Existe uma cidade linda, louca, que chamam de “Selva de Pedra”, “Terra da Garoa”… Cidade onde faz frio e calor no mesmo dia… e chove também, até mesmo granizo…
Seus habitantes são diferentes, especiais… Pra eles, a palavra “tipo” é usada como vírgula… eles falam bolacha ao invés de “biscoito”…
Quando recebem um agradecimento, ele falam “imagina”, ou “magina”, no lugar de um “de nada”…
Estão sempre correndo pra lá e pra cá, até mesmo nas escadas rolantes… São muito trabalhadores, mas não vão para o trabalho, eles vão “pro trampo”…
Adoram ir passear no shopping… ou ir para os barzinhos e tomar umas brejas (cerveja)…
Pra eles, a expressão “Meu Deus do céu” vira “Mano do céu”…
E nessa cidade fantástica, coração pulsante do Brasil, tem o Allianz Parque, a mais bonita e moderna arena do país… onde vive uma gente linda, apaixonada (com familiares por todo o país)… que se veste de verde-e-branco, que não reclama, corneta… que não torce, canta e vibra…
E essa cidade linda, maravilhosamente louca, de gente especial, apressada e apaixonada, tem algo que a torna ainda mais singular e apaixonante… É NELA QUE MORA O PALMEIRAS, O MAIOR CAMPEÃO DO BRASIL!!
O Brasil tem sofrido uma absurda inversão de valores nos últimos anos… o que era ruim passou a ser bom, o que era errado passou a ser certo e vice-versa (sem que a sociedade tivesse algum ganho com a mudança, muito pelo contrário)… fãs(!?!) fazem selfies, alegre e vaidosamente, com assassino colocado em liberdade… o bandido é a vítima e o juiz o vilão… o que era lixo musical passou a ser o “hit” da vez para maioria… letras de música com inadmissíveis erros de Português, com um amontoado de palavrões, denegrindo a imagem de mulheres (de homens também), de “novinhas”, e fazendo apologia ao crime, ao uso de drogas, passou a ser “cultura”… qualquer coisa é arte (até mesmo uma roda de gente pelada, num palco de teatro, vasculhando os orifícios anais umas das outras)… mostrar o traseiro é o maior talento (se não for o único) de muita cantante por aí… qualquer coisa é a melhor música do ano, o artista do ano, a mulher do ano, enquanto pessoas verdadeiramente talentosas não são nem conhecidas… Os valores todos invertidos… Um monte de bobagens, aliadas a um “politicamente correto” burro, inimigo do raciocínio e do discernimento, que são enfiadas na cabeça do povo diariamente…
E não seria diferente no futebol… não seria diferente com a ‘querida’ imprensinha…
Ela parece sofrer de alguma doença rara que inutiliza os neurônios e a capacidade de isenção de uma boa parte de seus profissionais – muitos jornalistas se preocupam mais em formar opiniões a favor dos seus clubes de coração e contra os clubes rivais aos seus, do que com o jornalismo propriamente dito.
Alguns programas esportivos, mais rasos do que os programinhas de fofocas sobre pseudo celebridades, abusam dessa inversão de valores… e vendem pra você que errado é o clube que faz as coisas da maneira certa… errado é o Palmeiras, que é bem administrado, tem um patrocinador forte, trabalha no azul, paga salários em dia, ganha muito dinheiro com bilheterias… enquanto que os caloteiros, os trambiqueiros, os mamadores de impostos, “afilhados” de políticos corruptos, os que vivem às custas de dinheiro público e cotas de TV… são as vítimas.
E tem gente que acredita…
O objetivo de todo clube qual é? Ser cada vez maior, disputar títulos, ter condições de brigar por eles (ganhá-los depende de várias circunstâncias, ainda mais em um país onde arbitragens decidem muitas partidas e campeonatos), me dirá você. Mas, e para chegar a isso? O que pretende qualquer clube de futebol, principalmente os grandes? Montar bons elencos – com os melhores profissionais que o clube puder contratar -, ter bons técnicos, ter um centro de treinamento moderno, tornar o clube atraente para empresas patrocinadoras e, assim, conseguir um contrato milionário com alguma delas (o melhor contrato que for possível), trabalhar no azul, pagar salários em dia… ter um plano de sócio-torcedor forte, rentável, com muitas adesões… ter o estádio cheio, ter boas rendas… essas coisas…
E o que faz o Palmeiras que seja diferente disso? Nada, não é mesmo?
Então, porque essa choradeira da imprensa (de alguns rivais também), essa tentativa diária e incessante (essa sacanagem) de fazer parecer que há algo errado com/no Palmeiras? Que há algo errado no fato de ele ter um patrocinador que investe forte pela exclusividade de exposição de sua marca em seu uniforme (sonho de consumo de todo e qualquer clube)? Que distorção é essa que fazem sobre o ‘fair play financeiro’, e que usam para vilanizar o Palmeiras, enquanto ignoram as más administrações, mazelas e calotes dos outros clubes? Onde está o fair play na maneira de a imprensa noticiar, analisar?
O Palmeiras amargou anos de administrações caóticas, amadoras. A soma do “trabalho” das administrações anteriores a Paulo Nobre levou o clube à falência… literalmente. E PN herdou problemas mil, dívidas, cofres vazios, Zero Receitas, elenco com poucos jogadores, time na segundona, oposição predadora…
Penou, teve dois primeiros anos turbulentos e difíceis, trabalhou duro, sério, e reestruturou a casa, fechou alguns ralos por onde o dinheiro do clube escoava livremente, colocou as finanças em ordem, fortaleceu o Avanti… inovou o mercado com os contratos por produtividade… com mão de ferro e transparência mudou tudo no Verdão. Então, e só então, o patrocinador master, o investimento milionário (que todo e qualquer ‘jornaleiro’ queria para o seu time de coração) apareceu. Tão óbvio… quem vai investir milhões onde não há o menor indício de retorno? Onde a baderna administrativa reina? Onde há muitos e$pertalhõe$? E foi por saber que o Palmeiras passava a ser rentável e muito bem administrado, e só por isso, que a Crefisa apareceu. E tem um retorno muitas vezes maior do que o valor que ela investe no clube. Assim, pudemos trazer bons profissionais, montar elencos melhores, pagar salários em dia… pudemos fazer com que a torcida, que sempre apoiou o time, abraçasse ainda mais o Palmeiras, fazendo o Avanti ser um dos melhores planos de ST do país, e enchesse o Allianz em todos os jogos – o Palmeiras ganha com bilheterias mais do que ganha com o patrocinador… assim, pudemos conquistar dois títulos nacionais…
E o Palmeiras, na gestão atual, continua forte, de estádio e bolso cheio, e contratando… sem medo de ser feliz. Ele pode. Trabalhou pra isso. Não caiu nada do céu pra ele. Qualquer outro clube que puder, quando puder, e se puder, fará o mesmo. E não há nada errado que seja assim. Pelo bem do futebol brasileiro todos deveriam trabalhar sério, seguir o caminho da reestruturação financeira e arrumar as suas casas, como fez o Palmeiras.
Mas a imprensinha, com os seus despeitados torcedores travestidos de jornalistas, infectados pelo “aedes hipocritus”, só fala em ‘fair play financeiro’… em campeonatos menos competitivos por causa da diferença de poderio econômico entre o Palmeiras e os demais. Como se o tal “fair play financeiro” fosse isso que eles estão querendo fazer parecer que é… Como se o Palmeiras fosse algum vilão por estar numa situação financeira privilegiada, confortável; como se ele tivesse alguma responsabilidade nas más gestões e dívidas dos outros clubes; como se o Palmeiras tivesse que contratar menos, tivesse que montar elencos mais modestos por causa dos clubes sem grana, que gastam mais do que arrecadam, e que devem salários, direitos de imagem, marmitas… Fizeram isso com o Palmeiras quando ele estava na pior? A imprensa reclamou dos patrocinadores dos outros clubes quando o Palmeiras não tinha nenhum? Clamou por ‘fair play financeiro’?
Primeiro, há que se entender o sentido da expressão “fair play”: tratamento imparcial; equidade, um modo leal de agir… Coisa que que muita gente desconhece em seu trabalho…
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… conformidade com as regras estabelecidas de um esporte, ramo de negócios etc.; jogo limpo.
Em nenhuma situação o Palmeiras está deixando de agir em conformidade com as regras estabelecidas no futebol.
Mas e o tal “fair play financeiro”, que é mais específico, o que seria? Um regulamento aprovado pela UEFA, e já adotado pela CBF, que visa melhorar a saúde financeira dos clubes e tem por objetivo equilibrar os gastos dos times.
Basicamente, o fair play financeiro (jogo limpo) tem a ver com uma regra seguida por muitos de nós, torcedores (eu sigo): não gastar mais do que se ganha, ou seja, os clubes não podem gastar mais do que arrecadam. Isso quer dizer que os clubes não podem atrasar salários e nem direitos de imagens dos seus respectivos jogadores, significa que os clubes não podem ficar devendo para outros clubes por negociações de jogadores que acabam não sendo pagas.
Tem muito clube por aqui que não anda respeitando nadinha o fair play financeiro, não é mesmo? E que já podia até ter sido punido… e o Palmeiras não é um deles. Ele não tem receitas escusas, não gasta mais do que arrecada, muito pelo contrário. Terminamos 2017 com um superávit de aproximadamente 50 milhões.
A impressão que se tem é que alguns jornalistas não entenderam bem o que significa o tal ‘fair play financeiro’, ou entenderam e estão fazendo o de praxe: distorcendo um assunto para com ele atingir um clube rival ao seu clube de coração.
