27 de Abril de 1920… início do século XX… e o Palestra Italia, recém fundado, já comprava a sua casa… a nossa casa, palco de tantas conquistas, de tantas verdes alegrias, onde nós, nossos pais, nossos avós, e tantos outros palestrinos vivemos momentos absurdamente felizes e inesquecíveis…

Sem dinheiro público, sem terreno doado por político… 

Ainda no final do final do séc. XIX, a Cia Antárctica Paulista criava o Parque Antárctica – uma área de lazer de 300 mil m², com restaurantes, parque infantil, bosque, lago e… campo de futebol. E a Antárctica começou a alugar o campo para os clubes de futebol. 

Em 1917, o Palestra Italia passou a ser arrendatário também. O seu primeiro jogo no Parque Antárctica foi diante do Internacional-SP, em partida válida pelo campeonato regional.  E o Palestra venceu por 5 x 1. Caetano Izzo marcou o primeiro gol palestrino no estádio que viria a ser a nossa casa. Naquele mesmo ano, no primeiro derby, veja só, amigo leitor, o Palmeiras venceu por 3 x 0… com três gols de Caetano Izzo (abençoado seja ele. Será que era bisavô do Obina?).

Foram 22 partidas, 14 vitórias, 4 empates, 4 derrotas, 56 gols marcados e 29 sofridos até aquele Abril de 1920… E, então,  contando apenas com reforços e recursos da sua comunidade, o Palestra comprou o Parque Antarctica por 500 contos de reis (era muito dinheiro na época). Um projeto audacioso, um passo muito grande,  um sonho que até as mais tradicionais e aristocratas equipes da época ainda não sonhavam (até hoje, em pleno 2020, ainda existem clubes que não conseguiram ter seu estádio). E foi pela iniciativa ousada, pela grande quantia dispendida que a compra do terreno ficou conhecida como “A Loucura do Século”. Nosso Palestra/Palmeiras vanguardista desde sempre.

O Palestra deu uma entrada de 250 contos de réis, acrescida de mais 32 contos referente ao imposto de transmissão. Restaram duas parcelas de 125 contos. A primeira foi paga, mas, devido a uma crise financeira, o Palestra teve dificuldades para pagar a segunda, e, assim, para honrar a dívida e pagar a última parcela direitinho, acabou se vendo obrigado a vender uma parte do terreno para as indústrias do Conde Matarazzo.

Menos de um mês depois,  o Palestra Italia estreou, como proprietário, diante do Mackenzie-SP e venceu por 7 x 0 (era danado esse Palestra, hein?). 

E veio o título Paulista de 1920, o Paulista de 26… o “Extra” de 26… o Paulista de 1927,  o de 32…  No início dos anos 30, o Palestra reformou a sua casa. As pranchetas de madeira deram lugar às arquibancadas de cimento, que ficavam de frente uma para a outra, com o campo entre elas.

E teve goleada verde, outra vez, no primeiro jogo com o estádio reformado… Era 1933, e o Palestra Italia venceu o Bangu por 6 x 1. 

Os anos foram passando, a torcida ia aumentando cada vez mais, e o Palestra (por causa da guerra, ele mudaria de nome e se tornaria Sociedade Esportiva Palmeiras, em 1942) ia conquistando títulos, ia se tornando cada vez maior… Foi campeão do Torneio Rio-São Paulo 1933,  conquistou os Campeonatos Paulistas de 1933/34/36/38(Extra)/1940/42/44/47/50/59, a Taça Cidade de São Paulo 1950/51, o Torneio Rio-São Paulo 1951 e o Primeiro Torneio Mundial de Clubes, em 1951… 

Conquistou o Campeonato Brasileiro 1960… e nova reforma aconteceria em nossa casa. Foi construída uma meia-lua de arquibancada, em forma de ferradura, o campo de futebol foi elevado aproximadamente 3 metros em relação ao nível do solo, formando uma espécie de fosso ao seu redor… e a nossa casa, elegante, passaria a ser chamada de “Jardim Suspenso”… Nosso Palestra Italia cada vez mais lindo.

E vieram as Academias do Palmeiras, e novos craques, novos títulos… muitos títulos… Torneio Rio-São Paulo 1965/93/2000, Campeonatos Paulistas 1963/66/72/74/76/93/94/96/2008,  Campeonatos Brasileiros 1967 (Taça Brasil), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 67  (Campeonato Brasileiro em novo formato criado pela CBD)69/72/73/93/94, a Copa do Brasil 1998,  Copa Mercosul 1998, Copa Libertadores 1999, Copa dos Campeões 2000… o Palmeiras foi considerado o “Campeão do Século”…

A Família Palmeiras cada vez maior, cada vez mais apaixonada… e quantas alegrias vivemos ali no nosso Palestra Itália, quantas vezes (de perder a conta de quantas foram) descemos as escadas felizes cantando e seguimos em festa pelo fosso… inebriados por uma vitória, por um título… um amor que passava de geração à geração, de pai pra filho, ou que brotava espontaneamente das pessoas com DNA verde e branco… e quanto amor dedicamos à nossa casa… e como nos preocupamos quando mais uma reforma foi anunciada…

Como assim? Vão reformar o Palestra? 

