Amigo leitor, nos últimos meses, uns probleminhas de saúde alteraram a minha rotina e, por isso, durante esse período, o blog acabou ficando praticamente inativo.  Me desculpe. Agora que já sarei (ou quase rsrs), vou tentar colocar as coisas em dia. A começar pelas postagens sobre o primeiro Mundial de Clubes, que haviam sido interrompidas. Coincidentemente, essa maravilhosa conquista da Sociedade Esportiva Palmeiras completa 68 anos exatamente nesse 22 de Julho de 2019. Um abraço. Tânia Clorofila Dainesi

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IX – CARIMBANDO A VAGA NA FINAL   

“O amor deixa uma memória que ninguém pode roubar” – Khalil Gibran


O Brasil e a Europa acompanhavam avidamente as notícias do Torneio Mundial de Clubes Campeões. Dois times brasileiros em um dos “mata-mata” e dois europeus no outro. Duas escolas diferentes que se enfrentariam depois para decidir o título… e quem será que passaria à tão cobiçada final?

A ferida da Copa do Mundo ainda doía… no entanto, os torcedores brasileiros, sem se darem conta, voltavam a se empolgar, e muito, com o futebol, com uma decisão mundial, e apostavam todas as suas fichas no título para o Brasil. E assim como antes da primeira partida semifinal muitos achavam que o Vasco ganharia do Palmeiras sem problemas, achavam eles agora que o Vasco venceria a segunda semifinal e seria o finalista.

Segundo  o Jornal dos Sports,  de 12/07/51, a  vitória do Palmeiras  sobre o Vasco contribuíra para colorir mais a segunda partida da  semifinal. Todo o favoritismo do bi-campeão carioca desaparecera. Tudo era equilíbrio. E a situação pendia para o campeão paulista. E o ‘match’ ganhava ainda mais importância porque, segundo o  regulamento do torneio, para o Palmeiras, que já tinha uma vitória, bastaria um empate para chegar à final. E, nessas condições,  somente a vitória interessava para o Vasco.

O regulamento previa que, em caso de uma vitória para cada equipe, seria critério de desempate o saldo de gols. No entanto, se, por exemplo, o Vasco ganhasse por  diferença de um gol, igualando a diferença que o Palmeiras obtivera na primeira partida, seria levado em conta, então, o saldo de gols da primeira fase, e o Vasco tinha um saldo melhor.

Antes da decisão entre os dois representantes brasileiros, os que vaticinavam que, dessa vez, o Vasco ia superar o Palmeiras, esqueciam, ou não queriam notar, que o  Vasco da Gama não jogara tudo o que podia na primeira partida porque o Palmeiras não permitira; achavam que bastaria ao Vasco jogar metade do que sabia na semifinal decisiva e a vaga estaria assegurada. Como pensava José Lins do Rego,  por exemplo, que deixou isso claro em sua coluna: (…)Só queremos a vitória, a tal vitória com “V”… Queremos o Vasco jogando metade do que sabe. Porque se entrar com essa disposição, em campo, não há periquito que se aguente”. (Jornal dos Sports, 14/07/51 – REGO, José Lins do – Esporte e Vida – O Vasco). Ele não sabia do que eram capazes os periquitos… e iria ficar com eles atravessados na garganta…

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E não era só ele… Em outra coluna do jornal, dizia-se que o Vasco que perdera para o Palmeiras não era o Vasco mesmo, parecia o Vasco, mas não era o Vasco. (…) “aquele team não era o do Vasco. Numa época em que tudo se falsifica, inclusive o dinheiro, falsificaram o team do Vasco.” Dizia-se também que como o Vasco não esteve no Maracanã, palavras não eram ditas, fechou-se o café da Marocas. O Palmeiras viu-se à vontade… Foi um chuá…”, “os vascaínos deixaram o Maracanã a cantar a ‘Jardineira’…”

“Oh, jardineira, por que estás tão triste? 
O que foi que te aconteceu?
Foi o Vasquinho que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois perdeu.
Vem, Palmeirinhas,
Vem meu amor, 
Não fiques prosa,
Que esse mundo é mesmo assim,
Tu ganhaste quarta-feira
Mas no domingo está pra mim” – (Jornal Dos Sports, 13/07/51, pág.4 – Zé de São Januário – Uma pedrinha na Shooteira)

Isso mesmo. A torcida do Vasco, mesmo vendo o seu time ser derrotado, saíra cantando da primeira semifinal… e provocando o Palmeiras. Tudo isso fazia – e faz – parte do universo futebol, e fazia parte da disputa do primeiro Mundial de Clubes. Aquela semifinal era o maior Rio-São Paulo (o maior campeonato do Brasil, na época) de todos os tempos… e levaria um clube brasileiro à final do primeiro, e maior, campeonato do mundo entre clubes campeões da Europa e América.

Em terras bandeirantes, claro, a torcida toda era pelo Palmeiras. O fato é que Palmeiras e Vasco eram os dois melhores times do país e, dentre os quatro concorrentes à vaga na final, o Palmeiras saíra na frente. A situação do Palmeiras se tornara excelente e, para o Vasco, só havia uma alternativa: vencer o Palmeiras na segunda partida.

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Mas, antes disso, no sábado, Juventus e Áustria, que tinham ficado no 0 x 0 no primeiro jogo, decidiriam no Maracanã a primeira vaga à final, e os torcedores todos, encantados com o bom futebol das duas equipes no torneio, principalmente com o do representante da Itália – dentre os times estrangeiros, o Juventus, pelo futebol apresentado,  era a sensação da Copa Rio (Ottorino Barassi sabia das coisas)  -, certamente iriam em grande número acompanhar a partida entre os dois. Meu pai, muito provavelmente, já planejando com os amigos a viagem para assistir à final, acompanharia atentamente esse jogo para saber quem seria o adversário do Palmeiras – mesmo sem nunca ter perguntado isso a ele, posso garantir (meu sangue me diz isso) que ele tinha certeza que o Palmeiras estaria na final.

Era chegada a hora.. o primeiro finalista sairia da partida entre austríacos e italianos. Os torcedores cariocas estavam bem empolgados com a possibilidade de ver novamente o Juventus, a sensação do mundial entre os participantes estrangeiros.

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No entanto, assim como para Palmeiras e Vasco, as chances de classificação tanto para o Austria como para o Juventus estavam abertas. E a imprensa dizia: “A bola é redonda para os dois… Poderá vencer o Austria como o Juventus”.

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Os austríacos voltavam ao Rio transbordando alegria. Aurednick, satisfeito com o 3 x 3 na primeira partida semifinal, em São Paulo, elogiara bastante o time do Juventus, seu adversário, dizendo, entre outras coisas, que o quadro italiano “era team para as finais, era team, inclusive, para ser campeão”.

Juventus x Austria foi a partida entre quadros estrangeiros que mais interesse despertou nos torcedores. E o Juventus teve uma vitória espetacular no Maracanã – 3 x 1. Depois de um 0 x 0 no primeiro tempo, La Vecchia Signora (como “a” Juve era/é chamada na Itália) em quinze minutos da segunda etapa, com dois gols de Mucinelli e um de Boniperti, decidiu a partida e se classificou à final.

Os jornais diziam que, enquanto o Juventus fizera um jogo mais positivo, o Austria se preocupara mais com o virtuosismo, esquecendo-se de que, para vencer, é preciso marcar gols (e pensar que, hoje em dia, tem jornalista esportivo que acha que posse de bola vale mais do que gols marcados e vitórias). Final de jogo: Juventus 3 x 1.

.Juventus: Viola; Bertuccelli e Manente; Mari, Ferrari e Piccinini, Muccinelli, Karl Hansen (Scaramuchi), Boniperti, Yan Hansen e Karl Praest (Pasquale Vivolo). Técnico: Jesse Carver
Áustria: Schweda; Melchior II e Josck; Fischer, Orcwick e Schleger; Ernst Melchior, Koeller, Hubber, Ernst Stojaspal e Aurednick. Técnico: Heinrich “Wudi” Müller
Estádio Municipal do RJ – Maracanã 
Renda: CR$ 776.140,00
Árbitro: Edward Craigh (Inglaterra)
Gols: Muccinelli 8′, 2ºT, Muccinelli 10′, 2ºT, Boniperti 14′, 2º T , Stojaspal

O Juventus, que tinha agora a companhia, e a torcida, do Comendadore Agnelli – o jovem multimilionário, presidente das fábricas de automóveis FIAT, de Turim, as maiores da Europa, e também presidente e torcedor número 1 do Juventus -,  só esperava pelo seu adversário na final… E qual seria ele? Palmeiras ou Vasco da Gama?

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Ademir tirara o gesso, mas ainda não poderia jogar pelo Vasco… Barbosa era dúvida no gol cruzmaltino… Aquiles, de perna quebrada, levaria meses para voltar aos gramados pelo Palmeiras… Valdemar Fiume talvez pudesse jogar – o técnico palmeirense ia esperar a avaliação médica que seria feita na manhã de domingo… Sarno, a pedido do Palmeiras para a organização do torneio, tinha sido chamado ao Rio de Janeiro e integrado à equipe. O jogo valeria vaga na final… e seria um duelo de campeões.