Imagine a situação por outra ótica… você está numa pior, falido, seus vizinhos parecem estar bem melhores do que você, se divertindo, gastando, comprando… então, para tentar reverter a situação, você trabalha muito, trabalha sério – serve de motivo de zombaria de todos os seus vizinhos enquanto isso acontece -, economiza, passa apertado, rala, se reestrutura economicamente, começa a ganhar dinheiro, sai do buraco, vira o poderoso do bairro, deixa a sua casa linda, passa a poder comprar bons carros, boas roupas, boas viagens, e é você que está errado porque seus vizinhos, – incapazes de cuidar do próprio dinheiro e das suas próprias casas -, não estão na mesma situação que você? Porque eles estão “pobrinhos”?
É você que não tem ‘fair play financeiro’? Os seus vizinhos trabalharem sério, como você trabalha(ou), e melhorarem as suas situações financeiras também, nem pensar né?
Pois essa é a “lógica” da imprensinha… a mesma cujos profissionais estão sempre trocando de patrão – de canal – buscando a melhor empresa para se trabalhar, os melhores salários… e ninguém fala de fair play nesses casos. Ninguém fala que os canais pagos de TV – onde esses “jornaleiros” trabalham -, não têm fair play com os canais mais modestos, os que têm menos audiência, com os profissionais dos canais mais modestos, com os canais da TV aberta também. Nesse caso, é cada um olha o seu e os outros que corram atrás, né?
A maioria dos clubes no Brasil está “a help”, sem grana, com muitas dívidas… alguns clubes têm dívidas com outros clubes (Botafogo andou reclamando disso esses dias), devem premiações por título, devem salários para jogadores (vira e mexe, e todo ano, ficamos sabendo de jogadores que, por não receberem, entram na justiça contra seus clubes querendo rescisão de contrato), devem prestações de arenas – devem até marmitas -, sacaneiam um monte de jogadores por não ter dinheiro para pagá-los (né, Cavalieri?), quase todos têm por “patrocinador” um banco estatal, ou seja, são sustentados por dinheiro público, alguns são realmente sustentados por cotas de TV (elas representam mais de 50% das receitas do Flamengo e aproximadamente 48% das receitas do Lava Jato. Assim pode?).
Mas a imprensa ignora tudo isso e só sabe repetir… “Ainn, a Crefisa sustenta o Palmeiras”…
Sustenta o Palmeiras como? Se o investimento do patrocinador representa apenas 20% das receitas do clube (arredondei pra mais a porcentagem)? Se com bilheterias o Palmeiras ganha mais do que o valor investido pelo patrocinador? Além disso, a exposição da marca Crefisa na camisa do Palmeiras faz com que ela lucre mais de 1,5 bilhão… Isso é negócio, e negócio bem feito. Não tem ninguém sustentando ninguém, não tem mecenato… Inventem outra.
O patrocínio da Crefisa é muito bom mesmo. Mas é parte equilibrada das receitas do clube. Querer um patrocinador como o do Palmeiras todo mundo quer, mas trabalhar sério, parar de mamar em seus clubes para que esse patrocinador apareça, ninguém está a fim. E, pelo visto, não andam muito a fim nem de ir ao estádio…
Duas rodadas no Paulistão 2018… PAL – público pagante: 49.873 / Renda: R$ 2.941.187,46 SPO – público pagante: 26.318 / Renda: R$ 752.481,00 COR – Público pagante: 26.970 / Renda: R$ 915.767,50 SAN (só jogou uma partida) Público pagante: 5.866 / Renda: R$ 243.530,00
“Ainnn, o fair play financeiro” … “Assim, o futebol não é disputado de maneira justa”… “o campeonato deixa de ser competitivo”…
Alguma vez você ouviu esses mesmos ‘jornaleiros’ falarem o mesmo, ou qualquer outra coisa semelhante, em relação à distribuição das cotas de TV e a diferença absurdamente maior que é paga para dois clubes? Em relação ao que alguns clubes recebem da CAIXA?
Viu algum jornalista achar algo errado quando tinha clube lavando dinheiro de crimes de máfia para montar time, contratando como queria, abrindo conta no exterior para atletas receberem “por fora”? A imprensinha endeusava essa parceria, o seu representante era tratado por “Mister”…
Você ouviu falar em ‘não ser justo com os outros clubes’, quando a FPF contratou um jogador, por US$ 15 milhões, para a doá-lo para um clube paulista?
Quando um clube ganhou um estádio construído com dinheiro público? Quando ele recebeu isenção de milhões de reais em impostos, alguém falou que isso não era justo com os outros clubes, que não era justo com o povo, principalmente?
Falava-se em tratamento imparcial, modo leal de agir, quando tinha clube que se classificava por renda e não pelo desempenho em campo?
Você ouviu falar em fair play, ouviu alguém fazer algum comentário maldoso sobre as empresas na época em que alguns contratos de patrocínio pareceram “cair do céu” para alguns clubes?
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Algum desses ‘jornaleiros’ falou algo na época dessas notícias? Algum deles viu algo errado em um clube querer receber (achar que ia receber) mais do que os outros todos? Em querer superar números do Palmeiras?
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Alguém ouviu falar em ‘fair play financeiro’ nessa época aqui? Ouviu algum “assim, o campeonato deixa de ser competitivo”?
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Não, ninguém ouviu nada disso. E sabe porque você não ouviu, porque nenhum de nós ouviu nada a respeito de “fair play financeiro”, de “campeonato menos competitivos”, de “não ser justo um clube ter receitas tão maiores do que os outros” (mesmo as receitas oriundas de lavagem de dinheiro, de cotas de TV, de banco estatal)?
Porque os que reclamam disso agora são hipócritas. Porque, na época, eram seus times de coração os que tinham vantagens financeiras sobre os demais. Porque, fair play mesmo, no sentido de jogo limpo, de tratamento imparcial, equidade… quem está devendo, e devendo muito ao futebol, aos torcedores, são eles mesmos, os ‘queridos’ torcedores profissionais de imprensa.
Comecinho de Janeiro… segunda-feira… clubes em pré-temporada… contratações ainda sendo feitas… jogadores fazendo exames médicos… torcedores aguardando o início do Paulistão… o treino de Roger Machado sendo elogiado por um monte de gente… Allione fazendo golaço… e algumas outras notícias já começam a nos chamar a atenção… Vamos dar uma passadinha rapidinha em algumas delas… …..
“Barcelona contrata o brasileiro Philippe Coutinho, do Liverpool, por 160 milhões de euros( R$622 mi)”.
E lemos sobre isso nos portais, ouvimos as análises da fantástica contratação nos programas esportivos… “Neymar e Coutinho foram as duas mais valiosas contratações do futebol”, se gaba a press.
E nos perguntamos: Essa imprensa, que tanto critica a Crefisa, que acha que “é injusto/desigual com o futebol brasileiro, e com os outros clubes, o Palmeiras ter um patrocinador que invista tão alto”, que acha injusto o Palmeiras ter maior poder de compra do que os demais, é a mesma que acha o máximo um jogador brasileiro ser contratado por 622 milhões pelo Barcelona? (A mesma que não acha nada errado sobre cotas de TV, de valores altíssimos, privilegiarem/sustentarem dois clubes com quase o dobro do valor do que pagam ao Palmeiras – o ‘vilão do patrocínio’ -, por exemplo, e dez, vinte vezes mais do que pagam à maioria dos clubes?)
“Scarpa entra com ação contra o Fluminense cobrando direitos atrasados e pedindo rescisão”
Segundo as notícias, o Fluminense devia (AINDA!?!) o 13º de 2016 para o jogador Scarpa, devia também 6 meses de direitos de imagem (60% do salário) – pagou rapidinho depois que foi acionado na justiça (e tem quem diga que o jogador é que está errado. Quem gosta de trabalhar sem receber?) -, e a juíza pediu novos documentos, adiou a decisão.
Então… Scarpa – jogador que o Palmeiras andou tentando contratar – entrou com uma ação contra o seu clube cobrando direitos atrasados e pedindo rescisão, porque não recebe o que foi acordado na contratação. E quantos outros clubes estão devendo também, não é mesmo? Quantos clubes ficaram devendo salários em 2017, 2016, 2015… alguns deles foram até acionados na justiça, alguns jogadores rescindiram seus contratos… Mas o Palmeiras, que se reestruturou financeiramente, e que exatamente por isso, pela administração profissional, pode pagar, e paga, salários em dia, é que é pintado como o vilão do futebol, não é? Para as administrações amadoras, caloteiras, os ‘imprenseiros’ não têm críticas a fazer.
E, pelo visto, a tal punição para clube que deve salários para jogador – se é que ela ainda existe, porque nunca pegou nenhum clube caloteiro – é só ‘de mentirinha’, só ‘enganation’ mesmo…
E se aqui fosse um parque de diversões, e se essa notícia fosse uma música, eu a ofereceria para alguns ‘jornaleiros tupiniquins’, que diziam que ele era muito melhor do que Gabriel Jesus e tinha muito mais chances de se dar bem na Europa…
“Com recorde de votos, Gabigol é eleito o pior jogador estrangeiro do futebol italiano em 2017”.
Não sei o que houve com Gabigol lá, não sei porque se saiu tão mal, mas não posso deixar de observar… “Sabem tudo” esses jornaleiros daqui, não é mesmo? rsrs
E, para terminar…
“Palmeiras aceita oferta de mais de R$ 45 milhões e vai liberar Mina ao Barça”
Então… Paulo Nobre pagou, do próprio bolso, R$ 12 milhões pelo Mina (que nem era pra vir, porque estava praticamente vendido ao Barça, mas o Mattos deu um jeitinho), ele jogou pra caramba aqui, fez muitos gols, dançou muito nas comemorações, ganhamos título com ele, e agora o Palmeiras vai vendê-lo por mais de R$ 45 milhões (Vai deixar muitas saudades, Mina, seu lindo). E devolverá os mesmos R$ 12 mi ao Paulo Nobre, uma parcela deve caber ao clube de origem, e o resto é do Verdão.
