……….Resultado de imagem para keno palmeiras

João, um conceituado jornalista esportivo, é contratado para trabalhar num grande canal de TV… O canal de TV se preparou para a transmissão do maior campeonato do país, comprou novos e caros equipamentos para fazer uma temporada campeã…  e, com um belo salário, trouxe de volta o João, que, no ano anterior, trabalhara na empresa e fizera um trabalho excelente comandando a equipe da grade esportiva do canal.

E aí, o João, todo esquisito, chega lá no canal de TV com cara de poucos amigos – na sua apresentação, a cara dele era um desgosto só -, em total desacordo com a alegria e a festa que todos da emissora, e também os telespectadores,  faziam pra ele.

E, de cara, sem nem testar, João já não gosta do microfone caro que o seu patrão trouxera da Europa, não gosta também da câmera que seria usada e nem do cinegrafista contratado… Então, ele começa a trabalhar e deixar de lado as novidades todas que o canal de TV havia comprado para a nova temporada, e usa só o que ele já conhecia, mesmo tendo coisa melhor como opção… sem se importar em desvalorizar o patrimônio da empresa, deixando muito equipamento novo empoeirando nos armários.

Todo mundo aceita porque o trabalho do João valia a pena. Mas o trabalho do João não rende dessa vez… suas matérias são ruins, o som é horrível, mas ele diz que o novo microfone não se encaixa no seu jeito de trabalhar, diz que o microfone é um patrimônio da empresa e, caso seja necessário será usado… diz que precisa de tempo… deixa a câmera de lado e faz o seu patrão comprar outra, cara, mas de uma marca que ninguém conhecia… e a imagem que até parece mais ou menos a princípio, justo no dia de uma filmagem super importante, a mais importante do ano, dá uma rateada e não funciona… numa outra ocasião, também importante, a câmera falha, de novo… sim, a câmera era bem inferior, mas João continua a fazer dela uma prioridade. João faz seu patrão comprar outros equipamentos também, se recusando a usar os que estão à sua disposição desde a chegada.

E João insiste em suas burras convicções,, mesmo com o seu trabalho fraquinho, mesmo não alcançando os pontos de Ibope que eram esperados com a sua contratação, mesmo vendo que a coisa está cada vez pior, que os telespectadores estão bem descontentes com seu trabalho, que estão reclamando… ainda assim, ele insiste em deixar de lado os novos equipamentos e vive inventando umas gambiarras com os aparelhos e peças que prefere… E, muito cobrado, e não gostando de ser cobrado, dá sinais que pode se demitir, aí diz que vai ficar… e, quando a coisa aperta de vez, alega estar em seu limite…

João não levou a sério seu trabalho dessa vez… não o colocou como prioridade,  não primou pela qualidade de seu trabalho, nem pelo bom rendimento de toda a equipe do jornalismo esportivo da emissora. E o patrão, que tanto apostou nele, que tanto confiou no bom  trabalho que ele faria – e não fez – , não teve opção… o demitiu.

Familiar essa historiazinha inventada, não?

Um cara que não consegue trabalhar no Palmeiras atual, no clube estruturado, com salários em dia, centro de treinamento de primeiro mundo e cheio de opções no elenco (mesmo com algumas coisas erradas que acontecem no clube, com o vaivém de conselheiros na academia de futebol – antes blindada a esse tipo de coisa), não conseguirá trabalhar na maioria dos times brasileiros.

Não sei se foi só teimosia(burrice), se faltou vontade, se “João” voltou sem querer voltar…  mas foi bem ruim o trabalho em 2017.

E Valentim assumiu o time interinamente, mais uma vez (tomara seja muito bem sucedido e continue como técnico do Palmeiras)…

Mesmo sabendo que não seria possível ele mudar muita coisa já na primeira partida – ele treinou só um dia com o grupo todo -, gostei bastante do que vi.

Pra começar, tirou o Keno, todo empoeirado, do armário onde “João” o deixava (sabe-se lá porque) e o colocou em campo, e, mais importante ainda, deixou Deyverson no banco. E o Palmeiras jogou mais leve, mais solto… Keno estava on fire! Fez uma partidaça. A melhor partida dele com a camisa do Verdão.

Dudu, Willian e Keno (no modo turbo – ninguém pegava ele na corrida) se movimentaram muito, infernizaram a defesa do Atletico -GO, o dono da casa.

O Atlético, buscando atacar, até que levou algum perigo nos primeiros minutos, mas o Palmeiras estava ligadíssimo no jogo e foi pra cima buscar a vitória. Tocando a bola, com velocidade, leve, foi pra cima e não deu chances ao adversário.

Fez 2 x 0 na primeira etapa com dois belos gols…

Aos 20′, uma jogada linda… Mayke lançou,  Willian, de cabeça (e já correndo lá pra área), enfiou para o Keno que vinha em velocidade pela direita (oadversário que correu com Keno tá procurando o parmera até agora), ele avançou com a bola, entrou na área, tirou o marcador, meteu no meio das pernas do zagueiro e cruzou para Willian guardar na rede o seu 17º gol na temporada. Tá “fraco” esse BGod, hein (e pensar que, contra o Santos, no Allianz, ele foi substituído e o Deyverson continuou em campo)?

Palmeiras na frente. Gol bonito, jogada bonita… Tudo isso numa velocidade e tanto (ninguém pegava o Keno), e com bola no chão. Adoro.

Ainn, mas o Dudu fez falta num outro jogador – que nem participou da jogada – antes do Willian fazer o gol…

Fez sim, empurrou um adversário, e o juiz não viu.

Essas coisas aqui (e tem muitas mais) os árbitros também não viram… Reza a lenda que não viram até gol de mão, na cara do auxiliar de linha de fundo…

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Ainda no primeiro tempo, o Atlético até fez o Prass fazer uma boa defesa, mas o Prass está lá pra isso, né? O Palmeiras estava perigosíssimo, correndo muito, buscando fazer mais um gol e tinha total controle da partida.

E o segundo gol veio aos 40’… mas não foi um gol qualquer… foi um golaço…

Keno, “on fire”, esbanjou categoria. Arrancou pela direita (e quem acha ele?), gingou na frente de dois marcadores e fez o que pra ele pareceu mais fácil, deu uma levantada na bola e meteu ela no meio dos dois marcadores,  por cobertura, deixando Moisés  na cara do gol. E o Moisesão da Massa, com categoria também, mandou pro fundo do gol. Que gol, senhores. Que gol. Lindo de viver! Acho que até o porco, que o torcedor levou lá na bancada, comemorou essa beleza de gol…

No segundo tempo a pegada do Verdão foi a mesma. Calor infernal e Keno correndo como nunca…

Aos 14′, o BGod deixou o seu marcador falando sozinho, avançou em velocidade e tocou para quem lá na direita? Pra quem? Isso mesmo! Tocou para Keno. E Keno,  o maestro do dia, fez um cruzamento perfeito para Duduzinho lindo, de cabeça, colocar 3 x 0 no placar. Coisa linda esse trio! Coisa linda esse Palmeiras! Pena que Keno tenha sentido a coxa e deixado o jogo.

Mayke acabaria cometendo um pênalti bobinho e o Atlético faria o seu gol.  O Atlético também teve um jogador expulso por uma falta muito dura em Thiago Santos. Mas não faria diferença, o Palmeiras era o senhor do jogo, o Palmeiras foi o senhor do jogo.

Bela partida do Palmeiras, levinho, soltinho. Partidaça do maestro Keno… Vitória fácil do Verdão, tranquila, sem sustos, sem aquelas insistentes bolas atrasadas do ataque para a defesa, sem aquele monte de chutões, aquele não sei como fazer para chegar no gol… com dribles de tirar o chapéu, jogadas lindas e gols maravilhosos… E hoje, tem mais!

VAI QUE É SUA, VALENTIM!

 

 

 

 

 

 

 

Sexta-feira 13 é fichinha para quem já viu a “assombração” na quinta-feira…

Comecei a escrever essa postagem para falar do jogo de ontem, do péssimo resultado, e logo veio a notícia de que Cuca não era mais o técnico do Palmeiras.

Uma pena… pena que as coisas não tenham saído como tínhamos imaginado há uns meses… pena que,  ao contrário da campanha vitoriosa no Brasileiro de 2016, pela qual eu agradeço muito o Cuca – fazia um tempão que não conquistávamos esse título -, não tenha dado certo a sua volta e o trabalho não tenha vingado agora, mesmo com um elenco que qualquer técnico tupiniquim gostaria de ter. Desclassificação na Copa do Brasil, desclassificação na Libertadores – nas oitavas ainda -, adeus à disputa do Brasileiro… e cada hora com uma desculpa, um “culpado”… menos o esquema tático, as escalações e substituições.