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E o domingo, ansiosamente aguardado, chegou… corações a mil… Palmeiras e Vasco da Gama iam buscar a vaga na final do Torneio Mundial de Clubes… a alma inquieta, o friozinho na barriga, o coração batendo descompassadamente… eram as sensações que acompanhavam os torcedores.

Será que meu pai dormiu bem naquela noite? Será que, fanático como era, ficou nervoso, ansioso, pensando no jogo antes de dormir? Não preciso nem tentar adivinhar… é claro que ficou! Sabemos bem como é isso. Ficaram insones todos os palmeirenses, os vascaínos, todos os torcedores brasileiros que sonhavam com a conquista de um mundial para o Brasil. Palmeiras a um passo, a um empate, da final do primeiro Torneio Mundial de Clubes Campeões… Santo Dio!

Com a possibilidade de prorrogação, o aviso era feito no jornal: o jogo começaria pontualmente às 15 horas…

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As conversas eram muitas, os prognósticos também. Cada qual com seu palpite, com a sua escalação… Como já foi dito anteriormente, com exceção dos palestrinos, claro, e dos demais torcedores paulistas, boa parte dos brasileiros ainda apostava no Vasco. Isso se devia ao fato de que ele era a base da seleção brasileira, jogava em sua casa, diante da sua torcida, e com a responsabilidade de ter que vencer de qualquer jeito… No entanto, esses mesmos, que apostavam suas fichas no Vasco, temiam a equipe paulista, que já saíra na frente na primeira partida, e com todos os méritos.

Aproximadamente 80 mil torcedores (muitos palmeirenses também) estavam no estádio (63.668 pagantes)… a renda foi espetacular: Cr$ 1.914.325,00, e o jogo entre os dois não foi fácil… foi uma luta. O Vasco, que só poderia ganhar ou ganhar para se classificar à final, foi mais positivo no primeiro tempo, mas sem muita organização e eficiência, digamos assim. “Notava-se grande diferença entre os avantes e o sexteto defensivo carioca. Este, jogava com segurança, enquanto a ofensiva, algo embaralhada, mostrava-se impotente para vencer o cerco palmeirense” – Jornal de Notícias, 17/07/51

O dono da casa, como não poderia deixar de ser pelas circunstâncias, foi pra cima do Verdão no primeiro tempo. O Palmeiras, com a vantagem pela vitória no outro jogo, e sabendo que o adversário vinha “mordido”, querendo descontar o prejuízo de qualquer maneira, tratou de conter o ímpeto do Vasco da Gama na nessa primeira etapa. “Tão logo firmou-se o Palmeiras na defesa, os atacantes prendiam a bola, tocavam, sem grande preocupação de entrar na área. A luta, renhida, era entre o ataque do Vasco e a defesa do Palmeiras, que se favorecia com o empate”.  E, para desespero dos vascaínos, o primeiro tempo tempo terminou sem alteração no marcador.

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Na segundo tempo, a coisa mudou de figura, o Palmeiras, que, inteligentemente, conseguira minar as pretensões do Vasco na primeira etapa –  isso certamente mexera com a confiança e nervos do time adversário -, foi para o ataque também… “Não obstante, e fosse a marcação a sua principal preocupação, a intermediária da equipe visitante achava tempo para lançar os avantes, os quais, em rápidos contra-ataques, ganhavam o campo adversário”.

“Aos 19 minutos, houve o lance mais discutido do prélio. Chico recebendo a bola em posição ilegal, venceu o arqueiro Fábio. Todavia, o impedimento foi acertadamente assinalado pelo juiz, que não validou o tento, a despeito das reclamações dos guanabarinos…”

Nos minutinhos finais, o Palmeiras se postaria na defesa para agarrar e carimbar a vaga na final do mundial

“Aos poucos, a produção do Vasco foi caindo. Não aguentaram aquele ritmo ligeiro que vinham imprimindo desde o início, o que proporcionou aos palmeirenses exigir empenho do arqueiro Ernani, em lances de perigo. Bem armada e decidida, a equipe palmeirense forçou a conquista do tento da vitória. Poucos minutos antes do término, o Palmeiras recuou visando garantir o resultado” – Jornal de Notícias, 17/07/51 – Empatando com o Vasco da Gama classificou-se o Palmeiras para as finais do Torneio Mundial.

E foi assim…  Jogando de maneira inteligente, sabendo quando segurar e quando atacar, esbanjando categoria na defesa, e tendo o maestro Jair lá na frente – seu futebol fazia a diferença e chamava a atenção na competição -, que o Palmeiras, para delírio inenarrável dos seus torcedores, deu o maior passo da sua história até então, classificando-se para a final do primeiro Mundial de Clubes Campeões.

VASCO 0 X 0 PALMEIRAS
Vasco
: Ernani; Augusto e Clarel; Eli, Danilo e Alfredo; Tesourinha, Friaça, Amorim, Maneca e Djair. Técnico: Oto Glória.
Palmeiras: Fabio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Liminha, Ponce de Leon, Richard, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
Estádio Municipal do Rio de Janeiro – Maracanã
Renda: Cr$ 1.914.325,00

Árbitro: Grill (Áustria)
Assistente 1: Popovic (Iugoslávia)
Assistente 2: Craig (Inglaterra)

Um resultado que muitos não esperavam, e que o coração palestrino já sabia, desde sempre, que aconteceria.

“O Palmeiras, após aqueles desastrosos 4 x 0 que sofreu na peleja contra o Juventus, da Itália, ferido em seu brio, reagiu de forma espetacular e conseguiu eliminar um dos mais sérios concorrentes à conquista da Copa Rio, o Vasco da Gama… Atuaria ele (o Vasco) em seus domínios e, incentivado pela sua enorme torcida, não lhe seria difícil impor-se ao Alviverde. Mas o campeão paulista tinha outros planos… venceu por 2 x 1 e sua vitória não deixou margem à dúvida. Foi líquida e serviu para mostrar que aquele revés contra o Juventus havia sido obra do excesso de confiança… o campeão paulista confirmou a sua exibição. Enfrentou um adversário que não escondia o desejo de ampla desforra. Estavam os cruzmaltinos, na verdade, dispostos a tudo para conseguir a vitória e, por conseguinte, o direito de disputar as finais. A fibra alviverde, porém, mais uma vez venceu. Bateram-se os companheiros de Jair com vontade e denodo, não permitindo a concretização das pretensões cariocas” – Jornal de Notícias, 17/07/51 – Madeira, Jaime – Ponto de Vista – A Quinta Coroa.

A torcida alviverde, que estava no Maracanã também, orgulhosa do feito do Palmeiras, enlouqueceu de alegria,  os paulistas não cabiam em si de felicidade, os jogadores vibravam no gramado, eram aplaudidos – pelos outros torcedores também… Sarno correu abraçar Liminha, que acenava para a torcida, comemorando a façanha de eliminar o forte concorrente e estar com o Palmeiras na final…

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O Palmeiras, que era o melhor “team” do Brasil naquele ano de 1951, que  conquistara quatro torneios na temporada, ia agora, merecidamente, em busca da sua quinta coroa… a mais brilhante delas… a mais desejada… Ia em busca do título de campeão do mundo. Quanta responsabilidade.

A sorte estava lançada… Os brasileiros tinham o seu representante na final. O Palmeiras agora era o Brasil.

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Que viessem os italianos… com o Palmeiras, o Brasil estava pronto para enfrentá-los.

“A honestidade é elogiada por todos, mas morre de frio” – Juvenal

De nada adianta termos o VAR – PARA CORRIGIR OS ERROS MAIS GRAVES QUE, PORVENTURA, AS ARBITRAGENS TENHAM DEIXADO PASSAR – se as pessoas envolvidas nisso, as que são responsáveis pela utilização do recurso, não estiverem interessadas mesmo em corrigir os erros.

Oficialmente (e no Brasil adoram o não oficial), o VAR  é para ser utilizado em quatro situações:

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Mas não é o que temos visto acontecer… Tem toque de mão que o VAR vê, e avisa ao árbitro, tem toque de mão (claro) que o VAR não vê (por que será?)… Tem lance em que o comentarista da TV, que não pode comentar antes que o VAR veja as imagens, comenta antes e macula a decisão… Tem lance que é interpretativo, e o VAR não pode atuar, mas ele atua e até convence o árbitro a mudar de ideia, como aconteceu no pênalti, claro, sofrido por Dudu na semifinal do Paulistão, quando o VAR “pesou” a carga sofrida pelo jogador e fez o árbitro mudar de ideia…  Alguns gols legítimos, por exemplo, que o árbitro de campo invalida, não têm a interferência do VAR… Tipo o de Dudu, do Palmeiras, contra o Botafogo, quando foi marcado um impedimento, que não existiu, mas o VAR não foi usado…

No Brasil, tem sempre uma interpretação distorcida (conveniente para as mutretas de alguns), das regras da Fifa. Como se não tivéssemos assistido à Copa do Mundo e não tivéssemos visto as situações todas de uso do VAR, como se não acompanhássemos os jogos na Europa… É preciso ser muito tapado para aceitar/engolir as picaretagens que fazem por aqui.