Ficamos sem casa um bom tempo… A última partida válida em competições oficiais aconteceu em 22 de Maio de 2010, quando vencemos o Grêmio por 4 x 2 (como eu chorei naquele dia me despedindo do meu Palestra de tantas alegrias. Choro agora também ao lembrar)…

Ganhamos o Bi da Copa do Brasil em 2012, jogando a primeira final em Barueri… e morrendo de saudade da nossa casa. 

Foram quatro anos de uma saudade enorme, e um pouco antes de 2014 terminar,  finalmente, ela ficou pronta… e que linda! Se tornou Allianz Parque, o mais belo e moderno estádio do país.

Nem precisaria dizer – eu sei que você sabe – que já ganhamos novos títulos lá, não é mesmo?  O Tri da Copa do Brasil, em 2015 – de forma épica, maravilhosa, com Allianz Parque e Rua Turiaçu lotados – e mais dois espetaculares títulos brasileiros, em 2016 e 2018, que fizeram o Palmeiras decacampeão.

Que Deus continue abençoando a nossa casa, nosso Parque Antárctica/Palestra Italia/Allianz Parque, e que Ele permita que ela continue sendo de palco de muitas conquistas do Palmeiras, o Ma10r Campeão do Brasil.

 

 

 

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“Te voglio bene assai
Ma tanto tanto bene sai
É una catena ormai
Che scioglie il sangue dint’e vene sai…” (Lucio Dalla)

100 anos…

Tanti auguri, Palmeiras!

Completar um século de existência sendo o maior campeão do seu país, só podia ser coisa de Palmeiras mesmo.

A Família de sangue esmeralda está em festa! E nós, os teus filhos apaixonados, te desejamos mais 100 anos de sucesso e glórias. Mais 100 anos de amor.

Que você viva pra sempre e em paz!

Que a tua Sala de Troféus seja cada vez maior e mais repleta de conquistas!

Que a tua gente seja sempre digna da tua história ! Que teus títulos continuem a ser legítimos! Que as tuas conquistas sejam sempre honradas, como foram por um século inteiro! 

Eu te desejo a casa sempre cheia de filhos, sempre cheia de alegrias e sorrisos, de bandeiras e sonhos, aplausos e lágrimas de felicidade, e cheia dessa gente linda que nunca para de cantar… 

Desejo que as novas crianças, as que estão chegando, e as que hão de vir, aprendam a te amar e te respeitar, assim como aprendemos nós um dia… 

Que a alma do Palestra Italia esteja no Allianz Parque pra sempre, e que a grama que cobre o nosso solo sagrado possa servir de palco para mais uma infinidade de ídolos, que vestirão e respeitarão o teu manto, e que com seus gols e dribles formarão novas Academias…

E que venham outras “Muralhas”, outros “Leões” e Chevrolets, novos “Divinos”, e “Julinhos”, “Jorginhos”, “Leivas”, “Dudus”, “Robertos” e “Rivaldos”, “Jorges Mendonças” e “Arces”, “Djalmas” e “Césares”… que venham outros “Pais da Bola”, “Matadores”, “Magos” e “Animais”… que Deus te envie um outro São Marcos…

E que todas as suas glórias e teus feitos maravilhosos ao longo desses cem anos, se repitam no novo século que está começando!!

Que os teus filhos, os que vierem depois de nós, te amem tanto quanto nós te amamos hoje, e que se orgulhem de ti como nos orgulhamos nós.

Que eles o defendam sempre que for preciso, contra todo e qualquer inimigo, como têm feito todos os palestrinos desde 1914.

A história contará todos os seus feitos, Palmeiras, e é isso o que cabe à história. Ela mostrará as suas grandes equipes, os títulos conquistados, narrará uma por uma todas as suas glórias… dirá que você é o maior de todos, o Campeão do Século, o primeiro Campeão Mundial de Clubes – que resgatou o orgulho de um país inteiro -, o clube brasileiro que mais títulos conquistou durante um século inteirinho. Ela poderá dizer que o Palmeiras foi o único clube a bater o Santos de Pelé, ganhando três campeonatos estaduais na melhor fase do rival…

A história poderá contar que você foi o único clube que, inteirinho, do goleiro ao ponta esquerda, e também com a comissão técnica, representou a seleção brasileira, diante da temida seleção do Uruguai,  vencendo por 3 x 0…

