“A vantagem espiritual feminina é real. As mães têm o desejo inato de compartilhar com seus filhos e de manter um lar… As mulheres são naturalmente mais cuidadosas, amorosas e carinhosas. São elas que manifestam o amor. Ao longo da história, sempre que um problema precisava ser resolvido por meio da manifestação da Luz, era uma mulher que trazia a solução. Em quase toda grande crise, sabemos que uma mulher estava lá para consertar a situação.”   Karen Berg, trecho do livro “Deus usa Batom”.

Ontem, véspera do Dia da Mães, alguns amigos do Facebook já me cumprimentavam pela data. Confesso que eu me sentia estranha para retribuir. “E se ele não tiver mais a mãe por perto?, “E se ela não tiver tido filhos?”…

Mas, nos dias de hoje, está tão ampliado o conceito de mãe… Existem as mães que trazem um filho à luz, à vida; existem as mães que trazem luz, à vida de um filho de alguém; as que ensinam/ajudam o filho a caminhar e o acompanham nessa existência; e existem as que fazem todas as coisas…

Sabemos que há diferentes maneiras de ser mãe… Há as mães que receberam a graça de conceber os seus filhos, as que tiveram a dádiva de alimentá-los ao seio… Há as freiras que cuidam de crianças em orfanatos, com o carinho e desvelo de mães… Há as ‘mães’ que vão, regularmente, levar roupas e um prato de comida às crianças que perambulam pelas ruas… Temos as “mães-voluntárias”, que cuidam de crianças em hospitais, ou de “bebês crescidos”, em asilos… Há as mulheres que não puderam ter filhos, e através de uma escolha, através da adoção, conseguiram ser mães… Tão em moda hoje em dia, há as avós que assumem a ‘maternidade’ de netos, porque as filhas têm de trabalhar, ou porque elas se recusam a cuidar das crianças como deveriam… Há os pais-mães que, por algum motivo, e por ter aprendido com a mulher que o encaminhou no mundo, desempenha os dois papéis… Há as tias-mães… os irmãos-mães… Há as filhas e filhos, que viram mães dos próprios pais quando eles estão velhinhos, devolvendo assim, um pouco do muito que receberam…

Há as mães quase meninas… as mães maduras… as mães que voltaram a “ser bebês”… as mães caretas… as mães liberais… as mães mais bravas, as mães de boa; as mães casadas, as de produção independente; as mães “peruas”, as mães donas-de-casa, as executivas, as operárias, as motoristas de caminhão, as bailarinas, as que trabalham na roça, as secretárias; tem as jornalistas, as manicures, atrizes, médicas, varredoras de rua, advogadas,  fotógrafas,  cozinheiras, vendedoras, presidentes da república, bandeirinhas, estudantes, escritoras… TEM MÃE DE TODOS OS JEITOS E PRA TODOS OS GOSTOS! São as mulheres, esses seres corajosos, valentes, que irradiam Luz, e sem as quais o mundo não anda! E a mãe da gente é sempre a melhor de todas!

Foi ela que nos deu a vida, nos pegou no colo, nos deu carinho e segurança; que acordava inúmeras vezes durante a madrugada para nos alimentar, ou só pra ver se estávamos mesmo respirando; que nos pegou pela mão quando nos aventuramos na quase impossível tarefa de aprender a andar; a que trocou nossas fraldas, nos ensinou a comer, a tomar banho, a abraçar, a sorrir, a falar, a rezar… a que chorou de alegria com o nosso primeiro sorriso, com a nossa primeira palavra… que nos deixou na escola pela primeira vez, com os olhos cheios de lágrimas… nos ensinou a confiar, e desde o nosso primeiro encontro com ela, nos ensinou a amar…

Ela é a pessoa que foi nos mostrando o mundo, que nos ajudava com as lições de casa, que brincava de “urso” e nos lia historinhas na hora de dormir;  que fazia o nosso mundo de faz-de-conta ainda melhor; que preparava a nossa comida… que chorava se ficávamos doentes, nos vestia, penteava… que com carinho, conselhos, broncas e castigos também, nos cobrou responsabilidades e nos ensinou a virar adolescentes, depois adultos; a que nos encorajou a continuar, nas muitas vezes em que pensamos em desistir de um sonho, ou nos ajudou a desistir, quando não era mais sensato continuar; a que perdeu a paciência por tantas vezes, e quem em outras tantas, foi paciente além do limite da tolerância; a que trabalhou para sustentar os filhos, a que fez um malabarismo para conseguir ser profissional, mulher e mãe ao mesmo tempo, ou a que tinha todas as horas do dia tomadas pela gratificante tarefa  de cuidar da criança que trouxera ao mundo – sim, as mães acham tudo isso gratificante -, a que sorriu nossos sorrisos, que chorou as nossas lágrimas, que acertou e errou tantas vezes; que inflou o nosso ego.. e nos ensinou a repetir todas essas coisas com os nossos filhos…

Ser mãe é mesmo conceber um sonho, um desejo, é ter um projeto de vida; ser mãe é ajudar alguém a projetar a sua vida; ser mãe é torcer para esse “projeto” dar certo, é zelar para que ele seja cercado pelo êxito, pela alegria, pela realização… é sofrer por ele quando algo dá errado, é se alegrar com ele quando tudo dá certo, é sentir orgulho pelo que ele é, pelo que ele se tornou, pelas escolhas que fez…

Ser mãe é ser mais mulher ainda, é estar permanentemente grávida do mesmo filho, do mesmo “projeto”, ajudando e esperando, a cada dia, que as suas conquistas se realizem, que as suas alegrias sejam inúmeras, duradouras… A primeira sensação de uma mãe, depois da maravilha de saber que gera uma vida e de entender que Deus existe, de verdade, é esperar por algo maravilhoso, ainda desconhecido, que ela não vê a hora que se realize, que aconteça…

E pensando nisso, me veio a ideia de que nesse mês de Maio de 2013, todos nós, palestrinos, de todas as idades; homens e mulheres; com filhos ou sem… estamos ‘grávidos’!! Sim, grávidos’, de um projeto maravilhoso! Projeto que nós desejamos que tenha êxito; para o qual desejamos muitas alegrias, muitas realizações… “grávidos” de um ‘bebê’ que não vemos a hora de conhecer, de ver a sua “cara”, de o “pegar no colo”… Uma ‘gravidez’ que já dura quase três anos…

Estamos grávidos de um sonho, que toma forma a cada dia… um sonho que é gerado em nosso coração, e é alimentado no sangue que corre em nossas veias… Uma ‘gravidez’ que nos faz felizes e nos enche de orgulho…

Portanto, parabéns às nossas mães (hoje, a minha está aqui pertinho), à todas as mães, palestrinas ou não, biológicas ou não, à todas as mulheres que são mães de fato e às que são mães de direito. Que Deus as abençoe.

E a todos os palestrinos ‘grávidos’, que aguardam com ansiedade, eu dou os parabéns pelo ‘bebê’ que está pra chegar, e deixo aqui como um presente a sua mais recente “ultrassonografia”…

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