Não ia dar para ficarmos nessa lenga-lenga de panelinha, e de futebol que chega mas não morde ninguém – nem um Bahia, uma Chape -, em 2018 também, né?

Cuca é mais um técnico que faz um trabalho muito bom aqui, ganha um título, vira unanimidade com a torcida – isso não é fácil -, e depois, sei lá porque, desconecta os neurônios e desanda a fazer bobagens…

Alguns torcedores o defendem, encontram mil argumentos para justificar o seu trabalho, o time mal treinado, time que tem mais posse de bola, mas  não leva muito perigo à área adversária, não assusta o adversário, as escalações equivocadas, as substituições que apenas mudam peças e não a forma de o time jogar… outros, a maioria, já estavam empapuçados de ver o Verdão jogando assim, de ver o técnico deixar de lado o melhor rendimento, a possibilidade de um melhor futebol em razão de favorecer alguns jogadores enquanto outros são preteridos, e mal recebem chances no time.

Mas não adianta ficarmos nos indispondo uns com os outros, tentando convencer as demais pessoas sobre o “Cuca que fez um trabalho péssimo em 2017”, ou o “coitadinho do técnico que não pôde trabalhar no ambiente ruim”, ou o técnico que “foi vítima dos jogadores malvados”, “que não montou o elenco”, “que fazia panelinha e favorecia alguns jogadores enquanto sacaneava outros”…

Ele não saiu por causa do que eu ou você  achamos dele, por causa do que eu ou você percebemos ou deixamos de perceber nele, por causa das minhas “certezas” ou das suas… saiu porque, mesmo depois das desclassificações na Copa do Brasil e na Libertadores (nas oitavas), depois do brasileirão perdido, e com bastante tempo tempo parta treinar o time, o trabalho dele não mudou nada, e continuou na casa dos 50% de aproveitamento. E ele mesmo disse quando voltou que, para ser campeão, seria preciso um rendimento de 70% ou mais.

Ontem, quando vimos a escalação já ficamos meio desconfiados… Guerra, no banco, de novo?  Se a gente sabe que Moisés renderia mais com um meia ao seu lado – ele ainda não voltou a jogar o seu melhor futebol -, o técnico não sabe?  E se não gosta do Guerra (é o que parece) temos outros meias no elenco, mas eles nunca são lembrados.

Empatar com o Bahia, em casa, depois de estar vencendo por 2 x 0, foi um resultado bem ruim. Tomar sufoco de um time que está lá embaixo na tabela, que não tem um elenco dos sonhos, tampouco um técnico considerado “top” (essa palavrinha é u ó) é pra desencantar qualquer cristão. Ainda mais depois de um começo de jogo eletrizante…

Com 1 minuto de jogo, o Palmeiras balançava a rede baiana. Nem a gente esperava um gol tão cedo… Dudu roubou uma bola, Bruno Henrique enfiou para o Deyverson, ele cruzou, Moisés ajeitou/desviou e o BGod entrou rasgando e meteu pro gol. E foram uns 20 minutos nesse pique, com o fio desencapado, com Dudu jogando na ponta, como deve ser, e Verdão marcando forte… me fez lembrar até aquele time de 2016, do mesmo Cuca, que marcava gol logo no início e depois se garantia, jogando com bola e sem ela, marcando demais…

Teve uma jogada ensaiada tão linda, tão perigosa, com Egídio, Moisés e Willian… tava tudo parecendo certinho, mas não fizemos como em 2016…  a marcação foi afrouxando um pouco, o fio não parecia mais desencapado, e fomos deixando o Bahia chegar… e o Prass começou a aparecer… a ser importante.

Mas, aos 39′, foi o Palmeiras quem fez o segundo gol… Uffa. Jogada trabalhada… Bruno Henrique, Deyverson, Tche Tche, Willian e a finalização de Bruno Henrique. Mas ficamos desatentos e no último minuto tomamos um gol do Bahia. Bola levantada em nossa área, a zaga vacilou, ninguém de verde subiu, e o jogador do Bahia cabeceou pro gol.

Na segunda etapa, antes mesmo dos 10 minutos de jogo, depois de Deyverson tentar uma jogada individual e errar,  depois de Deyverson cair na área num lance que parecia pênalti, mas não tinha sido nada (ele é quem pisou no pé do adversário e caiu), parte da torcida começou a pedir “Borja, Borja, Borja”…  não demorou quase nada e Cuca chamou Borja pro jogo.

O tempo ia passando, o Palmeiras não estava muito bem, mas ia segurando a vitória… E, para minha surpresa, e a de muitos torcedores, Cuca chamou Felipe Melo pro jogo (fiquei encantada com Cuca, é desse Cuca que a gente gosta). Grande parte da torcida comemorou, aplaudiu. Eu fui uma delas. Não quero nem saber se ele e o técnico se gostam, se brigam, isso é problema deles, quero que jogue quem é bom de bola, e Felipe Melo é. Tem números melhores que Bruno Henrique, por exemplo.

O Palmeiras ia pro ataque, mas não dava muito certo… e corria perigo, porque o Bahia vinha apara cima. Ai se não fosse o Prass…

Cuca fez então a última (última mesmo) e fatídica substituição… Quando todos queríamos o Guerra, mas sabíamos quem ele colocaria em campo, ele chamou o Guedes (acertamos todos).

E, por falta de sorte, por trapalhada, as duas coisas… sei lá… um minuto depois de Guedes entrar no jogo, em jogada de ataque do Bahia, o juiz assinalou pênalti de Guedes em Mendoza. Na hora achei que não tinha sido nada, e quando revi as imagens não consegui me convencer de que foi pênalti.

Guedes tropeça no pé de Mendonza e cai,  longe do adversário, por sinal… e aí, depois de dar mais dois passos, o Mendonza desaba no gramado. O juiz, nem pisca e marca o pênalti…

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Prass até acertou o canto, mas o jogador do Bahia cobrou muito bem e empatou a partida. E não conseguimos mudar esse resultado, o jogo acabou assim.

Tenha sido pênalti ou não, não dava para nos contentarmos com a partida feita pelo Palmeiras, não dava para tomarmos um sufoco do Bahia… E nem podemos chamar de acidente de percurso o resultado, não é mesmo? Já acumulamos outros resultados bem ruins e descabidos nesse brasileiro; a derrota por 2 x 0 para a Chape – que voltava de excursão -, em pleno Allianz Parque, é um exemplo.

E, certamente por causa da turbulência originada por esse resultado, no dia de hoje, Cuca deixou o Palmeiras.Foi uma pena que não tenha dado certo… Nossas expectativas foram imensas com a volta dele…

Desejo sorte ao Cuca em seus novos caminhos. Agradeço a ele pelo Cucabol de 2016, que nos levou à conquista do campeonato brasileiro – nosso eneacampeonato, que reafirma o Palmeiras como o maior campeão do Brasil -, agradeço a ele pela mística da calça vinho, pelas alegrias, pela emoção imensa de voltar a conquistar um campeonato brasileiro depois de um tempão, pelas lágrimas de alegria, pela página linda que ele ajudou o Palmeiras a escrever, mas a vida segue… Neste ano, não estávamos muito felizes com o Palmeiras atual e o nosso técnico também não parecia andar muito entusiasmado. Quem sabe, numa outra vez, em uma outra volta, as coisas funcionem melhor.

Hoje, dissemos “Tchau” para o Cuca e “Oi” para o Valentim… É ele quem assumirá o Palmeiras no restante do campeonato…

Desejo muito sucesso para nosso novo técnico. Que sejam 11 vitórias até o final do ano.  E, quem sabe, seja ele mesmo quem comandará o time em 2018.

Nós estamos aqui, e no Allianz, para torcer e vibrar com ele e com o time, para apoiá-los, como fizemos com Cuca e com todos os outros que comandaram o Palmeiras antes dele. E é assim que tem que ser.

BOA SORTE, SÃO VALENTIM! E MÃOS À OBRA!

 

O Brasil vai enfrentar o Chile amanhã, no Allianz Parque, pelas eliminatórias da Copa (sou chilena desde criancinha, viu Mago? O menino Jesus entende, ele já ajudou o Brasil a carimbar o passaporte). E com a seleção brasileira, já classificada, Neymar, um dos craques do time canarinho andou tendo seu nome atrelado ao do Palmeiras – mesma coisa com  Gabriel Jesus, lindo e amado, em terras brasilis, mas esse é juramentado, batizado, crismado, e campeão, no Palestra Italia.