Poderá dizer que nunca uma seleção brasileira conseguiu se sagrar campeã sem que houvesse um palmeirense na equipe…

Ela contará que o Palmeiras enfiou 8 x 0 no maior rival na década de 30, e até hoje não levou o troco… que ele fez um outro rival, que queria lhe tomar o estádio, fugir de campo, com medo de uma goleada, em plena final de campeonato em 1942…

Ela dirá agora que a nossa casa é a mais bela e a mais moderna do mundo, que não leva um centavo de dinheiro público…

Ela poderá contar muitas coisas, Verdão, afinal, seus feitos são tantos e tão inesquecíveis, estão escritos na história… poderá dizer que a sua gente, apaixonada, se espalha  pelo Brasil e o mundo. Isso todo mundo sabe…

Mas a história jamais traduzirá o que sentimos em cada uma das vezes que entramos no Palestra Itália; o que sentíamos quando o nosso time subia as escadas e aparecia em campo; ela não poderá falar da energia que impregnava os ares enquanto cantávamos lá na “ferradura”, nem da felicidade de sairmos cantando pelas alamedas após as vitórias, após títulos conquistados, ou do prazer da cerveja gelada lá na Turiaçu… tampouco saberá exprimir o que sente um palestrino ao vestir o manto…

A história também não saberá contar sobre que sentimos hoje, o que sentiremos quando entrarmos no Allianz Parque pela primeira vez, o que sentiram os palestrinos de várias gerações durante esses 100 anos da tua existência…

Ninguém jamais conseguirá expressar em palavras esse misto de amor, orgulho e alegria que mora  no coração de todo aquele que respira em verde e branco…

E daqui a 100 anos, Palmeiras, tenha certeza, de alguma maneira, ainda que em espírito, nós estaremos aqui, comemorando com você outra vez. 

Obrigada por tanto! Receba todo o meu amor, carinho e respeito.

E boooora escrever mais um século de glórias, Verdão, amor da nossa vida!

Márcia Bertol Carloto – Chile

Pedro Henrique, Elísia, Ana Luísa e Isadora – San Francisco – USA

Richard Werdine Bogari – Ceará

Pietro José – São Geraldo de Tumiritinga-MG

Richard Meckien – Cabo das Tormentas-África do Sul

Rodrigo

Rodrigo Carvalho Lima – Goiânia-GO

Ismael Viana – Canoa Quebrada-CE

Ana Beatriz Portugal – Cruzeiro-SP

Ana Carolina Leme – Cruzeiro-SP

 

E o “Parabéns a você” vem lá da Cidade do Cabo, na África do Sul:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=IkE52JjTuts[/youtube]

(E, agora, segura o porco, porque acabou o inferno astral!!)


100Anos-Brasão#Palmeiras100AnosDeAmorEGlórias

 


Os 28 gols marcados nesta temporada já colocam o atacante Hernán Barcos em posição de destaque na lista dos maiores artilheiros estrangeiros da história do Palmeiras. O argentino fecha o ano em 8º lugar, empatado com o compatriota Alfredo Gonzalez (campeão paulista em 1944) e à frente de nomes como do também argentino Ponce de León (27 gols e campeão mundial em 1951), do peruano Alberto Gallardo (21 gols e campeão paulista em 1966) e do colombiano Freddy Rincón (21 gols e campeão paulista em 1994).

Se consideradas as médias de gols dos dez primeiros colocados, Barcos pula para o quarto lugar com índice de 0,50 (28 gols em 55 partidas), atrás apenas do maior artilheiro estrangeiro de todos os tempos, o argentino Echevarrieta (114 gols em 127 jogos, média de 0,89), e dos também argentinos Artime (48 gols em 57 jogos, média de 0,84) e Bóvio (56 gols em 73 jogos, média de 0,76).

Os 10 maiores artilheiros estrangeiros

Col. Jogador Gols Jogos Média País Período
Echevarrieta 114 127 0,89 Argentina 1939 a 42
Arce 57 242 0,23 Paraguai 1998 a 02
Bóvio 56 73 0,76 Argentina 1947 a 49
Villadoniga 50 134 0,37 Uruguai 1942 a 46
Artime 48 57 0,84 Argentina 1968 a 69
Valdivia 33 175 0,18 Chile 2006 a 09 e 2012
Barcos 28 55 0,50 Argentina desde 2012
González 28 69 0,40 Argentina 1943 a 46
10º Ponce de León 27 64 0,42 Argentina 1951 a 53

Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia

Imagine quantos gols teria o Pirata se os árbitros, neste brasileirão de 2012, tivessem marcado todos os pênaltis que sofremos e não tivessem assinalado um monte de impedimentos mandrakes, como aquele do próprio Barcos, 3 metros atrás do adversário, no jogo contra o Botafogo…

