“Defender a Seleção é uma honra, mas defender a Seleção com seu time do coração… é uma emoção que não se esquece jamais” – Valdir de Moraes
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O valor de uma conquista não está no “preço da etiqueta”, não está apenas no “troféu levantado”…
O valor está na quantidade de esforço que você fez para consegui-la, para fazer ainda melhor do que o esperado… está no amor e na dedicação empregados… está em tudo o que ela representou, está no tamanho da alegria que ela te fez sentir, que ela fez um número imenso de pessoas sentirem… está também no orgulho de ter sido o primeiro e o único a fazê-lo…
 
07/09/1965… A maravilhosa Academia “amarelou”, se tornou canarinho… O Palmeiras, se transformou em seleção brasileira… e venceu a seleção uruguaia por 3 x 0.
 
E essa conquista é só nossa! Auguri, Palmeiras! #OrgulhoImensoDaSuaHistória
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………………………..“O Palmeiras um dia foi Brasil, e isso ninguém mais vai apagar” – Ademir da Guia, o Divino.

 

Tem torcedor que não tinha nascido, outros eram muito pequenos e nem se lembram, alguns assistiram à partida,  outros acompanharam no radinho… 

Mas a verdade é que 7 de Setembro é uma data que palmeirense nenhum vai se esquecer. Em 7 de Setembro de 1965, há exatos 44 anos, o Palmeiras foi convidado para representar a Seleção Brasileira, numa partida amistosa, diante da temida e poderosa Seleção do Uruguai, a Celeste Olímpica, como também é conhecida. O amistoso festejaria a inauguração do estádio Magalhães Pinto, o Mineirão.

Nunca na história do futebol brasileiro, uma equipe tinha tido a honra de vestir a camisa amarela.  Do goleiro ao ponta-esquerda,  incluindo os reservas, o técnico e o massagista, a Seleção Brasileira foi composta pela Academia do Palmeiras.  E olhem que naquele tempo, tínhamos o Santos de Pelé, e o Botafogo de Garrincha, mas o Palmeiras por ser considerado a melhor equipe do país é quem foi convidado pela CBD (atual CBF) para representar a seleção. Já pensaram o que sentiu o torcedor naquela ocasião?

Nosso técnico era o argentino Filpo Nuñes, que foi o único estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira. Nem um outro jamais teve essa oportunidade.

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A Seleção do Uruguai, forte e temida, chegava cheia de pose, porque tinha acabado de se classificar para a Copa de 66 e tinha muitos craques. Cincunegui, Manicera, Esparrago, Varela, Douskas… O Verdão, por sua vez,  era considerado a Academia e tinha um elenco de craques: Valdir de Moraes, Djalma Santos, Dudu, Julinho, Servílio, Ademir da Guia…

E o Alviverde Imponente, que já tinha encantado o mundo ao conquistar o Mundial de 51, escreveu mais uma página belíssima no livro de sua história. Diante de 80.000 pagantes, a Seleção Brasileira/Palmeiras goleou os uruguaios por 3 x 0, com gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano.

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“Foi algo mágico, imensurável na época e nos dias atuais. Foi o dia em que um clube de futebol representou toda uma nação. Não sei se vai existir uma homenagem desse tipo algum dia. É algo que até hoje sou lembrado. E que o Palmeiras vai carregar para o resto de sua vida”, afirmou Valdir Joaquim de Moraes, atual consultor técnico do Verdão e goleiro naquela ocasião.

“Até hoje fico pensando naquele jogo. Foi uma homenagem feita pela CBD ao nosso grande time, a Academia do Palmeiras. Os mais jovens precisam sempre saber disso e ter orgulho desse jogo. O Palmeiras um dia foi Brasil, e isso ninguém mais vai apagar”, destacou Ademir da Guia, camisa 10 na partida contra a Celeste.

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A CBD ficou com o troféu por 23 anos. Mas em 1988, ficou decidido que o Palmeiras é quem deveria, justa e honrosamente,  ficar com a taça.

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É palmeirense, o Palmeiras já foi Brasil, e a prova disso brilha lá na nossa Sala de Troféus. Orgulhe-se!

Parabéns Palmeiras!!! Parabéns torcedor palestrino!

Ficha Técnica BRASIL (PALMEIRAS) 3 x 0 URUGUAI

Brasil [Palmeiras] Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario).

Uruguai
Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales).

Árbitro: Eunápio de Queiroz

Data: 07/09/65
Local: Estádio Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG)
Público: aproximadamente 80.000 pagantes
Renda: Cr$ 49.163.125,00
Gols: Rinaldo, aos 27, e Tupãzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Germano, aos 29 da etapa final.

Colaboração: Academia de História do Palestra-Palmeiras