Era uma vez, um rei falastrão e arrogante chamado Vaidar…
Quando era apenas um jovem camponês, Vaidar tinha ouvido a predição de uma bruxa que lhe dissera que ele seria coroado rei no reino de Bambilândia, na região da ‘Cornoalha’ (é cornOalha mesmo), e que seria o maior monarca dentre todos os monarcas de todos os outros os reinos… O que ele não sabia era que a bruxa vinha da “Ilha da Zoeira Never Wendels” e tava zoando com a cara dele, mas ele, tolinho, acreditou.
Porém, depois de muitos anos, graças a uma série de acontecimentos (descobriram que ele era filho bastardo do rei Juju Daniels I), ele acabou mesmo sendo proclamado rei de Bambilândia. Na vã tentativa de se auto-afirmar como um rei poderoso e respeitado – que ele, graças à zoeira da bruxa, imaginava que viria a ser -, e se valendo de algumas manobras, feitas na surdina, levou para o seu reino um grande e ambicioso cavaleiro do reino vizinho, o reino de Palestra Itália, da região de Campeonis di Seculorum.
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Era até comum um rei buscar cavaleiros em outro reino, era comum eles trocarem alguns deles, os negociarem, era comum que almejassem ter a seu serviço os cavaleiros mais habilidosos e lhes oferecessem alguns sacos de moedas de ouro para que eles mudassem de reino e de senhor e fossem servir em outras terras…
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O que não era comum era que um rei fizesse contato com um cavaleiro de outro reino sem antes ter falado com o rei a que esse cavaleiro servia. Havia um código de honra entre os reinos, que estabelecia essa conduta ética para que pudessem trocar seus cavaleiros. Tinha-se que “falar com o rei primeiro”, mas Vaidar pareceu esquecer o que era ética, código de honra, e , sem falar com o rei vizinho, levou Sir Travec – um dos cavaleiros mais queridos de Palestra Italia – para o reino de Bambilândia.
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O rei de Palestra Italia, Paulus Nobris, ficou irado com a quebra do Código de Honra e a manobra por baixo dos panos para levarem Sir Travec, e disse para todos os mensageiros e escribas, e para quem quisesse ouvir, que Sir Travec era um baita dum traíra (o cavaleiro tinha inventado até uma “gastrite na coxa”), disse que estava puto da cara com o rei Vaidar, e que ele havia agido com uma baita falta de ética.
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A animosidade se intensificou quando o destemperado e arrogante rei Vaidar, que estava “se achando o último paetê da última fantasia do Clóvis Bornay”, tornou pública uma declaração sobre Paulus Nobris, o chamando de “rei juvenil”, “patético”, e dizendo que o “choro era livre”… Não satisfeito com a trapaça e grosseria já feitas, Vaidar diria também que o reino vizinho – que era muito, mas muito maior que o de Vaidar – estava se apequenando. Ao desrespeitar toda uma nação (que era muito mais numerosa do que a dele), Vaidar acabou fazendo com que Paulus Nobris cortasse relações com ele, e então, a “guerra” se instalou entre os reinos e entre os povos.
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Não bastasse isso, Vaidar, debochado, ainda tinha aparecido em público para essas declarações carregando pencas de bananas, que ele fazia questão de comer e dizer que estavam verdes – verde era a cor usada por todos da Casa Palmeiras; os da Casa Leonor usavam a cor magenta.
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As bananas deram o que falar… todos se espantavam (alguns se revoltavam) com a falta de classe e compostura do rei de Bambilândia – reis costumam ter outro tipo de comportamento. Todo mundo achou muito esquisito um rei aparecer em público como se fosse uma Carmem Miranda ressuscitada e repaginada – Carmem fora uma artista das longínquas terras de “Balangandãs”, que se apresentava nas festas dos castelos, abusando dos adereços, usando frutas na cabeça (foi só o que faltou ao rei). A saudosa Carmem, da trupe de Miranda, o grande produtor de espetáculos da época. Vaidar parecia a própria Carmem (de) Miranda com tantas bananas – o tempo acabaria direcionando as bananas todas para um mesmo lugar.
