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Eu não assisti ao jogo do Palmeiras contra o SPFW, exceto os 3 minutos finais (pé-quente eu? Maaagina)… Ia assistir pela internet, mas não consegui achar um link que funcionasse (depois do jogo eu veria os vídeos). Então, acompanhava os comentários de alguns amigos com os quais eu conversava via whatsapp, acompanhava o Twitter, o Facebook… Que difícil não poder assistir.

Um amigo da Itália me dizia que num canal de lá, que transmite jogos do Brasileiro e  que ia transmitir o Palmeiras, Altafini Mazzola – que sempre torce para o Verdão nas transmissões (claro) – , seria o comentarista.

Em jogo, na tarde desse último domingo, estava o lugar do Palmeiras no G4, que os leonores, com dois pontos a menos, estavam louquinhos para ocupar.

A partida começou e, uns dez/quinze minutos depois, parmera nenhum estava gostando do que via/ouvia/lia… todo mundo já reclamava que o Palmeiras estava deixando o SPFW jogar. Lá na Itália, Mazzolla, enfurecido dizia: “Isso não pode ser o Palmeiras”, “Será que entramos só com 9 jogadores?”. Ah, Mazzolla, meu caro, esse ‘nosso’ time anda tão bipolar. Tem dia que joga certinho, e tem dia que parece não saber como fazer a bola rolar em campo.

O SPFW arriscava de longe muitas vezes, e nossos defensores deixavam que eles continuassem arriscando. Nas maioria das vezes, os leonores finalizavam muito mal; nas outras, Prass segurava a bronca fazendo boas defesas.

O nosso time não estava jogando nada, essa era a verdade, nada criava também (e o meia lá no banco, né MO?), e ia tentando viver dos chutões à frente. Segundo me diziam, Gabriel Jesus estava num dia bem ruim, Robinho estava numa inércia irritante… ninguém estava bem. Só um time jogava, e, para nosso desgosto, era o time adversário…

“Assistindo” à partida através dos comentários de muitas pessoas, eu concluía que esse “só um time joga” demonstrava que os leonores também tinham suas deficiências e não estavam aproveitando o apagão do Palmeiras… Afinal, se só um time joga, por que é que ele não está ganhando, e de goleada? Aí eu ficava mais desgostosa ainda, porque, se o Palmeiras estivesse num dia bom, venceria os bambis “facinho” outra vez.

De qualquer forma, eu não gostava nadinha de saber que o Palmeiras, totalmente apagado, abdicava de jogar e deixava o time leonor vir pra cima numa boa. É como dizem…”Deixa o adversário chutar uma, chutar duas, chutar três… e uma hora ela entra”. Ai, ai, ai.

Numa das tentativas tricolores, Prass saiu saiu do gol para se antecipar ao jogador leonor que vinha em direção à área, mas se atrapalhou e, tentando evitar que a bola passasse por ele e sobrasse para o jogador adversário, tocou a bola com a mão quando estava fora da área. O juiz nada marcou, a jogada seguiu e o jogador do SPFW chutou pra fora.

Na TV – me contavam -, todo mundo se apressou em pedir até a expulsão de Prass, mas acontece que o Prass estava fora da área mesmo, mas a bola não estava toda fora. Todos sabemos que num lateral, por exemplo, a bola tem que ter saído inteira para que se considere que ela saiu mesmo, não é assim?A risca da área é considerada “dentro” na marcação de penalidades. Então… por sorte de Prass ou por ele saber muito bem o que estava fazendo (who knows?), a bola não saiu inteira, e a não marcação acabou sendo correta – opinião que se dividiu entre os especialistas televisivos tendo o “bola dentro da área” ganhado do “bola fora da área”.

Prass está fora da área, mas se inclina bastante, para trás, em direção à ela, como podemos ver na imagem abaixo:

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Na outra imagem, vista do alto, a risca do campo nos mostra direitinho que, no momento do toque, a bola não tinha saído completamente. Infelizmente, mesmo a TV tendo “trocentas” câmeras em diversos locais do estádio, só esses dois ângulos foram disponibilizados.

Prass-defesa-bola-dentro-da-área1

As tentativas leonores continuavam, assim como os seus erros de finalização.

Garimpar as notícias, ainda mais quando os informantes estão todos nervosos, era um sofrimento. Eu não via o que estava acontecendo e ficava mais nervosa ainda. O Palmeiras não tinha finalizado ainda uma única vez (?!?!).

As opiniões dos amigos eram unânimes: sofríamos com a falta de criação, com erros de posicionamento também. E o Allione lá no banco.

