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E não é que o time do Palmeiras começa a se ajustar?

Eu já tinha gostado do Palmeiras contra o São Bernardo, do time mais acertado, da vitória tranquila por 2 x 0, tinha gostado das substituições que o Eduardo Baptista fizera na segunda etapa, quando conseguimos marcar os dois gols da partida – Michel Bastos arrasou, entrou e mudou o jogo; Raphael Veiga também me agradou bastante. Achei que o time já dava mostras que ia dar liga.

E então, no domingo, o Palmeiras foi enfrentar o Linense, em Araraquara, pela quarta rodada do Campeonato Paulista… e que delícia de futebol ele apresentou para os muitos palmeirenses que lá estavam, e para os milhões que acompanharam pela TV.

Eduardo deu uma mudada no time escalando Michel Bastos, Raphael Veiga – nem poderia ser diferente depois do que os dois apresentaram na partida anterior -, Egídio e, na zaga, Mina estava de volta.

E o Palmeiras não teve dificuldade alguma para vencer e golear o Linense, que não nos deu trabalho, a não ser e duas ocasiões em que Prass e, depois, Vitor Hugo resolveram bem. As únicas dificuldades que o Linense nos causou foram a cera picareta (o goleiro, ator, simulou ter sofrido agressões de jogadores palmeirenses que nem sequer encostaram nele. Deveria ter tomado uns oito gols o filho da mãe) e as botinadas. Logo no início da partida, aos 9′,  Zé Antonio entrou rasgando em Moisés – acertou o joelho do palmeirense, de lado, rompendo os ligamentos todos -, mandando-o direto para o hospital. Que tristeza… Gambá Oliveira, o árbitro, como faz sempre que apita jogo do Palmeiras, nem amarelo deu pra ele. É a segunda vez que esse mesmo Zé Antonio lesiona o Moisés, a outra foi no ano passado – mas “o Felipe Melo é violento”. Desta vez, Moisés deverá ficar seis meses parado, no mínimo. Vou falar sobre isso na próxima postagem.

Sem Moisés, Eduardo chamou Keno pro jogo e ele se ajustou direitinho ao time, ajudando o Palmeiras a voar em campo.  Passes precisos, time veloz, enfiadas de bola muito boas, o Palmeiras ia apertando o Linense em sua área.

Eu estava adorando o que estava vendo, Michel Bastos, Raphael Veiga, Willian e Keno pareciam jogar no Palmeiras há tempos. Tranquilos, fazendo o que sabem, sem aquela coisa de quem está chegando num time grande  – que acabou de ser campeão brasileiro –  e que precisa fazer um drible a mais, ou precisa se expor menos ao erro, ser mais cauteloso, para causar boa impressão, agradar a torcida… nada disso. Com muita vontade, eles batiam um bolão, driblavam quando tinham que driblar, chutavam ao gol quando achavam que deviam… livres, leves e soltos, não pareciam sentir o peso da camisa.

E ainda tinha o Felipe Melo, Mito, Mina, Jean, Egídio, Prass… todos comandados pelo nosso soldadinho de chumbo. Que partidaça do Duduzinho…

Aos 23′, quando já tínhamos criado várias oportunidades de gol, o placar começou a ser justo… Keno recuperou uma bola na direita, meteu pro meio da área, Dudu tentou chutar pro gol, mas foi travado, Michel Bastos voltou a bola para Dudu e ele deu um passe maravilhoso, em diagonal, pra Willian chutar forte, balançar a rede e colocar o Palmeiras à frente. Que gol bonito! A defesa do Linense está procurando o Dudu e o Willian até agora…

E, como estava fácil, três minutos depois, o Palmeiras resolveu balançar a rede de novo… De Prass pra Willian, lá na direita, já no campo de ataque, Willian mandou de cabeça para Duduzinho, que ajeitou e tocou pra Willian de novo, que já entrava pelo meio, e ele deu um passe lindo (parecido com o do Dudu no primeiro gol) para Raphael Veiga completar e mandar pro fundo da rede do bobão, que agora não fazia mais cera.