Primeiro, na sexta-feira, foi uma foto de Neymar vestindo o uniforme de passeio da seleção e com uma camisa do Palmeiras, bem visível, por baixo. Dá até pra ler o nome da Crefisa…

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A parmerada curtiu de montão. Depois, no domingo, antes do treino na Academia de Futebol do Palmeiras, o jogador do PSG e da seleção brasileira, e amigão do Jesus, fez uma postagem com uma foto de São Marcos e a palavra “ídolo”…  Ouriçou um monte de gente.
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Então, acompanhado pelo pai, ele foi visitar as dependências da Academia, foi conhecer o Centro de Excelência (que é excelente mesmo) do Verdão… e a visita ganhou destaque em todos os portais.

Olha a cara de satisfação do moço visitando o Palmeiras, seu clube de coração desde a infância…  Deve ter gostado pouco, né?

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Só a parmerada reunida…

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Será qucombinaram algo para daqui a alguns anos?…………………………

Não tem segredo, não tem espanto nenhum… É a coisa mais normal do mundo alguém que trabalha com/no futebol ter um time de coração não é mesmo? E todos sabemos que a gente muda de emprego, de carro, de cidade, de país, de amor, de estado civil, de partido, de religião… a gente muda até de sexo,  mas de time a gente não muda.

Perguntado a respeito, Neymar disse que seria um grande prazer jogar no Palmeiras um dia, revelou que seus ídolos na infância eram Evair, Marcos, Rivaldo e Alex (“bobo” ele, né?), e essas coisas todas foram motivo para muita agitação… só se falou em Neymar e Palmeiras nesses últimos dias.

Como se fosse novidade o Neymar ser palmeirense, né?

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Quem sabe, um dia, daqui a uns anos, nosso menino Jesus lindo volte ao Palmeiras… e quem sabe o amigo parmera que ele tem na seleção também venha jogar aqui… Serão muito bem-vindos. 😉

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“De nada adiantaria nadar se não houvesse terra à vista”

Então… Estamos longe ainda, mas já avistamos a terra… portanto, vamos continuar nadando sim. Mas como nos proteger dos  “tubarões”?

Encontramos (mais) um deles, no final de semana passado, enquanto “nadávamos” no RJ, quando enfrentamos o Fluminense… E quem diria? Justamente o Daronco,  um dos árbitros que não costuma prejudicar o Palmeiras… garfou nosso time sem cerimônia alguma.

Você espera uma semana para ver o seu time em campo e, no jogo, a arbitragem, gaúcha (tem time gaúcho a um pontinho do Palmeiras), dificulta a vida dele até não querer mais.

Ainda bem que o Palmeiras está 11 pontos distante do líder do campeonato…  se ele anda sendo tão prejudicado pelas arbitragens agora, imagina se estivesse/quando estiver na cola do amiguinho do apito, que perde o fêlego a olhos vistos mesmo recebendo uma mãozinha e tanto dos árbitros para conseguir “nadar” (contra o Vasco, gol de mão, visto e ignorado pelo auxiliar de linha de fundo, contra o SPFW, uma roubalheira desgraçada)?

Já tínhamos sido muito prejudicados há duas rodadas,  diante do Galo. Na ocasião, a arbitragem nos tirou dois pontos. E a coisa se repetiu na última partida (faz as contas, só nas últimas rodadas  2 pontos foram tirados do Palmeiras e 3 foram dados ao líder do campeonato. A diferença que é de 11 pontos agora, na verdade, seria de 6 pontos)…

Mas vamos por partes… O Verdão, mesmo tendo sido garfado, fez uma boa partida diante do Flu e venceu por 1 x 0, sem gol de mão, nada disso, muito pelo contrário, com um golaço de Egídio. E com a parmerada fazendo a maior festa nas arquibancadas do Maracanã.

A defesa esteve mais sólida e deu mais tranquilidade ao Verdão. Dracena jogou um bolão. Se as coisas correm bem lá atrás, imagino eu, os demais jogadores se sentem mais seguros, confiantes e a engrenagem funciona melhor. Prass esteve impecável! “Ainnn, tem que vender o Prass”, berravam alguns cornetas até outro dia. E Prass joga pra c…aramba.

E a partida poderia ter sido mais fácil, o Palmeiras poderia até ter goleado o Fluminense não fosse uma certa dificuldade nossa no ataque. Chegamos muitas vezes na área inimiga, mas, com exceção de uma bola tocada para o gol por Moisés, e que por capricho bateu na trave, nos enroscamos em todas elas… o golaço de Egídio, por exemplo, nasceu de um bate e rebate na área, de algumas tentativas frustradas de finalização, e de uma bola que sobrou pra ele, com um chute perfeito e de fora da área, guardar na gaveta do goleiro do Flu. Que golaço! Mas desperdiçamos muitas chances. Isso não pode. Teríamos que ter aproveitado melhor, caprichado mais nas finalizações e matado a pau.

Não gosto de Guerra ficar no banco e nem entrar no jogo – pra mim, nem Felipe Melo estaria fora do time -, vamos pro jogo com três atacantes e o meia fica no banco? Moisés ainda não voltou à sua melhor forma, a fazer tudo o que sabe. E ainda tem o Jean, que perdeu lugar na lateral para o Myke e Cuca parece que tem que achar um lugar para ele, então, o coloca no meio e senta Thiago Santos (nem relaciona o Pitbull)… sem contar que queima Borja sem nenhum remorso. Dessa vez, ele entrou aos 41′ do segundo tempo (não gosto disso. Não há a menor possibilidade de o jogador fazer nada com tão poucos minutos jogados. Cuca, desde que voltou, nunca dá chances pra ele. Penso que o técnico tem que ajudar todo o elenco a render o máximo, tem que fazer com que todos se sintam confiantes, e não preteridos. O Palmeiras só terá a ganhar com isso).

No ataque, Willian esteve bem, foi caçado pelos adversários, que desceram a botina nele sem dó, Dudu e Moisés também sofreram muitas faltas duras. O Fluminense bateu bastante. Muitas vezes, com a benevolência do Daronco, o árbitro da partida.

Pois foi  com essa mesma “benevolência” que, aos 25′ do primeiro tempo, e quando o jogo estava 0 x 0, árbitro, bandeira e auxiliar de linha de fundo “deixaram de ver” esse pênalti em Dudu…

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Chutar o adversário é falta, e falta na área é pênalti. E, repare, o jogador do Fluminense não estava nem aí com a bola. Esqueceu dela e foi pra cima do Dudu, deu um pontapé nele. E não dá para acreditar que quando um atacante entra na área com a bola dominada, juiz, bandeira e auxiliar de linha de fundo estejam olhando para qualquer outro lugar, que não seja pra ele, que está com a bola, e para seus marcadores, não é mesmo? E se não estão olhando para nenhum outro lugar que não seja o atacante e seus marcadores, como é que vamos acreditar que nenhum deles viu esse pontapé? E, se viram, por que não marcaram? Além do prejuízo do pênalti não marcado, o jogador  que fez o pênalti ficou sem cartão…

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Mas não foi só esse… No segundo tempo, quando o Fluminense passou a atacar mais, a forçar mais o jogo (estava perdendo, né) e o Palmeiras levava perigo no contra ataque, Daronco deixou de ver mais um lance importante. Embora as imagens desse outro lance tenham praticamente sumido dos vídeos de melhores momentos, embora a imprensa pouco tenha falado e escrito sobre isso – a maioria ignorou mesmo -, teve um pênalti no Dracena também:

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Na primeira imagem (as únicas que consegui depois de alguns dias – não tinha nem o VT completo do jogo), Dracena está saltando e é empurrado pelas costas. A menos que Dracena tenha aprendido a voar, fica esquisito ele saltar, subir e, já no alto, resolver se projetar lá pra frente, de qualquer jeito, caindo praticamente em cima de um companheiro de time… A mão em suas costas, na primeira imagem, mostra que ele foi empurrado. E nessa, o juizão também não viu porque não quis (será que não podia querer ver?). E a imprensinha, que tanto defende os árbitros e seus “erros” de arbitragem (menos quando eles prejudicam dois certos times), que tanto os faz parecerem apenas lances polêmicos, também tirou as luzes desse lance…

Dois lances capitais, que poderiam determinar o resultado da partida… e a arbitragem “não viu”… A arbitragem nos tirou duas chances de aumentar o placar. Mas, desta vez, não deu para as “forças ocultas”… o Palmeiras foi mordido pelo “tubarão” sim, mas conseguiu nadar bravamente, segurou o resultado e saiu do RJ com a vitória.