A coisa não mudava, e  o Palmeiras continuava não jogando nada. E pelo que eu podia concluir das coisas que lia, apesar da má jornada de Gabriel Jesus, era ele o nosso mais perigoso e veloz jogador, e o Prass ia segurando o rojão lá atrás também.. O Palmeiras, bem marcado nos seus cruzamentos, ficava sem alternativas para chegar ao gol leonor. Que saudade de um certo meia…

Não era possível que o Palmeiras não fosse acordar e jogar.. alguma coisa tinha que acontecer…

Nossa primeira finalização acontecia aos 29′ (!?!?), mas a bola de Robinho carimbou a trave. Ai, meu San Genaro…

Rafael Marques levou uma traulitada de Bruno, por trás,  e o juiz marcou falta do… Rafael Marques! É mole? Como ele poderia ter visto cometer falta alguém que levou um desleal carrinho por trás? Tudo bem que ele consertou e desmarcou a falta do Rafa e marcou falta do Bruno, mas o cartão que o Bruno deveria ter tomado… ficou na “conta do Abreu”, o juiz não deu e nem eu.

O jogo continuou igual. Porém, aos 47′, a arbitragem aprontou conosco. Ataque do Palmeiras e a bola foi lançada à frente. Gabriel Jesus foi puxado pelo jogador são paulino, mas a bola sobrou para Rafael Marques, que ia sair na cara do “goleiro do sorvete com cobertura”… E o que Anderson Daronco, o árbitro, fez?? Beneficiou o SPFW, o infrator, e parou a jogada para marcar falta em Jesus e dar cartão para o jogador tricolor, quando Rafael Marques sairia na cara de Rogério Ceni.

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Tá brincando, seu Daronco?? O senhor também não fez o “Ensino Fundamental” da Arbitragem? Até lá na Itália, narrador e comentaristas acharam ridículo o árbitro não dar vantagem ao Palmeiras na jogada. O juiz tirou do Palmeiras a chance de tentar marcar um gol. Esse Brasileirão é uma maracutaia só.

Na segunda etapa, entrou João Pedro e saiu o Girotto, e o Palmeiras parecia estar mais veloz e mais acordado nos primeiros minutos, e mostrava que queria jogo. Barrios teve uma oportunidade,  mas finalizou em cima dos marcadores.

Não deu nem tempo de reclamar do Barrios e meus amigos me deram a notícia… gol do SPFW. Um chute de fora da área. Água mole em pedra dura… e nossa pedra nem estava tão dura assim… A superstição “conversava comigo” e me fazia acreditar que se eu estivesse assistindo à partida, o Palmeiras não estaria perdendo. E nada daqueles malditos links funcionarem.

MO, queria o lugar no G4 de volta e colocou o Palmeiras mais pra frente; Alecsandro e Kelvin entraram nos lugares de Barrios e Lucas. Osorio, por sua vez, chamou o Wesley… Aeeeeeee, Osorio!!  😈

O SPFW fazia o tempo  passar… a torcida purpurina comemorava o G4… e o Palmeiras tentava… Gabriel Jesus pisou na bola e caiu. Que dia infeliz, tudo nos acontecia…

Aos 44′, achei um link que funcionava… minha esperança não morria…

Estávamos nos acréscimos,  Kelvin recebeu de Jesus e mandou pra fora… VAAAAMOS, PALMEIRAS!!

E foi então, que, aos 47′, em meio às comemorações leonores, o SPFW deixou a meta aberta e o Robinho foi lá e dobrou a meta!

Isso mesmo. Presepada do Rogério Ceni, que quis sair jogando dentro da área, o Alecsandro apertou, ele se apavorou, tocou errado e deu de presente pro… Robinho. Podia ter dado a bola pro Jesus, pro Rafa, pro Alecsandro, pro bandeira, pro Osorio, pra qualquer um… mas não, tinha que ser para o Robinho. Risos eternos! Robinho não se fez de rogado e meteu por cima, por cobertura… de novo!!   Que golaaaaaaço!! Gol de placa! Gol de “Dá licença, bambi, esse lugar no G4 é meu”.

A cara do Ceni de “f………, de novo” enquanto ele olhava a bola entrar, não tinha dinheiro que pagasse… Se nos tivesse sido dado o poder de escrevermos o “roteiro” dessa partida, jamais faríamos melhor, estamos rindo até agora. O M1CO está tão acostumado a levar gols por cobertura dos parmeras, que agora ele já está dando até assistência. hahaha  Se demorar muito pra aposentar vai virar ídolo da parmerada. Aposenta não, Ceni!! (Lá nos Emirados, o Mago deve ter curtido à beça esse gol)

https://www.youtube.com/watch?v=4oYATotxcSE

E ainda bem que aquela vidente purpurina,  “Mãe Fabulosa dos Gols Fantasmas”, tinha vaticinado que o Robinho nunca mais faria um gol como o que ele havia feito  no Allianz… Ele não só fez de novo, como foi diante do mesmo time, no mesmo goleiro e na casa deles. Tchuuupem, leonores!

