Sábado de carnaval… A Unidos de Alviverde Imponente entrou na passarela do futebol e, sob os muitos aplausos de sua torcida, brilhou na “avenida” com muitos gols, dribles e ginga no pé…
Soltinho, veloz, do jeito que a gente gosta, o Verdão não teve nenhum problema na primeira etapa, a bateria não atravessou, o mestre-sala não perdeu o passo, a comissão de frente estava um espetáculo… e os passistas sambaram à vontade… A Ferroviária, dominada pelo Verdão, praticamente não assustou Prass.
Com vários volantes machucados (Tche Tche, Moisés, Felipe Melo, Arouca), Eduardo Baptista optou por Zé Roberto na posição (ele explicaria isso após a partida), Egídio ocupou a lateral-esquerda.
A nossa expectativa era a melhor possível para o jogo. Buscando espaços na defesa adversária o Palmeiras ia chegando…
Aos 13′, jogada linda do Verdão. Michel Bastos recebeu de Willian e, rapidamente, tocou de calcanhar para Jean; ele tocou para Willian, que descia pela direita, o ‘Bigode’ entrou na área, passou pelos adversários, foi até a linha de fundo e cruzou para Keno, de cabeça, e no momento em que a bateria deu a paradinha, marcar o primeiro (ah, Palmeiras, é assim que se joga contra times de elencos inferiores, que só se defendem… marcou bobeira na rodada anterior, né?).
Duduzinho recebeu de Michel Bastos, dominou no peito e chutou forte, mas o goleiro espalmou, na sequência, Willian não acertou o pé e perdeu a chance de marcar o segundo.
Eu estava gostando de ver o Palmeiras fazendo triangulações rápidas pelos lados, ver Dudu criando chances de gol, mas a Ferroviária, cada vez mais recuada, tentava atrapalhar do jeito que podia as nossas pretensões de ampliarmos o placar.
Dudu deu um passe lindo para Keno, mas ele perdeu o ângulo, ou o momento certo de chutar, e o zagueiro conseguiu tirar… em cima da linha. Gosto bastante desse jogador, ele, que ajudava também na marcação, parecia incansável (corria por todo o campo), veloz e sempre descendo com perigo.
Borja estava no banco e boa parte da torcida não entendia porque ele não estava em campo… eu achava que Eduardo sabia o que estava fazendo… e colocar o craque depois, seria motivo de uma grande festa…
As chances surgiam e ora um zagueiro aparecia tirando de qualquer jeito, ora tinha uma trave no meio do caminho… Na melhor partida do Palmeiras no campeonato, no sábado de carnaval, Michel Bastos, assim como Keno e Thiago Santos, era um dos destaques.
Embora ainda não saibamos, com certeza, se o trabalho do Eduardo vai ser bom ou não (quanta gente reclama e , precocemente, bate o martelo de “não serve”), se o enredo vai pegar ou não, confesso, me agradava o jogo pelos lados e a bola sempre rodando em vários pés palestrinos, os dribles… se as peças se encaixarem, e parece que isso vai acontecer, vai ficar muito interessante.
Só dava o Verdão – segundo li depois, ele tinha 70% de posse de bola. Prass, se quisesse, poderia até tomar um cafezinho, no entanto, com várias chances desperdiçadas, fomos para o intervalo com 1 x 0.
Na segunda etapa, o Palmeiras veio pressionando nos primeiros minutos, jogando na área do adversário… a zaga da Ferroviária passava apertado, no entanto, o rendimento palestrino pareceu cair um pouco e a Ferroviária parecia querer ficar mais atrevida… E se a torcida já queria ver Borja em campo desde o início, e ficava o tempo todo de olho, “filmando”, pra ver se ele saía do banco (os jogadores se aqueciam, mas ele permanecia sentado), imagina a impaciência dela nessa segunda etapa, quando ele saiu do banco e foi se aquecer com os seus companheiros…
Leandro Amaro, ‘aquele’, cometeu pênalti em Dudu e o juizão marcou falta fora da área – ele até caiu fora, mas a falta foi dentro. Ah, esses árbitros que tanto “beneficiam” o Palmeiras -, na cobrança, o Jean deu só uma ajeitadinha para o Michel Bastos chutar, firme, forte e direto pro goooooool! Adorei a ginga do Michel na comemoração…
E então, aos 22′, Eduardo chamou Borja para o lugar de Willian… Sem exagerar nem um pouquinho, o Allianz foi à loucura… eu fiquei arrepiada! “Ole lê… Ola lá… o Borja vem aí e o bicho vai pegar”… Borjão da Massa em campo, e com a camisa 12… #TodosComemoram
Guedes veio para o lugar de Keno, que ganhou muitos aplausos…
Mas, aos 28′, num ataque da Ferroviária, a bola bateu no braço de Michel Bastos na área; o juiz assinalou a penalidade. Prass defendeu a cobrança, mas o juiz mandou voltar alegando que ele se adiantara e deu cartão pra ele. Na cobrança, o jogador fez a tal paradinha enganando Prass que andou um pouquinho, bem pouquinho mesmo – eu jurava que a paradinha era proibida – mas a proibição é interpretativa – se for paradinha e não paradona, pode -, então, já viu, né? Na TV, eu vi depois, diriam que o auxiliar exagerara na marcação. Na segunda cobrança, a Ferroviária descontou.
Thiago Santos tinha pedido para sair momentos antes da cobrança da penalidade, e Eduardo Baptista colocara Raphael Veiga em seu lugar. Sem o nosso volante, ficamos meio desacertados por um tempinho…
Mas, era carnaval… e nosso destaque do dia ainda estava dando os primeiros passos na passarela… E não precisamos mais de 15 minutos para ver o Matador em ação…
Ferroviária tentando atacar, Dracenão da Massa, de cabeça, mandou a bola lá pra frente iniciando o contra-ataque do Palmeiras… O jogador da Ferroviária tentou ficar com a bola, mas… Borja, rápido, forte, chegou junto, ganhou do marcador e ficou com a bola, acertou o passo do “samba” e desceu em velocidade… Duduzinho acompanhava do outro lado… “Nois nem respirava” na iminência de ver um gol do Borja, o grito quase explodindo na garganta… Borja passou pra Dudu, ele avançou na esquerda e, rei das assistências que é no Verdão, rolou pra Borja na direita… e matador que é matador não tem medo de goleiro não… Borja entrou na área e chutou forte, no canto do goleiro, balançando as redes e o Allianz todo… E, na apoteose, chamou Dudu pro abraço, e veio o time todo , vieram os reservas todos comemorarem com ele… “Ainnn, essa contratação vai gerar ciúme e estragar o ambiente no vestiário”…Aham…
O jogo já estava nos 40′ e o Palmeiras estava no ataque quando Dudu sofreu uma falta pela esquerda; na cobrança, Raphael Veiga levantou na área, na cabeça de Guedes, que, no meio de quatro adversários, mandou firme e forte pra dentro do gol… e fechou a conta.
4 x 1… goleada carnavalesca do Palmeiras…
E, na dispersão, era só alegria… A Unidos de Alviverde Imponente dera um show na avenida…
Ole lê… ola lá… o Borja já chegou e o bicho já pegou ♫♪