“Sabe o que o arco-íris e a felicidade têm em comum? Ambos aparecem depois da tempestade.”
Chovia um bocado enquanto eu me dirigia para o Allianz Parque… as camisas do Palmeiras eram vistas por todo lado. Pai e filho, de mãos dadas, vestindo camisas em branco e dourado, seguiam pro jogo. Na camisa do pai, o nome estampado era “Dudu”; na camisa do filho, “Arouca”. Dudu, só com um mês de Palmeiras… Arouca, nem tinha feito a sua estreia ainda…
Novos tempos no Palmeiras, novos tempos de Palmeiras dos bons tempos…
A chuva não impediu que a Turiaçu, ponto de encontro dos palestrinos, estivesse cheia de gente. Os vendedores de capa insistiam com os torcedores, mas não vendiam quase nada… “dentro do Allianz Parque não chove, moço”.
O Allianz estaria quase lotado. Enquanto tem time por aí que coloca 16 mil torcedores num jogo de Libertadores, o Palmeiras, cuja torcida “está encolhendo”, para um jogo diante do Capivariano, pelo “Paulistinha” – não é assim que alguns chamam o torneio? -, teria mais de 32 mil pagantes na arena, é mole? Alguns viriam do Mato Grosso do Sul, outros do Espírito Santo… várias localidades do estado, e vários estados do país, enviariam parmeras para conhecerem a sua nova casa.
Quase na hora do Verdão entrar em campo, a chuva parou… e um arco-íris lindo apareceu por sobre o Allianz Parque, para dar as boas-vindas ao time, ao estreante Arouca, pra ver o Palmeiras jogar. Nossa arena parecia o “pote de ouro” no final do arco-íris…
Arouca foi festejadíssimo – ele, que estava acostumado com uma torcida menor, deve ter “tremido no taco” quando foi recebido pela Que Canta e Vibra. Eu fiquei arrepiada.
O jogo começou com o Palmeiras indo pra cima das “capivaras”. No primeiro minuto, Allione invadiu a área, driblou o marcador e chutou; o zagueiro defendeu no reflexo e o goleiro conseguiu tirar com um tapa. Quase! Logo depois, Zé Roberto desceu pela esquerda e tocou para Cristaldo, ele recebeu de costas, girou, se livrando do marcador, e mandou pro gol, mas a bola pegou a trave.
Era pressão total do Palmeiras, que usava de velocidade e fazia a maioria das jogadas pelas pontas. Zé Roberto corria como um garoto; Arouca parecia “velho de casa”, e ninguém dizia que ele estava sem jogar desde novembro. Os adversários só se defendiam e faziam muitas faltas. O juiz era um tanto quanto conivente com isso, e o bandeirinha, do lado que o Palmeiras atacava, fazia questão de não ver as faltas que ocorriam na sua frente, e invertia um monte de jogadas, dando posse de bola para Capivariano em muitas vezes em que a bola era do Palmeiras. Irritante.
O Palmeiras armava, era ofensivo, mas parecia afobado, ávido pela marcação do seu gol, e sempre na hora do último passe, ou da finalização, algo dava errado, e, por isso, o time finalizava muito pouco. O que faltava mesmo eram os chutes a gol, faltava também Robinho ser mais acionado. E o primeiro tempo acabou sem alteração no placar.
Na segunda etapa, de cara, Oswaldo tirou Allione e colocou Rafael Marques em campo. E nem tínhamos 4 minutos de jogo ainda, quando, num ataque do Palmeiras, Arouca recebeu a bola na área e foi derrubado… pênalti claro, a torcida toda viu e gritou, mas o juiz, pra variar, nada marcou, o bandeirinha também não. Na sequência, Cristaldo chutou em cima do goleiro e, na sequência do lance a bola pegou a trave. E o juizão fazendo o placar ficar no 0 x 0…
Um absurdo a arbitragem não marcar a penalidade. Um absurdo o o Belletti, na transmissão da TV (eu saberia disso depois) , depois de ser perguntado “E aí, Belletti? O torcedor pediu pênalti”, dizer apenas que “a bola sobrou para o Cristaldo e ele chutou fora”. Caramba, o comentarista, que está lá para comentar os lances do jogo, e esclarecê-los para o telespectador, não viu a penalidade? Então, ele está no emprego errado. E se viu, não falou nada sobre o lance, fez de conta que não ouviu a pergunta por quê? Imprensinha…
Veja as imagens. O jogador “capivara” vai pra cima do Arouca, empurra ele com o braço, coloca a perna direita à frente da perna esquerda do palmeirense, faz a carga, segura, empurra de novo, até derrubá-lo.
Indiscutível, não é mesmo? Juiz e bandeira, que está escondido pelo placar do jogo, na tela da TV, só não viram porque não quiseram ver.
