Picaretagem atrás de picaretagem… resultados fabricados por erros de arbitragem, sempre com o mesmo beneficiado… e o torcedor, tolinho, sempre dirige a sua revolta aos árbitros, e só a eles… como se os árbitros, por clubismo, e só por clubismo, decidissem ajudar/prejudicar os clubes. Que comodo isso fica para alguns, não é mesmo?
Mas basta “observarmos o movimento da areia para sabermos em qual direção o vento sopra”…
Num certo derby de 2017, o árbitro Thiago Duarte Peixoto errou contra o time muleteiro do apito. Expulsou um jogador lava jato quando, na verdade, a falta havia sido cometida por outro atleta. A súmula foi alterada no mesmo dia, também no mesmo dia o TJD anulou a suspensão automática do jogador (essa prática não está prevista na regra)…
Na saída de campo, depois de todo o bafafá causado pelo erro (de quem ousou prejudicar o time que sempre se beneficia com o apito), diante da imprensa, em polvorosa, que fazia o erro parecer o maior de todos, o árbitro chorou. Significativo isso, não? Deveria saber/imaginar que aquele erro provocaria a ira de alguém, em alguma esfera acima dele. E ele estava certo. Após aquele erro, a Federação Paulista afastou o árbitro – como punição, ele acabaria passando mais de um ano apitando a série B. Coisa que não acontece com os demais árbitros quando eles erram, nenhum chora, fica assustado, fica se explicando… e olha que eles erram muito, e seus erros têm ajudado a fabricar muitos resultados.
E não teve TJD anulando no mesmo dia a expulsão, também por engano, de David Braz, em 2015, não teve súmula alterada… Não teve punição para o Daronco quando ele prejudicou o Palmeiras, quando ele “esqueceu a regra” e um jogador voltou a campo sem a sua permissão e não tomou cartão por isso, quando um impedimento mandrake de Willian foi marcado; não teve punição para ninguém no esquemão do Paulistão 2018, de tutor, delegado, quinto-árbitro, quarto-árbitro… de comunicação via celular, de interferência externa (quando isso era proibido), de um passando recadinho pro outro para anular a marcação de um pênalti legitimo em Dudu; não houve punição ao árbitro que ignorou um pênalti em Borja, um toque de mão de Henrique, na área…
A mensagem, ainda que nas “entrelinhas”, mas não tanto, é clara, só não pode prejudicar um certo clube. E POR QUÊ NÃO PODE PREJUDICAR SÓ ESSE CLUBE? De onde vem essa orientação? Quem determina que seja assim?
A coisa é tão escandalosa, e tão escancarada, que o termo “Apito Amigo” foi criado (não por mim) para exemplificar toda a ajuda que as arbitragens dão para esse mesmo clube. E piorou agora com o uso seletivo do VAR…
Na volta do futebol, depois de meses sem atividade por causa da pandemia, Raphael Claus trabalhou – em campo e também no VAR – em 3 jogos dos 4 que o “Lava Jato” fez.
Como árbitro de RB Bragantino x Corinthians ele “não viu” que o jogador Fagner esqueceu a bola e deu no meio do adversário. O VAR também “não viu” nada (oi?). E Fagner – o 007 (do futebol) que tem licença para “matar” – só levou amarelo (na maioria das faltas violentas que ele faz, nem amarelo leva)…
E olha que o Bragantino já havia sido vítima dos erros nos testes de Covid-19 feitos pelo Hospital Albert Einstein para essa partida…
E, então, no jogo seguinte, Mirassol x Corinthians, valendo vaga na final, Raphael Claus estava no VAR…
A partida estava 0 x 0 e no segundo tempo. Raphael Claus, que, na partida das quartas de final, tinha achado que a falta violenta do Fagner não era pra vermelho, chamou o árbitro de campo para ver uma falta do jogador do Mirassol (o melhor do time em campo) e expulsá-lo – segundo alguns, injustamente. Critério diferente do que ele usou com Fagner, não é mesmo? Até poderíamos atribuir a diferença de critério dele ao fato de estar no VAR. Ali, ele pôde ver e rever o lance para ter certeza.
Momentos depois, teríamos certeza que a falta de critério de Raphael Claus poderia ter muitas outras razões, mas não se devia ao fato de ele estar em campo numa partida e estar no VAR na outra. Mesmo estando no VAR e podendo ver e rever os lances, como fez na expulsão do jogador do Mirassol, “seo” Claus “não viu” essa falta de Gil, dentro da área. Na verdade, foram duas faltas seguidas dentro da área… e o árbitro de campo “não viu”, o do VAR também “não viu”.
Ele deveria estar dormindo no VAR (mas esteve acordado na expulsão do jogador do Mirassol) porque também não viu essa outra falta aqui…
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Muito estranha essa falta de critério que oscila sempre em benefício do mesmo clube, não é?
E o mais estranho é sabermos que – e essa é a parte que nos interessa -, mesmo depois dos erros cometidos, Raphael Claus não recebeu nenhuma punição (imagino que a federação deve ter ficado satisfeita com a sua atuação) e, muito pelo contrário, foi premiado com a arbitragem do derbi da primeira final do Paulistão, hoje. Já o Thiago Duarte Peixoto, aquele que morreu de medo de errar, o que chorou e ficou de castigo um tempão por ter errado contra o clube errado, vai estar no VAR. Sem contar que o árbitro assistente do trambique tamanho EXG, ocorrido na final de 2018, Daniel Paulo Ziolli, e o quinto-árbitro na ocasião, Anderson José de Moraes Coelho, vão estar em campo hoje também.
A Federação Paulista de futebol não muda, não é mesmo? E faz parecer que o recado é sempre o mesmo… Errar contra o beneficiado de sempre, dá punição; errar contra outros times, dá prestígio.
Abra bem os olhos, Palmeiras! E fica esperto!