Que jogo sonolento, tão sem nada, o Palmeiras fez em Joinville, no domingo. Faltou tudo. Não teve gol, nem grandes perigos de gol, não teve emoção… Só sono.

Foi uma partida difícil de assistir. Tirando a camisa do Palmeiras, nada prendia a nossa atenção na TV. Nenhum chute a gol no primeiro tempo, a não ser por algumas pálidas e errantes tentativas, que passaram longe do goleiro do JEC. Na segunda etapa, algumas oportunidades melhores, principalmente nos últimos minutos de jogo, mas só uma com chance clara de gol. De resto, nada. Um marasmo total.

Eu sei que num estádio sem torcida – o JEC tinha recebido a punição de jogar com portões fechados -, a partida parece mais um treino, mas o pessoal não precisava ter levado isso a sério. Parecia, mas não era treino. Era jogo, valendo três pontos. E pontos que o Palmeiras poderia ter conquistado se ousasse buscar o resultado.

E, nós, que acabamos de ver o nosso time disputar uma final de campeonato, ficamos nos perguntando: Cadê aquele futebol bonito que já vimos esse time jogar? O que aconteceu para que, diante de um adversário tecnicamente bem inferior, o time inteiro parecesse tão… desmotivado, tão sem conversar um com o outro? Onde estava aquela garra, que já estamos acostumados a ver em alguns jogadores?

O futebol do Palmeiras dormiu… o time parecia dormir… Tá meio esquisito tudo isso… e parece que esse “esquisito” passa primeiro por Oswaldo de Oliveira, o nosso técnico.

É mais ou menos como cozinhar… Você vai fazer o bolo, e bate os ovos com o fermento, coloca a farinha com a embalagem e tudo… e o bolo não dá certo, ainda que os ingredientes sejam os mesmos que a receita pede.

Os ingredientes palestrinos estão à disposição… mas tem que saber usar, né Oswaldo?

No primeiro  tempo, sofríamos com a falta de criação, e Valdivia, uma opção/tentativa para jogar com Zé Roberto, estava no banco (é estranho Oswaldo lamentar a falta de sequência do jogador e poupá-lo num jogo e deixá-lo no banco em outro. A menos que Oswaldo não tenha permissão para escalá-lo, não faz sentido a maneira como ele age. Estranho também ele afirmar que faltou ousadia ao time. Ousadia individual ele quer dizer? Só se for, porque a ousadia no esquema tático deveria ser por conta dele, que é quem pode mudar as peças para deixar o time mais ousado, não é mesmo?).

Tivemos muito mais posse de bola que o Joinville, e nem assim conseguimos ser perigosos, não conseguimos nos insinuar na área do dono da casa. O time do Palmeiras ciscava, ciscava, e não conseguia penetrar na defesa do JEC, que nem era tão blindada assim.

E nada no ataque, nada na bola parada… muitos erros de passe, e bolas e mais bolas que, do ataque, eram mandadas de volta para a defesa, sem motivo algum…

No segundo tempo, Oswaldo fez uma substituição que serviu ao Palmeiras e ao JEC ao mesmo tempo. Serviu ao Palmeiras porque Valdivia entrou em campo, e ele era uma tentativa de melhorar a criação das jogadas, mas, ao tirar o lateral Egídio e colocar o Zé Roberto na lateral, o Oswaldo fez um favor ao adversário e abriu uma avenida na esquerda pra ele. E o Joinville tentou aproveitar…

Oswaldo não pensou… se o Zé não tem se saído bem na lateral, colocá-lo nessa posição, no segundo tempo da partida, quando ele já está mais cansado, é prejudicar o Zé e o time, né? É fazer substituição para ajudar o adversário. Ele podia ter colocado o RM mais à frente, ter tirado o Leandro, ou o Robinho, ou o próprio Rafael Marques… mas, tirar o Egídio? De jeito nenhum!

Com a entrada do Mago, a bola rodou mais no ataque, Valdivia fez a bola circular com mais velocidade lá na frente, é verdade, mas não foi suficiente, e o Palmeiras não conseguiu “chegar chegando” na cara do goleiro Oliveira.

Veio então o Kelvin, no lugar de Rafael Marques e, na primeira oportunidade dele – depois da bola passar por Zé Roberto, Valdivia e Robinho – o goleiro do Joinville, finalmente, teve que fazer uma defesa.

O relógio já ia dar  45′, quando Valdivia dominou dentro da área, rolou para Robinho, ele pegou de primeira, mas carimbou a zaga do JEC. No minuto seguinte, Kelvin arriscou de longe, e o goleiro catarinense defendeu. Um minuto depois, Ayrton cruzou na área, na medida pra Leandro; ele desviou buscando o gol, e a bola passou pertinho. Faltou pouco pra ele abrir o placar. Foi a melhor oportunidade do Palmeiras no jogo… aos 47′ da segunda etapa. Foram os 4 minutos em que estivemos mais alertas diante da TV…

Aos 49′ o juiz encerrou a partida.

Por nossos próprios (de)méritos deixamos 2 pontos no sul…

Tomara o DM nos devolva logo todo mundo que está desaparecido por lá, tomara que o Oswaldo use a receita certa para os ingredientes que tem, tomara que ele use os jogadores nas posições em que eles podem render mais, e tomara que os jogadores nos mostrem aquela determinação que vimos em outras partidas…

A próxima será em casa, contra o Goiás, no domingo, às onze da manhã (esse horário, num domingo, é quase madrugada).

Meu ingresso já  está comprado, e eu vou ver o Palmeiras conquistar a sua primeira vitória neste brasileiro!

JÁ CHEGA DE “TREINO”, NÉ? PRA CIMA DELES, VERDÃO!

E VAMOS GANHAR, PORCOOOO!