No jogo do Palmeiras contra o Botafogo, pela 6ª rodada do Brasileirão – quando um gol legítimo do Palmeiras foi anulado -, num outro lance, de ataque do Palmeiras, Deyverson, tentando disputar uma bola com o goleiro, caiu na área, saiu reclamando de ter sido pisado no tornozelo, mas o árbitro, como não tinha visto a pisada, não assinalou a falta e ainda deu amarelo para o palmeirense. No entanto, Deyverson tinha tido o seu tornozelo deslealmente pisado por Gabriel sim. O VAR avisou o árbitro, ele consultou as imagens, retirou o cartão dado para o jogador palmeirense e marcou a penalidade máxima, corrigindo um grande erro que ia passar batido. O Palmeiras cobrou, guardou, e ganhou o jogo por 1 x 0.

O Botafogo, pequeno como ele só,  e sabe-se lá por quais outros interesses, entrou como uma ação no STJD para anular o jogo (mesmo correndo o risco de apanhar de mais se tiver que jogar de novo)… e o STJD, fazendo de conta que não sabe que partidas não são anuladas pelos motivos alegados pelo Botafogo (a quem que o clube carioca serve nesse caso, hein?), não só vai julgar, como ficou enrolando para fazê-lo, adiou e, agora, amanhã (18/06), assim, em meio à Copa América  e Copa do Mundo de Futebol Feminino, sem ser muito notado, sem que a imprensa dê grande relevo à coisa, julgará o caso… lá na Bahia. Um time de São Paulo, outro do Rio, e o julgamento foi levado para a Bahia. Parece que a intenção dessa presepada toda é só querer  tirar 3 pontos do líder Palmeiras, que está folgado na tabela.

O clube carioca argumenta que a regra 5 da Fifa não permite a alteração da decisão do árbitro após o reinício de jogo. Mas, se o árbitro não viu nada errado na hora, por qual motivo o jogo não continuaria? É pra isso que existe o VAR agora, para que ele veja o que o árbitro não viu, para que corrija os erros importantes cometidos pelas arbitragens, ainda que sem querer, na partida. E o juiz só vai saber disso depois que o VAR o avisar. Mesmo porque o usual na comunicação é que o VAR acione o árbitro, o contrário não é usual, e só acontece quando o árbitro tem uma dúvida.

Esse “não pode usar o VAR depois que o jogo continuou, que o goleiro cobrou tiro de meta… blá blá blá” é uma variação distorcida tupiniquim. Afinal, como é que vimos isso acontecer várias vezes sem que partidas fossem anuladas?

E, bem mais recentemente…

E nenhuma dessas partidas foram anuladas…

O objetivo do uso do VAR é corrigir os erros cometidos em lances importantes, e não há sentido em ficar caçando desculpas, querendo achar outros caminhos, para que os erros sejam mantidos. Se Deyverson foi pisado, sofreu pênalti, e o árbitro não viu, nada é maior e nem mais importante do que a correção (marcação do pênalti) feita pelo VAR. Querer anular essa correção, anulando uma partida… é trambique.

Vamos ver o que fará o STJD. Se for agir corretamente mesmo, não só vai manter o que foi estabelecido na partida, como também vai checar o outro gol palmeirense, cujo impedimento foi mandrake e ficou por isso mesmo.

Vai ser uma vergonha, uma grande picaretagem, se o tribunal se prestar à esse tipo de coisa. Vamos observar…

De qualquer maneira, com mutreta ou não do tribunal… #SegueMeuPAL

Sábado foi dia de Palmeiras x Inter, no Allianz, pela 3ª rodada do Brasileirão 2019. E jogos entre essas duas equipes nunca são muito fáceis. Na maioria das vezes, os placares são apertados, sem muita vantagem para um ou outro. Em Brasileirões, no confronto entre os dois, o time gaúcho tem maior número de vitórias. No entanto, de 2015 pra cá, foram 4 vitórias do Palmeiras, todas por 1 x 0, 2 empates (0 x 0 e 1 x 1) e uma vitória do Inter por 1 x 0, que aconteceu em 2015. 

Para o Palmeiras, além de seguir brigando nas duas primeiras posições na tabela, o jogo valia um algo mais… Sem perder no Brasileirão desde julho de 2018, há 25 jogos, o Palmeiras de Felipão, com mais uma vitória, igualaria um recorde do próprio Palmeiras na história do campeonato brasileiro: 26 jogos de invencibilidade. Marca conseguida pela Segunda Academia, entre as edições de 1972 e 1973, anos em que o timaço palmeirense, onde jogavam Ademir da Guia, Dudu e Leivinha, foi campeão.

E lá fui eu, lá fomos nós para o Allianz Parque (de coração e alma, todos os palestrinos vão ao Allianz, em todos os jogos)…

O jogo entre os dois é sempre pegado, cheio de faltas, tenso… e não foi diferente dessa vez. 

Felipão tinha armado o time com Zé Rafael na esquerda, Dudu na direita, Scarpa pelo meio e Deyverson como referência. E o Verdão foi pra cima desde o apito inicial. 

Scarpa cobrou falta, a bola bateu na barreira e saiu em escanteio… Dudu cobrou o escanteio, a zaga colocou pra fora. Outro escanteio… Dudu cobrou na primeira trave, de novo, Deyverson deu uma casquinha e o jogador do Inter tirou em cima da linha… Marcos Rocha cobrou lateral lá na área e quase Dudu marcou de cabeça. A bola foi pra fora… Blitz palmeirense pra cima do Inter.

Guerrero tava todo nervosinho… muito bem marcado pelo Pitbull, quis tirar satisfação com ele depois de uma disputa de bola pelo alto. Alta tensão em campo, desde o início…

Aos 13′, Dudu cobrou um escanteio no primeiro pau,  Deyverson subiu sozinho, deu uma casquinha e guardou no fundo da rede do Inter. Jogo tenso, difícil, que costuma ter placar apertado e o Palmeiras já saía na frente? M-A-R-A-V-I-L-H-A! O Allianz explodiu de alegria  no grito de quase 32 mil pessoas (cientes de que o time, desde a chegada de Felipão, ainda não tinha tomado nenhuma virada de placar)!

Depois disso, estava na cara, o Palmeiras, em vantagem, ia “deixar” o Inter jogar, ou melhor, ia deixar o Inter achar que estava jogando.

Guerrero, o nervosinho (não se sentia muito confortável no bolso do Pitbull), deu um safanão em Dudu, que o marcava, e partiu pra cima do Baixinho quando ele estava caído, o Pitbull foi lá, outros jogadores do Inter e do Palmeiras também foram, teve um princípio de confusão e sobrou amarelo para Guerrero (ficou barato pra ele) e Felipe Melo.

Resultado de imagem para Palmeiras 1 x 0 Internacional Brasileirão 2019

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O tempo estava quente no gramado… empurrões, discussões, entradas duras. O Inter ficava mais com a bola, mas não levava perigo algum, ao contrário do Palmeiras que era bem mais perigoso. Weverton estava tranquilo. As bolas aéreas do Inter eram todas interceptadas pelo Palmeiras. Felipe Melo jogava um bolão… sem deixar Guerrero sair do seu bolso. 

O Palmeiras já tinha tido mais três chances quando o Inter, (só) aos 30′, fez o Weverton trabalhar. Um chute forte de Nico López, que acabou desviando e obrigou nosso goleiro a fazer uma grande defesa. O primeiro sustinho do jogo para os palmeirenses. E só levaríamos mais um susto no primeiro tempo, aos 40′. Uma bola alçada na nossa área, Weverton não conseguiu dar um soco nela (achei que ele sofreu falta que o juiz não marcou) e Diogo Barbosa afastou.

O Inter não queria ir para  intervalo no prejuízo e tentava apertar o Palmeiras no final, mas os defensores palmeirenses estavam ligadíssimos e não passava nada ali. 

Veio a segunda etapa e a dinâmica de jogo era a mesma, o Inter, que tinha sacado Nico López e colocado Parede no jogo, tinha mais posse de bola, mas não levava perigo ao Palmeiras – porque o Palmeiras não deixava, claro -, já o fono da casa, jogando no contra-ataque era bem mais perigoso.

A cada vez que Guerrero, sumido no jogo, se aventurava a dar uma escapadinha do bolso do Pitbull, aparecia um Luan para estragar a festa dele… aparecia um Gustavo Gómez…  O Inter, que já tinha colocado D’Alessandro no lugar de Sarrafiore – e deu uma melhorada depois disso -, parecia empenhadíssimo em não deixar o Palmeiras trocar muitos passes e, mesmo assim, por pouco não tomou o segundo. Dudu  cruzou na medida, Bruno Henrique, vindo de trás, apareceu no meio da área e cabeceou forte pro gol, pra baixo… e o goleiro, maledeto, salvou no susto (eu quase gritei gol na hora). 

