Já perdi a conta de quantas vezes o Palmeiras teve chances de se aproximar dos líderes do campeonato e vacilou; de quantas vezes, por sua própria inoperância, jogou fora uma boa chance de vencer.
Ontem, foi para matar o torcedor de desgosto…
Jogamos melhor a partida toda, tivemos domínio do jogo e, por medo de atacar, quando em vantagem, e por inoperância no lance que decidiria a partida, perdemos dois preciosos pontos.
Felipão alega que o elenco é limitado. Eu concordo, faltam jogadores ao elenco. Mas o nosso presidente, torcedor do Chelsea que é, preocupado apenas em economizar, parece não estar nem aí para ganhar títulos. Mas já fala em reeleição… Neste ponto Felipão tem razão, mas acho que nosso técnico se esquece que nesse limitado elenco, muitas das pedras, das quais dizem que ele tira leite, foram bancadas por ele mesmo. Acho também que o cérebro de muitos jogadores nossos também é limitado. As táticas do nosso treinador também me parecem ser limitadas. Suas escolhas são limitadas. Nos desfizemos de Lincoln, mas seguramos Tinga; despachamos Pierre (que teve nota 7 atuando pelo Galo) e seguramos Rivaldo, João Vítor; não demos chances a W.Paulista e ficamos com Dinei… Não temos jogadas ensaiadas (eu não as reconheço), a não ser nas bolas paradas. E elas são tão iguais que raramente funcionam…
O Palmeiras abriu o placar com um belo gol de Fernandão, que a arbitragem anulou. Confesso que na hora não vi nadinha errado no lance e xinguei um bocado. Embora não jogássemos mal, a coisa não fluía, alguns jogadores não se achavam… Íamos bem até chegar na área adversária, ali a coisa complicava. Difícil para alguns jogadores nossos perceberem que, de azul, era o time adversário que jogava. Quantos passes errados, quantas tentativas de se chegar ao gol de Rafael, destruídas pela falta de raciocínio… O jogo feio, com poucos lances criados, não tinha emoção alguma, mas continuávamos confiantes, achando que nem que fosse por uma bola parada, sairíamos com a vitória. Pobre coração torcedor…
Eu seria injusta se não dissesse que Cicinho joga muito! Que se estivesse jogando num time daqueles que a imprensinha puxa o saco, já estaria até na seleção; que o acho o melhor lateral direito do futebol brasileiro. Se não dissesse que Henrique também é muito bom jogador; que Fernandão, que ainda está “chegando”, se entrosando, me agrada bastante.
Mas o Palmeiras, não criava quase nada – Continuo sem saber porquê Felipão não arrisca dar uma chance para Patrick Vieira. – Vivemos o primeiro tempo, de alguns pequenos momentos de entusiasmo. Um drible aqui, um toque mais bonitinho ali, um cruzamento mais perigoso acolá, um “quase”, não muito “quase”… E levamos um baita susto também, quando Anselmo Ramon, recebeu de Montillo, se antecipou à zaga e bateu. Juro que achei que foi San Genaro quem fez alguma coisa para aquela bola não entrar…
Veio a segunda etapa e o Palmeiras me pareceu ter voltado mais decidido. Assunção arriscou de longe, o goleiro rebateu; minutos depois, a bola sobrou para Luan, na área, chutar pro gol. Ela tocou num jogador do Cruzeiro e foi na rede pelo lado de fora. Aos 14′, cabeçada linda, cheia de estilo de Fernandão, que o goleiro espalmou. O time se acertava. A torcida, pequena, começava a se inflamar.
Aos 17′, Felipão trocou o sumido Patrik, pelo sempre “desaparecido” Tinga. O Palmeiras estava embalado em busca do seu gol. A torcida cantava, tentava empurrar. Parece que a gente pressente quando um gol está chegando. E ele veio! Depois de belo passe de Fernandão, Luan chutou, o goleiro espalmou e a bola sobrou, de novo, para Luan chutar forte e abrir o marcador. Festa nas arquibancadas. “Agora vai”, pensávamos todos nós.
