O Ministério da Saúde adverte: Derrotas do Palmeiras são extremamente prejudiciais à saúde, provocam insônia e acabam com o bom humor.

O Palmeiras pagou caro pela escolha infeliz de Gilson Kleina no clássico… Ele escalou o time errado e só foi consertar o erro quando já perdíamos por 2 x 0. Que “Felipada”…

Eu nem ia ao jogo. Como a carga de ingressos, destinada aos palmeirenses era muito pequena, imaginei que seria bem difícil conseguir comprar. Eram 13h00 quando um amigo ligou, acenando com a possibilidade de eu ir ao Morumbi. Fui correndo encontrar o pessoal. Mas a pessoa que estava com o meu ingresso teve problemas para chegar e, então, com o jogo em andamento, e o coração querendo pular do peito e voar pra dentro do estádio, ficamos lá fora esperando pelo ingresso. E no Twitter buscávamos notícias sobre o que acontecia em campo. Com predomínio do São Paulo, uma tabela de Valdivia e Barcos, parecia ter sido a nossa única chance até ali. Entrávamos no estádio quando ouvimos o grito de gol da torcida que estava em maioria. Ai, meu Deus…

E entramos sem ter visto Artur, aos 14′, tomar cartão amarelo; sem ter visto que, aos 18′, Valdivia fez boa tabela com Barcos, mas o Pirata chutou fraco (isso tínhamos ficado sabendo via telefone); também não soubemos que Luís Fabiano simulara um pênalti aos 35′, e Paulo Cesar Oliveira deixara por isso mesmo -Será que o pessoal do Sportv vai dar o troféu “Alberto Roberto” para o Luis Fabiano também, ou esse troféu só vale para o Valdivia? E, lá de fora, ainda entrando, não vimos Lucas invadir a área e driblar duas vezes, e como quis, o patético Márcio Araújo, antes de mandar na trave, a bola que iria parar nos pés de Luís Fabiano e depois na rede de Bruno. Sai técnico, entra técnico e o Márcio Araújo, que nos dá tantas dores de cabeça, continua intocável…

Eu estava crente que Obina ou Mazinho estariam no time com Barcos, afinal, Kleina tinha treinado com essas duas formações. Mas quando comecei a subir a arquibancada, eram tantos os xingamentos para Daniel Carvalho que percebi que Kleina tinha escalado o time de outra maneira. Além disso, pelo gol tomado, e pelos xingamentos, parecia que não tava dando nada certo…

Não acreditávamos no que víamos em campo. Assunção e Márcio Araújo estavam presos atrás, assim como os laterais, que não marcavam e nem jogavam. No gramado daquele tamanho e com aquele calor, Daniel Carvalho, escalado na partida errada, andava em campo (esse não era um jogo pra ele), e o Barcos sozinho lá na frente… Se era pra escalar outro meia, que fosse o Thiago Real, pô! A formação escolhida por Kleina, não funcionava, e era outro o Palmeiras que os torcedores, incrédulos, viam jogar.

Eu tinha dito aqui, que a grande sacada do Kleina tinha sido colocar um atacante com Barcos, e, justo no clássico, ele resolveu mudar o que tava dando certo e fez uma mudança tática para um esquema que deixou o Palmeiras lento e previsível.  E só dava o time adversário em campo.

Se já estava tudo errado, tudo esquisito, imagine depois que Denílson chutou de lá do meio da Giovanni Gronchi e guardou no ângulo de Bruno? Manja aquele tipo de gol que o sujeito nunca mais vai fazer na vida? Então… todos esses “Chumbinhos”, que nunca mais vão fazer gols lindos na vida, resolvem fazê-los, uma única vez, sempre contra o Palmeiras. Que dureza!! Aí o time sentiu… e a torcida também.

