“Depois de tudo o que passamos, não vamos deixar ninguém nos tomar esse título, esse sonho. NEM A PAU!” – São Marcos
Há 15 anos não sabíamos o que era fazer duas finais no mesmo ano… Mas os tempos mudaram.
Fomos trocando de caminho, saindo daquela estrada errada, que não nos levava a lugar algum… e quantas pedras encontramos… como foi difícil ter paciência para trocarmos de caminho… quanta turbulência nos chacoalhou quando tentamos sair do chão e voar…
Mas, entre caminhadas, algumas tímidas tentativas de voo, gols maravilhosos, dribles, Allianz Parque sempre lotado, muita vontade, disposição e alegria (sim, tivemos muitas alegrias), aqui estamos nós! Na segunda final de 2015.
Chegou o hoje… Um hoje de 20 títulos nacionais em campo (11 deles do Palmeiras)… Um hoje, como todos os outros “hojes” em que fomos felizes, construído a duras penas, passando por cima de todas as adversidades possíveis e imagináveis…
Torcedores, jogadores, comissão técnica e dirigentes sabem como foi duro vencer adversários difíceis, vencer as arbitragens tendenciosas, os pênaltis não marcados, vencer as inesperadas lesões, os desfalques, as cirurgias, as dores, a pressão… as notícias, propositadamente turbulentas e venenosas… o deboche de alguns adversários, que, em fim de carreira, vão confundindo talento com polêmica, provocação e falta de fair play…
Mas sabemos também como ficamos mais fortes quando nos colocaram à prova, quando duvidaram da nossa capacidade; como ficamos insuperáveis quando estivemos unidos e nos mantivemos alegres, e como essa força nos empurrou pra frente, mesmo quando até pareceu que não ia dar…
“Ah, do Cruzeiro o Palmeiras não vai passar”… “O Inter tem mais time do que o Palmeiras e tem todas as chances de passar à semifinal”… “O FluminenC leva uma boa vantagem para a segunda partida e tem mais chances de chegar à final”… “A final será entre FluminenC e Santos”… blá blá blá… mimimi…
As fichas dos “eshpecialishtaish de futebol” eram/são todas apostadas em nossos adversários… sempre.
E olha a gente aqui. Contrariando a “lógica torcedora rival” de alguns “jornaleiros”, e a “bundamolice” de outros tantos, estamos a um punhado de horas de realizarmos um sonho… Não dormimos direito essa noite, não conseguimos comer direito, os batimentos do coração já tem ritmos de arquibancada, e não conseguimos deixar de pensar no jogo, de imaginar lances, jogadas, dribles e gols…e camisas verdes se abraçando, e bandeiras verdes sendo agitadas… e lágrimas verdes de felicidade… vitória do Verdão…
Não vemos a hora da hora chegar…
Mas, de novo, eles dizem que não podemos… de novo eles nos subestimam, de novo eles esquecem a força dessa camisa e dessa gente verde-esmeralda. De novo eles minimizam a garra de nossos jogadores. De novo ignoram os méritos que nos trouxeram até aqui…
Vamos mostrar que podemos sim, e podemos muito. Temos time, torcida, uma vontade do c……. de conquistar esse título… temos tudo o que precisamos.
A sorte está lançada. Eu boto a maior fé no Verdão, e é claro que esse título foi, e é sonhado, mentalizado, desejado, rezado, esculpido e desenhado… Claro que eu quero essa Copa.
Mas eu sempre disse nos meus textos, e repito agora, durante todo esse tempo – que ficou pra trás graças a Deus – o que eu queria mesmo era isso: poder sonhar com um título, disputar um título… Tinham tirado o meu direito de sonhar.
E então, eu só sonhava que sonhava…
Sonhava que sonhava com esse frio na barriga e esse nó na garganta…
Sonhava com essa ansiedade e esse sorriso besta que fica na cara da gente o tempo todo…
Sonhava em contar os dias, as horas, os minutos pra chegar a hora de um jogo…
Sonhava em ficar um tempão decidindo qual seria a “camisa da sorte” que eu deveria vestir… e quais as superstições que eu teria que alimentar…
Sonhava com poder comprar o ingresso pra final…
Sonhava em estar sonhando, como estou agora, com gols do Palmeiras, e dribles, e comemorações em campo… e abraços e gritos… lágrimas de alegria…
Sonhava com a Que Canta e Vibra cantando muito alto, feliz, altiva…
Sonhava em ver meu Palmeiras de volta ao seu lugar… nas finais.
Sonhava com as lágrimas que correm no meu rosto agora…
Posso estar apreensiva, ansiosa, insone, com borboletas no estômago, rezando, mentalizando, sonhando, desejando, chorando emocionada… mas, de verdade, estou com o coração em paz… com a alma plena, orgulhosa do Palmeiras e muito feliz!
E aos que não acreditam no Palmeiras, só digo uma coisa: Segurem-se nas cadeiras, porque o Verdão vai buscar! E a sua fantástica torcida vai com ele.
E que assim seja.
BOOOOOORA, PALMEIRAS!
Que não nos faltem os lindos dribles e passes de Dudu, nem as jogadas do Menino Jesus… que não nos falte a garra do Prass, do Rafa, do Cristaldo, do Zé, do Mouche, do Amaral… que não faltem as cabeçadas certeiras de Vitor Hugo, Barrios, Jackson e Rafa Marques… que não nos faltem as pinturas em forma de gol de Robinho, nem os desarmes de Arouca, Lucas e Egídio… que não nos faltem a fibra e a experiência de Zé Roberto, nem a segurança de Vitor Hugo… que não nos faltem as maravilhosas mãos e defesas de Prass…
E que não nos falte sabedoria pra discernir entre esperar e avançar… nem calma e paciência pra lembrar que a decisão será no Allianz Parque… que não falte “jogar com a alma e o coração” a nenhum palmeirense em campo… e, claro, que não nos faltem gols, muitos deles, na rede adversária.
Alegre-se palestrino, torça muito, o nosso Palmeiras está de volta… e quer ser campeão.
À luta, Verdão, que o amor imenso da sua gente, amor que nunca está em falta, te conduza.
VAMOS BUSCAR A COPA!