“Ainnn, mas o PN é agiota…”
Será que esse PN agiota quer me emprestar uns 3 milhões? Prometo que daqui a 2 anos devolvo os 3 milhões do jeitinho que ele me emprestou.
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E vamos em frente… falta pouco. Dia 18, estreia do Palmeiras no Paulistão, está logo ali.
Época de contratações, dispensas, empréstimos… época de montarmos/melhorarmos o elenco que fará a pré-temporada visando a disputa dos campeonatos que teremos pela frente em 2018.
Chegaram:Marcos Rocha, Diogo Barbosa, Lucas Lima, Weverton e Emerson Santos.
Saíram: Vinícius Silvestre, (emprestado para a PON), Egídio (CRU), Arouca (ATL-MG), Erick (ATL-MG), Roger Guedes (emprestado para o ATL-MG) e Raphael Veiga (emprestado para o ATL-PR) , Zé Roberto (encerrou a carreira).
Voltaram de empréstimo: Arthur, Victor Luís e Allione – esse foi muito bem no Bahia e teve a sua volta pedida pelo nosso novo técnico, Roger Machado.
Melhorou, né?
Além disso, contrariando o que dizia a imprensinha sobre os “4.567.989” jogadores, que voltariam de empréstimo e inchariam o elenco – essas baboseiras todas que a press adora fazer com o Palmeiras -, outras negociações aconteceram e a maioria desses jogadores já tem clube novo para a temporada que vai começar, sem contar os que foram vendidos ou os que já tinham sido emprestados na temporada passada:
Leandro ( foi vendido para Japão) Gustavo (emprestado para o Santa Cruz) Matheus Sales (estava no VIT e foi emprestado para o AME-MG) João Pedro (estava na Chape e foi emprestado para o Bahia) Fábio – goleiro (vendido para o Taubaté) Lucas (estava no FLU e foi emprestado para o VIT) Tobio (estava no Boca Juniors e foi emprestado ao Rosario Central-ARG até 30/06/2018) Robinho (emprestado ao CRU – até 31/12/2019 e não terá mais contrato com o Palmeiras após o término do empréstimo) Nathan (emprestado ao Servette-SUI até 30/06/2018) Vitinho (já tinha se transferido no meio de 2017, por empréstimo, para o Barcelona-ESP até 30/06/2018) Gabriel Barbosa (emprestado ao SPAL-ITA até 30/06/2018) Renato (emprestado ao Paysandu-PA até 30/11/2018)
Além desses, Vagner (goleiro), Lucas Taylor, Matheus Muller, Leandro Almeida, Bruninho, Daniel, Juninho, Patrick Vieira, Gabriel Leite, Kaue, Mouche e Rodolfo tiveram seus contratos de empréstimo encerrados no final da temporada 2017 e deverão ser emprestados novamente nas próximas semanas.
Talvez possamos ter mais alguma contratação, talvez alguns garotos da base sejam integrados ao time de cima…
Por enquanto, o elenco que se apresentará para a pré-temporada está assim:
Prass / Jaílson / Weverton / Fuzato
Marcos Rocha / Myke / Fabiano (que pode sair também)
Mina / Emerson Santos/ Luan / Thiago Martins (tem chances de ir para o Bahia) / Edu Dracena / Juninho / Antonio Carlos
Diogo Barbosa / Victor Luis
Felipe Melo / Thiago Santos / Bruno Henrique / Moisés / Tchê Tchê / Jean / Michel Bastos
Dudu / Guerra / Allione / Lucas Lima / Hyoran / Keno / William
Borja / Deyverson
Como podemos observar, está tudo tranquilo no Reino de Palestra Italia, não é mesmo? Que comece a nova temporada!
Último dia do ano de 2017… e, como sempre fazemos, nos despedimos do ano que se finda reclamando dele… e colocando todas as nossas expectativas no ano que está chegando…
Em parte isso é bom… começar um novo ciclo (nós é que separamos a coisa assim assim) com esperança, com energia renovada, com bons propósitos, com mais gentileza, com olhos mais amáveis para o mundo, para as pessoas e para nós mesmos, com fé na vida…
Mas será que o ano que passou, apesar dos problemas que enfrentamos, das expectativas que não foram atingidas, foi tão ruim assim? Eu sei, não precisamos nem conhecer a história das demais pessoas para termos certeza de que cada um de nós teve, pelo menos, um grande dragão a enfrentar em 2017… cada um de nós viveu, na melhor das hipóteses, uma grande dor, ou viu uma pessoa querida vivenciar isso – o que dá na mesma, a dor também é nossa…
Mas 2017 foi só isso? O que doeu? O que não deu certo? O que a gente queria e não obteve? O dragão? A bola que não entrou? O juiz que nos meteu a mão?
Apesar de algumas tristezas, quantas alegrias tivemos… quantas risadas, impossíveis de serem contidas, nós demos… quanta ajuda recebemos, quanta ajuda pudemos dar… quantos beijos e abraços ganhamos, e quantos beijos e abraços nós demos também… a despeito de todas as noites mal dormidas, quantas noites de sono tranquilo e gostoso nós tivemos…
Quantas vezes, quando o mundo nos pareceu tão inóspito, nós pudemos voltar correndo pra casa – e por “casa” podemos entender qualquer lugar, pessoa, momento, onde nos fazemos felizes e pra onde fugimos nos momentos difíceis… pode ser o nosso lar, o teto que nos abriga, a arquibancada do Allianz Parque, pode ser uma pessoa querida, um amigo querido… pode ser um abraço, daqueles que dizem tudo em silêncio…
“Casa” pode ser uma partida de futebol, pode ser um momento… de um gol no último minuto e a sensação de que ganhamos a vida de novo…. de uma virada de jogo, no Uruguai, e nós nos sentindo (pela enésima vez na vida) como se “nunca” tivéssemos sido tão felizes antes…
Vamos para 2018 agora, e vamos com as bagagens que preparamos em 2017…
Somos nós que escolhemos o que levar, nós decidimos se vamos levar conosco o que doeu, o que não deu certo, se vamos levar o dragão… ou se vamos levar conosco termos aprendido a rir de nossos problemas… se vamos levar conosco a esperança, a chance de fazer melhor da próxima vez, e que bom que existam próximas vezes… somos nós que levaremos os amigos que moraram em nosso coração o ano inteiro, as pessoas que temos certeza que nos querem bem, as que nós queremos bem… vamos levar o entendimento, conseguido à duras penas, de que cada um tem o seu caminho, a sua sorte… e que nem sempre as coisas serão do jeito que a gente quer, e temos que lidar com isso…
Somos nós quem decidiremos levar as vozes, os sorrisos e os olhares que já não vemos há tanto tempo… levar as nossas “roupas”, que nos mostram aos demais do jeitinho que somos, sem nenhum outro artifício…
Tá quase na hora… faça a sua “mala”. E não se esqueça de levar tudo o que te fez feliz, o que te fez melhor, te fez crescer… Leve o aprendizado que 2017 te deu, as coisas que ele colocou diante de você para aprender a ter que encarar… leve a coragem com que você enfrentou os obstáculos que a vida colocou em seu caminho… leve as lembranças dos momentos felizes com as pessoas que não estão mais por perto… as alegrias divididas com as que estão pertinho… leve a força que te fez chegar até aqui… leve a sua capacidade de trabalhar e de ir buscar o que você quer… leve a sua capacidade de sonhar… leve a esperança – ela tem certeza que você viverá muito momentos maravilhosos no novo ano… leve a paciência também – ela pode ser usada em qualquer estação do ano… leve os amigos que continuaram amigos mesmo quando não precisavam da sua ajuda… leve as pessoas que você ama… leve o seu melhor sorriso… leve seu coração em paz…
Leve os gols do Duduzinho, do Willian, do Keno… as defesas do Prass, do Jaílson… leve a garra do Felipe Melo, os desarmes do Mina, do Dracena, do Tche Tche, do Thiago Santos, os lançamentos do Guerra… os gritos de gol, a alegria e sons da Que Canta e Vibra..
Leve tudo o que deu certo, e leve também o que você aprendeu com o que deu errado… o resto, pode deixar em 2017 mesmo… você não vai precisar mais.
Ah, e não esqueça, de jeito nenhum, de levar o que aquece e faz vibrar teu coração o ano inteiro, o que te move e conduz 365 dias em cada ano… e que talvez seja a lição mais bonita que a vida nos deu… o orgulho e o amor, incondicional, ao Palmeiras!!
E boooora pra 2018, parmerada!!! Vai começar tudo outra vez!!!
UM FELIZ E VERDE ANO NOVO A TODOS!! MUITA LUZ, ALEGRIAS E PAlMEIRAS CAMPEÃO EM 2018!!.
O ano ainda não acabou e o Palmeiras já deu uma reforçada em seu elenco para a temporada 2018…
Chegaram cinco novos jogadores. Um lateral-direito, um lateral-esquerdo (posições onde tínhamos carências), um goleiro, um zagueiro e um meia (reza a lenda que pode vir mais gente por aí. Aguardemos). São eles: …..
Marcos Luís Rocha Aquino, 29 anos, lateral-direito, que atuava pelo Atlético Mineiro e veio para o Palmeiras numa troca, por empréstimo de um ano, com o atacante Róger Guedes.
Títulos:
Copa Libertadores da América 2013 (ATL-MG)
Recopa Sul-Americana 2014 (ATL-MG)
Copa do Brasil 2014 (ATL-MG)
Campeonato Mineiro 2012, 2013, 2015 e 2017
Florida Cup 2016
Super clássico das Américas 2012, com a Seleção Brasileira
Prêmios individuais: Bola de Prata 2012 e 2014; Seleção do Brasileirão 2012/2013/2014/2015; Melhor Lateral-Direito do Campeonato Mineiro 2010/2011/2-16/2017
Diogo Barbosa Mendanha, 25 anos, lateral-esquerdo, que atuava pelo Cruzeiro.