Lindo o futebol do Palmeiras, leve, envolvente… e a gente morrendo de alegria por isso.

Na segunda etapa, o Palmeiras continuou dominando o jogo. Logo de cara, Michel Bastos tentou uma bicicleta… Dois minutinhos depois, Willian roubou uma bola na entrada da área, passou pra Duduzinho, ele meteu de calcanhar pro Willian (de novo), que chutou pro gol obrigando o goleiro a fazer a defesa. O bandeira assinalou impedimento, que não existiu, e gambá de Oliveira, mesmo próximo do lance, embarcou na do auxiliar.

Aos 8′, Duduzinho cruzou, Zé Antonio (bem feito) tentando tirar, deu uma desviadinha, o Michel Bastos aproveitou e, de cabeça, na bola baixa,  guardou o terceiro. Faz cera aí, goleiro!!

Eduardo chamou Barrios pro jogo. Eu queria muito vê-lo em campo. Ainda que goste bastante do Willian, e que saiba que Borja veio pra ser titular, gostaria que Barrios tivesse uma sequência com esse time; ele é finalizador e agora temos bastante gente pra colocar a bola no pé dos atacantes.

Depois da troca de Willian por Barrios, foi a vez do Pitbull, que saiu bastante aplaudido, para dar lugar a Thiago Santos, outra fera.

Keno fez uma jogada linda, invadiu a área pela esquerda, tocou mais atrás, Barrios entrava pelo meio e chutou pro gol, o maledeto do goleiro defendeu. Eu queria muito um gol de Barrios… ter nossos atacantes todos com moral elevada e uma boa dose de auto estima pode nos ajudar bastante na temporada.

E não é que meu desejo se cumpriu? Egídio cobrou lateral mandando a bola para Barrios, ele protegeu direitinho chamando a marcação e tocou pro Dudu, enquanto avançava, sozinho (os seus marcadores ficaram de bobeira na jogada) esperando a devolução… a tabelinha foi linda e a conclusão de Barrios foi perfeita. Goleada verde, pra fechar a conta! Tchuuuuupa, Leonardo de Caprio falsificado (se preocupou mais em atuar do que pegar no gol)!

Passeio do Verdão, time veloz, leve, “liso”, escalações, substituições e esquema de jogo certinhos do Eduardo, Duduzinho com uma atuação soberba, parmerada feliz, cantando, comemorando… como deve ser.

As peças estão se encaixado, o futebol dos nossos craques está aparecendo… esse time está dando liga…

Quarta-feira tem mais… é dia de derby! E o jogo será lá no Itaquerão, o nosso salão de festas.  Se o Mina e o Mito derem conta do Drogba e do Pottker… “é nóis”. rsrsrs

PRA CIMA DELES, VERDÃO!! E MUITO BOA SORTE!

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” A vida pode ser, de fato, escuridão se não houver vontade, mas a vontade é cega se não houver sabedoria, a sabedoria é vã se não houver trabalho e o trabalho é vazio se não houver amor.” – Khalil Gibran

Houve um tempo em que até um “Carlinhos Bala” se recusava a jogar no Palmeiras… um pai de um “Cristiano Ronaldo boliviano” qualquer, não queria que o filho – que ninguém sabe onde anda e o que faz – jogasse no Verdão… Houve um tempo em que não tínhamos bala na agulha e a maioria dos jogadores que contratávamos era de regular pra ruim… o time foi rebaixado, o clube faliu, não tinha receitas,  estava desmoralizado…

Então, veio  Paulo Nobre… Sonhando grande, mas com pés no chão, cheio de ideias, de objetivos – que ele traçou e seguiu com muita inteligência e determinação e, segundo dizem alguns, com uma boa dose de teimosia -, trazendo profissionalismo, transparência… com postura de presidente, discurso de presidente, com mentalidade nova e, sobretudo, com sabedoria, bastante coragem e muito amor ao Palmeiras…