Não demorou nadinha e Felipão tirou Fernandão (diria depois que ele pediu para sair) para a entrada de Ricardo Bueno. Não gostei nem um pouco. Quase sem criação, a não ser pelas belas jogadas de Cicinho na direita, o time vivia de bolas alçadas na área e, justo o alto Fernandão, é quem saía de campo, para entrar um baixinho? Tirasse então o Vinícius!
Mas o Palmeiras continuava buscando. Assunção quase fez de falta… Nós já contávamos com a vitória e sabíamos que alguns de nossos rivais perdiam seus jogos. Naquela tarde ensolarada, uma vitória serviria de bálsamo para o coração palestrino, tão machucado depois da derrota da partida anterior. Mas…
Nesse filme que assistimos há um bom tempo, sempre tem um mas… Felipão tirou o atacante Vinícius e colocou o volante João Vítor. (Mais tarde ele diria que Vinícius ‘não tinha mais pernas’. Estranho que um rapaz com 18/19 anos não tenha pernas para jogar 90 minutos). Fiquei me perguntando, qual a utilidade de se trocar um atacante por mais um volante quando temos uma vantagem tão magrinha? Qual o benefício de fazer com o que o time, que manda no jogo, perca ofensividade, facilitando a vida do adversário? Sei que lhe faltam peças, mas será que Felipão não se dá conta que é melhor perder uma partida, com um pouco de ousadia, tentando ganhá-la a qualquer custo, do que apenas fazer o meio termo e ficar no meio termo quanto às pretensões no campeonato? Que até os nossos jogadores parecem pensar pequeno e se conformam diante de resultados que deveriam ser inadmissíveis?
Eu quero, pelo menos, poder sonhar com títulos… Mas não porque sou uma sonhadora incorrigível; quero sonhos fundamentados em possibilidades reais.
E, no jogo, menos ofensivos, tendo convertido uma vez dentre inúmeras chances, deixamos que o Cruzeiro aproveitasse uma das poucas oportunidades que teve. Aos 40′, Montillo, após o vacilo de dois marcadores, empatou a partida. Que frustrante! Os torcedores olhavam uns para os outros sem entender como o time que jogou mais, deixava a vitória escapar…
Quando tudo parecia perdido, quando muitos torcedores já saíam do Pacaembu, João Vítor foi derrubado na área e o juiz apontou a marca da cal. Nós que sempre reclamamos a não marcação de muitos dos pênaltis que sofremos, comemorávamos felizes. Assunção seria o batedor. Eu achei bom. Afinal, se ele é quem tem mais habilidade para cobrar as faltas, não teria dificuldades em guardar de pênalti, sem barreira, só ele e o goleiro.
Mas que nada… Assunção que está no time pela habilidade com as bolas paradas, simplesmente desperdiçou a chance. Percebeu o goleiro pulando antes e bateu no meio. Rafael defendeu sem querer. Nunca mais vou me esquecer da fisionomia dos torcedores; daquele “não acredito no que vi” estampado nos olhos de cada um… Senti pena deles; senti pena de mim mesma, por ter que digerir mais uma frustração e não me conformei com o que vi, ou melhor, não vi…
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=JAEdptO3feU[/youtube]
Ao descer as escadas, em direção à saída, eu tinha uma certeza, o Palmeiras não faz por merecer estar onde nós gostaríamos que ele estivesse…
Mas, como diz o ditado, enquanto há vida, há esperança… Muitos pontos estão em disputa e, teoricamente estamos há 2 vitórias e um empate do líder. Podemos consertar o que está errado. Teremos a volta do Mago (tomara que não seja grave a sua lesão), Thiago Heleno melhora bem da amigdalite, Kleber talvez jogue na próxima, Maikon Leite se recupera…
Muita água ainda vai passar embaixo dessa ponte, e queira Deus ela seja verde esmeralda…
FORÇA, PALMEIRAS! Não adianta pedir para o torcedor acreditar. Ele acredita até mesmo quando não têm motivos! Quem tem que acreditar são os que entram em campo!