Nesse jogo, no RJ, o Palmeiras venceu o adversário e a arbitragem; contra o Galo, uma outra arbitragem nos tirou 2 pontos… O Palmeiras tem que ficar bem esperto, e a diretoria tem que falar grosso, tem que tomar providências. Parece que mesmo com o Verdão ainda longe na pontuação,  tem gente com medo que ele chegue… tem “tubarão” demais nesse mar e tá começando a ficar bem descarada a coisa, tanto para o lado a ser mordido, quanto pra o lado a ser ajudado a nadar… e A CBF parece estar plenamente satisfeita que seja assim, porque não toma providência alguma.

 Vamos observar na próxima rodada…


“Não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nascemos para ser campeões” – Mario Minervino

Arrancada Heroica… 20 de Setembro de 1942…

Dia do Palmeiras  em 2017 (lei 14.060)… Dia de Palmeiras em campo e campeão, pela primeira vez,  em 1942…

Dia em que, há 75 anos, maldosamente pintado como “inimigo da pátria  pelos que queriam se apossar de seu patrimônio e o queriam hostilizado pelos brasileiros, o Palmeiras, com origens italianas e coração brasileiro, e que por causa da perseguição aos italianos durante a Segunda Guerra teve que mudar de nome (o Brasil se alinhara aos EUA na Segunda Guerra contra os países do Eixo, portanto, contra a Itália), entrou em campo com Oberdan, Junqueira, Begliomini, Zezé Procópio, Og Moreira, Del Nero, Cláudio Pinho, Waldemar Fiume, Lima, Villadoniga, Echevarrietta e Del Debbio (técnico), ao lado do capitão do exército Adalberto Mendes, e por ideia dele, carregando uma bandeira do Brasil.

O jogo era contra o São Paulo (o clube que queria tomar o patrimônio do Palmeiras – o estádio, principalmente). Penúltima partida do Campeonato Paulista de 1942… e valendo o título. O título de um campeonato disputado quase todo pelo Palestra, líder da competição (18 jogos,16 vitórias, 2 empates, 61 gols marcados e 15 sofridos),  e que faria a partida decisiva como Palmeiras, o seu novo nome…

O Palmeiras, que como a maioria imaginava, seria vaiado, seria hostilizado pelos anti palmeirenses, anti “inimigos da pátria” que estavam no Pacaembu, que seria muito pressionado – o que facilitaria a vida do adversário –  tão logo entrou em campo, carregando a bandeira do Brasil, e depois de apenas alguns segundos de surpresa por parte do público no estádio, foi muito aplaudido por todos que lá estavam…

E em seu “batismo”, o Palmeiras sairia de campo imponente, honrado, admirado e campeão. Venceria o inimigo – e os seus ardis. Defenderia o seu patrimônio, o seu gol e cada centímetro de campo com o mesmo empenho, com a mesma fibra. E mostraria a todos que era tão brasileiro quanto qualquer um dos outros times brasileiros, mostraria que era digno, honrado… raça, fibra, sangue nas veias e um amor do tamanho do mundo pelo clube era(é) a receita do “ser Palestra/Palmeiras”…

Mas não foi um jogo qualquer, foi difícil, aguerrido (ao São Paulo só a vitória interessava),  representava muito mais do que uma conquista de campeonato, e o Palmeiras foi melhor. E porque aquele Palmeiras, que acabava de nascer, era melhor, era maior em campo,  o adversário abandonou a partida no começo da segunda etapa. Sim, o São Paulo saiu/fugiu de campo. Não teve competência e nem coragem para disputar a partida até o fim, não quis que o Palmeiras cobrasse um pênalti quando ele já vencia por 3 x 1 (Cláudio Pinho, Del Nero e Echevarrieta marcaram para o Palmeiras); não teve brio para suportar ser vencido e, quem sabe, goleado… não teve grandeza para ver o Palmeiras ser campeão ali no Pacaembu. Mas isso é história. Está nos livros e todo mundo sabe.

Eu tive o prazer e o privilégio imenso de colocar  no peito a faixa de campeão de 1942 quando estive na casa de Oberdan Cattani, por ocasião de um aniversário dele, há muitos anos. Tive também a oportunidade de “viver” essa história, contada por ele, um dos personagens da Arrancada Heroica – quando entrávamos na década em que iríamos comemorar o centenário do clube…

E foi através do relato de Oberdan que eu conheci e senti o que a história não tinha me contado… Conheci as lembranças que só ele tinha… conheci o período, tão conturbado, que os palmeirenses viveram em 1942, as dúvidas, o receio… senti a mesma e imensa tristeza que eles sentiram quando o Palestra teve que mudar o seu nome … senti o nó na garganta e as lágrimas dos jogadores que choraram por causa disso… a insônia dos que não dormiram na véspera desse acontecimento… senti o amor que eles tinham pelo Palestra, e que os fizera aceitar até mesmo a mudança de nome que não queriam… senti a raiva, a revolta que eles sentiram pela injustiça que faziam com eles, cidadãos brasileiros, e faziam com o seu clube, os fazendo parecer inimigos da pátria, apenas para lhes tomarem o patrimônio, para tomar o Palestra Italia… senti a apreensão e também a coragem que eles sentiram antes de entrar em campo naquele dia 20 de Setembro de 1942, fiquei também com o coração suspenso aguardando as vaias, que nunca vieram…

Enquanto os olhos de Oberdan, ora tristes, pesarosos, ora inundados de júbilo e orgulho – algumas vezes, furiosos também – brilhavam revendo imagens que só ele podia ver, enquanto em sua cabeça rodava o filme que só ele poderia assistir, enquanto ele me contava sobre aquele período de 1942 (as lembranças vivas, frescas, em sua memória)… eu imaginava… e era tocada pela energia do “contador de história”, era tocada pela aura da Arrancada Heroica… Me sentia arrebatada pela mesma bravura com que o Palestra foi defendido pelos seus, pela energia dos que encontraram as saídas (a mudança de nome duas vezes) para não ter que entregar o que era seu… senti a força e a coragem com que eles foram para aquele jogo, senti como foi importante o apoio do Capitão Adalberto Mendes…

E ele me contou dos aplausos, do tempo que as pessoas levaram os aplaudindo… me contou dos seus corações , surpreendidos, que se encheram alegria, da troca de olhares entre os atletas do Palmeiras…  os olhos do ídolo, protagonistas da nossa conversa, me davam a medida exata das emoções que ele experimentava, outra vez, ao lembrar…

E ele, naquele seu jeito franco, simples, verdadeiro, me contou alguns lances da partida, e eu, ‘assistia ao filme’ com ele … e, imaginando, ouvindo, prestando atenção às expressões de um dos heróis da Arrancada Heroica, podia quase sentir a energia com que tocavam a bola, com que driblavam e desarmavam naquela jogo… imaginava as defesas de Oberdan (ele fez uma grande partida)… e podia ‘ver’ os primeiros gols da história do Palmeiras que acabara de nascer, a comemoração… pude ‘ver’ o adversário se apequenando, discutindo e fugindo do jogo… pude me encher de orgulho com o Palmeiras, campeão pela primeira vez… senti a emoção dessa conquista tão especial…

Sim, o Palestra, de tantas conquistas e glórias, morreu líder e renasceu Palmeiras… renasceu campeão.

Foi mais do que um jogo, foi mais do que história, foi mais que superar o adversário e a tramóia que ele preparara ao Palmeiras… foi alma, raça, fibra, muita luta e sangue nas veias dessa gente que se veste de verde com um ‘P’ no coração…

E  aquele time de “italianinhos”, para o qual alguns quiseram negar o direito de ser Brasil, conquistou o respeito de todos, conquistou uma legião de corações brasileiros e de todas as nacionalidades, corações apaixonados,  conquistou uma infinidade de amor, de títulos, glórias, e se tornou o maior campeão do Brasil!

PARABÉNS, PALMEIRAS!! Que o amor, o respeito e o espírito de luta da sua gente sejam sempre as suas maiores riquezas. E que todas as pedras em seu caminho sejam, assim, transformadas em novas e maravilhosas páginas da sua história!

 

 

 

 

 

“Quem não sabia que quando eles começassem a patinar no campeonato a juizada iria entrar em ação para ajudar ?  Essa bola estava sendo cantada faz tempo.” – Confucio

Lembra do Jô, aquele mesmo, que elogiou o jogador do SPFW por ter tido fair play num clássico contra o ‘Lava-jato’, e depois pegou carona nisso para se promover? Sim, esse mesmo, o ‘poço de honestidade’, “rei do fair play”, “defensor do jogo limpo”, o ditador de regras sobre comportamento dos jogadores. O mesmo que, arrotando virtudes e, transpirando uma moralidade que não possui, criticou jogadores do Palmeiras por induzirem o árbitro ao erro? O que pediu honestidade aos jogadores do Palmeiras e de outros times?