Título:
Copa do Brasil 2017 (CRU)
Prêmios individuais: Foi eleito para a seleção do Campeonato Carioca 2016, como o melhor jogador em sua posição; Seleção do Campeonato Mineiro 2017.
Weverton Pereira da Silva,30 anos, goleiro, que atuava pelo Atlético-PR.
Títulos:
– Campeonato Série B 2008, (COR, seu primeiro clube como profissional)
Campeonato Paulista do Interior 2010 (BOT)
Campeonato Série B 2011 (Portuguesa)
Marbella Cup 2013 (ATL-PR)
Campeonato Paranaense 2016 (ATL-PR)
Pela Seleção Brasileira: Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos 2016 (a primeira conquistada pelo Brasil)
EmersonRaymundoSantos, 22 anos, zagueiro, que atuava pelo Botafogo. Ele já tinha pré-contrato assinado com o Palmeiras desde Agosto.
Começou no profissional em 2015, e participou da campanha que trouxe o Botafogo de volta à Série A.
Lucas Rafael Araújo Lima, 27 anos, meia ou ponta-esquerda, que atuava pelo Santos.
Títulos:
Campeonato Paulista 2015 e 2016
Prêmios Individuais: Melhor meio-campista do Campeonato Pernambucano 2013; Melhor jogador do Campeonato Brasileiro Série B 2013; Seleção do Campeonato Paulista 2015/2016; Melhor jogador da Copa do Brasil 2015; Craque da galera do Campeonato Paulista 2016
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Então… Marcos Rocha, Diogo Barbosa, Lucas Lima, Weverton e Emerson Santos… Bons jogadores contratados, sem a ajuda da Crefisa e gastando pouco – três dessas contratações custarão aos cofres palestrinos somente as luvas e os salários.
Ainnn, mas sem a Crefisa o Palmeiras não contrata ninguém… Ainnn, mas o Mattos gasta muito dinheiro…
Pelo visto, a Fofox, a Espn e os ‘administradores de cartola’ vão ter que inventar novos mimimis para 2018…
Falar em ‘fáquis’ é o consolo dos incompetentes – Victor Hugo
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Fogão de lenha, fogão a gás, fogão elétrico… fogão Telefone fixo, telefone sem fio, celular… telefone Zezinho, Zezão, Seu Zé, Vô Zé… José Taça Jules Rimet, Copa do Mundo da FIFA… Copa do Mundo Taça Brasil,Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Robertão, Taça de Prata, Campeonato Nacional de Clubes, Copa Brasil, Taça de Ouro, Copa União, Campeonato Brasileiro, Copa João Havelange, Campeonato Brasileiro Série A… campeonato brasileiro
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Eu sei que o Palmeiras deve provocar artrose em muitos cotovelos, sei que deve ser difícil querer ultrapassá-lo em algumas coisas – fazer um monte de trapaças pra isso, comprar títulos, ser basicamente sustentado por cotas de emissoras de TV, por dinheiro público, pelo apito, ter o lobby de toda a imprensa – e não conseguir…
Também sei que deve ser desconfortável para alguns admitirem que houve um período áureo no futebol brasileiro – período de craques maravilhosos, de lendas como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho Botelho, César, Valdir de Morais, Dudu, César Maluco, Leão, Eurico, Gerson, Tostão, Garrincha, Gilmar, Nilton Santos, Manga, Coutinho, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, De Sordi, Rivellino, Dorval, Pepe, Pelé… – e que seus times nada conquistaram nos campeonatos disputados nesse período; alguns, não conseguiram nem mesmo um campeonato estadual que os classificasse à disputa maior – e ser campeão paulista nesse período, por exemplo, não era pra qualquer um. Pra esses, é mais fácil acreditar que não havia futebol nessa época, que não havia campeonatos em que se confrontavam os grandes times e craques do país (em quatro copas disputadas nesse período – 12 anos – em que o futebol “não existia”, o Brasil, graças aos craques maravilhosos que brilharam nos campeonatos que “não existiram”, ganhou três delas)… para esses, é mais fácil querer apagar as conquistas de outros clubes.
O Palmeiras foi considerado o Campeão do Século XX por conta de tudo o que fez/conquistou/representou para o futebol brasileiro nesse século (e até que se chegue em 2100, e apareça o “campeão do século XXI”, o Palmeirascontinuará a ser o único clube brasileiro a ostentar esse título), é eneacampeão brasileiro, é o maior campeão nacional (13 conquistas); é o clube com a história mais bonita…
O Palmeiras foi o primeiro campeão mundial de clubes – parou, emocionou, arrebatou e encheu de orgulho um país inteiro com essa conquista. Um milhão de pessoas foram às ruas para festejá-lo. Criaram até uma cachaça – bem famosa hoje em dia – em homenagem à essa conquista…
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O Verdão foi o primeiro, dentre todos os times do futebol brasileiro, a ter um treinador de goleiros; é o clube que teve o maior número de craques e ídolos; teve duas “Academias” (times maravilhosos e, por isso, chamados assim); foi o clube que, do goleiro ao ponta esquerda, e incluindo o técnico, representou a seleção brasileira, com muita categoria, vencendo a temida seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão…
O Palmeiras atual tem a melhor arena multiuso do país, uma das melhores do mundo – sem dinheiro público -, e muito bem localizada em São Paulo; é um clube que se reestruturou nos últimos 4 anos, tem as suas receitas bastante equilibradas, sem ser sustentado/ser dependente de apenas uma delas, de cotas de TV, ou do dinheiro público de bancos estatais, como acontece com alguns; é o clube que conseguiu um ótimo contrato de patrocínio máster; os naming rights de sua arena foram vendidos rapidamente e sem dificuldade alguma por centenas de milhões, e para uma grande empresa estrangeira; o clube paga salários em dia (tem clube por aí que deve até as marmitas); tem uma Academia de Futebol maravilhosa, tem um Centro de Excelência de primeiro mundo – nenhum outro clube no país possui um igual… e tem uma torcida linda, apaixonadíssima por ele, que enche o Allianz Parque e faz com que o Avanti seja um dos melhores programas de Sócio-Torcedor do país… que faz com que a receita com bilheteria seja maior até mesmo do que o alto investimento do patrocínio máster…
É até compreensível – mas não é honesto – que tentem diminuí-lo. No entanto, torcedores rivais – os da imprensa, inclusive – parecem se sentir melhor agindo assim.
E inventam qualquer coisa, noticiam qualquer coisa… mentiras e mais mentiras na tentativa de diminuir o gigante verde, na tentativa de desmerecer as suas conquistas. Mentiras, que não convencem nem mesmo aos mentirosos que as propagam. E, se aproveitando dos muitos nomes que o campeonato brasileiro já teve ao longo de sua história, e como se antes de 1971 (1990 para alguns) só disputássemos torneios estaduais no país, surgiu o “Ainnn, os títulos nacionais do Palmeiras são títulos de fáquis”…
Mas que fax ‘mizeravi’ de bom esse, não? rsrsrs.
As taças de quatro campeonatos do Palmeiras (e inúmeras outras, de outros clubes campeões), as medalhas e faixas de campeão, as centenas de partidas que foram disputadas, as vitórias sobre os times rivais (que também participaram de alguns desses campeonatos, mas não tiveram competência para conquistá-los)… as rendas, o público das partidas, as notícias dos jornais da época, as fotos… os craques todos, Ademir da Guia, César, Djalma Santos, Julinho Botelho, Valdir de Moraes, a Primeira Academia, Pelé, Gerson, Jairzinho, Garrincha, Tostão, Félix, Rivellino, Carlos Alberto Torres, Cafuringa, Raul, Dirceu Lopes… os seus dribles, as jogadas maravilhosas, as grandes defesas, os gols inesquecíveis, as comemorações, os gritos e aplausos das torcidas, as suas lágrimas de alegria… tudo isso veio no fax – até mesmo o milésimo gol de Pelé… veja só! Passou tudo pelo fax. E, por sorte, ninguém se machucou, os troféus não se quebraram… Como diria Duduzinho: Ah, Grazadeus…
E apesar da farta documentação disponível, alguns “jornaleiros” atuais – que há algum tempo nem pensavam em questionar essas conquistas, muito pelo contrário -, ainda teimam em negar as evidências, os fatos, as fotos, os troféus, os relatos, as imagens… teimam em negar o que a história do futebol brasileiro escreveu, colocando em dúvida ou tentando desmentir o que brilhantes jornalistas esportivos, alguns deles, lendas do jornalismo, escreveram na época dessas competições. Negam/ignoram Nelson Rodrigues, João Saldanha, Ney Bianchi (o único a ganhar três vezes o Prêmio Esso de Informação Esportiva), Armando Nogueira, Thomaz Mazzoni, Mauro Pinheiro… Os caça cliques de hoje, no seu jeitinho tão “goebbels” de ser, se esmeram em tentar apagar parte da história do futebol, parte da história de clubes e de ídolos inesquecíveis… Querem apagar até mesmo o trabalho de jornalistas notáveis, nos quais deveriam se espelhar pois teriam muito o que aprender…
E esquecem até mesmo o que noticiavam há não tanto tempo assim…
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Vamos dar uma voltinha na história do futebol brasileiro…
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Campeonato Brasileiro de 1960 – a Taça Brasil
Desde 1952, a Fifa havia autorizado a CBD a criar a Taça Brasil. Enrola aqui, espera ali, o tempo foi passando, foi passando… e a competição nacional ainda não havia sido criada (o calendário trienal – até 58 – já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958). Mas a Conmebol, sem querer, acabou apressando os brasileiros… em 1959, ela criou a Taça Libertadores da América (que já teve seu nome mudado e continua sendo a mesma competição, tá?). E se o Brasil não tivesse um campeonato nacional, não teria como mandar um representante para a competição da Conmebol (precisa desenhar?). E, então, em 1959 mesmo, a Taça Brasil – o campeonato nacional, que daria ao Brasil o representante único para a Libertadores – foi criada. O Bahia foi o campeão nesse ano, foi o primeiro campeão brasileiro. Você sabia disso?