assino em baixo
falou tudo
Força Palestra
vamos que vamos
nunca desistimos
assino em baixo
falou tudo
Força Palestra
vamos que vamos
nunca desistimos
E mais uma vez, a GENIAL Maga falou tudo: quem entra em campo é quem tem que acreditar.
E mais uma vez, a GENIAL Maga falou tudo: quem entra em campo é quem tem que acreditar.
Tania
Depois de muito tempo ausente, dei uma passada pelo seu blog. Comecei a ler o seu post sem ter visto a imagem e imaginei que vc estivesse falando sobre o Atlético PR X Palmeiras. O comentário no início parecia ser referente ao jogo em Curitiba e acreditei que fosse porque quinta-feira também teve gol anulado do Fernandão. Só percebi que vc falava sobre o Palmeiras x Atletico PR a partir deste parágrafo:
(sic)
E, no jogo, menos ofensivos, tendo convertido uma vez dentre inúmeras
chances, deixamos que o Cruzeiro aproveitasse uma das poucas
oportunidades que teve. Aos 40′, Montillo, após o vacilo de dois
marcadores, empatou a partida. Que frustrante! Os torcedores olhavam uns
para os outros sem entender como o time que jogou mais, deixava a
vitória escapar…ic)
Como vc pode notar o jogo da quinta-feira parece ter sido uma reprise do jogo contra o Cruzeiro. Experimente ler até a frase citada e veja se não tenho razão.
Fico triste que vc esteja tão desanimada e nem esteja mais atualizando este espaço, contribuindo com o brilho de sua inteligência para que o nosso Verdão possa melhorar.
De qualquer forma eu não a censuro porque eu mesmo tenho vontade muitas vezes
de parar porque não compensa. Nos amamos o clube e fazemos tudo por ele, gratuitamente enquanto os caras lutam é pelo poder e pelo estatus.
Saudações alviverdes
Alcides Drummond
PS – Demorei um século para escrever esta mensagem. O seu servidor de blog está com defeito?
Tania
Depois de muito tempo ausente, dei uma passada pelo seu blog. Comecei a ler o seu post sem ter visto a imagem e imaginei que vc estivesse falando sobre o Atlético PR X Palmeiras. O comentário no início parecia ser referente ao jogo em Curitiba e acreditei que fosse porque quinta-feira também teve gol anulado do Fernandão. Só percebi que vc falava sobre o Palmeiras x Atletico PR a partir deste parágrafo:
(sic)
E, no jogo, menos ofensivos, tendo convertido uma vez dentre inúmeras
chances, deixamos que o Cruzeiro aproveitasse uma das poucas
oportunidades que teve. Aos 40′, Montillo, após o vacilo de dois
marcadores, empatou a partida. Que frustrante! Os torcedores olhavam uns
para os outros sem entender como o time que jogou mais, deixava a
vitória escapar…ic)
Como vc pode notar o jogo da quinta-feira parece ter sido uma reprise do jogo contra o Cruzeiro. Experimente ler até a frase citada e veja se não tenho razão.
Fico triste que vc esteja tão desanimada e nem esteja mais atualizando este espaço, contribuindo com o brilho de sua inteligência para que o nosso Verdão possa melhorar.
De qualquer forma eu não a censuro porque eu mesmo tenho vontade muitas vezes
de parar porque não compensa. Nos amamos o clube e fazemos tudo por ele, gratuitamente enquanto os caras lutam é pelo poder e pelo estatus.
Saudações alviverdes
Alcides Drummond
PS – Demorei um século para escrever esta mensagem. O seu servidor de blog está com defeito?