Você pode ler a notícia completa e ver o vídeo com os gols, no site oficial: http://www.palmeiras.com.br/noticias/2012/12/04/09h00-id8438-barcos+e+o+8+entre+os+maiores+goleadores+estrangeiros+da+historia.shtml#.UL5x3uTAdp5

 

“Éramos moços… E o moço que não sonha nasceu velho.” Vicenzo Ragognetti

Vicenzo Ragognetti, Luigi Cervo, Luigi Emanuele Marzo, e Ezequiel Simone sonharam o Palestra Italia… Um menino de treze anos, um outro com quase 18,  um homem maduro, admirador do futebol, e um outro, intelectual, idealizaram e fundaram o nosso amado Palesta Itália, lutaram para que ele não sucumbisse à falta de fundos, costumeiramente enviados pela colônia italiana e que com a Primeira Guerra Mundial passaram a ser enviados à Cruz Vermelha e à Pró Pátria. E lá se vão quase 98 anos… Quem diria que ele ficaria tão grande? Quem diria que ele seria o Campeão do Século?

Esta foi a nossa primeira taça… A taça Savoia!

Conquistada em 24 de Janeiro de 1915 – 5 meses depois da fundação do clube – numa partida que teve como resultado Palestra Italia 2 x 0 Savoia. O jogo foi idealizado por Luigi Cervo, para que o Palmeiras não tivesse que morrer com apenas alguns meses de fundação. Os gols foram marcados por Bianco (1º gol da história) e Alegretti. Assistindo à partida, com olhos cheios de lágrimas, estava Cervo. Feliz, emocionado, ele tinha a certeza que, daquele momento em diante, nada e nem ninguém poderia acabar com o clube; que o Palestra pensaria grande porque seria grande…

Em 27 de Abril de 1920 (apenas seis anos após a sua fundação), depois de três anos como inquilinos, o então presidente Menotti Falchi assinava a escritura de compra do terreno do Parque Antartica. O Palestra Italia tinha a sua casa!

O primeiro título, de um campeonato oficial, veio no mesmo ano.  No campo da Floresta, em 19 de Dezembro de 1920; ao vencer o Paulistano por 2 x 1, o Palestra Italia conquistava o Campeonato Paulista.

Nascido para ser um gigante o Palestra começava a cumprir o seu destino…

E conquistou os CAMPEONATOS PAULISTAS de 1926 (INVICTO), 1927/32 (INVICTO) 1933/34/36/40… E os dois CAMPEONATOS PAULISTAS EXTRAS de 1926 (INVICTO também) e 1938… e as conquistas do TORNEIO INÍCIO DO CAMPEONATO PAULISTA em 1927/30/35/39… a TAÇA DE CAMPEÕES RIO-SÃO PAULO em 1926/33… o TORNEIO RIO-SÃO PAULO em 1933… Foi CAMPEÃO BRASILEIRO em 1918 (com quatro aninhos de vida), 1926, 1933 e TÍTULOS INTERNACIONAIS em 1922/23/29 (dois torneios conquistados) e 1931…

O menino Palestra se cobria de glórias no Brasil e se fazia conhecer além das nossas fronteiras… A sua torcida, originariamente italiana, começava a ganhar a simpatia de outras etnias, e já vivia o orgulho de ser palestrina! Mas a vida queria o Palestra ainda maior; a vida tinha sonhos mais caros para ele realizar… mas seria à custa de muita luta!

E tivemos que lutar muito mesmo, para nos mantermos vivos, para manter a nossa casa… Graças à ignorância da sociedade da época e ao oportunismo de alguns, o Palestra Italia quase perdeu o seu patrimônio quando teve início a Segunda Guerra Mundial. A Itália tornou-se inimiga do Brasil, que apoiava as Forças aliadas. Quem tem descendência italiana sabe, por ter ouvido contar, o que foi aquela época; quem não tem a descendência, pode bem imaginar como foram perseguidos os italianos (e o Palestra Italia) de então e tudo o que fosse relacionado ao país inimigo.

O governo de Getúlio Vargas ameaçava tomar o patrimônio dos clubes que não mudassem de nome. Aproveitando a ocasião, o São Paulo Futebol Clube, uma equipe sem recursos, sem estádio, esperava que o Palestra fechasse as suas portas para ficar com todo o seu patrimônio, para ficar com o Parque Antárctica, a nossa casa… O Palestra já tinha mudado o seu nome para Palestra de São Paulo, mas não adiantara, as autoridades continuavam exigindo a mudança. O time era líder invicto do campeonato e os seus dirigentes não sabiam o que fazer… Mas, mal sabiam todos, que um palestrino nunca se entrega, nunca foge da luta, e que o Palestra, que naquele momento, precisava de paz para conquistar mais um título, iria escrever uma das páginas mais lindas da sua história! E ele não morreria como queriam muitos, ele ressurgiria Imponente, brasileiro e campeão!