‘Santos. Bahia. Decisão hoje à noite da Taça Brasil. Será conhecida no Maracanã a equipe campeã brasileira entre clubes’(Capa de A Gazeta Esportiva de 29 de março de 1959).
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“O futebol do Norte do país voltou a brilhar. Depois da atuação da Seleção de Pernambuco no Campeonato Brasileiro, ficando em segundo lugar, foi a vez do E. C. Bahia vencer a Taça Brasil, o primeiro campeonato brasileiro de clubes” (A Gazeta Esportiva, 30 de março de 1959)
“Bahia, primeiro campeão do Brasil de todos os tempos, um título único e inédito de uma importância sem igual. Uma odisséia fantástica do Esporte Clube Bahia, quase desacreditado depois da derrota em Salvador, vitorioso e inconstante no Rio de Janeiro, no templo do futebol, o Maracanã, contra o maior time do mundo” (O Globo, matéria assinada por Ricardo Serran, 1º de abril de 1960)
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A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro, e, como se pode observar pelas notícias, isso não apareceu depois não, já na época de sua disputa era assim, o vencedor da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro (ela foi criada no ano em que surgiu a ponte-aérea – não existiam voos como os que temos agora. Viajar pelo extenso território brasileiro, fazer um torneio em outros moldes, era bem mais complicado).
IMPRENSA – A testemunha mais importante, que registrou todos os acontecimentos, do jeitinho que eles aconteceram (no entanto, atualmente, os que entendem por jornalismo “caçar cliques e polêmicas nas mídias sociais”, “se indispor com torcedores”, “fazer estatísticas inúteis”, “distorcer notícias”, “abusar de meias verdades”, querem desdizer o que foi dito, querem desfazer o que foi feito).
‘Taça Brasil na fase decisiva. Santos x Grêmio hoje na Vila. Chega, afinal, à sua fase de maior interesse, a Taça Brasil, destinada a apontar o campeão nacional interclubes. E o Santos, na qualidade de campeão paulista de 1958, terá a responsabilidade de enfrentar o Grêmio portoalegrense, que é tricampeão do Rio Grande do Sul’(A Gazeta Esportiva, chamada de capa, 17 de novembro de 1959).
Bahia, depois de vencer o Vasco, terá de enfrentar amanhã o Santos. Em plena luta pelo Campeonato Paulista, do qual é líder absoluto, o Santos, amanhã, será obrigado a se empenhar em um compromisso diferente, este valendo pelo título de campeão do Brasil. Para esta noite, com início às 21 horas, está marcada a partida entre o Santos F. C. e o E. C. Bahia, iniciando a série final relativa à Taça Brasil. Trata-se de um choque dos mais sugestivos, desde que reunirá dois esquadrões em situação de singular prestígio’(A Gazeta Esportiva, título de página, 8 de novembro de 1959).
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‘Santos vence e é campeão. Em partida válida pela Taça Brasil, e na qual sete jogadores foram expulsos de campo, o Santos derrotou o Vasco da Gama por 1 a 0, ontem à noite, no Maracanã, sagrando-se pentacampeão brasileiro’(O Estado de S. Paulo, 9 de dezembro de 1965).
‘Carnaval chega em Belo Horizonte com o Cruzeiro. Chegada do Cruzeiro foi festa até de manhã. Cidade em festa. Do alto dos edifícios a população mineira jogava confetes, serpentinas, papéis picados, jornais rasgados, além de agitar freneticamente os lenços brancos do sucesso. Gritos de `Viva o Cruzeiro´ ecoavam do alto dos prédios repletos de pessoas e totalmente acesos. Até nas repartições públicas, embora não tenha havido expediente, viam-se pessoas jogando papel picado. O povo comemorou com grande carnaval a chegada do campeão do Brasil, tributando-lhe a maior homenagem e toda a sua vida. Pode-se garantir que nenhum clube mineiro teve tão elevado acolhida como o Cruzeiro, ontem à noite, ao chegar de São Paulo, às 19h45m, em um Viscount, da Vasp. Foram precisos mais de 100 policiais para impedir a aproximação do público do avião’(Jornal dos Sports, matéria de página inteira, 8 de dezembro de 1966).
‘… Neco – Um marcador implacável. Agüentou a carga física de Amauri no primeiro tempo e a vivacidade dispersiva de Dorval no segundo, saindo sempre do lance para jogar. É uma peça sóbria e eficiente do campeão brasileiro de clubes’(Jornal dos Sports, 8 de dezembro de 1966).
Ainnn, mas não era campeão brasileiro… buááááá
E o campeonato nacional seguia moldes semelhantes aos da Taça da Europa, que só permitia a participação de campeões nacionais dos países europeus e do campeão de sua última edição. Era disputada pelo sistema eliminatório, com confrontos diretos de ida e volta que classificavam a equipe com melhor saldo de gols. O diferencial da Taça Brasil foi ter os campeões dos estados e um terceiro jogo, em caso de igualdade, após as partidas de ida e volta.
No ano seguinte, em 1960, foi jogada a segunda edição desse torneio com a participação de dezessete campeões estaduais do ano anterior que se enfrentaram em sistema eliminatório de ida e volta (o qualifying era ser campeão estadual, e ser campeão paulista naquela época, por exemplo, não era fácil não – se o seu time não foi campeão estadual nesse ano, é por esse motivo que ele não participou, e não porque o torneio não existiu, ou não valia).
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Os times de SP e RJ, por serem mais fortes e terem o maior número de craques, entravam nas semifinais do campeonato – assim como acontece atualmente no mundial da Fifa com o campeão da América e o campeão da Europa. O Palmeiras teve uma tarefa bastante difícil para conseguir participar da Taça Brasil. Disputou 41 jogos no campeonato paulista – 3 deles na dificílima final contra o Santos, de Pelé. Foi o campeão paulista, e, depois, sagrou-se campeão da Taça Brasil, enfrentando o Fluminense em uma das semifinais, ganhando o primeiro jogo e empatando no jogo da volta. Na final, escalado com Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Jorge, Zequinha, Chinesinho, Julinho Botelho, Romeiro, Humberto e Cruz, comandados por Osvaldo Brandão (saiu do fax o grande Brandão também), o Palmeiras enfrentou o Fortaleza e o venceu nos dois jogos – 3 x 1 na casa do adversário e 8 x 2 no Pacaembu – SEM APITO – faturando seu primeiro Campeonato Brasileiro da história. ……….
Ainnn, mas não tinha campeonato nacional nessa época… Ainnn, não era campeão brasileiro quem conquistava a Taça Brasil…
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Não era por acaso que a bandeira do Brasil era a primeira a ser carregada na volta olímpica…
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Palmeiras com muito orgulho Campeão do Brasil. A Taça Brasil de clubes campeões do Estado, disputada desde 1959, elegeu a Sociedade Esportiva Palmeiras, pela segunda vez, o quadro campeão brasileiro de futebol, título conquistado ontem diante do Náutico(texto de um poster publicado por A Gazeta Esportiva, 30 de dezembro de 1967).
E tá pensando o quê? Mesmo naquela época o fax chegava longe…
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O fax ‘mizerávi’, como você pode ver, levou o “Palmeiras Campeão Brasileiro” até para a França…
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Por essa, nem o Juquinha esperava… rsrsrs O ‘Jumento-Falante’ também não. Mas esse mal sabe ler mesmo…
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1967 – Mas como pode ser campeão brasileiro duas vezes no mesmo ano?
Do mesmo jeito que se pode ter dois campeões mundiais de clubes no ano 2000… do mesmo jeito que, por vários anos, tivemos dois campeões paulistas no mesmo ano, dois campeões cariocas no mesmo ano… do mesmo jeito que, durante um bom tempo (e até 2013), foram dois campeões argentinos no mesmo ano (torneio Apertura e Torneio Clausura)…
Assim como a Fifa, por exemplo, teve dois campeonatos mundiais, de formatos diferentes, no ano 2000 – o campeonato intercontinental de clubes, que já existia e era disputado todos os anos entre o campeão da América e o campeão da Europa, e o outro, criado em 2000 (a pedido da Hicks Muse e da Traffic, e sem jamais ter tido uma segunda edição), a CBD, com a criação do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, teve dois campeonatos nacionais, de formatos diferentes, disputados no mesmo ano, e por dois anos seguidos: a Taça Brasil e o Robertão – o novo torneio.
Assim como a Fifa aproveitou algumas coisas daquele mundial de 2000 (mesmo reconhecendo que o torneio fora um erro – o campeão da América de 99 não participou da disputa, o campeão da Ásia de 99 também não, havia dois times do mesmo país, teve clube convidado, sem ter nenhuma conquista sul-americana, o campeão jogou todo o torneio em seu próprio país) e corrigiu o formato do campeonato que era disputado todos os anos, o melhorou, para o que viria a ser o formato do atual Mundial de Clubes da FIFA -, em 1967, a CBD, de João Havelange, criou um novo formato de disputa do Campeonato Brasileiro, o ‘Torneio Roberto Gomes Pedrosa’.
E, da mesma forma que a Fifa reconhece dois campeonatos e dois campeões mundiais de clubes em 2000 (se, por exemplo, o time do Parque São Jorge tivesse conseguido passar pelo Palmeiras na semifinal da Libertadores de 2000, e tivesse conquistado o torneio, teria tido chances de conquistar dois mundiais no mesmo ano), a CBF reconhece como campeão brasileiro o vencedor do Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1967 e o vencedor da Taça Brasil-1967 (a nona e a décima edição, respectivamente, do campeonato brasileiro). O Palmeiras, por acaso, por bom futebol e, diga-se de passagem, sem apito, venceu os dois.