E na saída do Panetone – me contaram -, enquanto a parmerada comemorava o gol de placa,  um sorveteiro solitário e sorridente gritava pelas ruas:

-Olha o sorveeeeete de uva verde!! Quem vai querer? Tem duas coberturas!! 😈

“O Palmeiras não ganha de time da série A… o Palmeiras não chuta… só da toquinho de calcanhar… o Robinho é piada de mau gosto… o Rafael Marques não serve pro Palmeiras… o Dudu é firulinha… o Zé Roberto é aposentado… o Tobio isso… o Cristaldo aquilo… o Osvaldo aquilo outro…”

Na quarta-feira, no “Choque-Rei (você viu quem é o rei dessa parada, né?), o Palmeiras,  deu uma aula de futebol no Allianz Parque, e mostrou para o falastrão presidente leonor, que tem que ter muito cacife para se cutucar o porco  – de salários em dia, de patrocinadores novos, dono da arena mais bonita do país – com vara curta; mostrou ainda para um certo atleta, que “pular muro” nem sempre é garantia de se dar bem, de fazer gols e ser querido e admirado…

Foi uma partida soberba! Um Palmeiras impecável, fazendo o seu melhor jogo no ano (o time vai buscando a regularidade, vai se ajeitando). Eu tinha dito aqui que ia “voar pena e lantejoula” no Allianz, mas, porque o time ainda é novo, não imaginei que fosse em altíssimo nível.

Apesar da apreensão (nossos fantasmas adoram nos incomodar), a expectativa da torcida era boa, o Palmeiras tinha tudo pra ganhar.

Quando cheguei, os leonores estavam no campo pra se aquecer e sentir o clima. No gramado, um grande porco inflável,  servia de túnel de acesso (“passou no porco, tá morto”).  Muito legal.

porco

O cara da gastrite na coxa, era tão “homenageado”… e podíamos perceber o quanto ele se sentia incomodado por estar ali.

Quando o jogo ia começar, entraram os homens da arbitragem, entraram os bambis, e nada do Verdão. Um monte de fotógrafos na “boca do porco”, e o Palmeiras não vinha… Depois de uns bons minutos de ansiedade nossa, eis que surgiu o Alviverde Imponente. E, segundo as informações, ele vinha alegando ter chegado mais tarde ao estádio por causa da PM.

A dureza do prélio não tardava… o coração do torcedor se inquietava ainda mais… e o que todos nós queríamos era o Palmeiras, imponente, dando as cartas em seus domínios.

O momento do hino nacional foi arrepiante… a letra do nosso “hino nacional particular”, hino da “nossa pátria particular”, era composta apenas de duas palavras, repetidas por toda a melodia: “Meu Palmeiras”. Coisas que só o futebol explica e permite.

E só estando lá para sentir o que foi ouvir a torcida cantando o hino à nossa moda… fiquei arrepiada.

Levando-se em conta o campeonato, a partida não valia muita coisa, a não ser dar ao vencedor um provisório terceiro lugar entre os quatro primeiros classificados, posição que permitirá jogar em casa nas quartas. Isso é importante.

Mas era jogo contra o inimigo… aquele, que, desde 1942, está sempre aprontando alguma presepada para o Palmeiras; aquele, que desde 2009, não vencia o Palmeiras num Paulistão… era jogo pra muito “sangue no zóio”. Além disso, tínhamos alguns fantasmas para exorcizar, Hécate está sempre sussurrando coisas aos nossos ouvidos…

E bem que dizem que para ser feliz é preciso estar distraído…

Três minutos de jogo, estávamos tão distraídos com as faltas que paravam as jogadas do Palmeiras, com as nossas reclamações por causa delas, distraídos porque os times ainda se estudavam (tive a impressão que o Parmera já tinha estudado tudo no vestiário)… nossos fantasmas ajeitavam as correntes, Hécate ainda estava calada, quando o goleiro de hóquei avançou para a entrada da área e lançou uma bola lá na frente. Robinho foi quem apareceu para ficar com ela. E então…

Imagina a estupefação e encantamento quando Moisés dividiu as águas do Mar Vermelho? Acho que foi mais ou menos por aí… quase caímos duros  quando vimos o  que Robinho fez…

Quase do meio do campo, ele matou  a bola no peito, viu a Borboleta-Mor adiantada e meteu um “Jornada nas Estrelas” em direção ao gol… Se, por um lado, a corridinha e o pulinho do goleiro foram patéticos, por outro, a matada no peito de Robinho, o chute certeiro, preciso, a curva que a bola fez, subindo no ar e depois descendo de maneira fulminante para dentro do gol, foram espetaculares.

