Na partida diante do Linense, não conseguimos ser 100% felizes, mesmo com a goleada e o belo futebol do Palmeiras. Eu diria que foi uma felicidade bem triste…  Numa entrada dura do jogador Zé Antonio, do Linense, Moisés sofreu um entorse no joelho,  saiu chorando muito na maca (o que nos fazia saber que era sério pra caramba) e a possibilidade de perdermos um jogador fundamental para o time por quase todo o resto da temporada nos deixou arrasados (botinadas já nos tiraram Tche Tche também, extramegasuperhiper fundamental ao time, nos tiraram Fabiano)…

Como não foi o Felipe Melo que torceu o joelho de ninguém, a imprensinha correu livrar a cara do jogador do Linense, correu vesti-lo com as roupas de “coitadinho” – se fosse o Felipe Melo mandando algum adversário para o hospital, certamente ele seria crucificado e execrado pelos mesmos que agora vitimizam o Zé Antonio. Um escrotíssimo “jornaleiro” da Fox teve a pachorra de dizer que Moisés tinha que pedir desculpas ao Zé Antonio por tê-lo chamado de ‘agressor’. Entorse e cirurgia no joelho dos outros é refresco, não é mesmo escrotíssimo ‘jornaleiro’?

Acho que todo jogador (seja ele quem for, e do clube que for) que atinge um adversário, na maldade, e o deixa sem poder exercer a profissão por meses, deveria ser punido/multado. Deveria ter que pagar a cirurgia/tratamento do atleta que ele quebrou/lesionou, e também os salários dele, até ele poder voltar ao trabalho. Ou, então, ser punido com um gancho que dure o mesmo período em que o outro ficará afastado dos gramados.

Ok, talvez o Zé Antonio não tenha tido a intenção de estourar o joelho do Moisés e mandá-lo para o hospital (mas não ponho a minha mão no fogo por essa falta de intenção de estourar o palmeirense), mas, o jogador que dá uma entrada dura, maldosa, uma joelhada, de lado. no joelho da perna de apoio de um adversário que está tentando chutar uma bola com a outra perna, só pode estar querendo pará-lo na marra, tirá-lo de combate, mesmo machucando-o, não é? Porque é óbvio que o joelho vai torcer e é óbvio que quem comete a falta sabe que vai machucar.

E, no ‘sem querer querendo’, o cara é serial rompedor de ligamentos alheios…

Campeonato Paulista 2016 – Palmeiras x Linense… Em lance com Zé Antonio, Moisés sofre fratura e tem lesão de ligamento do pé.  Foi tão “simples” a coisa, que ele precisou colocar pinos no pé.

Em Dezembro/2016, após a conquista do eneacampeonato brasileiro, Moisés se submeteu a outra cirurgia, agora mais simples, para a retirada dos pinos. Ele queria estar bem, estar zerado, para a nova temporada…

E então, com um ano de diferença, de novo no mês de Fevereiro, de novo num Paulistão, de novo contra o Linense e de novo numa falta maldosa de Zé Antonio…  Moisés teve um entorse no joelho e foi parar no hospital…

Assista ao vídeo abaixo e repare, Zé Antonio não toca na bola, ele aparece com tudo (atrasado) e vai no corpo do Moisés… ele não está dando a passada pra ir atrás da bola, a perna de trás já arrasta o pé, no movimento de quem vai usar o joelho, com o qual ele acertou o joelho de Moisés…

Veja esse outro vídeo com imagens da Band… Repare uma outra coisa,  Zé Antonio acaba de acertar Moisés,  que está desesperado no chão, pedindo substituição, morrendo de dor… É a segunda vez que Zé Antonio lesiona o Moisés “sem querer”… Deve ser horrível machucar alguém sem querer, imagino que a primeira coisa que a gente faça numa situação assim é ir ver o que aconteceu, ver se machucou pra valer, e pedir desculpas… mas  ele não tá nem aí pro Moisés, não se importa nem um pouco com o companheiro de profissão que ele acabou de lesionar “sem querer” e que está no chão se torcendo todo de dor… muito significativo isso, não é mesmo? Me engana que eu gosto, viu Zé Antonio?

 

E enquanto o Moisés ia para o hospital, para mais uma cirurgia, para mais seis meses, no mínimo, sem poder jogar, uma outra vítima, um terceiro caso, de  alguém que também teve os ligamentos do joelho lesionados pelo Zé Antonio, há alguns anos, e que também precisou se submeter à uma cirurgia, se fazia lembrar…


É muita fatalidade pra ser só fatalidade…

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E não é que o time do Palmeiras começa a se ajustar?

Eu já tinha gostado do Palmeiras contra o São Bernardo, do time mais acertado, da vitória tranquila por 2 x 0, tinha gostado das substituições que o Eduardo Baptista fizera na segunda etapa, quando conseguimos marcar os dois gols da partida – Michel Bastos arrasou, entrou e mudou o jogo; Raphael Veiga também me agradou bastante. Achei que o time já dava mostras que ia dar liga.

E então, no domingo, o Palmeiras foi enfrentar o Linense, em Araraquara, pela quarta rodada do Campeonato Paulista… e que delícia de futebol ele apresentou para os muitos palmeirenses que lá estavam, e para os milhões que acompanharam pela TV.

Eduardo deu uma mudada no time escalando Michel Bastos, Raphael Veiga – nem poderia ser diferente depois do que os dois apresentaram na partida anterior -, Egídio e, na zaga, Mina estava de volta.