Alguns torcedores xingavam os jogadores de cada coisa… Na boa, se no seu time só tem “@3*&%”, “%*@&”, se você “tem certeza” que ninguém presta, que ninguém quer nada com nada… você vai fazer o que no estádio? nem adianta torcer… Algumas pessoas atrás de mim davam a impressão de serem torcedores de outro time, menos do Palmeiras. E eu olhava pra trás o tempo todo, para ter certeza que não haviam gambás ou bambis ali…

Quando a bola rolou na segunda etapa, Kleina consertou a burrada que tinha feito e que deveria ter consertado bem antes. Tirou Márcio Araújo e Daniel Carvalho, e colocou Luan (eu preferiria Mazinho ou Obina) e Thiago Real.  E o time já mostrou outra cara. Da bancada, nós já percebemos que o Palmeiras vinha para tentar sair do prejuízo. O time do São Paulo, que tinha jogado tão fácil na primeira etapa, parecia mais preocupado nesses primeiros minutos do segundo tempo, e ficava todo em seu campo de defesa.

Aos 5′, Juninho, lesionado, pediu pra sair. Correa entrou no time. Aos 8′, Artur entrou mais duro em Osvaldo, recebeu o segundo amarelo de PCO, e foi expulso. Deus do céu! Se já estava difícil… Sabemos bem que ele não seria expulso, caso sua camisa fosse outra.

Aí, depois da expulsão, o que seria reação, virou um festival de passes errados, finalizações equivocadas, tentativas inúteis e desespero. O Palmeiras estava perdido em campo. Aos 18′, Correa recebeu pela direita, deu uma meia-lua em Cortez e chutou forte. O goleiro espalmou, mas a bola sobrou na área. Valdívia correu para tentar o chute, mas, quando chegou na bola, foi travado duramente por Paulo Miranda.  Para Artur, a entrada com mais vontade, teve cartão e expulsão; para Paulo Miranda, não… é assim que trabalha o PCO.

Pra piorar o que já tava ruim, Valdivia se machucou na jogada. Jogada em que, normalmente, ao ver o zagueiro chegar rasgando, os jogadores nem entram, mas Valdivia, querendo chutar a gol, foi na bola mesmo assim e lesionou o joelho, de maneira bastante séria. E como não podíamos mais fazer substituições, ele (que alguns chamam de chinelinho), no esforço, e para ajudar a equipe, permaneceu em campo, lesionado e tudo, com dores e tudo…

Que tarde maledeta em que nada deu certo pra gente!  Antes mesmo que Valdivia retornasse, depois da entrada de Paulo Miranda, PCO amarelou Henrique, depois dele ter chutado uma bola na barriga de Luís Fabiano (e não na cara, como dizem alguns, e como a atriz “fabulosa”, tentou fazer parecer). Até Henrique estava perdendo o controle… Eu me sentia como se fosse feita de pedra, e a pedra rachava cada vez mais.. E a pedra doía, como só as pedras sabem doer…

Aos 24′ (tinha que ser!), Luís Fabiano, como se tivesse sido convidado, entrou na área tranquilamente, recebeu um passe açucarado e, sem marcação, guardou o terceiro. Não havia mais o que fazer… a não ser tentar não tomar mais gols.

Barcos dividiu forte com Denílson  e PCO marcou falta de Barcos… Lucas passou por dois e chutou no canto; Bruno se esticou todo e evitou o gol… Aos 36′, Valdivia, com muitas dores, deixou o campo… Aos 39′, Luan chutou forte e a bola desviou em escanteio… Aos 41′, Assunção erra na área e “deixa” pra Denílson chutar de primeira e errar o gol… Aos 45′, sem acréscimos, o árbitro encerra a partida.

As ”pedras”, que ainda restavam na bancada, olhavam umas para as outras, sem saber o que pensar, sem saber o que dizer… com aquele vazio, que só as pedras sabem expressar…

Eu tinha uma certeza… Gilson Kleina merecia “dormir no sofá” naquela noite… que trapalhada!

Mas esse jogo já foi! Que fiquem as lições! Não podemos perder o foco e muito menos a confiança. Embora eu até achasse o contrário, sabíamos que não ganharíamos todas… que algumas derrotas fariam parte do caminho.

Não é fácil, mas ‘vamo que vamo, Parmera’! FORÇA!! É na alegria e na tristeza, MESMO! Dessa vez, foi na tristeza, mas ”tamo junto, e nada mudou entre nós…

EU PLANTEI PALMEIRAS NO CORAÇÃO!!!