Milhares de olhos acompanhavam a trajetória da bola. Por uns momentos, ninguém pensou nada, ninguém falou…. o tempo parou ali. E o grito de gol, que saiu da nossa garganta quando a bola entrou, exorcizou todos os nossos fantasmas, espantou todas as bruxas.  Se precisasse sair e pagar outro ingresso, eu juro, nem me importaria.

https://www.youtube.com/watch?v=nWZMjk9SWfA

Que golaaaaço, meu Deus! O Allianz Parque explodiu no grito de gol! Os jogadores enlouquecidos fizeram um amontoado de gente em cima do autor da obra prima. E era como se estivéssemos todos ali, com eles, comemorando também. Robinho, seu lindo!

Na arquibancada, as pessoas se abraçavam, gritavam, sorriam, batiam no peito. Alguns torcedores choravam como crianças. Nossos fantasmas, resmungando, se retiravam apressados. Hécate, revoltada, prometia que nunca mais voltaria…

A primeira vez de Ceni em nossa casa estava sendo em grande estilo… Tomou o gol mais lindo da história do Allianz Parque e do Paulistão  2015. Um gol que entrou para a história do Palmeiras e do futebol. Mais um feito que um goleiro bambi (Rogério Ceni é o principal) nos ajuda a imortalizar.

Depois do gol, os corações palestrinos, que tinham ganhado os ares junto com o grito que ecoou pelo Allianz, felizes e atordoados mal conseguiam achar o caminho de volta. O Allianz Parque já tinha história pra contar… já tinha um gol, antológico, para ser lembrado pra todo o sempre…

Uns dois minutinhos depois, Pato arriscou um chute a gol e Prass espalmou. E foi só. A “Defesa que Ninguém Passa” estava em campo. Depois disso, Prass apenas assistiria à partida (será que ele tem avanti especial pra assistir ao jogo de dentro de campo?).

Dudu, pequenino, driblador, apanha bastante em todos os jogos, mas o grandalhão do Toloi resolveu abusar. Deu uma pegada nele por trás, Dudu deixou o braço nele, tentando se proteger de mais uma entrada, e escapou com a bola,  mas, então, Toloi foi atrás dele, esqueceu a bola,  o jogo e o árbitro, e pegou Dudu, dura e deslealmente, por trás. E ainda se jogou no chão, tentando enganar o árbitro, simulando algo que não acontecera. O bandeira viu, avisou o juiz da pegada sem bola, por trás, e ele levou o vermelho. Merecidamente.

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Alguns repórteres de campo avisaram ao Muricy (cuma???) que Dudu tinha “dado uma cotovelada” em Toloi. Mais tarde, o próprio Muricy ao rever o lance, sendo muito mais honesto do que algumas pessoas por aí, afirmaria que Dudu não fizera nada demais. A “press” não desiste, né?

O Palmeiras ganhava todas no meio de campo, o Palmeiras não deixava o SPFW passar do meio de campo… e ia pra cima. Lucas, por pouco não fez o segundo; Tobio, quase marcou também… Zé Roberto, Dudu, Cristaldo, Robinho, Rafael Marques… Era um vareio. O Palmeiras tocava a bola lindamente, sobrava em campo e anulava o inimigo.   A voz da torcida era ensurdecedora.

Os leonores, nervosos, descontrolados, não conseguiam jogar nada, porque o Palmeiras não deixava,  e faziam muitas faltas – só percebi que Ganso estava em campo quando ele tomou um cartão. M1CO estava do que os adversários adoram; Pato, do qual ninguém fala sobre custo x benefício, devia estar pensando no próximo encontro com alguma atriz da rgt; Kardec, por sua vez, era uma nulidade só. Ah, as voltas que o mundo dá…

E sabe aquele jogo em que você tem certeza que um dos times, ainda que jogue durante dois dias inteiros, e coloque 16 em campo, não vai fazer nada? Esse era o SPFW… não fazia nada, e não conseguia segurar o Palmeiras de apresentação impecável.

Aos 23″, Dudu fez uma jogada linda pela esquerda e mandou a bola pelo meio da zaga leonor, buscando Robinho. O “Leonardo da Vinci” palestrino não conseguiu dominar, o zagueiro são-paulino, perdidaço, furou, e ela sobrou para Rafael Marques. Ele só teve o trabalho de ajeitar e, num chute cruzado, fuzilar o reserva do reserva de São Marcos (sim, ele era o terceiro goleiro). Um golaço! Uma verdadeira festa no Allianz!