Por duas temporadas, Taça Brasil e Robertão dividiram o calendário – a primeira foi extinta depois de 1968. Além de o Robertão se mostrar mais interessante em seu formato, de chamar mais a atenção das torcidas e, consequentemente, atrair mais público, gerar mais rendas, a Taça Brasil de 68, após um impasse entre dois clubes participantes, foi terminar… em outubro de 1969. Por causa desse atraso, e porque o campeonato, devido à sua demora, não indicaria os representantes à Libertadores de 1969, Palmeiras e Santos acabariam abandonando a competição daquele ano.
‘A Taça Brasil foi extinta em 1968 porque o ampliado Roberto Gomes Pedrosa – o Robertão – jogado a partir de 1967, no início com 15 clubes, passou a concentrar as atenções das torcidas e a ocupar o calendário esportivo. No Campeonato Brasileiro – assim considerado a partir de 1967, com o Robertão, ou Taça de Prata – , estamos valorizando, além do título de campeão, os vice-campeonatos, coerentes com a posição de que deixar de ganhar um título não deve ser encarado necessariamente como uma tragédia’(exclusivo. O 1º Ranking do Futebol Brasileiro. Ranking do Cinqüentenário. Matéria de capa, de 10 páginas, publicada na edição 658 da revista Placar, em 31 de dezembro de 1982 – por que será que a Revista Placar teve ‘amnésia’ anos depois quando fez um outro ranking, não?).
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Campeonato Brasileiro de 1967 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa
O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1967, originalmente denominado Torneio Roberto Gomes Pedrosa (o mesmo nome – e só o nome – de um campeonato que já existia anteriormente e era disputado entre paulistas e cariocas), também conhecido por Robertão (passou a ser chamado Robertão quando o caráter da disputa passou a ser nacional), foi a nona edição do Campeonato Brasileiro e o primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa a apontar um campeão brasileiro.
Esta edição contou com a participação de quinze clubes representando cinco Estados. Na fórmula da Taça Brasil, onde só os campeões dos estados podiam participar, muitos clubes de SP e do RJ ficavam de fora. Em São Paulo, por exemplo, durante o período em que a Taça Brasil fazia campeão brasileiro o seu vencedor, só deu Santos e Palmeiras como campeões paulistas. O Robertão, em seu formato, permitia a inclusão de outros clubes. E, assim, o estado de São Paulo foi representado por cinco equipes (Palmeiras, Portuguesa, Santos, São Paulo e Corinthians), o Rio de Janeiro (Guanabara) também foi representado por cinco equipes (Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), o Rio Grande do Sul por duas (Grêmio e Internacional), assim como Minas Gerais (Atlético Mineiro e Cruzeiro) e o Paraná com uma (Ferroviário).
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Os quinze participantes eram divididos em dois grupos (um com 7 equipes e outro com 8) e todos jogavam contra todos, em turno único. Depois, os dois mais bem colocados de cada grupo classificavam-se para a disputa de um quadrangular final.
Classificação – 1ª Fase ..
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Foram finalistas dois clubes paulistas (Palmeiras e Corinthians) e dois gaúchos (Grêmio e Internacional). O Palmeiras liderou o seu grupo obtendo sete vitórias, cinco empates e duas derrotas. Chegou às semifinais com o melhor ataque da competição na primeira fase — 31 gols em catorze jogos.
Cada um dos quatro classificados jogou nas semifinais contra os outros três, em dois turnos, com inversão de mando de campo. Saldo de gols, goal average e sorteio eram os critérios de desempate. O clube com maior número de pontos nesta fase foi declarado campeão.
O Palmeiras conseguiu duas vitórias e três empates (Pal 2 x 1 Int / Cor 2 x 2 Pal / Gre 1 x 1 Pal / Pal 0 x 0 Int / Pal 1 x 0 Cor)…
E no dia 8 de Junho, de 1967, na última rodada da fase final, o Palmeiras enfrentou o Grêmio, no Pacaembu, precisando apenas de um empate para ser campeão – o Internacional, que vencera o Corinthians na véspera, por 3 x 0, precisava de uma vitória do Grêmio para ficar com o título. E o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 x 1 com dois gols (nos 30 primeiros minutos de jogo) de César Maluco (o gol do Grêmio foi de Ari Ercílio), conquistando o bicampeonato brasileiro. César Maluco (Pal) e Ademar (Fla), foram os artilheiros da competição com 15 gols cada.
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Reparou na classificação final? Percebeu como os times de um monte de gente, que diz que esses campeonatos são de fax, que diz que eles não eram competições nacionais, participou do torneio? Alguns times não terem tido competência para conquistá-los deve ser a causa da “amnésia” atual dos seus torcedores, jornaleiros ou não… Ah, fax “mizeravi”.
O Robertão/1967 foi o segundo campeonato brasileiro conquistado pelo Palmeiras (sim, ele já ganhava títulos nacionais enquanto outros clubes, com mais tempo de fundação, ainda estavam engatinhando no futebol).
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João Havelange, ex-presidente da CBD, que criou a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Campeonato Nacional de Clubes (1971), declarou que “as competições representavam a sequência uma da outra” e que “a Taça Brasil e o Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro”, e disse também que “o Campeonato Nacional de Clubes – que veio depois, em 1971 – representou o prosseguimento destas competições” (Blog do Odir Cunha). Também, segundo Odir Cunha (jornalista, historiador e escritor), o surgimento do Campeonato Nacional de Clubes, em 1971, não invalidou os títulos brasileiros anteriores. Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se fazia. João Havelange também declarou, em 2010, ser favorável à unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro. Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que “se os títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais, devem ser respeitadas”.
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Campeonato Brasileiro de 1967 – Taça Brasil
Foi a décima edição do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1967 (e tem time por aí que, nessa época, ainda não tinha conseguido ganhar unzinho sequer). Foi vencido pelo Palmeiras, que conquistava na oportunidade o seu terceiro título de campeão brasileiro.
Esta edição contou com a participação de vinte e um clubes que se enfrentaram em sistema eliminatório de ida e volta, os mata-matas. Devido ao fato de o Cruzeiro ter se classificado para a disputa desta edição por ser o campeão brasileiro de 66 e, como a equipe também conquistou o Campeonato Mineiro do mesmo ano, o Atlético Mineiro, vice-campeão mineiro, acabou ficando, então, com a vaga destinada ao clube campeão do Estado de Minas Gerais.
Como a força do futebol brasileiro era bem mais concentrada em alguns estados (mais do que é hoje). Algumas equipes, consideradas mais fortes, entraram diretamente nas fases mais importantes da competição, como foi o caso do Cruzeiro, que entrou diretamente na semifinal, por ter sido o campeão de 1966. O mesmo aconteceu com o Palmeiras, pois era o campeão paulista de 1966. O Grêmio, campeão gaúcho de 1966 , o Botafogo, campeão da Taça Guanabara de 1967, o Atlético-MG, e o vice-campeão Náutico foram se incorporando nas fases mais decisivas do certame.
Mas a coisa não foi fácil para o Palmeiras. Teve que enfrentar o Grêmio, que era pentacampeão gaúcho e tinha um time muito forte. O Palmeiras foi derrotado por 1 x 2 no sul. No jogo da volta, César Maluco e a parmerada toda incendiaram o Palmeiras na vitória por 3 x 1. No jogo de desempate, nova vitória do Palmeiras, por 2 x 1.
O Palmeiras sagrou-se campeão após vencer duas, das três partidas finais contra o Náutico. Venceu a primeira, em Recife, por 3 x 1, perdeu a segunda, em São Paulo, por 1 x 2, e, na partida de desempate (em caso de igualdade, tinha que jogar uma terceira partida sim), no Maracanã-RJ, o Palmeiras de Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Zéquinha, Dudu, César e Ademir da Guia (ele não tinha jogado a partida em São Paulo); Tupãzinho e Lula, comandados por Mario Travaglini, (esse também saiu do fax) com arbitragem de Armando Marques (mais um que apareceu via fax) e com gols de César e Ademir da Guia (os reis do fax), o Palmeiras derrotou o Náutico por 2 x 0.
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1969, que desde 68 já era também chamado de Taça de Prata, manteve o número de 17 participantes do ano anterior. São Paulo e Rio de Janeiro eram representados por cinco equipes cada, Minas Gerais e Rio Grande do Sul por duas, Paraná, Bahia e Pernambuco com uma equipe cada. O torneio crescia… Os representantes da Bahia e de Pernambuco haviam sido incluídos em 1968, pela CBD, e o torneio passava a ser disputado por representantes de 7 estados. Com a extinção da Taça Brasil, ele passava a ser o único torneio a ter um campeão brasileiro e a mandar dois representantes (campeão e vice) à Libertadores no ano seguinte – por protesto da CBD, descontente com as mudanças das regras por parte da Conmebol, o Brasil não participaria da Libertadores de 1970.
O sistema de disputa foi mantido no brasileiro de 69. Na primeira fase, todas as equipes se enfrentaram em turno único. Os dois primeiros colocados de cada chave prosseguiram para a segunda fase e se enfrentaram em turno único também. O time que somou o maior número de pontos na segunda fase foi o campeão.
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O Palmeiras liderou seu grupo com nove vitórias, um empate e seis derrotas. Corinthians e Cruzeiro (grupo A), Palmeiras e Botafogo (grupo B) foram para o quadrangular final. …………………..
Na última rodada, em 07/12/1969, no Estádio do Morumbi, o Palmeiras enfrentaria o Botafogo precisando vencê-lo e torcendo para uma vitória do Cruzeiro sobre o Corinthians. E a vitória esmeraldina precisaria ser por uma diferença maior de gols do que a que fosse conseguida pelo Cruzeiro.