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Nem era preciso que Vaidar se esforçasse para antagonizar os dois reinos, o povo de Palestra Italia já não gostava mesmo do povo de Bambilândia, não ia com a cara deles, porque, séculos antes, Bambilândia tentara tomar o castelo de Palestra Italia -esquecendo até mesmo das Cruzadas das Barricas, que o povo de Palestra Italia e os Itaquerenses haviam feito, alguns anos antes, para juntar moedas e salvar a Bambilândia da miséria.
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Dizia a história, inclusive, que naquele tempo, na batalha entre Bambilândia, da Casa dos Leonores, e o reino de Palestra Italia, da Casa Palmeiras, o exército de Bambilândia havia fugido do campo de batalha. Vai vendo…
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O fato é que Sir Travec, o cavaleiro que “pulou os muros da fortaleza de Palestra Italia”, para ir para a Bambilândia (dizem que levou dois cachorrinhos com ele), nunca mais foi o mesmo. A coisa mais relevante que se ouviu falar dele, desde que lá chegou, foi o vexame dado na famosa batalha entre Bambilândia e Nacional, da Cruzada Sul-americana. Na hora em que ia “disparar o aríete”, Sir Travec deu uma senhora escorregada, atirou muito longe do alvo e os leonores perderam a batalha.
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Foi um babado essa escorregada. O povo de Bambilândia e Sir Travec viraram motivo de chacota em todos os reinos. Algum tempo depois, numa outra batalha, Sir Travec se acidentou e, ficou impossibilitado de andar à cavalo e, até agora, não houve curador, feiticeiro ou benzedeira que o trouxesse de volta à ativa. Reza a lenda que ele morre de arrependimento pela “pulada de muro”…
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Paulus Nobris, com muita classe, revidaria o golpe desferido por Vaidar. Bambilândia e Itaquera, sem um puto nos cofres e nos alforjes, disputavam um arrojado e habilidoso cavaleiro e cada qual se gabava que sairia vitorioso na disputa. Mas, como eles não tinham ouro algum para contratar o tal cavaleiro, como era só enrolation, e a disputa já se alongava demais… Paulus Nobris, que tinha ouro até não querer mais, levou Sir Dudibres, o disputado cavaleiro, para o reino de Palestra Italia – depois disso, Vaidar (e o rei de Itaquera também) passaria a ter que usar um chapéu enorme no lugar da coroa.
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Vaidar não percebia os reveses que as suas atitudes inconsequentes iam lhe trazendo e ao seu reino também… Gastara quase cinco sacos de moedas de ouro para “roubar” Sir Travec do outro reino. Ouro, que fazia falta no reino de Bambilândia, que mal podia sustentar seu exército e cavaleiros (diziam que não pagavam os salários por lá). Graças à sua conduta nada polida com os outros reinos (adorava provocar todos eles, adorava brindá-los com a sua falta de polidez e de gentileza habituais) ele ia caindo em desgraça, perdendo prestígio e beirando o ridículo. Até mesmo os riquíssimos comerciantes orientais das distantes terras de “Sempre” e “Tochibra”, que patrocinavam as justas realizadas em Bambilândia, parecendo descontentes com a falta de realeza do rei e com o episódio envolvendo Sir Travec, acabaram se mandando de lá e deixando o reino ainda mais pobre.
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Porém, para se manter na pose e na “viagem” de se achar um rei de primeiro mundo (rei de Barcelona, de Bayern, essas coisas…), mais bobagens Vaidar fazia. E foi assim que ele “roubou” mais um cavaleiro de Palestra Italia. Mas acabou gastando dinheiro e prestígio à toa, contratando o cavaleiro mais preguiçoso do reino vizinho. Os da Casa Palmeiras deram graças, e até comemoraram, quando Sir Uesli, que todos chamavam de “come-e-dorme”, se debandou para o outro reino.