Que partidaça do Dudu, do Robinho, do Zé, do Arouca, do Tobio, do Vitor Hugo… que partidaça do time inteiro do Verdão. Nos recusávamos até a piscar,  pra não perdermos os passes maravilhosos, os toques de letra…

Com muita velocidade o Palmeiras se mantinha no ataque. E assim, Cristaldo quase marcou; depois, Rafael Marques, mas estava impedido. No finalzinho, quase o Zé deixou o dele.

No segundo tempo, pra azar ‘das vizinhas’, o Palmeiras voltou aceso. E com 7 minutos de jogo, Zé Roberto mandou um cruzamento certeiro para Rafael Marques, e ele bateu de primeira pro fundo da rede do M1CO (goleiro que toma três golaços pode pedir música no programa da rgt?).

Os torcedores palmeirenses enlouqueciam diante de um futebol tão lindo, diante da “Linha Atacante de Raça”. “Oshvaldo” enlouquecia também na lateral do campo.

E, se era festa, tinha que ter aperitivos de todo jeito. E teve o menino Jesus em campo, teve o chapéu de Gabriel no adversário (mas eles gostam de chapéus, hein?), teve tabelinha de Robinho e Dudu (jogaram muito), teve solada no Arouca e expulsão do Michel Bastos, teve passe parmera de efeito, teve tabelinha de Jesus e Gabriel, teve um chute do Gabriel raspando a trave… teve Duduzinho, lindo, endiabrado, entortando e infernizando a bambizada…

Teve uma torcida que não parava de cantar…

https://www.youtube.com/watch?v=YDNuD8AwSO0

3 x 0 ficou barato, mas muito barato mesmo. Tivesse o Palmeiras marcado 6 ou 7, teria sido perfeitamente normal, tamanha a sua superioridade em campo…

Foi um show de futebol (a torcida bambi reclamou tanto do preço do ingresso e foi embora antes do show acabar. Vai entender…)!

E quando o juiz apitou o final do espetáculo, os palmeirenses, depois dos muitos aplausos ao time, orgulhosos, inebriados de tanta alegria, e de alma lavada, “desceram do céu” e saíram do Allianz levando no coração a certeza de que tinham acabado de (re)ver o Palmeiras do qual sentiam tanta saudade.

Certamente ainda encontraremos pedras no caminho, talvez as reclamações lá do começo da postagem se repitam… Não importa, estamos no caminho certo. E ele vai nos levar aonde tanto queremos chegar.

É só uma questão de tempo…

VALEU, PALMEIRAS! ADOREI O ESPETÁCULO!

“Sabe o que o arco-íris e a felicidade têm em comum? Ambos aparecem depois da tempestade.”

Arco-íris1

Chovia um bocado enquanto eu me dirigia para o Allianz Parque… as camisas do Palmeiras eram vistas por todo lado. Pai e filho, de mãos dadas, vestindo camisas em branco e dourado, seguiam pro jogo. Na camisa do pai, o nome estampado era “Dudu”; na camisa do filho, “Arouca”. Dudu, só com um mês de Palmeiras… Arouca, nem tinha feito a sua estreia ainda…

Novos tempos no Palmeiras, novos tempos de Palmeiras dos bons tempos…

A chuva não impediu que a Turiaçu, ponto de encontro dos palestrinos, estivesse cheia de gente. Os vendedores de capa insistiam com os torcedores, mas não vendiam quase nada… “dentro do Allianz Parque não chove, moço”.

O Allianz estaria quase lotado. Enquanto tem time por aí que coloca 16 mil torcedores num jogo de Libertadores, o Palmeiras, cuja torcida “está encolhendo”, para um jogo diante do Capivariano, pelo “Paulistinha” – não é assim que alguns chamam o torneio? -, teria mais de 32 mil pagantes na arena, é mole? Alguns viriam do Mato Grosso do Sul, outros do Espírito Santo… várias localidades do estado, e vários estados do país, enviariam parmeras para conhecerem a sua nova casa.

Quase na hora do Verdão entrar em campo, a chuva parou… e um arco-íris lindo apareceu por sobre o Allianz Parque, para dar as boas-vindas ao time, ao estreante Arouca, pra ver o Palmeiras jogar. Nossa arena parecia o “pote de ouro” no final do arco-íris…

Arouca foi festejadíssimo – ele, que estava acostumado com uma torcida menor, deve ter “tremido no taco” quando foi recebido pela Que Canta e Vibra. Eu fiquei arrepiada.