Sofreu, penou… a coisa era pior do que parecia… e ele ajudou do jeito que podia e do jeito que o Palmeiras precisava naquele momento. Mas ele sabia que tinha que reforçar os alicerces primeiro. E, enquanto fazia o que ele – um muito bem sucedido homem de negócios – sabia ser necessário, enquanto colocava as finanças em ordem, criava novas receitas, mantinha os salários em dia, mesmo sem patrocínio (ele se recusava a aceitar qualquer valor que não fosse o que o Palmeiras merecia, e só apareciam empresas oferecendo merrecas), recebeu muitas pedradas… e quanta gente repetia: “Ainn, o Palmeiras não é banco para se preocupar em estar no azul”“Ainn, o Cu rintia compra mesmo sem ter dinheiro; o Flamengo tem uma dívida imensa e não deixa de contratar”… O tempo acabaria mostrando quem tinha razão…

O presidente errou também, claro – nenhum outro teria 100% de acertos -, lhe faltou flexibilidade muitas vezes, , foi cabeça dura em outras, faltou também alguma delicadeza (não só se desfez do meu ídolo, e ídolo de milhões de torcedores, como o fez de maneira injusta e meio cruel), talvez, no trato com algumas pessoas,  tenha lhe faltado alguma perspicácia também, mas, dentro do que traçara ao Palmeiras, dentro dos seus propósitos (ele me falou a respeito deles) de fazer o que fosse melhor ao clube, mesmo que o seu coração torcedor lhe doesse; dentro do objetivo  de reestruturar o Palmeiras para que, ganhar títulos, fosse uma condição natural e não um milagre esporádico, ele foi perfeito.

Mudou tudo lá dentro, cuidou de cada detalhe, não esqueceu nem mesmo de fazer com que os jogadores passassem a se apresentar nos programas esportivos devidamente trajados de Palmeiras. Blindou o time, dando segurança e tranquilidade para o Depto de Futebol trabalhar; emprestou milhões ao Palmeiras, sem nos cobrar as famigeradas taxas que costumam ser cobradas pelos bancos, e num momento em que os bancos nos esfolariam vivos se fizéssemos empréstimos (que levaríamos uma vida para pagar); comprou alguns jogadores com o seu próprio dinheiro e, quando foram vendidos, deixou o lucro ao Palmeiras; reclamou, publicamente, das tramoias do apito, saindo em defesa do Verdão;  nos deu um Centro de Excelência, maravilhoso, moderno, de presente… e mais do que tudo, comprou e venceu a “briga” com a WTorre, que pensava em se apropriar de nossas cadeiras no Allianz. Paulo Nobre literalmente ressuscitou o Palmeiras, o colocou de pé. Foi buscá-lo no fundo do poço e o colocou lá no alto. Nenhum outro fez tanto, e nenhum outro pegou o Palmeiras no estado em que PN o encontrou.

Hoje, tudo quanto é jogador fica louquinho para jogar no Palmeiras… hoje, os jogadores escolhem o Palmeiras… nós contratamos quem queremos, pagamos salários em dia, brigamos com o, monetariamente poderoso, mercado chinês… e ganhamos. Hoje tudo é alegria, é esperança, é acreditar em títulos com os quais antes nem podíamos sonhar.

Ainnn, mas o Palmeiras não é banco… Não é mesmo. É um clube muito bem administrado, com finanças muito bem cuidadas, que passou a ter novas e boas fontes de receita, que passou a ter dinheiro, credibilidade, sossego (ele tinha fechado todas as brechas por onde a rataiada fazia a festa). E foi por causa disso que o futebol do Palmeiras ressurgiu, a força do nosso time voltou, os bons jogadores, os títulos e o orgulho da torcida também voltaram.

Paulo Nobre, que nos deixou um maravilhoso legado, terminou o seu mandato em 2016, indicou o seu vice-presidente, Maurício Galiotte,  à sucessão, o ajudou a se eleger,  e Maurício, que tomou posse em 15 Dezembro, de 2016, comandará o clube no biênio 2017/2018.