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Mas as batatas reais – ou seriam bananas? – de Vaidar estavam assando, até mesmo do lado de dentro dos muros de seu castelo – não era bem um castelo, aos moldes da época. Na verdade, era uma construção muito antiga, bastante ultrapassada, precisava de reforma, faltava telhado em muitos lugares, tinha infiltrações por todo lado, as masmorras inundavam com as chuvas mais fortes; não tinha wi-fi (imagina um castelo sem wi-fi?); não havia estacionamento para as carruagens e nem mesmo para os cavalos. Nem os artistas da ópera queriam se apresentar mais lá.
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Por outro lado, Paulus Nobris fazia de Palestra Italia um reino próspero. O seu programa de “sócios-camponeses” ia de vento em popa, vendiam armaduras de todas as cores e aos milhares, o castelo nunca estivera tão bonito, tão moderno, a grama cada vez mais verdinha, e vinha gente dos lugares mais distantes apenas para conhecê-lo. As companhias de espetáculos mais famosas preferiam se apresentar lá, deixando Bambilândia às moscas. Os camponeses de Palestra Italia estavam orgulhosos e, ao contrário dos camponeses do reino vizinho, que pareciam sumir a cada dia, os da Casa Palmeiras ajudavam Paulus Nobris como podiam e acompanhavam com grandes festejos o crescimento e prosperidade do seu reino.
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Nesse período, Bambilândia disputaria três batalhas contra o reino de Palestra Itália e levaria dois cacetes que entrariam para a história, na terceira vez, teriam o “doce retirado da boca” no último minuto. Sir Robinho humilharia, por duas vezes, Sir Frangueirón, o mais badalado cavaleiro de Vaidar.
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No reino de Bambilândia, até o arco-íris, símbolo da Casa Leonor, já estava pra lá de desbotado. Vaidar enviara um pássaro treinado para espionar o treinamento dos cavaleiros de Palestra Italia e todo mundo ficou sabendo. Um mico! Os conselheiros, ministros e até mesmo os camponeses já não aguentavam mais as birutices e falta de sabedoria do rei Vaidar, que afundava a Bambilândia em escândalos e deixava os cofres reais cada vez mais vazios.
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E foi assim que aconteceu uma briga entre o rei e o seu mais importante ministro. As bruxas do palácio correram contar pra todo mundo que o ministro tinha dado uma porrada na cara do rei, e que ele fora a nocaute. E pior, após a briga, Vaidar banira do castelo o ministro agressor – revoltados com o rei, conselheiros acompanharam o ministro. Mas, para zoar ainda mais o barraco do Vaidar (a bruxa era zoeira, hein?) o ministro banido era conhecedor de uma “capivara” extensa do rei. E ameaçava contar pra todo mundo os podres todos que ele sabia.
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Pra se ter uma ideia, o ministro o acusava de desviar, e embolsar, dinheiro do reino de Bambilândia, que, diziam os mensageiros da época, já acumulava uma dívida de 300 milhões e agora se atolava em corrupção. Dizia ter provas de desvio de dinheiro nas contratações de vários cavaleiros, nos acordos com alguns comerciantes… E ainda acusava o rei Vaidar de ter privilegiado nesses rolos uma aia do castelo, que Vaidar dera um jeito de enfiar em alguns negócios e comissões, e com quem ele mantinha um romance… Um bafão!
Vaidar quis blefar, mas o ministro banido, que conhecia a “capivara” real, deu um ultimato: O castelo caiu, rapá! ou renuncia, ou vou expor essa sujeirada toda e a p…. vai ficar séria.
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Sendo “colocado na ponte levadiça” para cair fora do castelo ou ser jogado às jacaroas do fosso, sabe o que fez aquele rei que chamava outros reis de “juvenis”, “patéticos”, e que dizia que todos os outros reinos tinham inveja da administração de “primeiro mundo” com que ele conduzia a Bambilândia? Sabe o que fez o prepotente monarca, que adorava zombar de outros reinos?
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Enfiou o rabo entre as pernas, ‘assinou o recibo’ e renunciou!!