O Palmeiras, de novo, foi prejudicado por uma presepada da arbitragem, e daquelas que podem interferir no placar. E, de novo, na transmissão fizeram o joguinho de sempre de não dizer nada concreto a respeito. Ainda bem que quando o Verdão ganha uma partida – títulos também -, ganha na raça mesmo.
O Palmeiras seguiu buscando o gol. O Capivariano seguiu fazendo cera e batendo; Dudu levava cada “arrepiada”. E sofreu uma falta, quando ia entrar sozinho na área, o adversário que o parou, era o último homem, mas o juiz só deu amarelo. Nos comentários da TV, Belletti diria: “É que existe uma ideia aí, de que o último homem que faz a falta deve tomar cartão vermelho…“. Existe uma ideia? E eu achava que isso tava na regra… E Belletti continua “explicando” que o jogador infrator pode levar vermelho “mas só quando a chance de gol é clara. Como não era, tá certo o cartão amarelo”. O jogador entrar, sozinho na área, com bola dominada, e na cara do goleiro não seria chance de gol? Era isso que ia acontecer se não parassem o Dudu.
O jogo seguiu, e o Zé Roberto quase marcou de falta. A bola passou raspando…
Arouca saiu para entrar Alan Patrick (ele sairia 19 minutos depois, sentindo a coxa, e dando lugar a Victor Luís); e saiu aplaudidíssimo. Oswaldo ajeitava o time com Rafael Marques pela esquerda, Dudu pela direita, recuando mais o Robinho. O Palmeiras continuava criando, mas o último passe não dava muito certo. A torcida, mesmo impaciente, não aparava de cantar e apoiar.
E então, Marlon cometeu um pênalti escandaloso em Cristaldo. O Allianz inteiro gritou ao mesmo tempo, mas o juiz nem aí. E olha que o bandeirinha correu para a linha de fundo, sinalizando que tinha visto a penalidade, mas, covardão, ou sabe-se lá porque, ficou quieto e nada comunicou ao árbitro.
Pênalti claro, não é mesmo? Repare na imagem acima, o bandeirinha correu até o fundo, porque viu a infração, mas, pela segunda vez na partida, uma penalidade a favor do Palmeiras não foi marcada.
A TV diria depois, depois de muito consultar as imagens, que Cristaldo estaria impedido no momento do lançamento. Que seja – eu acho que ele apenas foi mais rápido que o seu marcador. Mas, uma vez que esse “impedimento” não foi visto por ninguém, nem pela arbitragem, e não foi assinalado, por que a penalidade, claríssima, não foi marcada? E na transmissão ninguém diz que achou que foi penalidade ou que achou que não foi… Belletti diz achou que houve impedimento e “por aquele replay, eu não consegui ver se foi pênalti ou não”. Mas, quando é pra achar que o jogador “X” teve a intenção de alguma coisa, pensou isso, pensou aquilo… aí eles acham bem, né?
Com duas penalidades sofridas, e não marcadas pela arbitragem – não teve nenhum ponto para avisar o juiz? – o Palmeiras seguiu buscando o seu gol.
E foi feito o anúncio de público recorde do Palmeiras em 2015: 32.134 pagantes, para uma renda de R$ 2.578.175,00 – as rendas de Corinthians, Santos e São Paulo, somadas, são praticamente a metade do que o Palmeiras arrecadou até agora no Paulistão.
E os 32.134 parmeras + os torcedores que não pagaram + o arco-íris (se escondeu, mas ficou espiando), queriam ver bola na rede. O juiz não deixava, é verdade, os adversários faziam cera também, mas o Verdão ia atrás do gol.
Gabriel sofreu uma falta dura na entrada da área… o Allianz Parque explodiu na cobrança magistral de Robinho. Um golaço – Prass comemorou com uma voadora na bandeirinha de escanteio. Um chute perfeito, indefensável, um gol histórico, o primeiro gol de falta no Allianz Parque. Vantagem merecidíssima do Palmeiras. Gol merecido de Robinho, que joga muito.
“Olê porcooooo, olê porcooooo”… A torcida cantava alto, cantava forte… O Palmeiras continuava indo pra cima e, então, Dudu fez bela jogada e “achou” Robinho lá na direita, na entrada da área. O homem-gol da noite, de novo, num chute perfeito, meteu a bola na rede e fechou a conta da noite e soltou mais um grito de gol da nossa garganta.
Que maravilha Palmeiras! Que maravilha, Robinho!
https://www.youtube.com/watch?v=-bGwsLf6zJo
Uns minutinhos depois, o jogo acabou… Saímos felizes, cantando, fazendo as costumeiras “selfies da vitória”, saímos ainda mais líderes do nosso grupo, saímos com mais de 400 minutos sem tomar gol…
Saímos com a certeza que a nossa tempestade passou, finalmente, e que o nosso arco-íris logo estará no céu…
Sempre me emociono com seus textos tânia!!