O Palmeiras entrou em campo com Leão; Eurico, Baldocchi, Nélson e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Cardoso (Serginho), Jaime, César Maluco e Pio (Copeu), comandados por Rubens Minelli; o Botafogo veio a campo com Cao; Luís Carlos, Chiquinho, Moisés (Ademir) e Valtencir; Leônidas e Afonsinho; Jairzinho, Humberto, Ferretti e Torino (Zequinha). comandados por Zagallo.
Com dois gols de Ademir da Guia, o Divino (11′ e 44′) e César (27′), o Palmeiras já vencia o Botafogo por 3 x 0 ainda no primeiro tempo. O time carioca descontou na segunda etapa e o jogo terminou 3 x 1 para o Verdão. Com a vitória do Cruzeiro sobre o Corinthians, por 2 x 1, o Palmeiras ficou em primeiro no quadrangular decisivo e foi o campeão.
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Foi o quarto título brasileiro do Palmeiras, o tetracampeonato.
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(Foi nesse campeonato que Tostão, num jogo contra o Corinthians, e depois de ser atingido por uma bolada no rosto, teve um descolamento de retina. O problema foi tão sério, que ameaçou a carreira do craque do Cruzeiro e da Seleção Brasileira, e só depois de um ano, e de uma cirurgia nos Estados Unidos, ele voltou a campo – informações e acontecimentos todos via “fáquis”).
Então, né? Palmeiras tetracampeão em 1969… o seu time poderia ter sido campeão nessa época também, assim como foi o Bahia, o Cruzeiro, o Santos (cinco vezes), mas o seu time não conseguiu ganhar nenhum… e a culpa não é do ‘fax’, e nem dos que foram campeões, é da bola que seu time jogava, ou deixava de jogar…
Odir Cunha, “desenha” direitinho para os que têm os cotovelos mais comprometidos pela “artrose”…
Está na história, os torneios foram oficiais, foram criados pela CBD com a finalidade de apontar o campeão brasileiro, a CBF sabe disso, reconhece isso – e nem poderia ser diferente.
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Não se pode apagar o que a história escreveu só porque alguns não conseguiram escrever nada…
O Palmeiras é o maior campeão do Brasil… e isso é fato. Aceitem alguns ou não.
Só passou pelo “fáquis” o que realmente aconteceu, por isso não passou nada de alguns times, a não ser as suas pálidas tentativas de conquistas nesse período áureo do futebol brasileiro…
Quando o fax é bom, é história o que ele transmite… e sem apito! 😉
Para haver paz no mundo, é necessário que as nações vivam em paz. Para haver paz entre as nações, as cidades não devem se levantar uma contra a outra. Para haver paz nas cidades, os vizinhos precisam se entender. Para haver paz entre os vizinhos, é preciso que reine harmonia no lar. Para haver paz em casa, é preciso encontrá-la em seu próprio coração.
(Lao Tzu, China – Séc. VI A.C. )
……………………………………FELIZ NATAL, PARMERADA! MUITA PAZ EM SEU CORAÇÃO!
O Palmeiras, ainda que não tivesse chegado perto das nossas altíssimas expectativas (confesso, as minhas não eram tão altas como as de alguns), acabou sendo vice campeão brasileiro. Nem vou me aprofundar aqui sobre os jogos nos quais as arbitragens canalhas fizeram o resultado das partidas (sobre a “assinatura de trambique” do árbitro que até “esqueceu” a regra”)… tira 3 ali, soma 3 aqui, tira mais 2 ali, soma mais dois aqui, marca uma penalidade legítima aqui, deixa de marcar uma penalidade inventada acolá… e a equação passa a ser outra.
No entanto, ganhar títulos é consequência de muitas coisas; por melhor planejados, montados e preparados estejam os times não há garantias de conquista para nenhum deles. Existem outros fatores determinantes também… 13 derrotas no campeonato é algo muito significativo (somadas aos empates, foram 51 pontos perdidos)… 3 técnicos no ano também (demitir um técnico após 4 meses de contrato, como aconteceu com Eduardo Baptista no início do ano, significa que faltou convicção na escolha de seu nome)… As contratações de jogadores, tenham dado certo ou não (alguns não tiveram oportunidades, sequência; outros não renderam o esperado), foram desejadas por todos à época em que foram feitas. “Esquecer” disso agora, e falar que elas foram mal feitas, é bem desonesto.
A administração palestrina deixou a desejar… andou pra trás em algumas coisas… e vimos isso em vários momentos e situações em que o clube pareceu a casa da “mãe joana”.
E quantos episódios lamentáveis – que jamais deveriam ter saído dos muros da Academia – ganharam as manchetes por não terem sido resolvidos dentro de casa… e quantas vezes os jogadores não foram blindados; quantas vezes foram desrespeitados por alguns “imprenseiros”, foram chamados até para a briga, sem que ‘il capo’ desse as caras… quantas notícias caluniosas ficaram sem a resposta e a ação devidas… e quantas notícias vazaram, quantas intenções de contratação vazaram… quantas brigas vazaram… e o time – com o “obsessão” na camisa” – sendo eliminado de algumas competições importantes no mesmo período em que o presidente se dava férias na Europa…
E quantos pontos perdemos no apito, principalmente, nas duas partidas que poderiam levar o Palmeiras à liderança do Brasileirão… e onde estava o pulso, a coragem em defesa do Palmeiras? Onde estava o “murro na mesa” para dizer basta? Sem contar a mentalidade tacanha e obtusa de antigamente pairando de novo no ar, mortos-vivos (re)aparecendo nas manchetes… ingressos, que não poderiam ser vendidos (300 ingressos por mês), sendo passados via patrocinadora/conselheira, ex-presidente, protegida do ex-presidente/amiguinha da conselheira para torcedores organizados venderem, e o ‘crime de cambismo’ ganhando as manchetes… os tijolinhos errados sendo colocados sobre a construção que estava tão certinha… o Palmeiras sendo sutilmente puxado pra trás…
Porém, em campo, outras coisas foram determinantes… E assim como teve ano em que o problema foi a falta de um meia… assim como teve ano em que tinha meia e não tinha centroavante… assim como teve um período em que não tínhamos um bom goleiro no time… podemos culpar o jogador que quisermos agora, mas nosso maior problema esse ano foram… os técnicos. E quantas desculpas para o time que nunca tinha um padrão… que em algumas partidas, importantes, deixava o goleiro adversário sair de campo de uniforme e luvas limpinhos… quantas invenções que não deram certo, ou não foram devida e suficientemente treinadas…
Eduardo Baptista, Cuca, Valentim… o primeiro, não passou da semifinal do Paulista diante da Ponte Preta, mas nos classificou na fase de grupos da Libertadores com o time bastante vibrante, como, por exemplo, na virada de jogo contra os botinudos uruguaios do Peñarol, e lá na casa deles. No entanto, após uma derrota para o Jorge Wilstermann lá na altitude, mesmo com o time classificado, ele perdeu o emprego…
O segundo, o comandante do eneacampeonato em 2016, voltava gloriosamente ao clube cinco meses depois de sua voluntária saída, e mesmo tão festejado, ele voltou com uma cara muito amarrada, não conseguiu acertar o time, errou muitas vezes, insistia no bendito chuveirinho, inventava jogadores em outras posições, não dava chances a muitos dos contratados, “fritava” patrimônio do clube, não achava o time nunca, não acertava a defesa… cada hora dava uma desculpa e, com ele no comando, o Palmeiras foi eliminado na Libertadores, em casa, diante do fraco Barcelona; foi eliminado na Copa do Brasil, com dois empates diante do Cruzeiro (por erros de escalação, havíamos tomado 3 gols no empate da primeira partida, no Allianz) e o time que foi colocado pra se defender, antes dos 30 min da segunda etapa, quando vencíamos o jogo da volta . No Brasileiro, o time não tinha regularidade, perdeu muitas partidas que não poderia nem pensar em perder (11 no total), se distanciava muitos pontos do líder e, depois do empate no Allianz, por 2 x 2, diante do Bahia (um resultado bem ruim), que deixava o time fora do G4, Cuca saiu/o Palmeiras saiu com ele…
Se foi esquisito ficar com um técnico apenas 4 meses no início do ano, não podemos reclamar da diretoria ter trazido Cuca de volta, todo mundo o queria comandando o time de novo, todo mundo esperava que fosse um sucesso…
E, então, veio o terceiro, Valentim, o auxiliar de Cuca, que assumia a equipe como técnico interino, com chances de ser efetivado. A princípio, nos pareceu que Valentim ia acertar tudo. Tirou Keno do banco (um absurdo Keno ser esquecido no banco) e o colocou em campo, colocou Borja também e sentou Deyverson… deu uma mudada no jeito do time jogar, a bola ficou mais no chão; Keno, jogando muito, e na companhia de Dudu e Willian, deu outra cara pro time, o futebol empolgou, os gols ficaram mais fáceis de serem marcados , ganhamos 3 seguidas, encostamos no líder e voltamos pra briga pelo título. Seis pontos de diferença… Então, Heber R. Lopes nos assaltou diante do Cruzeiro, e fabricou o empate no Allianz (rodadas antes, um outro árbitro fabricou a vitória, com gol de mão, do líder diante do Vasco), Daronco terminou de fazer o serviço no jogo contra o Lava Jato, líder da competição, e perdemos o jogo…
Mas o técnico interino cometeu alguns pecados em outras partidas que vieram depois, insistiu numa linha de defesa alta, sem ter os jogadores muito técnicos e rápidos pra isso (e quem tem?), sem que isso tivesse sido devidamente treinado (leva algum tempo) – e isso foi desastroso na última rodada… insistiu no time sem um meia, mesmo quando ele colocou cinco atacantes em campo… atiçou a desconfiança de todo mundo em relação ao que poderia fazer no time… Não deu pra ele também…
E então, o Palmeiras foi buscar Roger Machado para a temporada 2018.