E então, a partir de 14 de setembro de 1942, o Palestra de São Paulo, antigo Palestra Italia, retirando o vermelho do uniforme, passaria a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras. Era o nosso Palmeiras que nascia!! E a primeira disputa desse Palmeiras que surgia, seria a disputa do título do Campeonato Paulista com  o São Paulo, o mesmo que tentara lhe tomar o patrimônio.

E, da mesma forma que o Palmeiras seguia o seu destino de ser grande, o seu adversário seguia o seu, de ser mesquinho e tentar fora de campo, encontrar recursos que o ajudem lá dentro… a diretoria são-paulina criou um clima de hostilidade antes da partida; diziam que os paulistas deveriam encarar os jogadores do Palmeiras como inimigos da Pátria. Vejam só!

Mas eu disse que o Palmeiras já nascia brasileiro, não disse? E foi Adalberto Mendes, um brasileiro, sergipano, apaixonado pelo clube, quem teve a ideia de o time entrar em campo com a bandeira do Brasil. A foto é histórica e maravilhosa:

Oberdan Cattani, Zezé Procópio, Og Moreira, Junqueira,  Begliomini, Del Nero, Cláudio, Waldemar Fiúme,  Viladôniga, Lima e Echevarrieta entraram em campo com um grande “P” no coração e carregando a bandeira do Brasil. A torcida, que tinha sido preparada para ver inimigos entrarem em campo, se calou por um momento e depois, maravilhada com aquela cena, os aplaudiu efusivamente. O Palmeiras nascia sob os aplausos e o respeito de todos e com o orgulho imenso da gente palestrina.

E vencíamos a partida por 3 x 1 (fora o baile) quando nossos adversários, com raiva, porque não nos tomaram o estádio; sucumbindo diante da grandeza com que o Palestra ressurgira Palmeiras e não querendo nos deixar cobrar o pênalti que selaria uma goleada maior, saíram de campo antes do final da partida. E foi naquela tarde gloriosa, que aqueles homens de verde terminaram de escrever mais um capítulo da nossa história tão linda; foi naquela tarde de orgulho, que Palestra e Palmeiras conquistaram um título juntos; naquela tarde de 20 de setembro de 1942, O PALESTRA ITALIA MORREU LÍDER E O PALMEIRAS NASCEU CAMPEÃO!!

E o Palmeiras, Palestra que era no coração, na essência e na alma, não podia seguir outro caminho que não fosse o de glórias, de muitas conquistas!

E a sua Sala de Troféus ia abrindo espaço para muitos canecos… O texto seria quilométrico se eu fosse citar todos aqui.

CAMPEONATO PAULISTA de 1942/44/47/50, 1959 (supercampeão), 1963/66, 1972 (invicto), 1974/76/93/94/96/2008… TORNEIO INÍCIO DO CAMPEONATO PAULISTA em 1942, 1946, 1969… TAÇA CIDADE DE SÃO PAULO em 1945/46/50/51… TAÇA GOVERNADOR DO ESTADO EM 1972… TAÇA DE CAMPEÕES RIO-SÃO PAULO em 1942/44/47… TORNEIO RIO-SÃO PAULO em 1951/65/93/2000… CAMPEÃO BRASILEIRO em 1957 e 1961… SUPER CAMPEÃO DO BRASIL em 1967… CAMPEÃO DAS CINCO COROAS em 1950/51/72/93/94… CAMPEONATO NACIONAL  em 1960/67, 1967(Taça Brasil), 1969/72/73/93/94… COPA DO BRASIL  em 1998… COPA DOS CAMPEÕES em 2000… COPA SULAMERICANA MERCOSUL em 1998… COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA em 1999… MUNDIAL INTER CLUBES – COPA RIO em 1951.

1951… A FIFA, do presidente Jules Rimet, decidira que o primeiro Campeonato Mundial de Clubes seria no Rio de Janeiro. Evento grandioso que contaria com as equipes consideradas as potências do futebol mundial da época. Eram oito times, divididos em duas chaves de quatro: Vasco da Gama/Brasil, Áustria Viena/ Áustria, Nacional/Uruguai e Sporting/Portugal, com sede no RJ; Palmeiras/Brasil, Juventus/Itália (o grande bicho papão), Estrela Vermelha/Iugoslávia e Olympique/França, com sede em SP.