(Força, Mago!! As provas mais duras são dadas aos que possuem mais força de espírito. E eu sei que você possui essa força. Tamo junto!)

Esse espaço é normalmente utilizado para falar do Palmeiras mas, não poderia deixar de comentar a barbárie ocorrida ontem, no Morumbi, na partida  entre Corínthians e São Paulo. Seria apenas uma vergonha, não fossem tantos os feridos. A diretoria do time do Jd. Leonor, arrogante e incompetente; sem um pingo de decência, joga a culpa na parcela mínima de torcedores corintianos que havia no estádio. Marco Aurélio Cunha diz que isso se deve à má conduta dos cidadãos. Chega a ser desonesto. Ora, mas não é a polícia quem deve proteger o cidadão e dispersar os torcedores em caso de tumulto? Não é o dono do estádio quem deve se responsabilizar pelas segurança e pelo que acontece em sua “praça de esportes”? Não foi assim no caso do gás lá no Palestra? Mesmo o laudo apontando o autor da “façanha” para dentro dos vestíários bambis, não foi o Palmeiras o clube punido? E agora vai ficar por isso mesmo? Assim como ficou o caso dos ingressos para o show da Madonna? Prá eles tem sempre uma desculpa?

Se os torcedores que estavam saindo do estádio (que pretende ser uma das sedes da Copa do Mundo!), foram atingidos por uma bomba (vinda do estacionamento e que ninguém sabe quem atirou), tava mais do que na cara que não eram eles quem deveriam ser “contidos”. Deveriam sim ser protegidos.  Tá na cara que não foi torcedor do Corínthians quem jogou a bomba, né? Sendo assim, só resta uma alternativa…

E como é que pode, um torcedor (não importa para que time ele torce) ir a um estádio, assistir ao seu time de coração e sair de maca? Sair com fratura exposta então, é obsceno! Onde estão os responsáveis? É muito fácil jogar a culpa nos torcedores. Isso é o que mais acontece. Há muito tempo que as maiores situações de violência entre torcedores de times rivais, ou entre polícia e torcedores, acontece no Morumbi. E são os propietários do mesmo Morumbi, quem vivem tendo chiliques quando têm que jogar na casa de um adversário. Arrumam mil e um motivos para não jogar no Palestra Itália, por exemplo. Alegam que lá não têm segurança. Os únicos problemas que eles tiveram no Palestra Itália, foram os que eles mesmos “arquitetaram”, como a pilha que atingiu o goleiro farsante e um vídeo ocasional tratou de desmentir. O mesmo aconteceu no caso do gás, onde os diretores do time do Jd. Leonor bradavam aos quatro ventos que queriam punições, rebaixamento, que isso era atitude de time de várzea… Bastou o laudo “colocar” o autor dentro dos vestiários bambis, que o assunto morreu; a diretoria bambi “esqueceu”, o Tribunal deixou prá lá, a impren$inha mudou de foco… E eu pergunto: e se não houvesse o vídeo ocasional desmentindo o goleiro farsante? E se não houvesse o laudo pericial?

Mas agora é diferente. Muito diferente. Tem gente ferida, que não tem nenhuma culpa do bate-boca e do clima-de-guerra ocasionado pelos presidentes dos dois clubes. Esqueceram que além de  torcedores, são agora dirigentes de seus clubes de coração e teriam que agir de maneira a evitar rivalidades exarcebadas. Todo mundo sabia do “clima” que havia entre as duas torcidas, mas o São Paulo, nem assim ofereceu condições de segurança aos torcedores. Some-se a isso o despreparo e abuso da polícia, a “pilha” que a impren$inha colocou a semana toda,  e o que se teve no Morumbi foram agressões, bombas, desmaios, correria, gente pisoteada, pedradas, ambulâncias…e  o saldo de 40 feridos. E tudo isso aconteceu dentro do Morumbi e também nos seus arredores. Vamos aguardar as medidas que serão tomadas e as punições para os responsáveis, se é que haverá alguma punição. Esse é o país que vai sediar a Copa do Mundo e esse estádio sem a menor estrutura e condição de abrigar os jogos, quer ser uma da sedes…

SE A FIFA NÃO ABRIR O OLHO…