Hyoran veio para o lugar de Zé Rafael. O Inter fazia muitas faltas, tentava atacar, aproveitar a qualidade de D’Alessandro, mas a bola não passava. Felipão chamou Moisés  para o lugar de Scarpa… Dudu tocou para Bruno Henrique, ele encheu o pé, mas o goleiro ficou com ela… Moisés fez bela jogada, tocou para Dudu na direita, ele avançou, mas cruzou errado e o goleiro pegou… 

A torcida cantava forte, jogava com o time…

Ataque do Palmeiras, Deyverson chuta, fica com o rebote, toca para Hyoran e fica caído porque o jogador do Inter, levantou demais o pé e o acertou. O juiz nada marcou…

O Inter tirou um volante e colocou Sóbis, um atacante em campo,  Felipão sacou o atacante Dudu e chamou o meia Raphael Veiga… O Inter tentava colocar pressão, mas não levava perigo mesmo; o Palmeiras, forte, consciente, focado, se fechava na defesa e não deixava o Inter fazer nada…

Podíamos ter feito o segundo… Veiga recebeu uma bola linda de Hyoran, esperou os companheiros chegarem e cruzou… Hyoran chegou tentando finalizar, mas a bola escapou dele…. um minutinho depois, aos 42′, Deyverson roubou uma bola, ela sobrou livre para Hyoran, com gol sem goleiro e só dois zagueiros embaixo da trave, mas ele chutou pra fora…

Apesar da posse de bola maior do Inter, quem mais levou perigo ao adversário foi o Verdão. O Inter, de verdade, não conseguiu assustar o Palmeiras. Felipe Melo, aos 40 e tantos minutos do segundo tempo, desarmava loucamente (com o Guerrero no bolso), como se fosse na primeira etapa…

O jogo foi até os 49′,  e terminou 1 x 0 para o Verdão. Apesar da choradeira de Guerrero depois, reclamando de arbitragem, e do técnico ‘cholorado’ achando que ter mais posse de bola (e não levar perigo ao adversário)  vale três pontos… os números do jogo não mentem: Finalizações Palmeiras 13 x 8 Inter  /  Chances reais de gol: Palmeiras 7 x 1 Inter. Nem precisa falar mais nada… Imagina se o Palmeiras tivesse tido mais posse de bola?

Verdão segue bem no Brasileiro… e agora é Libertadores, Palmeiras x San Lorenzo brigando pela liderança do grupo.

Booooora pro Allianz, parmerada! Se o Palmeiras vai jogar, nós vamos!!

 

 

Há uns dias – no início da semana -, um vídeo começou a circular por aí… Ele foi feito pelo “Capitão América” – um policial que, fantasiado como um super herói, visita crianças em hospitais para realizar desejos dessas crianças.

No vídeo, o “Capitão América” visitava Henrique, um garoto que tem leucemia e está internado no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, em São Paulo.

E Henrique tinha um sonho…

Sim, Henrique, palestrino,  sonha em entrar com o time em campo e conhecer o seu grande ídolo! E quando o “Capitão América” perguntou  quem do Palmeiras ele gostaria de conhecer, Henrique respondeu prontamente:  Felipão. 

Ontem, pelo poder do escudo do “Capitão América”, através da mágica daquela coisa que chamamos de futebol e que, sabemos bem, é muito mais do que futebol, através da ação de vários “duendes”, “elfos” e “fadas” que ajudaram a fazer o vídeo chegar até o clube, e pela generosidade do Palmeiras,  de Felipão, e de vários super heróis verdes, o sonho de Henrique se realizou…

Ele ganhou uma visita do seu ídolo, Super Felipão, que foi acompanhado de vários super heróis verdes (Prass, Weverton, Bruno Henrique, Luan, Deyverson, Raphael Veiga, Juninho, Alexandre Mattos e os mascotes palestrinos, Periquito e Gobatto), ganhou carinho, novos amigos, ganhou camisa personalizada, presentes. Cerca de 40 outros jovens, que se encontram em tratamento no Instituto, também receberam o carinho dos palmeirenses e ganharam presentes do clube. 

Que coisa linda… O amor é verde!

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Sabemos que a alegria, o amor, a gratidão, o doar e receber bons sentimentos fazem um bem enorme ao espírito… sabemos também que tudo isso aumenta a imunidade… e dizem que a imunidade alta ajuda bastante aos pacientes com câncer…

Tomara Deus que o Henrique, e todas as outras crianças e adolescentes (adultos também) que estão na luta contra essa doença, consigam vencê-la. 

Vamos esperar você vir ao Allianz para entrar com os jogadores, viu, Henrique?  E, se Deus quiser, você vai vir curado!

Receba toda a nossa boa energia e carinho, seu lindo, e que Deus o abençoe. 💚🙏

 

 

Domingo de Palmeiras x Fortaleza… Jogo da festa de abertura do Brasileirão 2019…

Uma data duplamente histórica…  Sem acordo com a Rede Globo para transmissão dos jogos do Palmeiras no PPV e na TV aberta – o clube não aceita receber menos do que os clubes para os quais a rgt paga as maiores cotas de TV, e está certíssimo nisso -, a transmissão seria no canal TNT.

E a audiência do canal acabaria sendo um sucesso com o Palmeiras, como constataríamos depois. 4,79 pontos, quase o dobro da audiência que obteve o SporTV no mesmo horário. Pra você ter uma ideia, para que possamos avaliar, foi maior do que a audiência – histórica para a Fox – da exclusiva partida entre Flamengo x San Jose (BOL) pela Libertadores 2019, que rendeu 4,33 pontos ao canal. Maior do que o recorde de audiência batido pelo SporTV na primeira fase da Copa do Mundo da Rússia, na partida entre Brasil x Sérvia. Na ocasião, o SporTV comemorou o maior número já registrado pela emissora em jogos de Copas… 4,36 pontos.  O recorde da emissora, até agora, pertence ao jogo Juventus x Ajax, pelas quartas de final da Liga dos Campeões 2019.

Percebeu como esses 4,79 pontos do Palmeiras na TNT foram muito significativos? Quebram aquele papo furado de que o Palmeiras dá menos audiência.

E tinha um extra, também histórico, nessa partida. Pela primeira vez, um clube teria transmissão de um jogo seu em seu próprio canal… sim, a transmissão estava disponível na TV Palmeiras Play para todos os associados do Avanti. O futuro acontecendo no presente…

Chovia um bocado antes do jogo… trânsito caótico (imagina se não?)… um monte de localidades sem energia elétrica…  Primeiro jogo do brasileirão (de 38 rodadas) e, ainda assim, 26.701 pessoas estavam no Allianz. A parmerada não larga o time de jeito nenhum. Embora não chova na arena, os ambulantes faziam a festa vendendo capas de chuva para as muitas pessoas que iam pelas ruas… eu era uma delas. A água não parava de cair do céu…

Antes do jogo, teve a festa de abertura do Brasileirão. O Allianz se iluminou diferente, teve show do palestriníssimo Di Ferrero, que cantou o Hino Nacional também… teve a dupla Ademir da Guia e Dudu apresentando a taça…

E teve um Palmeiras arrasador em campo. Pra combinar com a chuva que caía sem parar, o Palmeiras nos proporcionou uma chuva de gols. Numa partidaça de Zé Rafael – do time todo -, o Verdão goleou o Fortaleza e ainda ficou barata a fatura.

O Palmeiras, que, na quinta-feira, pela Libertadores, já tinha voado na altitude de Arequipa e goleado o Melgar, veio praticamente com o mesmo time e, mesmo com o campo pesado, apresentava a mesma pegada do outro jogo. Não dando bola nenhuma pra chuva, fez valer o seu favoritismo e foi pra cima do Fortaleza (11 jogos de invencibilidade, seis partidas sem levar gol), comandado pelo nosso “estimado” (é verdade esse ‘bilete’) Rogério Ceni.

Sofreu uma baixa, preocupante, logo no início do jogo, aos seis minutos, quando Goulart sentiu dores no joelho (o mesmo joelho que ele já tinha operado antes de vir para o Verdão) e foi substituído por Zé Rafael – e o Zé acabaria sendo o nome do jogo.

O Palmeiras balançou as redes logo depois da substituição. Bruno Henrique chutou forte pro gol, o goleiro deu rebote e Dudu guardou. O árbitro marcou impedimento no lance, o VAR revisou, e a anulação foi mantida.

O Palmeiras tinha uma postura bastante ofensiva e, aos 16′, Diogo Barbosa cruzou rasteiro, Zé Rafael dominou e já bateu, seco, no canto esquerdo do goleiro. E saiu feito louco comemorando o seu primeiro gol com a camisa do Verdão.

A torcida, feliz da vida, cantava alto… O adversário, parecendo (mais) nervoso depois do gol sofrido, mesmo com quatro atacantes, não oferecia perigo ao Verdão. E o Palmeiras ia pra cima…

A sorte do Fortaleza era Felipe Alves, o seu goleiro (não fosse ele, teria sido uma sacola de gols). Defendeu um chute de primeira de Dudu;  deu  sorte no lance em que Scarpa recebeu na área, cortou a marcação, cruzou pra trás e Zé Rafael chegou rasgando, mas, por uns centímetros, passou da bola; saiu do jeito que podia para tirar uma bola que chegaria em Scarpa, lançado por trás da zaga. E isso no primeiro tempo… O juiz também ajudou o Leão. Dudu  recebeu a falta, mas levantou e continuou correndo em direção ao gol, o árbitro, parou o jogo para marcar a falta, vê se pode…  Beneficiou o infrator e prejudicou quem sofreu a falta… Imagina se isso aconteceria se fosse o adversário levando vantagem e disparando em direção ao gol?