O jogo começou com o Palmeiras indo pra cima das “capivaras”. No primeiro minuto, Allione invadiu a área, driblou o marcador e chutou; o zagueiro defendeu no reflexo e o goleiro conseguiu tirar com um tapa. Quase! Logo depois, Zé Roberto desceu pela esquerda e tocou para Cristaldo, ele recebeu de costas, girou, se livrando do marcador, e mandou pro gol, mas a bola pegou a trave.

Era pressão total do Palmeiras, que usava de velocidade e fazia a maioria das jogadas pelas pontas. Zé Roberto corria como um garoto;  Arouca parecia “velho de casa”, e ninguém dizia que ele estava sem jogar desde novembro. Os adversários só se defendiam e faziam muitas faltas. O juiz era um tanto quanto conivente com isso, e o bandeirinha, do lado que o Palmeiras atacava, fazia questão de não ver as faltas que ocorriam na sua frente, e invertia um monte de jogadas, dando posse de bola para Capivariano em muitas vezes em que a bola era do Palmeiras. Irritante.

O Palmeiras armava, era ofensivo, mas parecia afobado, ávido pela marcação do seu gol, e sempre na hora do último passe, ou da finalização, algo dava errado, e, por isso, o time finalizava muito pouco. O que faltava mesmo eram os chutes a gol, faltava também Robinho ser mais acionado. E o primeiro tempo acabou sem alteração no placar.

Na segunda etapa, de cara, Oswaldo tirou Allione e colocou Rafael Marques em campo. E nem tínhamos 4 minutos de jogo ainda, quando, num ataque do Palmeiras,  Arouca recebeu a bola na área e foi derrubado… pênalti claro, a torcida toda viu e gritou, mas o juiz, pra variar, nada marcou, o bandeirinha também não. Na sequência, Cristaldo chutou em cima do goleiro e, na sequência do lance  a bola pegou a trave. E o juizão fazendo o placar ficar no 0 x 0…

Um absurdo a arbitragem não marcar a penalidade. Um absurdo o o Belletti, na transmissão da TV (eu saberia disso depois) , depois de ser perguntado “E aí, Belletti? O torcedor pediu pênalti”, dizer apenas que “a bola sobrou para o Cristaldo e ele chutou fora”. Caramba, o comentarista, que está lá para comentar os lances do jogo, e esclarecê-los para o telespectador, não viu a penalidade? Então, ele está no emprego errado. E se viu, não falou nada sobre o lance, fez de conta que não ouviu a pergunta por quê? Imprensinha…

Veja as imagens. O jogador “capivara” vai pra cima do Arouca, empurra ele com o braço, coloca a perna direita à frente da perna esquerda do palmeirense, faz a carga, segura, empurra de novo, até derrubá-lo.

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Indiscutível, não é mesmo? Juiz e bandeira, que está escondido pelo placar do jogo, na tela da TV, só não viram porque não quiseram ver.

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O Palmeiras, de novo, foi prejudicado por uma presepada da arbitragem, e daquelas que podem interferir no placar. E, de novo, na transmissão fizeram o joguinho de sempre de não dizer nada concreto a respeito. Ainda bem que quando o Verdão ganha uma partida – títulos também -, ganha na raça mesmo.

O Palmeiras seguiu buscando o gol. O Capivariano seguiu fazendo cera e batendo; Dudu levava cada “arrepiada”. E sofreu uma falta, quando ia entrar sozinho na área, o adversário que o parou, era o último homem, mas o juiz só deu amarelo. Nos comentários da TV, Belletti diria: “É que existe uma ideia aí,  de que o último homem que faz a falta deve tomar cartão vermelho…“. Existe uma ideia? E eu achava que isso tava na regra…  E Belletti continua “explicando” que o jogador infrator pode levar vermelho “mas só quando a chance de gol é clara. Como não era, tá certo o cartão amarelo”. O jogador entrar, sozinho na área, com bola dominada, e na cara do goleiro não seria chance de gol? Era isso que ia acontecer se não parassem o Dudu.

O jogo seguiu, e o Zé Roberto quase marcou de falta. A bola passou raspando…

Arouca saiu para entrar Alan Patrick (ele sairia 19 minutos depois, sentindo a coxa, e dando lugar a Victor Luís); e saiu aplaudidíssimo. Oswaldo ajeitava o time com Rafael Marques pela esquerda, Dudu pela direita, recuando mais o Robinho. O Palmeiras continuava criando, mas o último passe não dava muito certo. A torcida, mesmo impaciente, não aparava de cantar e apoiar.