Gostaria de lhe pedir somente uma coisa : Nunca pare de escrever!! Um abraço e vamos torcer para mais uma vitoria hoje de nosso verdão!
Que
coisa linda o Allianz Parque no sábado passado, mais de 32 mil presentes para
prestigiar o Palmeiras nesse campeonato sem vergonha que é o Paulista.
Com direito a duplo arco-íris após aquela chuva enorme da tarde na
capital paulistana.
Estreia do Arouca, time embalado por vitórias e
em busca do devido entrosamento. Um jogo difícil, o Capivariano bem
fechado (aliás, como a maioria dos times pequenos jogam). O Palmeiras
dessa temporada é um time que tem facilidade em criar e uma dificuldade
em finalizar, entende? O mais difícil esses atletas fazem, o “mais
fácil” tá pecando… Não sei, muitos abrem espaços com uma facilidade e
não batem pro gol ou arriscam pouco (Dudu por exemplo). A zaga vem bem,
obrigado. Só um pequeno susto, quando o Tobio tocou de forma errada no
contrapé do Vitor Hugo (que escorregou, tente pegar uma bola no seu
contrapé pra ver), e a bola saiu na linha lateral. Sem contar a bola na
trave do Cristaldo no 1º tempo (que colocaria outra na trave no 2º
tempo), o goleiro do Capivariano mal se mexeu naquela ocasião, tá bom
que o Prass também não. Mas do jeito que o Palmeiras cria e não
finaliza, uma hora vem num contra-ataque e faz, foi assim com o
Corinthians que deu 3 contra-ataques (entregada nossa é contra-ataque,
ok?), dos quais fez 2 gols (um bem anulado) e outro o Prass foi obrigado
a fazer grande defesa.
Segundo tempo o time melhorou, atacou mais e
com a troca e entrada do Victor Luis a coisa melhorou, pois o Zé
Roberto foi pro meio e o Robinho voltou pra trás dos meias, alias,
Robinho como o mesmo disse, gosta de jogar vindo de trás e não é muito a
dele a armação (tem que ter outro meia junto). E o Arouca, o que dizer?
Parece que já joga no Palmeiras há uns 5 anos. O cara vai ser destaque
nesse time. A sentida na coxa do sr Alan Patrick (que entrou no decorrer
do jogo), não sei se foi ruim pra nós… O que eu sei é que foi após
isso que ameaçamos muito mais o adversário (que tenha uma boa
recuperação). O Rafael Marques segue fazendo o pedido tático, das
partidas dele foi a pior (mas nada que dê pânico). E aquele golaço de
falta do Robinho? Sabe a última vez que vi um gol de falta nosso? Em
2013, no início do ano com o “inútil” do Ayrton. Depois ainda em bela
jogada onde o Dudu achou o Robinho livre mais um gol dele. Acho que um
certo “jornalista palmeirense” amante da UVB deve tá bem triste, né,
Alex Muller? Esse time tá com cara de time, eu digo isso desde o início
do ano e temos ELENCO. Não adianta ficar de mimimi que o Oswaldo não põe
seu jogador predileto, ele tem muitas boas opções e vai sempre ficar um
de fora. Por isso temos um elenco agora, acho que o pessoal ainda não
se acostumou a ter elenco (compreendo, desde 99 não sabemos o que é ter
elenco).
E por falar nisso, quando ganhamos do Rio Claro falaram
muita merda e tal… O Rio Claro no domingo mostrou que nossa vitória foi com V
maiúsculo, o time se fecha muito bem e um certo time do Jd. Leonor não
conseguiu ameaçá-los muito.
PS: tivemos dois pênaltis não marcados, um em cima do Arouca e outro em cima do Cristaldo.
Sábado que vem tem mais,
Avanti, Palmeiras!
Tânia, você eh “o cara” rsrsrsrs. Adoro seus posts, e mais ainda como você mete a boca no trombone, aqui em casa, eu e meu pai (que tive o prazer de levar para conhecer o Allianz contra o Shandong) sempre ficamos irados aqui, tanto com estes lances roubados ano após ano, quanto com as narrações odiosas destes gambás e bambis (e as vezes até de Palmeirenses que gostam de fazer média com os adversários). Como eu sempre digo, nas raras ocasiões em que beneficiam a gente, “isso não eh roubo, eh restituição de pontos”. Abraçao, aguardando novos posts denúncia!
Então que tava representando o Espirito Santo era eu e a esposa companheira rsrsrsrsrs…melhor dia da minha vida (depois do casamento), o estádio é perfeito e a torcida também, um clima sensacional, cantando o jogo todo e levand o time a vitória, quem ainda não foi se programa e vai pq é uma experiencia pra vida todo…e melhor de tudo foi finalmente conhecer Glauco e Tânia rsrsrsrs, depois de tanto se falar na internet é bom conhecer pessoalmente…sem esquecer do Cristaldo que a Tânia me apresentou kkkkkkkkkkkkkkkkk