No segundo tempo, antes de o relógio marcar um minuto de jogo, o goleiro adversário já teve que trabalhar e espalmar uma cabeçada forte de Deyverson .  No instante seguinte, Deyverson pega uma sobra, cruza pra área e o zagueiro adversário, tentando tirar, por pouco não faz contra…

O Palmeiras já mostrava que repetiria o primeiro tempo e iria pra cima do Fortaleza. A postura do Palmeiras em campo, os volantes que não deixavam passar nada, e o trio Dudu, Scarpa e Zé Rafael, que faziam o jogo do Palmeiras fluir bastante, faziam a diferença entre os times saltar aos olhos de todos. O Palmeiras era muito superior, pressionava a defesa adversária e o goleiro do Fortaleza trabalhava bastante.

Dudu passou “facinho” na marcação e cruzou rasteiro. A bola correu toda a pequena área e não apareceu ninguém… que pecado. Dudu avançou na direita, Carlinhos veio na marcação, Dudu parou, passou por ele e foi derrubado… o árbitro marcou a falta mas não deu o segundo amarelo pra ele…

Tava na cara que o segundo do Palmeiras logo iria sair… e saiu mesmo. Aos 13′, Bruno Henrique recebeu na direita, inverteu pro Zé Rafael, e ele cruzou rasteiro, com a bola pedindo: “Me chuta”, para o Marcos Rocha guardar.  Ah, Verdão, seu lindo!

A coisa estava tão palestrinamente boa, que o Allianz comemorou até o cartão amarelo que o “muy estimado” (é verdade esse bilete) Rogério Ceni levou.

Dudu recebeu a bola na direita, cortou para o meio e encheu o pé… ia fazer um golaço, daqueles, digno de Rogério Ceni levar no Allianz, mas Felipe Alves, pulou, se esticou todo e conseguiu espalmar…  Mas que goleiro “mizerávi”.

O Weverton estava sossegadão na partida,  mas estava ligado… Falha do Palmeiras, Osvaldo, na área, ali pertinho do nosso goleiro, chutou (pensei até que tomaríamos o gol), Weverton defendeu; no rebote, curtinho, com a Osvaldo chutou de novo, Wevertão da Massa defendeu outra vez. Aplausos para o nosso goleiro!

Scarpa foi lançado na área o jogador adversário se enroscou com ele (eu achei que Scarpa tinha sido derrubado), o juiz conversou com o VAR sobre o lance e só marcou lateral para o Palmeiras. Marcos Rocha cobrou lá pra área, Duduzinho desviou na primeira trave e quem apareceu na segunda, pra guardar o terceiro do Palmeiras? Ele mesmo, o nome do jogo… Zé Rafael! Dois gols e uma assistência… como fizera Scarpa na outra partida. Nem parecia que a maioria dos nossos jogadores em campo tinha atuado na altitude de Arequipa, três dias antes.

Felipão sacou Scarpa e colocou Lucas Lima, minutos depois depois chamou Hyoran pro lugar de Dudu. O Palmeiras continuou buscando… O relógio marcava 45’… a torcida queria porque queria mais um (por que será? rsrs)…  Marcos Rocha avançou na linha de fundo,  Hyoran não conseguiu acertar o tempo da bola e ela sobrou para Bruno Henrique chutar colocado no canto do goleiro. Fatura liquidada… Palmeiras 4 x 0 Fortaleza…  e ficou barato, muito barato.

E encharcados pela chuva… de gols, de bom futebol e de audiência… os palmeirenses foram pra casa… felizes da vida.

Agora é em Alagoas (de time reserva :/), e vamos ficar no radinho… sem problemas!

#EstamosFechadosComOVerdão

Assim é o VAR quando o árbitro erra contra o Palmeiras…

O Palmeiras fez o jogo de abertura da fase de “mata-mata” das quartas de final do campeonato paulista. No sábado, foi enfrentar o Novorizontino, lá na casa dele, com 30 graus à sombra. Seria a tão aguardada estreia do VAR, o árbitro assistente de vídeo no futebol paulista (imagina se a gente não sabia como seria isso?

Saímos de lá com um empate de 1 x 1. O Palmeiras começou melhor, foi pra cima e, logo no começo, teve duas boas chances para ficar em vantagem no placar. Na primeira delas, Borja parou no goleiro; na segunda (essa foi um desperdício mesmo), após um bom desvio de Antonio Carlos, Borja, dentro da pequena área, na cara do goleiro, raspou de cabeça, mas mandou pra fora.

O Novorizontino tentou responder com uma cabeçada de Éverton Sena por cima da nossa zaga, mas Prass não teve dificuldade alguma para ficar com a bola. E, então, na segunda chegada dos donos da casa ao ataque, Murilo Henrique chutou de fora da área, Prass rebateu para o meio da área, Cléo Silva correu até a bola (nenhum defensor palmeirense fez o mesmo) e abriu o placar.

Os jogadores do Palmeiras reclamaram de um toque de Murilo na origem da jogada (e teve mesmo), no entanto, mesmo com as reclamações, Raphael Claus, o árbitro do jogo, não quis usar o VAR para revisar o lance. O árbitro de vídeo, Thiago Duarte Peixoto (aquele, que ficou um ano na geladeira por errar contra o Lava Jato), também não viu nada e, por isso, não avisou ao árbitro da irregularidade no gol.

A partida ficou mais amarrada… erros de passe, erros na saída de bola apareceram… a criação deixou a desejar… O Palmeiras não se acertou em campo (jogou só pro gasto, e teria vencido mesmo assim não fosse a cegueira geral no toque de Murilo) e, com o gol irregular sofrido, foi para o intervalo levando a desvantagem no placar. Felipão voltou para o jogo com Felipe Pires e Arthur Cabral em substituição a Gustavo Scarpa e Borja.

Mas, aos 11′, a coisa complicou de novo para o Palmeiras. Tentativa de cruzamento do Novorizontino e a bola desviou na mão de Antonio Carlos. O árbitro nada marcou, o jogo seguiu, mas o árbitro de vídeo avisou o árbitro do jogo (nessa hora não tem cegueira nenhuma), ele revisou o lance no monitor, como deve ser, e marcou o pênalti.

Mas quem tem Prass, tem Prass… o camisa 10 do Novorizontino foi pra cobrança, escolheu o canto, encheu o pé… e o Prassão da Massa pulou, espalmou e defendeu. A 14ª defesa de pênalti de Prass no Verdão. É mole? Sabe “nada” de pênaltis ele…

O Palmeiras se animou e foi pra cima. Dudu cobrou falta na área e Goulart apareceu com perigo… no lance seguinte, Marcos Rocha cruzou da direita, Felipe Pires não conseguiu chegar, mas o estreante Arthur Cabral, dominou, de costas, girou e, visando o canto, chutou pra balançar a rede do dono da casa e marcar seu primeiro gol pelo Verdão.

E ele quase fez mais um, aos 39′; no finalzinho de jogo, quase veio a virada, Dudu bateu forte pelo lado esquerdo, o goleiro espalmou para o meio, mas a defesa conseguiu tirar (não basta o goleiro espalmar para o meio para sair o gol, não é mesmo?).

E a partida (morninha) de ida das quartas de final terminou empatada – a vaga na semifinal será decidida logo mais, no Allianz.

Depois do jogo, claro, não se falava em outra coisa a não ser no uso seletivo do VAR – ele foi utilizado para consertar um erro que favorecia o Palmeiras, mas não foi utilizado para consertar o erro que favoreceu o Novorizontino. Por quê?

As imagens eram claras e o árbitro de vídeo (que tem à sua disposição as imagens da TV) não viu porque não quis ver; o árbitro do jogo, que, mesmo pertinho do lance, talvez não tenha visto o toque (mas certamente viu o braço aberto, longe do corpo, o que poderia ser um motivo de dúvida pra ele) não revisou o lance no VAR, porque não quis revisar… E por qual motivo eles agiram assim, de maneiras tão distintas, em lances tão parecidos? E justo na estreia do novo recurso de arbitragem?

O Palmeiras reclamou nas redes sociais – está certíssimo por fazer assim -, mostrou imagens conclusivas do toque de mão de Murilo (braço aberto, longe do corpo, que toca a bola sim), e a Federação Paulista (da mutreta tamanho GG na final do Paulistão 2018), também usando as mídias sociais, e com uma imagem bem mandrake e inconclusiva do lance, afirmou que o lance foi legal. De novo, a federação não parece muito interessada em fazer a coisa certa…

Não é preciso exercitarmos muito os neurônios para entendermos o logro. Basta que nos questionemos… Por que o VAR é usado de maneira seletiva? Por que a federação vai insistir em legitimar o gol, e a picaretagem de não se utilizar o VAR, publicando imagens que deixam dúvida do lance, quando ela tem acesso à imagens melhores, imagens mais óbvias?

