cuca emocionado, o cavalinho parmera lá com os jogadores, Prass carregando Jesus nos ombros, Jesus nos pedindo para não esquecermos dele (não vamos esquecer de você nunca), Prass puxando o coro de “é campeão”…

Fogos de artifício cortavam os céus… Chuva de papel picado, Duduzinho e Paulo Nobre (muito obrigada, presidente!) levantavam a taça tão desejada… a volta olímpica… o rosto dos palmeirenses que choravam de alegria… 22 anos que terminavam ali…

Nos embriagamos dessa felicidade, de imagens felizes, sons maravilhosos, que vamos guardar pra sempre no coração…

Foi contra tudo e contra todos, na capacidade e fibra da nossa gente e na força da nossa camisa e da nossa torcida… O gigante voltou, grazie Dio!

E que o mundo todo saiba, o nome desse gigante é PALMEIRAS, mas pode chamá-lo de ENEA!

https://www.youtube.com/watch?v=bQu-ih4PJmw

Eu ia postar hoje sobre o campeonato conquistado pelo Palmeiras, sobre o inédito e épico eneacampeonato… Mas, infelizmente, hoje – nos próximos dias também – não tem lugar para a alegria… acordamos todos de luto…

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“O mistério do amor é maior que o mistério da morte” – Paulo Coelho

A vida está sempre nos mostrando que dor e alegria caminham pertinho uma da outra… Mas não tem como deletar essa terça-feira e voltar pra ontem?  

Logo cedo, a notícia: O avião que levava a Chapecoense para Medellin  – para fazer a sua primeira final internacional em 43 anos de clube – caiu.  Foi um choque. Que triste…  de 77 pessoas à bordo, foram 6 os sobreviventes. Da delegação da Chape, 3 jogadores sobreviveram; dos 21 profissionais de imprensa , apenas um radialista de Chapecó sobreviveu, dois tripulantes também conseguiram sair com vida.

Com exceção de 3 pessoas, toda a delegação da Chapecoense morreu ali, no momento mais feliz de suas vidas… Deveria ser proibido que as pessoas morressem quando estão se sentindo tão felizes.

Quando me dei conta que Caio Junior também estava naquele avião, não consegui mais parar de chorar. O ex-técnico do Palmeiras, de quem eu aprendi a gostar bastante e de quem continuei gostando mesmo depois da sua saída, também tinha morrido. E pensar que ele e o time da Chape estiveram no Allianz, dois dias antes, jogando contra o Palmeiras.

Nós, palmeirenses, no domingo, estávamos explodindo de felicidade pelo iminente título do Palmeiras, e, ao mesmo tempo, nos entristecia o fato de ser a última partida que veríamos de Gabriel Jesus com a nossa camisa, e em nossa casa. Mas nunca seríamos capazes de imaginar que estávamos assistindo à última partida da vida daqueles jogadores da Chape, do Caio Junior… Estávamos todos tão felizes. Nós, pelo título que disputávamos naquela partida, e eles, pelo título que disputariam na quarta-feira seguinte, na Colômbia…

A gente fica muito triste pelas vidas que são perdidas, e nada é mais importante do que a vida… a gente fica triste porque o sonho, tão grande, tão histórico, de time, torcida, comissão técnica – de uma cidade -, que estava tão perto de ser alcançado, foi interrompido drasticamente… a gente fica triste pelos profissionais da imprensa que estavam naquele avião a trabalho (Mário Sérgio, um cracaço – eu vi jogar -, Deva Pascovicci, Paulo Júlio Clemente, Victorino Chermont e outros tantos profissionais)… a gente fica triste pelos que um dia vestiram a camisa do Palmeiras (Caio Junior, Mário Sérgio, Ananias, Josimar)…

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Ficamos tristes pelas famílias que estão sofrendo agora a terrível e implacável dor da perda… a gente fica triste por saber que eles estavam aguardando autorização para aterrissar e, se ela tivesse vindo, teriam conseguido pousar em segurança… a gente fica triste, e revoltado, pelo descaso criminoso dos que não abasteceram a aeronave em quantidade segura e suficiente de combustível – que acabou antes que pudessem pousar em segurança… a gente fica triste pela tragédia, inesperada, cruel, assustadora, inexorável, que não deixou que ninguém tivesse oportunidade de lutar pela sua vida, ou que pudesse ter tentado se proteger… a gente fica triste porque toma ciência de que a vida é apenas um sopro, é tão efêmera (sempre nos esquecemos disso) e não temos controle sobre nada… a gente fica triste porque o que era só alegria, expectativa e entusiasmo, o que era festa, virou horror, desespero e dor…

Quem não vive o futebol se chocou com a tragédia de  acidente de avião, mas, para nós, que fazemos do futebol o tempero e recheio dos nossos dias, foi como se tivéssemos perdido pessoas da família. E, nessa hora, não tem essa de time adversário, de eu sou Palmeiras, você não é… eu sou Corinthians, você não é… Sentindo um pesar imenso passamos a ser todos Chapecoense (e quem aqui no Brasil não iria torcer pela Chape nessa final?)…  É tão difícil lidar com essa tristeza, com esse pesar tão profundo, que, frágeis na dor imensa que estamos sentindo – sim, dói na gente também -, acabamos nos unindo…

O planeta futebol se comoveu, se solidarizou… E, através das mídias sociais, a Chape  começou a receber carinho e mensagens de clubes de todos os lugares do mundo, de torcedores de todos os lugares do mundo… Pequenos gestos de solidariedade e amor, pequenos “abraços” de todos os cantos do planeta,  e o mesmo recado: #ForçaChape, estamos com você.