E então, Marlon cometeu um pênalti escandaloso em Cristaldo. O Allianz inteiro gritou ao mesmo tempo, mas o juiz nem aí. E olha que o bandeirinha correu para a linha de fundo, sinalizando que tinha visto a penalidade, mas, covardão, ou sabe-se lá porque, ficou quieto e nada comunicou ao árbitro.

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Pênalti claro, não é mesmo? Repare na imagem acima, o bandeirinha correu até o fundo, porque viu a infração, mas, pela segunda vez na partida, uma penalidade a favor do Palmeiras não foi marcada.

A TV diria depois, depois de muito consultar as imagens, que Cristaldo estaria impedido no momento do lançamento. Que seja – eu acho que ele apenas foi mais rápido que o seu marcador. Mas, uma vez que esse “impedimento” não foi visto por ninguém, nem pela arbitragem, e não foi assinalado, por que a penalidade, claríssima, não foi marcada? E na transmissão ninguém diz que achou que foi penalidade ou que achou que não foi… Belletti diz achou que houve impedimento e “por aquele replay, eu não consegui ver se foi pênalti ou não”. Mas, quando é pra achar que o jogador “X” teve a intenção de alguma coisa, pensou isso, pensou aquilo… aí eles acham bem, né?

Com duas penalidades sofridas, e não marcadas pela arbitragem – não teve nenhum ponto para avisar o juiz? – o Palmeiras seguiu buscando o seu gol.

E foi feito o anúncio de público recorde do Palmeiras em 2015: 32.134 pagantes, para uma renda de R$ 2.578.175,00 – as rendas de Corinthians, Santos e São Paulo, somadas, são praticamente a metade do que o Palmeiras arrecadou até agora no Paulistão.

E os 32.134 parmeras + os torcedores que não pagaram + o arco-íris (se escondeu, mas ficou espiando), queriam ver bola na rede. O juiz não deixava, é verdade, os adversários faziam cera também, mas o Verdão ia atrás do gol.

Gabriel sofreu uma falta dura na entrada da área… o Allianz Parque explodiu na cobrança magistral de Robinho. Um golaço – Prass comemorou com uma voadora na bandeirinha de escanteio. Um chute perfeito, indefensável, um gol histórico, o primeiro gol de falta no Allianz Parque. Vantagem merecidíssima do Palmeiras. Gol merecido de Robinho, que joga muito.

“Olê porcooooo, olê porcooooo”… A torcida cantava alto, cantava forte… O Palmeiras continuava indo pra cima e, então, Dudu fez bela jogada e “achou” Robinho lá na direita, na entrada da área. O homem-gol da noite, de novo, num chute perfeito, meteu a bola na rede e fechou a conta da noite e soltou mais um grito de gol da nossa garganta.

Que maravilha Palmeiras! Que maravilha, Robinho!

https://www.youtube.com/watch?v=-bGwsLf6zJo

Uns minutinhos depois, o jogo acabou… Saímos felizes, cantando, fazendo as costumeiras “selfies da vitória”, saímos ainda mais líderes do nosso grupo, saímos com mais de 400 minutos sem tomar gol…

Saímos com a certeza que a nossa tempestade passou, finalmente, e que o nosso arco-íris logo estará no céu…

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Se nem Pelé parou o Palmeiras, não seriam as foquinhas amestradas da Vila,  com seus cabelinhos ‘moicano’, camisa de gola levantada (prá quê, Neymar?) e  firulas dignas do Cirque du Soleil, que iriam segurar o Verdão, né? Robinho surgiu, foi, voltou, e continua sem saber o que é vencer o time de Palestra Itália.

Durante a semana, a imprensinha enchia a bola do Santos “melhor do Brasil”, e insinuava que levaríamos uma goleada, como ocorrera no meio de semana com o Naviraiense. O imbecil do Flávio Prado, chegou a dizer que o Palmeiras era o Naviraiense verde. Esse cara, já tá velho, barrigudo e vai morrer assim, tendencioso, leviano e burro, sem aprender a ser um jornalista de verdade. Quem compara o Campeão do Século ao Naviraiense, não conhece nada de futebol, isso é fato! Para a impren$inha vendida, parecia que éramos a Itália contra o Brasil, porque tava todo mundo torcendo contra. E não é que fizemos, mesmo, como a Itália? De 82!! Nosso “Paolo Robert”, tão desacreditado (até por nós mesmos), acabou com a farra da molecada e decidiu a partida.