Por quais motivos, o Gaciba (funcionário da emissora que orienta seus profissionais a falarem mal do Palmeiras, como já afirmou publicamente um jornalista), analisou o lance, identificou e explicou o toque (foi feito um vídeo disso) e mudou de ideia depois dizendo que se equivocou? Ele fez uma afirmação dessa na TV e no vídeo sem ter certeza do que afirmava? Sem ter visto todas as imagens disponíveis e que a sua empregadora possui? Faz o mesmo em outras análises? Quais ângulos – além do mais óbvio e evidente -, foram usados para determinar o toque de Antonio Carlos?

Por que o presidente do tribunal, numa total falta de ética e decoro com a posição que ocupa, transbordando cinismo, deboche e desrespeito ao Palmeiras, correu na TV pra legitimar o gol ilegal e defender o seletivo e mau uso do VAR? Se ele não tem ideia do que é fazer justiça”, se não sabe se portar como um presidente de um tribunal, ele não é a pessoa mais gabaritada para estar ali, não é mesmo

Nem precisamos das respostas… É mesmo uma VARgonha tudo isso…

E depois ninguém sabe porque o futebol brasileiro está uma draga, porque a moçadinha prefere o Real Madrid, o Barcelona… porque a ” tão poderosa” selenike, do “criterioso” convocador, empata com o Panamá (e ninguém diz, ninguém acha que ela merecia ser prejudicada pela arbitragem por causa do futebol apresentado)… porque boa parte dos jornalistas acha que provocar torcedores (de times rivais aos seus) é o suprassumo do “bom jornalismo”…


Tem muita coisa estranha saindo dos ralos do futebol brasileiro. Vamos observar o que mais virá pela frente nesse torneio bandeirante que, um dia, já foi a maior competição do país e que, agora, infelizmente, a Federação Paulista tanto se esforça para diminuir, para descredibilizar e fazer com que pareça mesmo… um Paulistinha.

Resultado de imagem para golaço de Carlos Eduardo

“Boi, boi ,boi, boi do Piauí… Verdão ganha no Allianz, Pacaembu e Morumbi!” 🎶

Era dia de clássico… na tarde de sábado, Palmeiras x São Paulo jogariam no Pacaembu – o mando era do nosso adversário e nós, palmeirenses, teríamos que assistir na TV. Se vencesse, o Palmeiras já garantiria a sua classificação nos mata-matas.

Eu estava fora e não tinha como assistir, e só ia conseguir voltar pra casa no segundo tempo, e olha lá. Que aflição! O jeito foi acompanhar, quando dava, as informações dos amigos, que eram enviadas pelo celular.

Desde o início, reclamavam todos, que o time adversário descia o sarrafo nos palmeirenses e o árbitro não os punia; diziam que Pablo poderia até ter sido expulso, e que amarelo mesmo, era só para o Palmeiras. E o árbitro do jogo era Thiago Duarte Peixoto, o mesmo que fora mandado para “Nárnia” (ficara um ano na série B), depois de errar contra o Lava Jato, num derby, e estava voltando a apitar a Série A.

Os amigos diziam também que o jogo estava ruim, sem grandes emoções, que Borja não estava bem; alguns afirmavam que o Palmeiras, mesmo ficando mais tempo com a bola não criara nada para que Borja pudesse finalizar… As informações iam chegando… Weverton espalmara, sem grande dificuldade, uma cobrança de falta, e também fizera uma defesa espetacular numa cabeçada de Carneiro; o lance, no entanto, já estava parado porque Pablo, muito acintosamente, de braço levantado, usara a mão para mandar a bola para Carneiro, mas Weverton, não querendo dar chance alguma ao adversário (e seguindo orientações recebidas em treino), foi pra defesa assim mesmo, e arrasou.

Eu estava na rua, quase chegando em casa, ansiosa pra ver o jogo… Assim que o farol fechou, um cara de bicicleta, usando uma camisa do City, atravessou a faixa de pedestres… Quando ele ficou de costas pra mim, eu vi: 33 Gabriel Jesus. Aí eu tive certeza que íamos ganhar o clássico (de novo), até falei isso para quem estava comigo. Era um sinal. 😉

Cheguei em casa e o primeiro tempo já estava quase acabando. E não é que, logo que comecei a assistir, Ricardo Goulart sofreu um pênalti… que o juiz não marcou? Mas que coisa! O sujeito voltando de uma punição de um ano, e parecendo não ter nenhum receio de ser mandado para a “geladeira” de novo… Deve ser porque ninguém vai para a geladeira se errar e prejudicar o Palmeiras… né?

Foi muito pênalti em Goulart… A não marcação de um pênalti em um jogo, num clássico, principalmente, pode ser determinante para o seu resultado, não é mesmo?

Ainda bem que o Palmeiras não ia precisar dessa possibilidade de gol…

Não sei se meus amigos/informantes reclamaram mais do que deviam no primeiro tempo, ou se o Palmeiras voltou mais ligado no segundo, mas o fato é que, já no primeiro minuto, Dudu quase abriu o placar em um chute cruzado que passou pertinho, quase lambendo a trave.

Carlos Eduardo, que viera pro jogo na segunda etapa substituindo Borja, era alvo de muitas reclamações do torcedores nas redes sociais, desde que a substituição fora anunciada; Felipão, por ter optado por ele, também recebia críticas de alguns – tem um pessoal que parece ter esquecido que torcer é diferente de ficar xingando o tempo todo porque aquilo que a gente imagina/espera/quer que aconteça não se realiza. Se o atleta, seja ele quem for, estiver em campo, vestindo a camisa do nosso time, o melhor que nós podemos fazer é torcer por ele, e pelos outros 10 também. Disse a mim mesma que adoraria que Carlos Eduardo fizesse um gol, e bem bonito, para calar os chatos reclamões. Mas só desejei o gol… não imaginei que ele, tão perseguido pela torcida e, por isso mesmo, e muito provavelmente, menos seguro em campo, fosse mesmo marcar. Mal sabia eu o que aconteceria…

Goulart teve uma boa chance depois de um belo passe de Scarpa, mas foi travado por Arboleda na hora de finalizar; depois foi a vez de Carlos Eduardo, que escorou de cabeça para o meio, a bola cruzou toda a frente do gol sem que aparecesse ninguém em condições de empurrá-la pra rede…

Estava gostando de ver o Palmeiras mais perigoso do que o adversário, mais ofensivo, merecendo fazer um gol. Dudu, Scarpa e Goulart (joga “nada” ele) estavam muito bem (imagina quando eles se entrosarem mesmo?) Do meio pra trás estava todo mundo ligado, atento, jogando seguro. Felipe Melo, pra mim, era um dos destaques do time. Jogava muito o Pitbull, Gustavo Gomez também. Weverton parecia bem tranquilo. O Palmeiras crescia no jogo.

E, então, aos 34’… ficamos todos estupefatos. Carlos Eduardo tabelou com Dudu, e o baixinho, rápido, inteligente, deu um passe de calcanhar lindo pra ele… e Carlos Eduardo soltou um míssil de fora da área. A bola bateu, por baixo, no travessão de cima, bateu no chão, bateu no travessão de novo, bateu no chão e entrou… Ah, danada. Tinha que ser caprichosa no gol maravilhoso de Carlos Eduardo (os bambis já colecionam muitas pinturas palestrinas. A cada jogo tem uma nova). Eu que desejara que Carlos Eduardo marcasse um gol , e gol bonito, nunca imaginei que seria esse espetáculo. Que golaço!

https://www.youtube.com/watch?v=2dCW8zh45IE

Os jogadores todos foram comemorar com ele, os reservas todos correram pro abraço. Um bolo de parmeras pulando ali na linha de fundo, todos eles felizes pelo garoto que entupia todas as cornetas com seu petardo – prova de que o time inteiro se ressente (e isso atrapalha) quando a marcação da torcida pra cima de um atleta é muita. Um gol para lavar a alma do Cadu, dos companheiros que o apoiam… e para levar o Palmeiras a mais uma vitória diante do São Paulo.

Foi tão sensacional o gol de Carlos Eduardo, foi tão linda a comemoração dos jogadores palmeirenses, que até o mascote bambi ficou encantado…

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O jogo caminhava para seu final (por pouco não saiu mais uma cobertura), o Palmeiras, que há 10 anos não perde para o São Paulo em Campeonatos Paulistas (em brasileiros, a última derrota foi em Mai/2017), decidia a partida, saía com a vitória e , com 22 pontos conquistados, carimbava antecipadamente a classificação para os mata-matas…

E pensar que, em 2014, Carlos Miguel Aidar, então presidente do São Paulo, disse, enquanto debochadamente comia bananas diante das câmeras de TV, que o Palmeiras estava se apequenando. Veja só como são as coisas… O Palmeiras, em campeonatos brasileiros, não perde para os leonores desde Maio/2017… em Campeonatos Paulistas, não sabe o que é uma derrota desde 2009… O Palmeiras, de situação financeira, trabalho, estrutura e elenco invejáveis, ganhou dois Brasileirões (2016/2018) e uma Copa do Brasil (2015) desde então, e o adversário, que coleciona belíssimas “coberturas” e um “torpedo” presenteados por jogadores palmeirenses, está a ver navios há um tempão.