A temporada 2017 está começando, já fizemos uma partida pelo Paulistão e obtivemos a nossa primeira vitória… O comandante é Eduardo Baptista, nosso time – se é que o Mattos (a melhor contratação de Paulo Nobre) não vai trazer mais ninguém – agora está montado. A contratação de Borja, há dois dias, parece ter fechado a conta. Para essa temporada, oito novos e muito bons jogadores se juntaram ao time campeão brasileiro de 2016:

Borja – Miguel Ángel Borja Hernández, colombiano, ex-Atlético Nacional-COL, 24 anos, atacante, campeão da Copa Sul-americana/2015, Super Liga da Colômbia/2015, Copa Libertadores da América/2016, Copa Colômbia/2016, eleito pelo El País como melhor jogador da América do Sul no ano passado.

Guerra – Alejandro Abraham Guerra Morales, venezuelano, ex-Atlético Nacional-COL, 31 anos, meia, campeão venezuelano 2003–04, 2005–06, 2006–07, 20080-09 e 2009–10, campeão da Copa Venezuela/2009,  Copa da Colômbia/2016, Copa Libertadores da América/2016; foi eleito o melhor jogador da competição e o terceiro melhor jogador da América do Sul(o segundo foi Gabriel Jesus).

Felipe Melo – Felipe Melo de Carvalhoex-Internazionale de Milão, 33 anos, joga como volante e zagueiro,  com títulos conquistados pelo Flamengo, Cruzeiro, Galatassaray (Turquia), Campeão da Copa das Confederações-2009 com a Seleção Brasileira, titular na Copa do Mundo 2010, eleito o melhor meio-campista do campeonato italiano de futebol de 2008-09.

Michel Bastos – Michel Fernandes Bastos, ex-São Paulo, 33 anos, atua como meia, ponta ou lateral-esquerdo, conquistou a Copa da França 2011/12 e Super Copa da França/2012, defendeu a seleção brasileira em 2009, foi titular na Copa do Mundo 2010, recebeu o Troféu de Prata no campeonato brasileiro 2005, como  lateral-esquerdo, foi o melhor volante da “Ligue1” (FRA)-2008/09, foi o melhor jogador do São Paulo no Campeonato Paulista de 2015.

Willian Bigode – Willian Gomes de Siqueiraex-Cruzeiro, 30 anos, atacante, foi Campeão Brasileiro 2011 e da Libertadores 2012, pelo Corinthians, Campeão Brasileiro 2013 e 2014 e Campeão Mineiro 2014 pelo Cruzeiro, recebeu o Troféu Mesa Redonda como Revelação do Brasileiro 2011.

Keno – Marcos da Silva França, ex-Santa Cruz, 27 anos, atacante, conquistou o Campeonato Baiano da Segunda Divisão com Botafogo da BA;  pelo Santa Cruz foi campeão da Copa Chico Science 2016, Copa do Nordeste 2016, campeão pernambucano 2016. Fez parte da seleção do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, quando foi eleito a Revelação da Copa.

Raphael Veiga – Raphael Cavalcante Veiga, ex-Coritiba, 21 anos, meia, atua como profissional há apenas um ano.

Hyoran – Hyoran Cauê Dalmoro, ex-Chapecoense, 23 anos, meia, conquistou o Campeonato Catarinense-2016 e a Copa Sul-americana 2016.

O Palmeiras está pronto para a nova temporada. Tem mais do que um time excelente, tem um elenco excelente. Nosso time reserva é seguramente melhor do que qualquer outro time aqui no Brasil.

Se vamos ganhar os títulos que 2017 coloca em disputa, não podemos saber, essas coisas se resolvem em campo, mas, temos certeza, vamos brigar por eles… e com totais condições de conquistá-los.

PODE COMEÇAR, 2017! AGORA SIM ESTAMOS PRONTOS!