E o Palmeiras não teve dificuldade alguma para vencer e golear o Linense, que não nos deu trabalho, a não ser e duas ocasiões em que Prass e, depois, Vitor Hugo resolveram bem. As únicas dificuldades que o Linense nos causou foram a cera picareta (o goleiro, ator, simulou ter sofrido agressões de jogadores palmeirenses que nem sequer encostaram nele. Deveria ter tomado uns oito gols o filho da mãe) e as botinadas. Logo no início da partida, aos 9′,  Zé Antonio entrou rasgando em Moisés – acertou o joelho do palmeirense, de lado, rompendo os ligamentos todos -, mandando-o direto para o hospital. Que tristeza… Gambá Oliveira, o árbitro, como faz sempre que apita jogo do Palmeiras, nem amarelo deu pra ele. É a segunda vez que esse mesmo Zé Antonio lesiona o Moisés, a outra foi no ano passado – mas “o Felipe Melo é violento”. Desta vez, Moisés deverá ficar seis meses parado, no mínimo. Vou falar sobre isso na próxima postagem.

Sem Moisés, Eduardo chamou Keno pro jogo e ele se ajustou direitinho ao time, ajudando o Palmeiras a voar em campo.  Passes precisos, time veloz, enfiadas de bola muito boas, o Palmeiras ia apertando o Linense em sua área.

Eu estava adorando o que estava vendo, Michel Bastos, Raphael Veiga, Willian e Keno pareciam jogar no Palmeiras há tempos. Tranquilos, fazendo o que sabem, sem aquela coisa de quem está chegando num time grande  – que acabou de ser campeão brasileiro –  e que precisa fazer um drible a mais, ou precisa se expor menos ao erro, ser mais cauteloso, para causar boa impressão, agradar a torcida… nada disso. Com muita vontade, eles batiam um bolão, driblavam quando tinham que driblar, chutavam ao gol quando achavam que deviam… livres, leves e soltos, não pareciam sentir o peso da camisa.

E ainda tinha o Felipe Melo, Mito, Mina, Jean, Egídio, Prass… todos comandados pelo nosso soldadinho de chumbo. Que partidaça do Duduzinho…

Aos 23′, quando já tínhamos criado várias oportunidades de gol, o placar começou a ser justo… Keno recuperou uma bola na direita, meteu pro meio da área, Dudu tentou chutar pro gol, mas foi travado, Michel Bastos voltou a bola para Dudu e ele deu um passe maravilhoso, em diagonal, pra Willian chutar forte, balançar a rede e colocar o Palmeiras à frente. Que gol bonito! A defesa do Linense está procurando o Dudu e o Willian até agora…

E, como estava fácil, três minutos depois, o Palmeiras resolveu balançar a rede de novo… De Prass pra Willian, lá na direita, já no campo de ataque, Willian mandou de cabeça para Duduzinho, que ajeitou e tocou pra Willian de novo, que já entrava pelo meio, e ele deu um passe lindo (parecido com o do Dudu no primeiro gol) para Raphael Veiga completar e mandar pro fundo da rede do bobão, que agora não fazia mais cera.

Lindo o futebol do Palmeiras, leve, envolvente… e a gente morrendo de alegria por isso.

Na segunda etapa, o Palmeiras continuou dominando o jogo. Logo de cara, Michel Bastos tentou uma bicicleta… Dois minutinhos depois, Willian roubou uma bola na entrada da área, passou pra Duduzinho, ele meteu de calcanhar pro Willian (de novo), que chutou pro gol obrigando o goleiro a fazer a defesa. O bandeira assinalou impedimento, que não existiu, e gambá de Oliveira, mesmo próximo do lance, embarcou na do auxiliar.

Aos 8′, Duduzinho cruzou, Zé Antonio (bem feito) tentando tirar, deu uma desviadinha, o Michel Bastos aproveitou e, de cabeça, na bola baixa,  guardou o terceiro. Faz cera aí, goleiro!!

Eduardo chamou Barrios pro jogo. Eu queria muito vê-lo em campo. Ainda que goste bastante do Willian, e que saiba que Borja veio pra ser titular, gostaria que Barrios tivesse uma sequência com esse time; ele é finalizador e agora temos bastante gente pra colocar a bola no pé dos atacantes.

Depois da troca de Willian por Barrios, foi a vez do Pitbull, que saiu bastante aplaudido, para dar lugar a Thiago Santos, outra fera.

Keno fez uma jogada linda, invadiu a área pela esquerda, tocou mais atrás, Barrios entrava pelo meio e chutou pro gol, o maledeto do goleiro defendeu. Eu queria muito um gol de Barrios… ter nossos atacantes todos com moral elevada e uma boa dose de auto estima pode nos ajudar bastante na temporada.

E não é que meu desejo se cumpriu? Egídio cobrou lateral mandando a bola para Barrios, ele protegeu direitinho chamando a marcação e tocou pro Dudu, enquanto avançava, sozinho (os seus marcadores ficaram de bobeira na jogada) esperando a devolução… a tabelinha foi linda e a conclusão de Barrios foi perfeita. Goleada verde, pra fechar a conta! Tchuuuuupa, Leonardo de Caprio falsificado (se preocupou mais em atuar do que pegar no gol)!

Passeio do Verdão, time veloz, leve, “liso”, escalações, substituições e esquema de jogo certinhos do Eduardo, Duduzinho com uma atuação soberba, parmerada feliz, cantando, comemorando… como deve ser.

As peças estão se encaixado, o futebol dos nossos craques está aparecendo… esse time está dando liga…

Quarta-feira tem mais… é dia de derby! E o jogo será lá no Itaquerão, o nosso salão de festas.  Se o Mina e o Mito derem conta do Drogba e do Pottker… “é nóis”. rsrsrs

PRA CIMA DELES, VERDÃO!! E MUITO BOA SORTE!

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