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Então… esse jogador ‘corretíssimo’, “poço de honestidade”, “arauto da moralização no futebol”, que quer mudança no esporte, mudança que, segundo ele, tem que vir do comportamento dos jogadores… esse indivíduo, que diz que “tem que prevalecer a honestidade”, porque “árbitros irão errar menos quando jogadores forem mais honestos“, que  diz que jogadores servem de exemplo para as crianças… que só falta dar palestra sobre o assunto… esse mesmo sujeito, que pegou carona – para se promover – na atitude honesta de Rodrigo Caio  (se tinha alguém, que poderia falar em honestidade era o Rodrigo Caio) não é capaz de ter a honestidade que cobra dos outros quando é a vez dele ser honesto… Que coisa, não?

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O poço de “honestidade” cava pênaltis, ou seja, induz o árbitro ao erro… faz gol impedido… e nada da tal honestidade da qual tanto fala…  Para o Jô, ao que parece, jogo limpo é uma beleza, mas só para jogadores e times adversários.

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E, na rodada desse domingo, o Jô teve mais uma oportunidade de provar que “a honestidade deve prevalecer”,  que “é errado induzir o árbitro ao erro”… teve mais uma oportunidade de mostrar que “o futebol precisa de mudanças, e que elas precisam vir através do comportamento dos jogadores”… teve uma grande oportunidade de ser um bom exemplo para as crianças…

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E o que ele fez? Mostrou o seu lado B para o Brasil todo, mostrou que ele a tal da Dona Honestidade nem se conhecem, que fair-play  bom é só o dos adversários, que jogo limpo só é legal quando ele se favorece com isso, e que ter culhão pra dizer a verdade é coisa de homens e não para moleques… Na hora de ter que admitir que faz o que critica nos outros, ele, hipócrita até não querer mais,  põe Deus e os filhos no meio, mas continua faltando com a verdade, com a tal honestidade…

Fez um gol com o braço, e o juiz validou. Um gol com o braço do jogador e com a mãozinha do juiz…

E o jogador jura que “não sabe se foi com o braço”, diz que “não sentiu”… Mente mais, Jô, porque tá pouco.

Eu só condeno o Jô pela hipocrisia, por tentar parecer mais ético e mais honesto do que os demais, mesmo sendo muuuito menos. Os jogadores sempre tentam fazer os gols do jeito que dá e  cabe à arbitragem assinalar as infrações, ela está lá pra isso, e o árbitro conta com a ajuda de vários auxiliares.  Mas acontece que os árbitros raramente marcam contra o time do Jô (isso é de praxe), e ele sabe muito bem disso (o auxiliar de linha de fundo, podemos ver na imagem, está ali, pertinho, olhando o lance. Mas, quando pressionado pelos vascaínos, disse que não viu nada. Então… Muito difícil acreditar que ele não tenha visto, e por que, vendo, ele diria que não viu? (Será que vai ter punição do STJD para o jogador? E onde estão as punições para o auxiliar “ceguinho” e para o árbitro? Quando interessa aos piratas dos bastidores, a punição sai no mesmo dia. As arbitragens andam servindo a outros interesses).

E pra acentuar a vergonha de posar de honestão e não ser nada disso,  vieram as declarações pós jogo do Jô…

“Só Deus pode julgar”… Oi??

“Se o juiz deu o gol, não foi de mão”. Maoeeee! Nessa, ele se afundou… Sendo assim, usando a mesma régua torta do Jô… se no derby o juiz tinha expulsado o Gabriel, então não foi outro que fez a falta. Não é mesmo?

“Se eu tocar o braço na bola, vou dizer para o juiz que toquei, porque tenho que dar exemplo para os meus filhos”

Para o mundo, que eu quero descer! É esse o sujeito que clama por  honestidade e jogo limpo?  Foi por causa das declarações desse sujeito contra adversários que esses mesmos adversários foram tão questionados a respeito de caráter?

Que vergonha esse Jô… tão crescidinho e ainda não aprendeu a ser grande, a ser homem.

Pelo visto, apareceu a segunda “alma viva mais honesta deste mundo”. Ela só perde para aquela outra, “a mais honesta de todas” que, por “coincidência”, é da família ‘lava-jato’ também.

Palmeiras ia enfrentar o Galo, em MG, defendendo a sua permanência no G4… Jogo na TV, e eu teria que assistir online… ó céus!

Mayke estava de volta à lateral (ainda bem), mas, ao invés de sentar Jean, Cuca achou um lugar pra ele no meio e deixou Thiago Santos no banco.

O Palmeiras começou bem na partida, parecendo bem mais esperto em relação à marcação – um dos nossos grandes problemas nesses últimos meses – deixando menos espaços. E tínhamos só três minutos de jogo, quando, num ataque do Palmeiras, Luan cometeu um pênalti muito escandaloso. De braço aberto e esticado ao lado do corpo, interceptou com esse mesmo braço um chute de Willian. Leandro Vuaden, figurinha carimbada em prejudicar o Alviverde, e com uma cara de pau tamanho EXG, nada marcou.

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Não dá para imaginar que árbitro, bandeira e auxiliar de linha de fundo nada tivessem visto, não é mesmo? É impressionante o poder (ou seria o encargo?) que alguns árbitros têm para apitarem e “desapitarem” do jeito que bem entenderem, até mesmo deixando as regras de lado.

Uns minutinhos depois, meu link resolveu travar a imagem e só pude ouvir que o mesmo Luan mandou uma bola em nossa trave…

Começo de jogo disputado, mas, ao contrário das nossas expectativas dos primeiros minutinhos, o Galo se acertou e foi chegando na nossa área, começou a nos pressionar, a ter chances… e fazia jogadas sempre tentando achar Fred… e ora Fred tentava o chute, ora o genérico (Valdivia só tem um) chutava…

Se por um lado isso era ruim pra gente, e corríamos o risco de tomar gol, por outro, podíamos ver que a defesa estava se saindo bem, e que Dracena ia se sobressaindo na partida.

Eu não vi, mas ouvi, quando Egídio cometeu pênalti e o juiz assinalou… Fred iria para a cobrança. “Ai, meu São Prass dos Pênaltis Defendidos” – sempre tenho esperança de defesa de pênaltis quando ele está no gol…

E não deu outra. Como se fosse um gato, Prass defendeu, Prass encaixou – ele, abusado,  apontou o canto em que  queria que Fred batesse (e Fred bateu lá mesmo). E pensar que o Palmeiras enrola pra renovar com ele (e pensar que ele não estava em campo nas cobranças de pênaltis naquele Palmeiras x Barcelona-Guayaquil)…

Depois que vi e revi as imagens direitinho, até fiquei em dúvida em relação ao pênalti. Pra mim, pareceu que Egídio já estava com o pé esquerdo apoiado à frente e ficou com ele lá, e só depois apareceu o jogador do Galo e a queda aconteceu.  No entanto, na hora, muita gente, muitos palmeirenses também, acharam a mesma coisa:  pênalti. Ainda bem que o Prass pegou e não deixou o Galo abrir o placar.

Graças ao link “maravilhoso” eu mais ouvia do que via o jogo e, às vezes, nem ouvia. Mas dava pra perceber que tava meio difícil para o Palmeiras, e que ele tentava se insinuar no ataque descendo mais pela direita, com Guerra, com Mayke.

Meus amigos, via Messenger, Whatsapp, me avisaram que tinha gol… e pelo “GOOOOOOL” todo em maiúsculas, só podia ser do Verdão… coração a mil. Em contra ataque (eu vi depois), Moisés tocou pra Willian lá na frente, o BGod avançou, se livrou do marcador, e deu aquela bola “caramelada” para Deyverson chutar cruzado e abrir o placar. Ah, Palmeiras, seu lindo!

Meus amigos me avisavam também que o Vuaden estava metendo a mão no Palmeiras, que Deyverson tinha sido chutado duas vezes pelo Fábio Santos, e o Vuaden… nada. Nem amarelo.

O time mineiro continuou em cima do Palmeiras e seis minutinhos depois do nosso gol, aos 39′, após uma cobrança de falta, o juiz assinalou pênalti de Luan em Leonardo Silva. Luan e Leonardo Silva se empurravam, e quando Leonardo Silva avançou para tentar alcançar a bola, que tinha sido chutada lá pra área na cobrança da falta, Luan puxou a camisa do atleticano, continuou puxando, e Vuaden marcou a falta. Até estaria tudo certo se Leonardo Silva não estivesse impedido no momento da cobrança e antes de ser puxado…

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No vídeo de melhores momentos , não sei se por descuido, ou de propósito, não é possível pegar a imagem do exato momento em que a bola é chutada,  a não ser com a imagem da cobrança – quando ela é repetida – sobreposta à imagem anterior. Mas dá pra ver mesmo assim.

