O ano está chegando ao fim…  Amanhã já é  Natal…

As ruas, cheias de luzes e enfeites, estão repletas de pessoas apressadas, carregando pacotes, sacolas, presentes. O que busca toda essa gente?

Todos os anos eu fico me perguntando se Natal é isso mesmo. Comprar roupas e sapatos novos, aparelhos eletrônicos de última geração, mobília nova, carro novo, muita comida… Eu sei, isso faz parte.  É compreensível… afinal, é como nos preparamos para celebrar a data. Mas Natal não é isso! Natal é amor!É estar perto de quem se ama e poder dizer isso. Natal é fraternidade! De que adianta distribuirmos presentes, se não formos capazes de dar algo de nós mesmos? Se não formos capazes de compartilhar, de ouvir, de estender a mão ao semelhante; se não formos capazes de deixar o orgulho e o egoísmo de lado… Se não formos capazes de abraçar alguém, de verdade, com o coração…

O espírito mais iluminado que já pisou neste planeta veio aqui só para nos ensinar isso. E, 2010 anos depois, ainda apresentamos tanta dificuldade em aprender. Parece que o homem, cada vez mais se distancia da evolução que aqui veio buscar e, mesmo, em meio à uma multidão, se sente cada vez mais sozinho.

E, nessa desesperada busca daquilo tudo que, ilusoriamente, imaginamos necessitar (mas não necessitamos de verdade), não conseguimos encontrar paz…

Na nossa Família Palestrina não é diferente. Um dia estamos em paz com a vida e, no outro, ao menor motivo, uma guerra “nuclear” tem início. Ano após ano, o torcedor palestrino não consegue a paz tão sonhada. Neste 2010 tivemos tudo isso e mais um pouco…

Um primeiro semestre muito ruim, trocas de técnicos, de jogadores, atitudes tomadas impensadamente pelos nossos dirigentes, brigas, revolta, e uma perspectiva macabra de que o descenso no brasileirão, seria o que nos esperaria no restante do ano. O torcedor se revoltava, brigava, perdia as esperanças, a paz cada vez mais longe…  Difícil… Triste…

Mas eis que o “Papai Noel” resolveu passar no Palestra antes da hora. Nem o mais otimista de todos os palestrinos poderia imaginar o que aconteceria durante a Copa do Mundo. Num espaço de pouco mais de um mês, Kleber Felipão e Valdivia se apresentavam, milagrosamente, à torcida. Foi como se de repente cada um de nós tivesse adentrado as portas do paraíso, olhamos para o céu e ele não era mais negro. O mundo se tornara verde e branco, outra vez! Quase enlouquecemos de tanta felicidade… E todos dissemos: “Agora eu não peço mais nada.” “Agora não precisamos de mais nada”.  Como nos enganamos..

Nada deu certo… Um planejamento descuidado, a falta de jogadores, a falta de coragem de alguns, a ganância e mesquinhez de outros, atos impensados, contusões, declarações desastrosas tiraram o pino da “granada… e tudo explodiu!

E assim chegamos ao Natal de 2010… Totalmente desorientados e com o teto caindo sobre nossas cabeças. Torcida dividida, brigando. Os homens do Palmeiras, divididos, à beira de se engalfinharem pelo poder…brigas, xingamentos, discórdia, decepção, raiva…

Mas amanhã é Natal! Paz, Amor, Boa Vontade e Fraternidade não são as palavras que mais ouvimos nesta época? Não são as que mais usamos? E porque não podemos colocá-las em prática?

Por que os homens do Palmeiras não podem deixar os interesses de lado e agir, única e tão somente, com amor e dedicação ao clube?

Por que, você Palaia, ao invés de querer ficar na história palestrina, como um retrato numa parede, não prefere ser o homem que, por amor ao Palmeiras, ajudou a conduzir Paulo Nobre à presidência? Não seria muito mais dignificante? Você entraria para a história pelas portas que poucos conseguirão ultrapassar. E mesmo daqui a cem anos, ainda seria lembrado com amor, com carinho.

Por que os homens que brigam pelo poder, no Palestra, não não se desfazem do orgulho, da ganância, em prol do Palmeiras? Será que é tão difícil assim agirem como homens de bem? Sem ter como objetivo apenas o poder? Claro que não! Basta apenas um pouco de boa vontade.

Há milhares de anos atrás, o poder era de Herodes, e quem entrou para a história foi o humilde filho de um carpinteiro…

Que neste Natal, o Palmeiras tenha homens, de verdade, cuidando do seu destino. Homens dignos, que aprendam a se respeitar e a nos respeitar e, acima de tudo a respeitar a Sociedade Esportiva Palmeiras. Chega de trapaças! Chega de golpes! Basta de ações na justiça para embargar obras e contratos que trarão o progresso ao Palmeiras! Basta de inveja , intrigas e traições nas alamedas do Palestra! Basta de discórdia entre dirigentes, técnico, jogadores e torcedores. O palestrino só quer paz neste Natal… Este é o presente que todos queremos ganhar…

Vamos nos unir, aliados que somos no amor imenso que dedicamos ao Palmeiras. E que o presente a ser dado ao clube que tanto amamos, seja um grande e sincero “abraço”. Com alegria, amor e boa-vontade… De todos nós…

FELIZ NATAL, FAMÍLIA PALESTRINA! Que o “espírito natalino” permaneça em nossos corações e em nossas vidas. Que Deus abençoe a cada um de vocês e às suas Famílias. Eu lhes desejo muita Paz e Boa-Vontade neste Natal!