Como bem disse Paulo Nobre, o grande responsável pela reestruturação do Palmeiras, o mundo é redondo e, agora, o Aidar (e quem mais se refestelou com as suas idiotices) deve saber o que fazer com a banana, né?

“Os homens que não se rendem às verdades mais evidentes, não são homens, são pedras” – Voltaire

Ganhar ou perder um jogo, um campeonato, faz parte da disputa. O que não faz parte mesmo é a sacanagem, a mutreta, a armação, o “direcionar um título” para um determinado “colo”… e nada como o tempo, e um novo acontecimento,  para dar novas luzes à uma sujeira que está fazendo aniversário, não é mesmo?

Você lembra da final do Paulistão 2018, certo? Lembra da primeira final, lá no Esmolão. Lembra que o Palmeiras vencia por 1 x 0, quando num ataque palmeirense, Willian e Borja sairiam na cara do Cássio, e  a arbitragem inventou um impedimento e parou a jogada, impedindo o Palmeiras de, muito provavelmente, fazer 2 x 0.

Lembra – claro que lembra – que na segunda partida, no Allianz,  um pênalti de Ralf em Borja foi ignorado pela arbitragem, que um toque de mão de Henrique, na área, também foi ignorado, e que a marcação de um pênalti, muito pênalti, em Dudu, que o árbitro marcou com toda a convicção, foi desmarcada depois de 8 minutos de paralisação, de muita reclamação por parte dos jogadores adversários, de muita conversa suspeita – de gente que nem poderia estar no campo conversando com quem quer que fosse -,  e de muita interferência externa (com uso de celular também), até mesmo por pessoas da Federação Paulista, não é mesmo?

O Palmeiras  tinha muitas provas de que ocorrera muita interferência externa para convencer/induzir o árbitro a desmarcar o pênalti – o árbitro tinha certeza do pênalti quando o marcou e afirmou isso até mesmo no tribunal depois (tinha certeza e mudou mansamente de ideia?).  E o que aconteceu? Nada. Vilanizaram o Palmeiras, a vítima da armação (ele ficou meses reclamando da interferência externa – proibida pela FIFA), ironizaram as suas reclamações; a Federação Paulista e o TJD ignoraram as suas muitas e inquestionáveis provas (a imprensinha os ajudou nisso como pôde)…  o presidente do tribunal disse que “aqui ninguém vai ganhar no grito”… a imprensinha dizia que era “chororô”, que “não dava para saber o que eles conversavam”… enfim, foi uma maracutaia tamanho gigante…  e muito escandalosa, sem que fosse tomada providência alguma por parte dos responsáveis pelo futebol. (https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2018/04/paulistao-2018-o-mecanismo/)

E não é que, agora, quase um ano depois da final do Paulistão, no jogo entre Aparecidense e Ponte Preta, pela primeira fase da Copa do Brasil, um gol da Ponte Preta (que perdia por 1 x 0) foi anulado graças à interferência externa (a questão não é se o gol foi legal ou não, e sim como foi feita a anulação do mesmo). Um delegado foi conversar com o quarto árbitro, as imagens mostraram isso, a Ponte reclamou, recorreu, nenhum representante da Justiça Desportiva disse que “ela queria ganhar no grito”, a imprensinha não chamou a reclamação do clube de “chororô”, nenhum jornalista  disse que “não seria possível saber o que o delegado conversava com a pessoa da arbitragem”… “era direito da Ponte”, diziam todos, e, em questão de dez dias, fizeram o que tinha que ser feito num caso como esse, aconteceu um julgamento no STJD e o jogo entre Ponte e Aparecidense foi anulado.

…………………….

Agora, ficou claro, ficou desenhado que a mutreta na final do Paulistão era mesmo uma armação e de interesse da Federação Paulista de Futebol e do TJD (se, mesmo sendo proibida a interferência externa, eles não tomaram providência alguma a esse respeito, e fizeram exatamente o contrário do que deveriam ter feito, devem ter gostado do que aconteceu)… não é?

O Palmeiras tinha muito mais provas da interferência externa, tinha as imagens das câmeras do Allianz, contratou até a Kroll para ajudá-lo a provar. Mas, pela reação e (falta de) atitude da Federação Paulista de Futebol e do TJD, pelo jeito q ficaram tão bravinhos com o Palmeiras por ele “ousar” se indignar e se posicionar publicamente contra a tramoia que sofreu, por terem ignorado as provas que ele apresentou e terem feito-as parecerem menos substanciais do que realmente eram, por terem ignorado as contradições todas, as mentiras ditas (as imagens mostravam a verdade), pelo julgamento mandrake que o Tribunal de Justiça (?) Desportiva levou a cabo, ficou claro que o resultado fabricado ali, na final do Paulistão 2018, era de interesse deles todos.

E, agora, enquanto a imprensinha comemora a correta e justa anulação do jogo Aparecidense x Ponte, enquanto ela valoriza o “antes tarde do que nunca” de se fazer valer as regras, de se respeitar a proibição da FIFA à interferência externa, é preciso que nos perguntemos: Por que SÓ AGORA resolveram fazer justiça, ou seja, cumprir as regras? Por que insistiram tanto (até mesmo a imprensa insistiu) em ignorar as provas todas em outra ocasião muito mais importante – uma final de campeonato?

O tempo acabou  revelando o que já sabíamos, e o que alguns tanto quiseram esconder, afinal, o “antes tarde do que nunca” do tribunal só veio mostrar que o Palmeiras sempre esteve certo, que ele foi sacaneado na final do Paulistão 2018, que ignorarem as provas todas do Palmeiras fez parte de daquela picaretagem (filmada e fotografada)… o “antes tarde do que nunca” veio nos dar a certeza que federação e tribunal fecharam os olhos à determinação da Fifa porque quiseram. Afinal, a Justiça Desportiva não pode agir/julgar de maneira seletiva e fazer com que a proibição da FIFA seja respeitada só quando ela, a justiça, bem entender… a interferência externa é proibida em todos os campeonatos e não só na Copa do Brasil.

Nada como um julgamento atrás do outro…

 

O Palmeiras jogou na segunda-feira contra o Bragantino, pelo Paulistão – o campeonato mequetrefe da Federação Paulista de Futebol.

Jogou um bolão, colocou a bola no chão, e venceu bem. Dudu, Moisés e Scarpa arrasaram em campo. Prass esteve muito bem também. Aos 8′, Dudu fez 1 x 0. Jogada linda com Felipe Pires, Scarpa e ele, o baixola, mandando pra rede. Aos 29′, Borja invadiu a área, sofreu pênalti, Scarpa cobrou e  fez 2 x 0, resultado final.

Teria sido tudo tranquilo se não fosse a licença/alvará/permissão que o árbitro Vinícius Furlan  deu para a violência do Bragantino. Já tinha acontecido na partida diante do Oeste (contra o Botafogo também). Um chute no estômago de Dracena, uma cotovelada em Deyverson, na área, e uma outra cotovelada em Victor Luís (não tenho essa imagem) ficaram escandalosamente impunes… Lembra?

E como as botinadas nos parmeras parecem estar liberadas, aconteceu de novo, claro. O Bragantino, na última rodada, não se fez de rogado e desceu a botina sem dó nos palmeirenses. Com o consentimento da arbitragem. Um absurdo. O árbitro, fez vistas grossas para um monte de coisas, até mesmo para uma entrada criminosa de Júnior Goiano em Scarpa. Uma tesoura, por trás, digna de um cartão vermelho (e de uma punição do tribunal), que vai deixar o atleta palmeirense sem jogar por 3 semanas, e que o árbitro Vinícius Furlan nem sequer achou que merecia amarelo (o tribunal também fez de conta que nem ficou sabendo). Cego, sabemos que o árbitro não é (aliás, nenhum árbitro é cego)… também não desconhece as regras, senão, não estaria ali (os árbitros não chegam à primeira divisão sem serem preparados pra isso) … e, se não são cegos, se conhecem bem as regras, por qual motivo um árbitro deixaria de assinalar uma entrada criminosa dessa? Por qual motivo não puniria o agressor? Me engana que eu gosto, viu Federação Paulista?