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E não parou aí a lambança da arbitragem. A menos que eu e mais algumas pessoas tenhamos tido alucinação coletiva, o juiz não mostrou o amarelo para Luan, como manda a regra, e mostrou o vermelho direto…

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Eu sei que seria o segundo amarelo dele, e ele seria expulso mesmo, mas o árbitro não parecia interessado em apitar algumas coisas corretamente errou.

Coma expulsão de Luan, Cuca chamou o zagueiro Juninho e sacou Guerra. Não gostei muito da substituição; com dois atacantes no time, achei que ele poderia ter tirado Deyverson  (gostaria de entender porque Deyverson, desde que chegou aqui,  recebe todas as chances que Cuca nunca deu para Borja).

E já que era pra garfar o Palmeiras mesmo, Vuaden “enfiou o pé na jaca”… Na cobrança do pênalti, convertido por Fábio Santos, mais uma página do Livro de Regras foi rasgada e jogada fora. Houve invasão na área no momento da cobrança…

Cobrança de pênalti -Regra 14 (a parte que nos interessa aqui):

Se um jogador do time batedor invadir a área no momento da cobrança e sair o gol, a cobrança deverá ser repetida.
Se jogadores dos dois times invadirem a área no momento da cobrança e sair o gol, a cobrança deverá ser repetida.

 

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Não dá para acreditarmos que árbitro, bandeira e auxiliar de linha de fundo desconhecem a regra, não é mesmo? E se conhecem… Lembra que num outro Palmeiras x Atlético-MG, o Palmeiras teve que voltar uma cobrança, convertida em gol, por causa de invasão? Então…

Depois do pênalti convertido, Fred deu um bico na bola… e deveria ter levado amarelo – seria o segundo. Mas o árbitro… nada. Imagina se fosse um parmera? Se fosse o Prass, por exemplo? Era amarelo na certa.

E fomos para o intervalo com um pênalti não marcado para o Palmeiras, com o chute que o Fábio Santos deu em Deyverson, e que ficou por isso mesmo, o com o segundo cartão amarelo que o árbitro não quis dar para o Fred… 3 x 0 para o Vuaden.

Nos primeiros minutos do segundo tempo, mesmo com um a menos, o Palmeiras apertava o Galo… E o Dudu no banco, porque estava voltando de contusão e “treinara pouco”…. Para um jogador como Dudu, o craque do nosso time, é necessário apenas levantar da cama  para ir a campo…

Leonardo Silva desviou uma bola com a mão e o árbitro assinalou pênalti para o Palmeiras. Achei que Jean fosse cobrar, porque na maioria das vezes em que está em campo, é ele quem cobra, mas sei lá porque Deyverson foi para a cobrança… e cobrou mal demais. O goleiro pegou, claro.

Errar uma cobrança de pênalti é coisa que acontece, é até tolerável, mas bater mal desse jeito, dar na mão do goleiro, é de matar a gente de raiva… Com um a menos e podendo fazer 2 x 1… Chuta que nem homem, cazzo!  

Cuca chamou Duduzinho e sacou Deyverson.

O Galo, mesmo querendo ir pra cima, por estar com um homem a mais, não levava muito perigo ao Verdão, não. Nossos jogadores iam mandando muito bem nos desarmes, nas tiradas de bola… Prass, Dracenão da Massa e Tche Tche estavam bem no jogo.

E então, o Vuaden resolveu dar mais trabalho para o Palmeiras – que juizinho sem vergonha esse. O genérico (Valdivia só tem um) entrou de sola na coxa de Willian,  Willian, instintivamente, deu um chute nele logo em seguida, e logo em seguida também se tocou da bobagem que fizera… Vuaden o expulsou. Ele mereceu a expulsão, mas e o Genérico? Faz uma “faltinha” pra arrebentar o parmera e não vai pra rua,  Vuaden? Você viu o que aconteceu depois dessa entrada criminosa, mas não viu a entrada criminosa? Mas que arbitragem “criminosa” a sua, não? Louquinha para “matar” um dos times…

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Que picareta esse Vuaden… Ele sempre prejudica o Palmeiras, mas estava abusando dessa vez…

Cuca sacou Jean e promoveu a entrada de Thiago Santos… com dois a menos, era meter o cadeado no time mesmo…

Vuaden, que não amarelou o bicão do Fred, que deixou passar batido o chute de Fábio Santos em Deyverson, a entrada criminosa do Genérico em Willian, amarelou Prass porque ele demorou para cobrar o tiro de meta. Que filho da “fruta”!!

O Palmeiras não dava mole pro Galo não, era valente e defendia muito… Dracenão da Massa estava soberbo! Prass também jogava muito. E imagina se o Vuaden não ia dar 5 min de acréscimo? Segura aí, Verdão!

E o Vuaden, picaretíssimo, ainda ia aprontar antes dos acréscimos, aos 45’…

Moisés desceu pela esquerda, entrou na área sozinho, e o jogador do Galo deu um toque no pé dele, fez uma carga em sua perna, e o derrubou…

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Pênalti. Mas o juiz, nem aí. Aquele, do Egídio foi marcado prontamente; esse, foi ignorado…  Que arbitragem sem-vergonha.

Prass ainda faria mais duas boas defesas. Uma, na jogada de Otero;  outra,  no chute de Elias. E o árbitro, que via ir por terra as chances de o Palmeiras perder (o tempo todo pareceu que era isso o que ele queria), encerrou a partida. Uma vergonha, uma roubalheira a arbitragem do Vuaden (quem será que teria tanto interesse em uma derrota do Palmeiras?)… e, pode apostar, não vai ter árbitro suspenso (como acontece quando alguns times são prejudicados pelo apito), porque a corrupta CBF, que parece bem se utilizar desses “prestadores de serviço”,  nada fará a respeito dessa vez. Prejudicar o Palmeiras é de lei.

Garfado em dois pênaltis, garfado no gol que tomou, garfado no chute em Deyverson, que nem amarelo ocasionou, garfado na falta criminosa sofrida por Willian, que o juiz não puniu… o Palmeiras,  como se fosse aquele cara, que é assaltado, perde, o relógio, a carteira com cartões de crédito, dinheiro e documentos, leva umas porradas, mas ainda dá graças a Deus porque está vivo e porque o celular estava na meia e o assaltante não viu,  teve que dar graças a Deus pelo time que lutou bravamente contra adversário e apito e não se deixou derrotar.

Poderíamos ter vencido, mas “fizeram a elza” no Palmeiras.

 

“Defender a Seleção é uma honra, mas defender a Seleção com seu time do coração… é uma emoção que não se esquece jamais” – Valdir de Moraes
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O valor de uma conquista não está no “preço da etiqueta”, não está apenas no “troféu levantado”…
O valor está na quantidade de esforço que você fez para consegui-la, para fazer ainda melhor do que o esperado… está no amor e na dedicação empregados… está em tudo o que ela representou, está no tamanho da alegria que ela te fez sentir, que ela fez um número imenso de pessoas sentirem… está também no orgulho de ter sido o primeiro e o único a fazê-lo…
 
07/09/1965… A maravilhosa Academia “amarelou”, se tornou canarinho… O Palmeiras, se transformou em seleção brasileira… e venceu a seleção uruguaia por 3 x 0.
 
E essa conquista é só nossa! Auguri, Palmeiras! #OrgulhoImensoDaSuaHistória
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………………………..“O Palmeiras um dia foi Brasil, e isso ninguém mais vai apagar” – Ademir da Guia, o Divino.

Quando surgiram os rumores sobre o Palmeiras ter interesse em contratar Felipe Melo,  eu sabia que ele era um bom jogador, experiente, mas como não acompanhava seus jogos na Internazionale, fiquei meio indiferente à suposta contratação. No entanto, por causa de um episódio ocorrido há alguns anos, eu já tinha alguma simpatia por ele. Numa ocasião em que ele foi atacado/desrespeitado pelo ‘apresentador’ Neto – como o ‘apresentador’ faz muitas vezes, achando que estar à frente de um programa esportivo é o mesmo que ter permissão para desrespeitar pessoas, clubes – eu, por acaso, li a resposta do Felipe Melo pra ele… e adorei.

E começaram os recadinhos – indiretos – dele no twitter, no Instagram, fotos e frases que sugeriam que ele estaria vindo para as Perdizes sim… e começamos a nos divertir com ele, a esperar por ele…

E o Pitbull chegou… falando grosso, falando forte, prometendo respeitar o clube que ia “colocar comida na mesa de sua família”, prometendo honrar a camisa do Palmeiras sempre, mesmo que isso significasse “dar tapa na cara de uruguaio” na Libertadores. Claro que isso foi um exagero por parte dele, foi uma declaração desnecessária e imprudente, mas também foi apenas maneira de dizer; dada a fama de valentes e brigões dos uruguaios, seria o suprassumo da dificuldade ter coragem de dar um tapa na cara de um deles. Felipe Melo queria demonstrar assim que seria capaz de qualquer coisa para defender as cores do seu novo clube. Era só isso.