Alguns torcedores, incapazes de lidar com a frustração e com o fato de que o “Papai Noel” que não trouxe o brinquedinho tão esperado, surtaram. E cada um focou em um alvo/culpado diferente, nem o Dudu, o craque do time, escapou… nem mesmo o Palmeiras, a instituição, o clube pelo qual morremos de amor, escapou – denegrir o clube para o qual se torce é assinar atestado de burrice, ou de falta de palestrinidade mesmo. Se a ele cabe todos os adjetivos depreciativos que algumas pessoas usam, elas continuam torcendo por quê, elas exigem/esperam algo dele por quê?
Eu também fico contrariada por não ter dado certo, e num ano em que tínhamos tudo para fazer melhor, mas…
Palmeiras – vice campeão (sem apito), melhor ataque da competição – torcida ‘puta da cara’, querendo ‘matar’ até os artilheiros do time, o mascote…
San, Cru, Fla – comemorando vaga na Libertadores…
Vas – fazendo foto “de título” por ter conseguido Pré Libertadores…
Galo – ansioso para que sobre mais uma vaguinha na Pré…
SPFW – a 7 pontos do primeiro rebaixado, e felizão por causa disso…
Isso não tem que nos fazer perceber algo? Isso não tem que nos fazer ver que o Palmeiras não vive mais naquele torpor onde tinha sido colocado pela incapacidade de alguns ex-presidentes? Que ele voltou a ser o clube do qual todos – até mesmo os adversários -, esperam títulos? Em nosso ano “desastroso” fomos vice campeões brasileiros. E com o apito nos tomando muitos pontos ainda e ajeitando a vida de outros por aí…
Cometemos erros em 2017 – muitos -, é verdade, mas não é hora de destruir nada… é hora de aprender com eles, de refazer as coisas da maneira certa; de consertar o que estava bem e deixamos estragar. Não há terra arrasada. Mesmo com as decepções deste ano, desde Paulo Nobre, e graças a ele, o Palmeiras é outro – dois títulos nacionais (2015/2016), um vice-campeonato no Brasileiro agora, jogador da nossa base brilhando na Inglaterra e na seleção brasileira. Todas as categorias de base fazendo final este ano – levamos 4 títulos. Estrutura de primeiro mundo, ótimas receitas, um fortíssimo patrocinador máster, salários em dia, Allianz sempre cheio, poderio econômico para contratar; não dependemos de patrocinador estatal, não somos sustentados por cotas de TV.
É hora de voltar a dar passos pra frente, de apoiar o clube, o técnico que chegou, os jogadores do elenco e os novos contratados que estão chegando… é hora de retomar o caminho da reconstrução… e ela é um caminho mesmo, que nunca vai ter fim. A qualquer vacilo, a qualquer relaxada, poderemos nos desviar desse caminho de novo…
Nada como dividirmos a casa com alguém, dividirmos a vida, as alegrias e tristezas, para conhecermos melhor esse alguém…
Tudo de bom que sempre ouvimos sobre Zé Roberto era pouco… o profissionalismo, a seriedade, a classe, a elegância que percebíamos nele quando jogava em outros clubes aqui no Brasil, ou no Real Madrid, no Bayern, na seleção… o respeito pela profissão, pelos clubes que representava, pelos adversários, pelos torcedores… eram pouco diante do que viríamos a conhecer depois.
“Convivendo” com ele dimensionamos o real tamanho de Zé Roberto, aprendemos a admirá-lo e respeitá-lo ainda mais, e ele passou a ser simplesmente o Zé… o nosso Zé… da família Palmeiras.
Pra mim, as despedidas sempre são dolorosas… E chegou a hora de nos despedirmos do Zé…
Sim, o Zé Roberto, esse grande jogador, que nos presenteou vindo jogar aqui, esse profissional nota mil, vencedor, que tanta coisa boa acrescentou ao Palmeiras, à sua história e aos corações palestrinos, decidiu que é hora de parar de jogar, de curtir mais a família… O futebol certamente ficará ainda mais triste do que nós no dia de hoje.
Fiquei pensando… O que dizer do Zé, e para o Zé agora? O que dizer para um cara que é um dos melhores profissionais da história do nosso futebol? Um cara que é admirado e respeitado no mundo todo? O que eu apreendi dessa passagem do Zé aqui no Palmeiras? O que fica conosco agora, além da saudade e dos gols e títulos que ele nos ajudou a conquistar?
Poderia falar do meu espanto (sim, fiquei de olhos arregalados), da minha admiração, quando, fazendo uma postagem sobre as novas contratações do Palmeiras para a temporada de 2015, listando as conquistas e feitos dos jogadores que chegavam, quase caí dura com o tamanho da lista de títulos conquistados por você, Zé Roberto. Poucos têm tantas conquistas. O Palmeiras tinha contratado um grande campeão.
Poderia falar daquele primeiro jogo, e daquela preleção mítica… do jogador líder, de sensibilidade aguçada, que mesmo tendo acabado de chegar ao Palmeiras, sentiu o momento palestrino que se desenhava no universo… o momento da retomada – o gigante estava de pé outra vez, e retomaria a sua caminhada de glórias… e você, Zé, queria caminhar com ele…
E foi você quem despertou o guerreiro que havia no peito de cada jogador do nosso elenco; foi você que chamou jogadores e torcida para a caminhada; foi você quem ordenou que cada um batesse no peito do amigo e dissesse “o Palmeiras é grande… é gigante”… E mais do que se tornar o nosso novo “Animal” – como você disse que desejava vir a ser -, nesse dia, você nos arrebatou, nos encheu de orgulho, nos brindou com o seu carinho e respeito ao Palmeiras… e nos identificamos com você, nos vimos em você e o vimos em nós, e foi então que você se tornou o Zé, o nosso Zé… Abriu todas as portas do nosso coração e entrou…
Talvez eu pudesse falar de todas as vezes que o vi em campo e tive certeza de que você dava o máximo de si, Zé… que eu senti, em todas as vezes que o vi jogando pelo Palmeiras, que você não brincava, não fazia menos do que podia, muito pelo contrário, você dava o sangue em campo, era sério o tempo todo, e honrava a camisa que vestia, respeitava os que te apoiavam e aplaudiam… E quanto bem isso fazia ao nosso coração.
Poderia falar das tantas vezes em que eu, admirada, vi o jogador já maduro, experiente, correr em campo, dar piques, piques mesmo, como se fosse um garoto em busca do primeiro título… Poderia falar da liderança do capitão que você foi por um bom tempo… dos desarmes, do jogo limpo, leal, porém sem jamais se intimidar, sem ‘afinar’ pra ninguém…
Poderia falar das ocasiões em que você, sem saber, nos fazia brincar na bancada… Focado no jogo, se entregando em campo, você, às vezes, puxava uma perna do calção mais pra cima, e, rindo, dizíamos na arquibancada: O Zé puxou o calção, agora a coisa é séria, é certeza que vamos ganhar. E ganhávamos mesmo.
Poderia falar da sua competência, das vezes em que você foi decisivo… poderia falar do gol lindo (com passe de Valdivia) que você, de cabeça, e para nosso delírio, marcou lá no Esmolão… poderia falar do golaço contra o Tucumán, na Libertadores… daquele outro golaço contra o Santa Cruz… que lindos.
Poderia falar do orgulho de vermos o nosso Zé, merecidamente, na Seleção do Paulistão 2015, na Seleção da América do Sul 2016, do Diário AS, da Espanha…
Poderia falar da conquista, épica, enlouquecedora, da Copa do Brasil 2015, do pênalti que você tão calmamente cobrou na final, do nosso capitão levantando a taça… Pensei que morreria de tanta alegria…
Poderia falar do Zé, que nos ajudou a conquistar, depois de 22 anos, o Brasileirão 2016, fazendo do Palmeiras o eneacampeão brasileiro, o maior vencedor do país, e fazendo com que nos deliciássemos de novo, e depois de tanto tempo, com o sabor e o perfume do título maior do Brasil… Felicidade sem tamanho…
Poderia falar naquele lance, naquela bola cruzeirense entrando em nosso gol, que você, Zé, foi tirar não sei como, não sei de que jeito, mas o fez da melhor maneira possível… sem um erro sequer que permitisse ao árbitro marcar qualquer coisa contra nós… um lance em que você foi de corpo, alma e corações, milhões deles (os nossos estavam com você) e impediu um gol certo do Cruzeiro, quando nosso goleiro já estava batido… Fiquei uns quinze minutos tremendo… Depois desse ‘milagre’ seu, sabíamos que ninguém nos tiraria o título. Não fosse você ali, Zé… talvez nem tivesse dado certo tudo o que nos aconteceria depois… Gratidão…
Você é isso, Zé! É competência! Seriedade! Profissionalismo x 1000! É sangue… suor…e muita vontade! É talento… alma. É caráter! E você nos deu exemplos diários de profissionalismo e humildade (nunca o vimos contrariado nas vezes em que esteve no banco)… exemplos de seriedade, respeito (pelo Palmeiras, por si mesmo e pelos demais), felicidade, amor próprio… Nos ensinou sobre sempre fazermos o melhor que pudermos, que quem se cuida vai mais longe… ensinou para nós e para o mundo todo que a vontade de vencer, de fazer algo, é soberana. E foi assim que, juntos, nós vivemos momentos inesquecíveis… Você deixa seu nome na história do Palmeiras e do futebol mundial, Zé, deixa o exemplo, deixa um legado, e vai levar daqui gratidão, saudade, e um caminhão de carinho e de respeito.
Você é f%da, Zé! E não é por acaso que um jogador do seu quilate vai encerrar a carreira no maior do Brasil.
Muito, muito, muito obrigada, Zé, seu lindo!! Que a sua vida seja linda, seja plena. E que Deus o abençoe sempre!
Hoje, somos nós que “batemos” no teu peito e te dizemos: Você é grande, Zé! É gigante! A torcida do Palmeiras te admira, te respeita, te ama e te aplaude!