………………

Não tem desculpa para deixar uma falta dessa impune, não é mesmo? Ainda mais porque sabemos – temos certeza – que se fosse um jogador do Palmeiras a cometê-la – Felipe Melo, por exemplo -,  teria sido expulso na mesma hora, saído de camburão do estádio e, no dia seguinte, sendo detonadíssimo pela imprensa esportiva, e em todos os programas de TV,  seria denunciado pelo tribunal, o julgamento já seria marcado, a provável pena pra ele já seria noticiada na TV… e o Delegado Olim apareceria dizendo que lá ninguém ganha no grito, aquelas coisas todas que conhecemos tão bem (a mesma “dinâmica” do que aconteceu –  merecidamente – com Deyverson, que cuspiu em um adversário, mas que não aconteceu com Henrique e com Clayson, que cuspiram em Borja e Felipe Melo)…

E agora, a coisa se repete… agressão em atletas do Palmeiras continua sendo coisa permitida pelas arbitragens nesse campeonato paulista… e a imprensa esportiva, dependendo da cor da camisa (de quem agride e de quem é agredido), atua como aliada. Uma agressão de um Felipe Melo é um escândalo, mas a de um Everton, de um Fagner, de um Júnior Goiano, ainda que violentas, desleais, não têm o mesmo peso, não ganham o mesmo destaque, os seus autores não são execrados, as suas reputações, como profissionais, não são destruídas… Fosse a imprensa realmente imparcial, isenta, ética, e desse o mesmo relevo para agressões, quaisquer que fossem elas, sem levar em conta a cor das camisas dos envolvidos, certamente as arbitragens não se sentiriam tão à vontade para brincar de “Bird Box” e fazer de conta que não enxergam o que acontece na  cara de árbitros e auxiliares, porque as notícias todas apontariam seus ‘erros’ e favorecimentos depois.

Dudu também apanhou na partida. Aliás,  uns segundinhos antes da tesoura em Scarpa, Dudu levou um tranco.  Ele avançava nas proximidades da área, foi parado na falta (o árbitro, muito perto do lance, acaba escondendo o tranco que Dudu levou), a bola sobrou para Scarpa e o Júnior Goiano entrou meteu uma tesoura desleal e criminosa nele… por trás.  Duas faltas seguidas, uma delas, escabrosa… e o árbitro ali pertinho… de enfeite.

Eu sei que num jogo entre um time mais técnico, talentoso, com jogadores mais habilidosos, dribladores, leves, e um time com jogadores com menos recursos técnicos, o que tem menos recursos vai querer parar o mais habilidoso na falta (às vezes, jogadores dos elencos melhores, mais categorizados, tecnicamente falando, também pegam duro os jogadores dos elencos tecnicamente inferiores, mas não com a mesma frequência). Isso é do futebol. No entanto, a regra não permite que seja assim. Por isso é que temos árbitros e auxiliares atuando nas partidas, para coibir a violência, para que sejam assinaladas as infrações e para que sejam punidos os infratores, como manda a regra.  Pra não virar um salve-se quem puder em campo. Mas não é isso o que temos visto acontecer…

Nenhum time, seja ele grande ou pequeno, pode ter aval da arbitragem para quebrar jogadores adversários; da mesma forma que que nenhum time pode estar fadado a apanhar com o consentimento do juiz.  Nenhum jogador, seja ele mais, ou menos valioso – em relação ao valor do seu passe e ao seu talento -, pode receber entradas passíveis de lhe quebrar uma perna, arrebentar ligamentos do joelho, do tornozelo, pode ser impedido de exercer a sua profissão por alguma lesão ocasionada por um adversário, sem que o agressor seja punido. Não punir coisas assim é o mesmo que dizer: “Pode bater à vontade, que tá liberado”. E é o que está acontecendo no campeonato mequetrefe da Federação Paulista. É por isso que o Botafogo bate, aí vem o Oeste dá chute, cotovelada, depois vem o Bragantino e arrebenta o Scarpa, dá uma entrada feia em Borja… Já que não acontece nada mesmo, a impunidade, para alguns, vai “fazendo escola” (e quem  será que dá a “licença” para que os árbitros possam agir assim?).

E enquanto a imprensa esportiva discute a camisa falseta do Bolsonaro, quem, além dos palmeirenses,  está discutindo a punição cabível para o jogador do Bragantino, que deu uma tesoura criminosa no Scarpa e o tirou dos próximos jogos do Palmeiras? Quem está pedindo que as arbitragens coíbam essa violência gratuita de que o Palmeiras tem sido vítima em alguns jogos?

Ninguém! Nem o tribunal… nem a FPF… e muito menos a imprensa esportiva (e todos fariam exatamente o contrário se o agressor fosse palmeirense) . E é exatamente isso que faz com que a gente pense que há algo de podre no reino do futebol paulista (e brasileiro), né?

Há um bom tempo, eu venho dizendo que, depois da final do Paulista 2018, não estou nem aí mais com o Paulistão (se o Palmeiras ganhar o campeonato, ok; se não ganhar, ok também) e não sinto mais aquela rivalidade de antes em relação ao ‘Lava Jato’. Senti tanto nojo aquele dia, e nos dias que se seguiram, por perceber, e depois confirmar, a imensa tramóia que ocorreu, que, para mim, o rival perdeu aquela condição de “o” rival. Se valer daquela sujeira toda para ganhar um Campeonato Paulista foi de uma indignidade imensa. Depois disso, acabou a tensão pré derby, acabou o desgosto imenso em caso de derrota, acabou o “comer os cantinhos dos dedos”, o “nem dormir direito na véspera”, o “melhorar, ou estragar, o meu ano” dependendo do resultado… perdeu a graça mesmo. Sei que a maioria dos palmeirenses não se sente assim, mas, pra mim, ele era rival quando podia respeitá-lo, temê-lo na bola e não por causa do apito (em 2018, foi só a pá de cal, porque a coisa já vinha de longe).

A derrota desse sábado, que nada teve a ver com o apito – o árbitro, milagrosamente, foi bem – me chateou sim, claro, mas como chatearia se o Palmeiras tivesse perdido para o Bragantino, o Red Bull, o São Caetano, que não são rivais do Palmeiras…  me chateou pela derrota e não pelo adversário.

Em campo,  o time adversário foi inofensivo, inoperante… e achou um gol (legal) numa bola parada (lance em que alguns jogadores palmeirenses estavam bem mal posicionados).  O Palmeiras, por sua vez, foi inofensivo e inoperante… e não achou nada. Não conseguiu transformar em gols as suas muitas idas ao ataque, nem a posse de bola bem maior.

Jogo ruim, chato de assistir. Sem grandes emoções… O ‘Lava Jato’ se mantinha dentro da sua estratégia de se defender e jogar por uma bola (Cássio já fazia cera no começo do primeiro tempo. Alguns jogadores corintianos seriam amarelados durante o jogo por esse mesmo motivo)… o Palmeiras, não sei porque, burocrático, fazendo sempre a mesma coisa, jogando só na bola levantada na área (tem elenco para bem mais do que isso)…

Segundo li, o adversário finalizou 8 vezes (5 na direção do gol). O Palmeiras, com muito mais posse de bola (66%), finalizou 28 vezes (19 delas não foram na direção do gol), e uma única exigiu uma defesa de Cássio; o Palmeiras cobrou 15 escanteios, o adversário 1. Perder para um time que fez tão pouco na partida é pior ainda. A torcida palestrina reclama das muitas cabeçadas a gol que deram em nada. Mas não basta conseguir tocar a cabeça na bola para que se tenha uma grande chance de gol, boa parte dos cruzamentos tinham que ter sido mais precisos também.

Lucas Lima começou a partida muito bem, mas depois sumiu em campo. Era nítido que faltava criatividade para ele, para o Palmeiras (saudades do Mago). Quando um time toca a bola e o outro só se defende, ainda que não queira isso o que só se defende está chamando o adversário pra cima, e o Palmeiras não foi… não da maneira que deveria ter ido. Todas as jogadas iam pro Dudu, o tempo todo. Nossos laterais não estiveram bem. Borja não conseguiu finalizar a contento… Deyverson entrou depois e também não fez nada em campo, a não ser cuspir em Richard – depois de ter sido chutado por Henrique – e ser expulso aos 42′. (Ok que o árbitro deveria ter expulsado também também o Henrique que chutou Deyverson depois de pará-lo com falta, mas nada justifica cuspir no rosto de uma outra pessoa.  Deyverson queimou o próprio filme). Carlos Eduardo também não conseguiu fazer boa partida. Parecia querer tanto acertar que acabava dando tudo errado. Mas era o primeiro clássico dele e esse pode ter sido o motivo do desacerto. Felipe Pires entrou no lugar dele depois e foi melhorzinho. Scarpa entrou no lugar de Bruno Henrique e achei que ele foi bem.

Mas enfim, foi uma tarde azeda, de uma partida azeda do Palmeiras… o time pecou bastante na criatividade, na finalização, Felipão não conseguiu acertar/mudar o que não estava funcionando… e o adversário, com duas linhas de 4  só se defendia… O placar ficou mesmo no 0 x 1.

Nós cansamos de pedir para a diretoria do Palmeiras não disputar o Paulista, colocar a molecada, o sub-17, o massagista, o roupeiro…  e agora vamos mesmo ficar possessos porque Felipão talvez esteja só usando o Paulistão para observar algumas coisas, para acertar o time? Porque resolveu testar, ou “batizar”, alguns jogadores no derby?

Sei que muitos palestrinos ficaram ainda mais bravos porque era um derby, outros, como eu,não veem mais o adversário como o grande rival, no entanto, todos queremos ver o Palmeiras vencendo e, principalmente, jogando mais do que isso. Mas viremos a página e sigamos em frente…  é só o começo da longa caminhada de 2019.

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