A imprensinha – ressentida porque ele preferira o Palmeiras a um certo clube carioca, e já o espinafrando desde então – aproveitou, deu a conotação que quis à declaração, fez de tudo para a declaração chegar com as piores cores no Uruguai, e ele  entrou no olho do furacão – às vezes, ele se complica sozinho mesmo. É intenso, exagerado, difícil, fala o que vem na cabeça e se esquece das outras interpretações que suas declarações podem ter e das consequências que elas podem trazer. E todo mundo sabe o final da história… ele acabou dando porrada em uruguaio mesmo… merecidamente, aliás – o Peñarol é useiro e vezeiro em querer bater nos adversários quando é derrotado, e fez o de sempre com o Palmeiras. E, além da surra na bola, da virada espetacular do Verdão, um jogador deles – que corria atrás de Felipe Melo para agredi-lo -, levou uma porrada, de verdade, com ‘ousadura e responsabilidade’.

Ainda que Felipe Melo extrapole em algumas declarações, ainda que para alguns (pra mim) ele pareça inconsequente e meio desajustado às vezes – há quem diga que ele é só marketeiro -, ainda que  seja uma bomba prestes a explodir, ele ganhou a torcida.

Mas o Pitbull não ganhou a torcida só por isso. Ganhou a torcida jogando bem, sendo considerado  em muitas partidas um dos melhores em campo… sendo raçudo, sempre querendo vencer, e honrando a camisa. Mesmo com a nossa desclassificação no Paulistão, os números dele foram interessantes… o melhor desarme do time, o jogador palmeirense que mais fez lançamentos certos, 92,1% de aproveitamento nos passes…

                                   

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E, ao contrário do que a imprensa tanto alardeara desde que ele optara pelo Palmeiras, o “Tiranossauro Rex”, “vilão”, “desleal”, não era tão vilão e tão faltoso como diziam, não era desleal, como garantiram que ele seria. Esses números foram publicados em Abril/2017:

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Em Maio, ele era o jogador com maior número de desarmes no time do Palmeiras…

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(Esses números são injustos com Thiago Santos – ele desarma mais que chuveiro no inverno -, porque ele ficava no banco de reservas muitas vezes, assim como são injustos com Felipe Melo os números de Setembro, uma vez que o Pitbull está sem jogar há um bom tempo)

As notícias também diziam que Felipe Melo treinava sério, era um dos últimos a sair dos treinos, que era um atleta muito profissional e, por isso, por ter jogado 12 anos na Europa, por ter defendido a seleção e continuar se esforçando nos treinos como se fosse alguém em começo de carreira, servia de exemplo para os mais jovens e menos experientes do elenco.

Na volta de Cuca ao comando do Verdão, Pitbull foi para o banco… Primeiro, foi contra a Chape, na segunda rodada do Brasileiro, mas, na ocasião, Cuca tinha resolvido levar um time todo alternativo para Chapecó (não deu certo o time alternativo e perdemos o jogo). Depois, contra o Galo, no Allianz, com o time todo titular, o Pitbull ficou no banco (não fizemos uma boa partida, e empatamos em 0 x 0).

Confesso que não entendi o critério adotado pelo nosso técnico, ainda mais quando ele alegou que Felipe Melo era lento (sim, ele é mais lento mesmo) e Thiago Santos  sabia sair jogando melhor – isso não corresponde à realidade, TS desarma muito, mas não é tão eficiente na saída de bola quanto Felipe Melo. Gosto muito dos dois, mas Felipe Melo vinha bem no time, fazia boas partidas, e eu não entendia porque ele tinha sido sacado – do campeonato e não de algumas partidas -, sem mais nem menos (em 2016, Thiago Santos também virou banco tão logo Cuca assumiu o Palmeiras).

A torcida chiava com o banco para FM, a imprensa especulava… e veio uma declaração do Cuca mais ou menos assim: “Ele (Felipe Melo) é um funcionário do Palmeiras, quando for necessário, será utilizado”.

Eu achei que as entrelinhas dessa declaração seca, sem nenhuma gentileza, não pareciam muito legais, achei que faltou o costumeiro “ele é um grande jogador, ajuda o time, é importante, mas em algumas oportunidades, por questões táticas, vou montar a equipe diferente”… aquelas coisas que todo técnico diz por cuidado, para não melindrar um jogador mais experiente e não perder o grupo.  Achei , começava a se formar uma bola de neve aí… achei que era a senha para o jogador, costumeiramente falastrão, falar alguma bobagem…

Mas, depois de uns dias, parecia que Felipe Melo aceitava o banco de boa… Prass disse em uma entrevista que o comportamento do Pitbull, mesmo na reserva, era bastante profissional; Keno também disse o mesmo…

Felipe Melo se lesionou e, quando voltou, foi poupado em algumas partidas importantes (contra COR, FLA)… Estava na cara que o técnico não o queria no time. E estava na cara também que isso ia ter desdobramentos ruins.

Não sei como e nem porque a diretoria não foi capaz de antever e evitar… técnico experiente, badalado, e atleta experiente, contratação badalada da temporada, em rota de colisão (os dois deveriam ter sido “chamados na chincha” para darem um jeito de conviver e trabalhar em proveito do clube)…

E não deu outra, tão logo a imprensa (toda ela) publicou que Cuca reunira o grupo para dizer que Felipe Melo não estava em seus planos, não se encaixava em seu esquema (chato para um jogador ser ‘dispensado’, via imprensa, seja ele quem for; não é legal que essas informações vazem. Mattos disse que Cuca não fez isso, mas ninguém do Palmeiras desmentiu quando a notícia foi publicada em vários portais, com imagens, inclusive). E tão logo a notícia ganhou os veículos de comunicação, não demorou muito e surgiu a reação: um áudio de Felipe Melo atacando Cuca.

Deram a corda para Felipe Melo se enforcar, e ele se enforcou totalmente. E quem não sabia que algo do tipo acabaria acontecendo, né? Mas foi deplorável ele ter feito esse áudio e o soltado por aí como quem não queria nada; foi horroroso ele ter dito publicamente o que disse do treinador – goste do treinador ou não, tenha o Cuca fritado ele ou não (eu achei que fritou), tem que respeitar a chefia -, se ele é funcionário do clube, e o clube escolheu o Cuca para ser o “comandante”, ele, e qualquer outro funcionário, tem que respeitá-lo.  E, tivesse FM razão ou não de estar na bronca, desrespeitar o treinador e a pessoa por trás do treinador, ainda mais publicamente, está totalmente relacionado com desrespeitar o Palmeiras, desrespeitar os companheiros. Errou muito, e feio, o Felipe Melo… e, claro, perdeu completamente a razão. E nem poderia ser diferente.

Foi um escândalo. O nome do Palmeiras, de maneira bastante negativa, ganhou todas as manchetes… Felipe Melo assumiu a autoria do áudio, alegou que tinha bebido (e isso não é justificativa)… e então, depois da eliminação para o Cruzeiro, as notícias de um “Pitbulll desagregador” apareceram, as notícias de um “elenco que pediu à diretoria o afastamento do jogador” ganharam as mídias sociais, as notícias de “jogadores que perderam a liderança no elenco por causa dele e que, por isso, não andavam jogando bem” surgiram,  uma tentativa de agressão ao Egídio e ao Dudu (e eu soube que isso não era verdade) foi noticiada… e o jogador foi afastado, colocado para treinar separado do elenco…

E ponto final.

Ponto final? Ah, tá…

A gente achando que a coisa ia engrenar… mas o Palmeiras (mesmo sem Felipe Melo no time e com ele afastado do elenco)  conseguiu a proeza de, jogando muito menos do que gostaríamos que ele jogasse, ser eliminado também na Libertadores pelo fraco Barcelona-Guayaquil, e no Allianz. Não bastasse isso, o time somava 8 derrotas no Brasileirão, já tinha perdido a invencibilidade em sua casa, e praticamente dava adeus à disputa do título (matematicamente as chances existem, mas com 14 pontos atrás do líder, é muito improvável virar esse jogo), e tudo no prazo de um mês… com o agravante de, em pleno Allianz Parque, e logo após a eliminação na Libertadores, perder para a Chapecoense – que voltava de excursão(!!) pela Europa e Ásia (demos uma sacolada no SPFW depois, pra compensar os desgostos).