E deu Palmeiras e Juventus na final! Duas partidas. O Palmeiras venceu a primeira por 1 x 0 e poderia empatar na segunda…

22 de Julho de 1951… Num Maracanã com mais de 100 mil pessoas; num Maracanã lotado de brasileiros, ainda “de luto” pela perda da Copa do Mundo, em casa, no ano anterior; num Maracanã enlouquecido com a possibilidade de resgatar o orgulho do futebol brasileiro, de resgatar a auto estima do torcedor brasileiro… nesse Maracanã, de alegria e euforia jamais vista… o PALMEIRAS EMPATOU POR 2 X 2 COM A TEMIDA JUVENTUS DE TURIM E SAGROU-SE CAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES. E teve festa nas ruas do Rio de Janeiro, nas ruas de São Paulo, teve festa no Brasil inteiro… TEVE UM MILHÃO DE PESSOAS RECEBENDO O PALMEIRAS EM SÃO PAULO!! Nunca se viu algo assim! Foi uma apoteose.

Tinha que ser o Palmeiras! Desde a estação Roosevelt até o Parque Antárctica, o povo se aglomerava nas ruas e onde podia – nos muros, sacadas dos edifícios, placas de propaganda – e do jeito que dava para ver passar os heróis do futebol paulista e brasileiro. Caminhões, carros particulares e táxis acompanhavam a passagem do Palmeiras Campeão Mundial.

Era uma noite fria de Julho… e Jair, Canhotinho, Villa, Fábio, Juvenal, Aquiles, Túlio, Lima , Rodrigues, Salvador, Dema, Liminha, Fiúme e todos os componentes da delegação alviverde se sentiam aquecidos pelo carinho das pessoas, pelos aplausos e pelas lágrimas de alegria da impressionante multidão. O Palmeiras transcendia as fronteiras de sua torcida e se tornava o motivo de orgulho de todo um país.

 

E se o Palmeiras nasceu para ser um gigante e encher a torcida de orgulho, tinha que ter sido o seu time – do goleiro ao ponta esquerda – a vestir a gloriosa (sim, ela era gloriosa) camisa da Seleção Brasileira. Olha aí a primeira Academia, o Palmeiras/Seleção Brasileira, em Belo Horizonte, no dia 7 de Setembro de 1965!! Orgulho da Nação Alviverde!

Valdir, Servílio, Julinho, Waldemar, Ademir da Guia, Djalma Dias, Djalma Santos, Rinaldo, Ferrari, Dudu, Tupãzinho

Olha aí o Palmeiras (segunda Academia) que conquistou todos os títulos -Campeão Paulista, Invicto / Campeão Brasileiro / Torneio Laudo Natel / Torneio Mar Del Plata / Taça dos Invictos – disputados em 1972:

Olha só o que nos aconteceu em 1999:

Olha só o que aconteceu com o Palestra Italia/Sociedade Esportiva Palmeiras:

PALMEIRAS, O GIGANTE ALVIVERDE IMPONENTE !!

E com essa história belíssima, muito resumidamente contada por mim, você jura que seu maior orgulho de torcedor palestrino é ter um título que o seu rival não tem?

Informações e imagens retiradas do Site Palestrinos.
http://palestrinos.com.br/index.htm

É uma discussão sem fim entre palmeirenses e corintianos, é uma rivalidade de 95 anos, mas os números não mentem; na disputa entre Palmeiras e Corinthians, quem tem a vantagem é o Verdão! Mais vitórias, mais gols, a maior goleada… Freguesia centenária!!!

O site oficial do Palmeiras publicou a história do maior clássico do Brasil:

Há exatos 95 anos Palmeiras e Corinthians realizavam o primeiro de muitos confrontos deste duelo repleto de história. Para que se compreenda melhor a importância deste clássico tão tradicional que hoje gera um impacto gigantesco, é preciso analisar mais profundamente o cenário esportivo do período.

É importante ressaltar que ao longo da história do futebol no Brasil, times como Palestra Italia e Corinthians tiveram um papel imprescindível no episódio da popularização do futebol, pois, no início do século XX, a principal liga de futebol era a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), atual FPF, que se restringia exclusivamente para clubes da elite, como por exemplo, o C.A. Paulistano. A insistência de idealizadores dos clubes populares, que eram prestigiados por um público economicamente defasado, compostos em sua maioria por operários e imigrantes (classes que aos olhos da elite paulistana não poderiam se misturar no esporte), contribuiu de maneira extensiva para a evolução do futebol brasileiro. Então, em 1917, uma liga secundária independente, a Liga Paulista de Futebol (LPF), que inclusive abrangia clubes que não se encaixavam nos padrões da elite, deixou de existir para integrar-se efetivamente a maior entidade futebolística do estado, a APEA (o que sem dúvidas deixou o futebol local muito mais competitivo). Foi exatamente aí que os caminhos de Palmeiras e Corinthians se cruzaram pela primeira vez.