O Palmeiras começou nervoso. Embora tenha tido as primeiras oportunidades, errava muitos passes,cruzamentos,  desperdiçava escanteios, com aquela repetida cobrança no primeiro pau… Os jogadores santistas, se jogavam, encenavam, e saíam rolando a cada trombada ou falta sofrida. Ridículo! O Palmeiras, ao invés de fazer o seu jogo, ficava correndo atrás dos jogadores santistas. Não ia dar certo assim… Aos 9′, Pará recebeu na lateral da área, cortou Eduardo facilmente e cruzou. Na sorte, a bola acabou entrando no ângulo esquerdo de Marcos. 1 x 0. E dá-lhe a molecada dançando, rebolando… O Palmeiras, muito intranquilo, permitiu que o Santos passasse a dominar a partida .  Aos 30, depois de Danilo errar o passe ao tentar sair jogando, Neymar recebeu na área e tocou por cima de Marcos.  Não era possível que fossemos perder, apenas por estarmos nervosos, errando muito e termos dado duas bolas para o ataque do Santos. As “hienas” da TV se lambuzavam de alegria com o placar, e com os jogadores santistas que faziam a sua “dancinha” para as câmeras de TV, outra vez. Só que ninguém imaginava quão eletrizante e verde seria o restante da partida…

Não sei se as fraldas da molecada santista já estavam molhadas, ou se os jogadores do Palmeiras ficaram com vontade de dançar também, mas o fato é que o Verdão foi colocando os nervos no lugar. Aos 41′, Cleiton cobrou falta (sofrida por Diego) na lateral da área, o goleiro saiu mal e Robert só teve o trabalho de guardar.  GOOOOL, PORRA!!! Mal deu tempo da gente comemorar e, aos 43′, Diego tocou de calcanhar para Armero (quem diria!) cruzar na área e Robert, no contra pé do goleiro, mandar prá rede! O PALMEIRAS EMPATOU!! Eu, quando dei por mim, estava em pé, gritando feito uma louca, pulando no meio da sala. QUE ALEGRIA!!!!!! E lá foram os jogadores alviverdes dançar também! Armero e Diego eram os mais animados! Podemos dizer que Armero EN-LOU-QUE-CEU de alegria!! uhauahuah A partida, seria outra, depois desse gol. Eu tinha absoluta certeza!

No segundo tempo, Marcio Araújo entrou jogando no lugar de Eduardo. O Palmeiras que terminara o primeiro tempo, pressionando o Santos, jogava agora um futebol de gente grande!! Aos 4′, quase que o Ewerthon faz o dele! A bola passou raspando… Mas aos 11′, Cleiton cobrou falta prá área, Léo cabeceou e ela bateu na trave, no rebote, Diego, quase de peixinho, virou a partida! Pensei que fosse enlouquecer de alegria!!! E os jogadores cairam na dança, outra vez!!!!

O Santos veio prá cima,mas o Palmeiras estava bem postado e esperto. Sempre tinha um pé ou uma cabeça palestrina para tirar a bola. Aos 17′, Lincoln entrou no lugar de Ewerthon. Inteligente, lúcido, Lincoln fazia boas  jogadas . Aos 25′, o Santos assustou. A bola passou raspando. O jogo era eletrizante e podíamos sentir que para os jogadores a disputa era feroz. O time do Palmeiras não estava para brincadeiras e defendia o seu espaço com garra e determinação. Eu tremia e mal conseguia me manter sentada. Estava à beira de um infarto…  Aos 35′, num vacilo nosso, Madson entrou na área,livre de marcação e empatou.   Ele, pelo visto, não sabe dançar, mas achei bacana ele comemorar o gol homenageando a própria família…  A molecadinha do Peixe, acostumada com jogos e adversários mais fáceis, ia perdendo a cabeça com a disposição do Palmeiras. Neymar, numa mesma jogada, deu uma botinada em Léo e em seguida entrou violentamente em Pierre. Foi expulso e, como criança que perdeu a chupeta, fez o maior escândalo, para depois sair chorando…

Em campo, o Palmeiras era um gigante em raça, vontade e determinação! Zago colocou Ivo no time, e o Palmeiras atacava e se defendia do jeito que dava. Aos 44′, ROBERT METEU UM TORPEDO DE FORA DA ÁREA E GUARDOU NO ÂNGULO!! PUTA GOLAÇO!! E DÁ-LHE DANÇA!!! Léo ainda foi expulso, por falta dura no anão Madson (‘coitado’ do Madson… uhauauha). Na cobrança, Marcos salvou o Verdão! O PALMEIRAS VENCEU E CONVENCEU! Essa molecadinha e suas bicicletinhas e chapéus, que vá arranjar outro ‘coleguinha para brincar’, porque no Palmeiras se joga futebol de gente grande!!!!

VALEU ROBERT!!! VOCÊ É O CARA!!  ENSINOU AS MOÇAS E AS CRIANCINHAS A DANÇAREM UM NOVO RITMO: “ROBERTATION, TION…  ROBERTATION, TION!!!!”