Felipe Melo, por sua vez, se valendo de direitos trabalhistas, acionou o Palmeiras na justiça…

Uma turbulência imensa e um prejuízo ao Palmeiras, que poderiam e deveriam ter sido evitados (eu acho). E nós ficávamos com a impressão que a coisa não ia ter fim… mas, e sempre tem um mas, depois de todos esses reveses, depois de todo mundo ter que fazer um ‘mea culpa’ a respeito do ano perdido, sabemos lá por quais caminhos, diretoria, técnico e jogador se acertaram, ou se propuseram a se tolerar (quem pode saber?)… e Felipe Melo foi reintegrado ao elenco.

E, na segunda-feira, na coletiva pós reintegração, Felipe Melo, mesmo com uma postura arrogante, reconheceu que errou e disse que isso serviu de aprendizado, admitiu que se retratou com todos, disse que falou para o técnico que não pensa aquelas coisas dele de verdade, ou seja, se desculpou (do jeito torto dele, mas o fez), e voltou a treinar. Cuca, por sua vez, já tinha dito antes que não quer prejudicar o Palmeiras , não quer prejudicar ninguém.

Eu achei bom que ele tenha voltado. Primeiro, pelo Palmeiras, que ia ter problemas legais e financeiros com as consequências desse afastamento. Segundo, pelo futebol do time mesmo. Apesar de faltar humildade a FM nas entrevistas (agora é hora de ele baixar um pouco a bola fora das quatro linhas), são os números que ele tinha quando estava jogando, o comprometimento e a raça que tinha em campo, que interessam. Apesar de todos os pesares e apesares, não penso que ele seja um jogador dispensável do nosso elenco. Ele é um bom jogador, tem qualidade, é inteligente, e isso vem antes do “ser bonzinho”… Bonzinho, humilde, que “não tem boca pra nada”, é o ‘Caramujo’, mas  nenhum palmeirense quer ele no time, não é?

No entanto, espero que Felipe Melo saiba medir bem as palavras daqui pra frente, saiba ser mesmo um exemplo para os mais jovens, saiba ser uma pessoa mais fácil de se lidar fora de campo,  mais generosa com as demais. Ele vai precisar se policiar em relação às suas atitudes, e se relacionar com o técnico (e com o elenco) da melhor maneira possível – e o técnico com ele.

Se essa volta vai ser boa ou ruim, não sabemos… só o tempo dirá. Vai depender muito da boa vontade e empenho dos dois lados nessa história, vai depender do pulso firme dos dirigentes. Se Felipe Melo vai voltar a ser relacionado, também é outra incógnita.

E não espero outra coisa de Cuca e de Felipe Melo que não seja atitude de homens, como essa que tiveram agora ao acertarem a reintegração mesmo tendo que passar por cima de tantas coisas; não espero outra coisa que não seja o trabalho sério, profissional e em proveito do Palmeiras, tendo como prioridade só o Palmeiras. Palmeiras, que é o único motivo de os dois estarem ali, trabalhando juntos. No futuro, eles não estarão mais aqui, no entanto, tudo de bom que fizerem, que conquistarem no clube, ficarão com o Palmeiras , e com eles também, pra sempre.

Tomara que o tempo suavize as cicatrizes, tomara que o Palmeiras retome o rumo do qual não deveria ter se desviado… tomara que o Pitbull tenha crescido e aprendido mesmo com o que aconteceu, tomara o Cuca acerte o esquema de jogo, tomara amanhã seja muito melhor pra nós todos do que foi nesses últimos meses… tomara o Palmeiras possa estar em paz.

Ao trabalho, Verdão! Nosso ano ainda não acabou… e terminar o campeonato no G4 é ponto de honra pra todos nós.

 

 

31 de Agosto é um dia de comemoração na história do Palmeiras… Das suas três conquistas do Troféu Ramon de Carranza, duas aconteceram num 31 de Agosto – a primeira, em 1969, e a terceira, em 1975. A segunda delas, comemoraremos amanhã, 1 de Setembro.

O Palmeiras participou seis vezes desse torneio, que acontece todos os anos desde 1955, e é chamado de “Taça das taças”. Os clubes  participantes são sempre escolhidos pelo anfitrião, o Cadiz FC, uma vez que é na  cidade de Cadiz e no Estádio Ramon de Carranza que a disputa acontece.

Em 1969, em sua primeira participação no Ramon de Carranza, o Palmeiras foi o campeão e se tornou o primeiro clube brasileiro a conquistar o torneio. Os participantes foram: Real Madrid, Atletico de Madrid, Estudiantes de La Plata e Palmeiras.

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O torneio aconteceu em dois dias. No primeiro, 30/08/1969, o Palmeiras enfrentou o Atletico de Madrid –  Real Madrid e Estudiantes de La Plata fizeram o outro jogo. E ganhar torneio de maneira épica é com a gente mesmo, não é? Então… No tempo normal, o placar ficou no 1 x 1 (Cardoso marcou o gol palmeirense) e a vaga na final foi decidida nos pênaltis.

Chicão, nosso goleiro, defendeu 3 pênaltis  e o adversário chutou um pra fora (isso te parece familiar?). Cardoso e César converteram os seus e o Palmeiras foi à final com o Real Madrid.

No dia seguinte, 31 de Agosto de 1969, o Palmeiras de Chicão, Zé Carlos, Eurico, Baldocchi, Dé,  Jaime, Minuca, Copéu, Cardoso (César), Ademir, Serginho (Dusú), e comandado por Rubens Minelli, venceu o Real Madrid por 2 x 0 (gols de Zé Carlos e Dé) e se sagrou campeão. Nenhum clube brasileiro havia conquistada um Ramon de Carranza até aquele data.

                                      

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E vale ser lembrado aqui… Já que estava na Espanha em excursão, o Palmeiras, alguns dias depois da conquista do Ramon de Carranza, foi à cidade de Barcelona  disputar o troféu “Cidade de Barcelona”. E num Camp Nou com 95 mil pessoas, o Palmeiras venceu o Barcelona por 2 x1 e voltou pra casa com mais um troféu na bagagem.

Em 1974 (01/09), o Ramon de Carranza foi disputado por Palmeiras, Santos, Barcelona e Spañol. Santos e Barcelona, de Pelé e Cruyff, eram os favoritos para fazerem a final.

                                      

Mas nem Pelé nem Cruyff chegariam à final… Num grande jogo de Ademir da Guia e Dudu, e numa partida impecável do Palmeiras conhecido como “Academia”, Leivinha e Ronaldo balançaram as redes e o Palmeiras venceu o poderoso Barcelona – com Cruyff , Neeskens e tudo -, por 2 x 0, ficando com a vaga para a final . No outro jogo, o Spañol sairia como finalista.

Na final, o Palmeiras de Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo, Zeca, Édson, Ademir da Guia, Ronaldo (Fedato), Leivinha, César, Toninho Vanusa (Edu), e comandado por Oswaldo Brandão,  venceu o Spañol por 2 x 1 (gols de Leivinha e Luís Pereira), conquistando o Ramon de Carranza pela segunda vez. Na disputa pelo terceiro lugar, o Santos de Pelé foi goleado (4 x 1) pelo Barcelona de Cruyff, que o Palmeiras havia vencido na véspera.
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No ano seguinte, num outro 31 de Agosto, o Palmeiras foi bi campeão do torneio (1974/1975), e conquistou o Ramon de Carranza pela terceira vez (naquele tempo, só se considerava um time bicampeão, tricampeão… quando as conquistas eram consecutivas).

Participaram da edição 1975: Palmeiras, Real Madrid, Real Zaragoza e Dinamo de Moscou.

                                        

No dia 30 de Agosto, o Palmeiras enfrentou o Real Zaragoza e venceu por 1 x 0, com gol de Ademir da Guia. Na outra partida, o forte time do Real Madrid, de Breitner, venceu o Dinamo de Moscou por 2 x 1. Mais uma vez, Palmeiras e Real Madrid se encontrariam em uma final…

No dia 31 de Agosto, apesar do favoritismo todo que o Real Madrid levava para a final, o Palmeiras, de Leão, Eurico, Luís Pereira, Arouca, João Carlos, Édson (Didi), Ademir da Guia, Edu, Leivinha, Fedato, Itamar, Ney, comandado por Dino Sani, a Academia venceu o bicho papão europeu por 3 x 1, com gols de Edu (1) e Itamar (2).

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Esse vídeo, feito em 2015, conta um pouco mais sobre essa conquista…

 

E essa é só uma das muitas e gloriosas páginas que o Palmeiras escreveu no grande livro do futebol…
ESSE CLUBE TEM HISTÓRIA! 💚