Milhares de torcedores colocaram o distintivo da Chapecoense em seus perfis… Torcedores de outros clubes começaram a comprar camisas da Chape para ajudar, milhares de torcedores aderiram ai programa de sócio-torcedor do clube…

Palmeiras, Corinthians, Flamengo e outros clubes do país decidiram que emprestarão jogadores, sem custo, ao time catarinense e enviaram à CBF um pedido para que, durante três temporadas, a Chapecoense não possa ser rebaixada.

O Libertad-PAR ofereceu seu time titular para jogar pela Chapecoense em qualquer evento esportivo, o Benfica-POR fez o mesmo.

O Atlético Nacional, que seria o adversário  na final da Sul-Americana, abriu mão do título e solicitou à Conmebol que ele seja entregue à Chapecoense.

Barça e Real querem ajudar, parece que doarão a renda do clássico para a Chape… a Portuguesa, cheia de dificuldades financeiras, também quer ajudar

Os clubes de futebol do mundo todo (até da NFL e do basquete da NBA), estão prestando homenagens, fazendo um minuto de silêncio antes das partidas… Jogadores de várias partes do planeta fazem homenagens também…Torcidas de vários times (do Liverpool, PSG…), de vários países (até da Dinamarca), declarando apoio à Chapecoense…

O Guns N’ Roses fundiu a sua marca ao distintivo da Chape…

O Palmeiras pediu autorização à CBF para jogar a última rodada do campeonato com a camisa da Chape… O Corinthians, deixando de lado o veto costumeiro, colocou verde em seus perfis…

Racing e Huracán usarão escudo da Chapecoense no campeonato argentino; Colo-Colo, Audax italiano, Saint Etiene entrarão em campo com o escudo da Chape no peito…

Vigílias em Bogotá, em Chapecó, aos pés do Cristo Redentor-RJ, orações, missas, velas, flores… torcedores do Atlético Nacional, emocionados, se dizendo “irmãos dos chapecoenses”…

Monumentos famosos do Brasil e do mundo – até a Torre Eiffel – ficaram verdes para homenagear aquele time valente, de guerreiros, que saiu da série D e começou a sua escalada para a série A para, em 2016, chegar à sua primeira final internacional… Os estádios do Grêmio, Inter, Arena da Baixada, Mineirão, a Allianz Arena, do Bayern, se acenderam em verde, o lendário estádio de Wembley com um #ForçaChape também se iluminou com as cores do clube brasileiro.

Homenagens à memória de todos os que não puderam voltar daquela viagem, à memória dos guerreiros da Chapecoense, lindas, tocantes, de lágrimas e sentimentos verdadeiros,  de quem não pode minimizar as perdas dos chapecoenses, mas, por empatia, pode (apenas) avaliar o tamanho da dor que familiares e amigos dos jogadores e das demais pessoas que estavam a bordo, que os torcedores da Chape estão sentindo agora ; dor de quem não pode sequer imaginar como seria se acontecesse com seu próprio time, com seu familiar, com seu amigo; dor de quem quer sair para o trabalho e quer poder voltar pra casa, como, infelizmente não puderam voltar os profissionais de imprensa, os jogadores e nenhuma daquelas pessoas que perderam a vida no acidente…

O futebol recebeu um golpe extremamente doloroso, ficamos todos desorientados sem querer acreditar (eles estavam domingo no Allianz!) mas a Chape, no momento da sua maior dor, da sua maior perda, conseguiu a façanha mais admirável, a de sensibilizar e unir o mundo do futebol, de unir torcedores de todos os clubes, de promover uma onda de paz, solidariedade e amor… conseguiu fazer todo mundo parar pra pensar no que realmente é importante na vida, no que faz um clube ser verdadeiramente grande…

Eu ia torcer pela Chapecoense nessa final que não haverá, ia torcer por você Caio Junior e para o seu time ser campeão… mas vocês já eram campeões antes de partirem, vocês são campeões… pra sempre.

Obrigada por terem nos mostrado que um time mais modesto também chega lá;  por terem nos  encantado e nos feito ser Chapecoense nessa Sul-Americana; obrigada por fazerem parte do jogo do título do Palmeiras, e por terem jogado domingo com tanta garra, valentia e lealdade.

Obrigada por mostrarem ao mundo que  é muito mais do que apenas futebol…

Descansem em paz, campeões… e que Deus os abençoe no outro plano.   #ForçaChape

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