No ano do primeiro Derby Paulista (como foi apelidado o clássico anos depois pelo saudoso jornalista Thomaz Mazzoni, que fazia referência a corrida de cavalos mais importante do mundo, o Derby de Epsom), o Verdão ainda era o Palestra Italia, um clube recém fundado que dava seus primeiros passos no futebol. Por sua vez, o Corinthians, fundado em 1910, já era um time experiente na disputa de campeonatos oficiais, bem como a Liga Paulista de Futebol (LPF), no qual sagrou-se campeão paulista em duas ocasiões, 1914 e 1916.

A primeira partida entre as duas equipes, que foi válida pelo campeonato paulista, aconteceu há exatos 95 anos, em 6 de maio de 1917. O bom retrospecto do rival Corinthians, que estava invicto em campeonatos havia três anos (um total de 25 jogos), não foi suficiente para abalar o “onze” Palestrino. O elenco esmeraldino se mostrou muito frio e ousado ao partir para o ataque, garantindo com tranqüilidade uma vitória por 3 a 0. É impossível negar que as duas equipes estavam muito bem preparadas tecnicamente, pois, de um lado, o Palestra Italia tinha no elenco o artilheiro Heitor, o capitão Bianco (aquele que fez o primeiro gol da história do Palestra), além de outros nomes prestigiados no período, como Picagli, Ministro, Fabbi, entre outros. Em contrapartida, o Corinthians contava também com uma ótima linha de ataque, formada por Amílcar, Aparício e Neco. Um fato que não se pode deixar de mencionar, é que apesar de todo estrelismo dos jogadores em campo, naquela tarde de domingo, a estrela brilhou para apenas uma pessoa: Caetano Izzo. O ponta-direita do Palestra Italia não só teve a honra de marcar o primeiro gol do clássico, como também conseguiu a façanha de assinalar todos os gols da partida. A partir daquele dia, através dos três gols de Caetano, nascia uma rivalidade esportiva, um Derby que se mantêm vivo e se renova a cada ano que passa, até os dias atuais. (Confira aqui a ficha técnica da partida)

Os números revelam a tradição deste clássico paulista ao longo dos anos. No total, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram 348 vezes, os confrontos renderam 125 vitórias para o Palmeiras, 118 vitórias para o Corinthians e 105 empates. O Corinthians soma um número de 456 gols no clássico, enquanto o Palmeiras acumula incríveis 502 gols.

Perfil de Caetano Izzo

Prova de raça e pioneirismo, Caetano Izzo, ponta descoberto no Ruggerone, time de várzea do bairro da Lapa, foi o primeiro carrasco do rival alvinegro Corinthians, teve a honra de marcar todos os gols do primeiro Derby Paulista. Caetano jogava na ponta direita, no entanto, era muito eficiente em outros setores do campo. Outro grande triunfo em sua passagem pelo Palestra Italia, foi a conquista do campeonato paulista em 1920 (o primeiro titulo do Palmeiras), no qual ajudou o time a quebrar a hegemonia do C.A. Paulistano (Campeão Paulista em 1916, 1917, 1918, 1919), impedindo assim que o time da elite conquistasse seu pentacampeonato. O primeiro gol marcado na casa do Palmeiras, no Parque Antártica, foi também da autoria de Caetano Izzo. Pelo Palestra Italia (Palmeiras), Caetano atuou em 115 partidas, acumulando 83 vitórias, 17 derrotas e 15 empates; o ponta direita do Palestra Italia balançou as redes adversárias 45 vezes.

Curiosidades

Números do clássico
* Os números abaixo incluem 9 partidas do Torneio Início (4 vitórias do Palmeiras, 2 vitórias do Corinthians e 3 empates)

Confrontos: 384
Vitórias do Palmeiras: 125
Vitórias do Corinthians: 118
Empates: 105
Gols do Palmeiras: 502
Gols do Corinthians: 456

Árbitros que mais apitaram o derby

Armando Marques: 14
Dulcídio Wanderley Boschilla: 14
José de Assis Aragão: 13
José Favilli Neto: 12

Quem mais jogou: Ademir da Guia (57 partidas)

Maior goleada: 03/11/1933 (Palestra Italia 8×0 Corinthians)

Jogadores do Palmeiras que marcaram, em uma única partida, 3 ou mais gols

3 gols

06/05/1917 – Caetano
05/11/1933 – Imparato III
10/03/1946 – Lima
18/01/1953 – Odair
21/08/1958 – Paulinho
29/11/1964 – Servílio
04/04/1970 – César Maluco
13/11/1994 – Evair
21/05/1995 – Magrão
09/02/2000 – Alex
26/07/2009 – Obina