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E as bananas… ah, as bananas… segundo a bruxa da “Ilha da Zoeira Never Wendels” (essa bruxa é comédia), as bananas foram todas parar num mesmo orifício…
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E assim, no ano da graça de 2015, acaba o reinado de Vaidar…
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O quê? Você quer saber o que o rei Paulus Nobris achou de tudo isso? Ah… ia me esquecendo de contar… Dizem os mensageiros de Palestra Italia que ele ficou profundamente #Xatiado…
*Esse texto é obra da ficção, é uma grande brincadeira, baseada em alguns fatos reais e de domínio público.
Espetacular Tania! Dessa vez voce se superou…..kkkkkkkkkkkk num guento, Vaidar expulso,chorando. O ano da redenção alviverde !
Obrigada, Ednei.
Tudo que vai… volta!! KKKKKK Vaidar mereceu, e como mereceu!
SIAMO NOI!!! AQUI É PALMEIRAS!!!
Um abraço!
Agora com esse novo presidente, os bambis deverão ter um novo gás.
Certamente isso vai acontecer, Marco. Mas nem podia ser diferente. Vaidar era um desastre.
É uma pena que esse destrambelhado tenha saído. rsrs
Palmeiras é prejudicado no Rio e o Tapetense faz o maior barulho na internet.
Isso é pressão para o segundo jogo. No lado palmeirense, ninguém sabe abrir a boca.
No primeiro gol do FluminenC, o escanteio foi cedido após uma falta não marcada sobre o Dudu, dentro da nossa área. Ninguém percebeu e comentou.
Na penalidade marcada, o empurrão pelas costas é visível nas imagens. O jogador é deslocado no ar, pelas costas e o presidente do tapetense faz o maior circo e todos se calam ou apoiam. Quem teve prejuízo ao ter um gol legal anulado, marcado impedimento do Amaral que estava na mesma linha foi o Palmeiras.
Parece que tornou-se crime interpretar qualquer lance em jogo a favor do Palmeiras, mas se prejudicar, segue o jogo, está tudo em ordem. Nisso incluiu-se os famosos jornalistas palmeirenses que só se preocupam em fazer média com outras torcidas e obter promoção pessoal.
Rei Vaidar não satisfeito com um chapéu quis levar nabos também. E
foram tantos, a terra da bambilândia cansou de ver bolas entrando. No
novo ano, Rei Vaidar estava para fechar um empréstimo com um cavaleiro
razoável de outro reino, que se chamava Thiagus Mendes. Paulus Nobris,
que nem precisava de tal cavaleiro, por já ter uma cavalaria de respeito
na mesma posição (sir Gabriels e Aroucas predador libertado do reino
das sereias, de onde não recebia seu ganha pão), Paulus Nobris
resolveu manifestar interesse publicamente via informantes e
inflacionar a negociação de Thiagus Mendes. Rei Vaidar teve que comprar
(com dinheiro que não tinha), e ainda oferecer um salário muito maior ao
seu novo cavaleiro, Thiagus Mendes até hoje não vingou. Sem contar que
Paulus Nobris pensava em outro cavaleiro, para ser a segunda opção de
Dudibres, fez com que seus pares soltassem que interessava um garoto do
reino de Pontes. Um garoto chamado Jonataus Cafu, mal sabiam os que
cobriam reinos de que, sir Paulus Nobris já tinha contratado Kelvins
vindo diretamente do reino de Portus em Portugal, ele era a segunda
opção à Dudibres. No fim, ainda informantes da realeza bambina tentavam
desviar o foco dizendo que Jonataus Cafu iria vingar na Bambilândia, e
Dudibres fracassaria no reino de Palestra Itália. A história conta que
Jonataus Cafu nem está mais no reino da bambilândia, saiu sem muitos
holofotes para outra terra distante (deu sorte, fugiu do vexaminoso
reino em ruínas). Enquanto isso, Dudibres segue sendo destacado no reino
de Palestra Itália, e tendo a inveja dos reinos rivais.
Não
esquecendo da manobra de Paulus Nobris anteriormente, o preguiçoso Uesli
foi segurado até o último momento, solto apenas para estragar o lado da
bambilândia em suas duas decisões do primeiro semestre. Chamariam essa
manobra de Pangarés de Troias Verdes.
* Um adendo ao texto de pura ficção com bom humor da Tânia Clorofila Dainesi