4 gols: 05/11/1933 – Romeu Pellicciari

Títulos que o Palmeiras conquistou diante do rival

Campeonato Paulista (1936)

Campeonato Paulista Extra (1938)

Rio São Paulo (1951)

Campeonato Paulista (1974)

Campeonato Paulista (1993)

Rio São Paulo (1993)

Campeonato Brasileiro (1994)

Cláudio Christovam Pinho, maior artilheiro do Corinthians – com 306 gols – revelação do Santos, jogou no Palestra/Palmeiras antes de atuar pelo Corinthians. Em sua curta passagem pelo Palestra/Palmeiras – 1942 –  teve grande importância histórica, pois foi o jogador que fez o primeiro gol (de pênalti) com o nome de S. E. Palmeiras, na final de 1942 contra o São Paulo.

Agência Palmeiras
Departamento de História
06/05/2012 12h00

Perto de completar seu centenário, o Palmeiras é hoje um clube repleto de glórias e tradição. Ao longo dos quase 100 anos de existência, acumulou diversos títulos e honrarias – inclusive a de ser o primeiro time a representar a seleção brasileira e a de ser considerado campeão do século XX no país. É impossível negar que o Verdão possui um histórico completo e gratificante, e o grande segredo da formação desta agremiação vencedora sempre esteve no planejamento e no pensamento vanguardista.

Como prova de sua essência pioneira, os líderes do ainda recém-fundado Palestra Italia já demonstravam no início do século passado a preocupação não só com vitórias, mas em projetar o clube, atingir uma condição estável na sociedade e transformá-lo em uma referência nacional. A aquisição do Parque Antarctica (atual estádio Palestra Italia) em 1920 foi o primeiro passo para materializar o sonho.

A ligação entre o Palestra e o Parque Antarctica, porém, teve início três anos antes. À época, o espaço, que pertencia à Companhia Antarctica Paulista e era uma área de lazer muito tradicional em São Paulo, tinha um campo que era cedido à equipe de futebol do Germânia (atual Pinheiros). Depois da Primeira Guerra Mundial e a consequente crise financeira do Germânia, o América, clube então em formação, passou a ser o locatário do estádio. Mas o América não podia arcar com as despesas de aluguel sozinho, e o Palestra, que já levava grande público a seus jogos, interessou-se pelo local.

Em 1917, por intermédio do América, foi feito o contrato de aluguel do campo por 500 mil reis por mês. Foi assim que o Palestra Italia se instalou no tradicional local. O América, à beira da falência, não demorou a desaparecer, e o contrato, a partir de então, passou a ser direto entre o Palestra e a Antarctica. O jogo de estreia dos palestrinos no hoje solo sagrado para todos os palmeirenses aconteceu há exatos 95 anos.

No dia 21 de abril de 1917, o Palestra enfrentou o Internacional da capital pelo Campeonato Paulista. A histórica partida ficou marcada pelo início de uma boa fase do Verdão, que goleou por 5 a 1 uma equipe que inclusive já havia conquistado o título de campeão estadual, em 1907. O atacante Caetano teve a felicidade de marcar o primeiro gol do time no Parque Antarctica. A partir dali, o Palestra Itália começou a ganhar força para alcançar o objetivo de conquistar seu primeiro título estadual em 1920, conseguindo quebrar a hegemonia do C. A. Paulistano, que buscava a conquista de seu pentacampeonato.

Os números comprovam a superioridade do Palestra no Parque Antarctica mesmo antes de ter as dependências do local sob seu poder. Entre 1917 e 1920, período em que o Palestra atuou antes de se tornar proprietário do estádio, foram 21 partidas, 13 vitórias, 4 empates e apenas 4 derrotas, sofrendo 29 gols e marcando 56 (quase o dobro).

Até 2010, ano do fechamento do estádio para as obras da Nova Arena, os jogos realizados pelo Palmeiras no estádio somaram, ao todo, 1570 partidas, com 1063 vitórias (67,8%), 318 empates (20,2%) e 189 vitórias adversárias (12%). Foram 3695 gols marcados (média de 2,3 por jogo) e 1485 gols sofridos (média de 0,94).

Departamento de Marketing lança réplica do estádio

Em comemoração aos 95 anos da estreia alviverde no Parque Antarctica, o departamento de marketing da Sociedade Esportiva Palmeiras vai disponibilizar aos torcedores uma belíssima réplica do Estádio Palestra Itália.

Trata-se de uma verdadeira relíquia para eternizar na memória do palmeirense a última imagem do Jardim Suspenso, contando, inclusive, com um pedaço do concreto original do estádio. Fique esperto! Em breve, a réplica estará à venda nas lojas oficias do Verdão! Veja o protótipo:

Agência Palmeiras
Departamento de História

21/04/2012 08h00