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Estamos vivendo um início de temporada de sonhos… Sim, ver o Palmeiras jogar bola, de verdade, ver o Palmeiras com um elenco pra disputar títulos, ver o Palmeiras dando as cartas nas contratações, era o sonho de cada 12 entre 10 palmeirenses. Como não vivemos às custas do apito, não conquistamos títulos dessa maneira, muito pelo contrário, sabemos que o único caminho pra nós é o trabalho bem feito, é ter um bom elenco, é o time jogando muita bola. E por estarmos no caminho certo é que nos sentimos felizes e com o coração em paz.

A estreia no Paulistão não podia ter sido melhor, vitória tranquila, por 3 x 1, diante do Grêmio Osasco – que joga junto há uns dois anos -, conseguida com futebol ofensivo, veloz, de um time bastante renovado, que ainda não teve sequência e nem tempo de se entrosar. Imagine quando as peças todas se encaixarem, quando o time tiver Valdivia, Arouca, Dudu… Gabriel, nosso Jesus menino…?

O time do Osasco, com todo o respeito de uma osasquense, parecia o Palmeiras do ano passado, e não sabia nem de qual caminhão de mudança tinha caído. Só deu Palmeiras na partida – o primeiro tempo foi arrasador -, com um volume de jogo com o qual já estávamos desacostumados. E quanta desenvoltura dos nossos novos jogadores. O Allianz Parque era uma festá só.

E teve um golaço de Leandro; outro golaço, com matada no peito e bola no chão antes do chute, de Robinho; um gol esperto de Maikon “Blondie” Leite… um gol anulado de Cristaldo… uma partidaça do Allione (que Dorival deixava no banco em 2014)… jogadas lindas… passes precisos, velocidade, garra, jogadores bons de bola, raçudos (totalmente diferentes do jeitão “Uéslei” de ser, do nosso time do ano passado)… torcida cantando, e, por tudo isso, pudemos ter a certeza que o nosso Palmeiras mudou da água pro vinho.

Mas, algumas coisas não mudam… e o “mais do mesmo” se repete, campeonato após campeonato…

E, assim,  teve juiz assaltando o Palmeiras (não é porque ganhamos que vamos deixar de falar sobre isso), deixando de marcar muitas faltas, claras, a nosso favor; invertendo outras… deixando de marcar pênalti em Allione (isso não vai mudar nunca?)… parece até que é proposital para prejudicar o Palmeiras.

https://www.youtube.com/watch?v=S55MfiP9rdY

Teve os funcionários da rgt chamando o Allianz Parque de Arena Palmeiras, durante a transmissão (disseram na imprensa que isso é ordem de um diretor da rgt)… teve um “repórti” (da rgt, claro) tentando diminuir jogadores nas entrevistas de campo – o “profissional” foi perguntar para o Leandro como ele se sentia (algo assim) sabendo que a torcida prefere o Cristaldo. Pode?

Com tanta coisa pra perguntar, com o gol lindo que o jogador marcou, o “repórti” – torcedor do time que queria contratar Leandro e levou um chapéu do Palmeiras -, achou/inventou(?) algo para desmerecer o atleta, para fazê-lo sentir-se preterido pela torcida – o que não é verdade -, e tudo isso com aquela falta de talento e profissionalismo que lhe é peculiar (espera o Mago voltar, que ele te enquadra)…

Saímos confiantes no Palmeiras 2015, encantados com o trabalho do Mattos na montagem do time, com o belo futebol apresentado, com a qualidade dos novos jogadores, com a velocidade do ataque, com a entrega do time em campo. E todos falávamos a mesma  coisa: Que mudança!

Mas as coisas mudaram nos vestiários também. Foi lá que aconteceu uma coisa espetacular, antes mesmo do time subir para o campo… uma coisa da qual nenhum de nós – nem mesmo os ‘imprenseiros’ – tinha conhecimento…

Nenhum de nós tinha visto a preleção, histórica, que aquele jogador “em final de carreira”, “aposentado”, “velho”, de elenco de “série B”, havia feito…

O nosso querido Zé Roberto (Au, Au, Au, Zé Roberto é Animal), que corre, em meio tempo, mais do que o nosso 11 anterior vai correr nas duas próximas encarnações; que joga um bolão; que vale por dois de 20; que transpira profissionalismo e seriedade, que sabe o tamanho do Palmeiras e que respeita a sua grandeza , tal qual um general, levantou um exército…

Prepare o seu coração…

Maravilhoso, não é mesmo? Como diria Joelmir, só nós sabemos o que sentimos ao assistir a esse vídeo… só nós temos essa história, tão maravilhosa para se orgulhar…

É isso mesmo, meu amigo palestrino… em 2015, o Gigante e seu exército se levantaram.

E vamos à peleja!

Na sexta-feira, na companhia de alguns amigos, fui visitar o Allianz Parque, cuja obra está mais ou menos próxima da sua conclusão.

Sabia que iria me emocionar – eu me conheço – mas não pensei que fosse algo tão arrebatador!

Quando chegamos lá, depois de calçarmos os sapatos adequados à visita, de colocarmos os capacetes, óculos de proteção, e vestirmos os coletes, começamos o  nosso trajeto pelos corredores que ficam embaixo das arquibancadas.

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Logo adiante, nos deparamos com o pedaço de arquibancada que sobrara do Palestra, aquele, que a prefeitura não deixou a WTorre demolir. Ele está lá, intacto, fazendo a ponte no tempo entre o Palestra Italia e o Allianz Parque; aquele pedaço de bancada – que não ficou ali por acaso – ainda guarda os nossos segredos, as nossas orações, nossas superstições, nossos cantos e gritos de gol… Quantas vezes eu me sentei ali… quantas lágrimas de alegria derramei naqueles degraus… Ali, assisti à final do Paulistão 2008, o último título conquistado no Palestra… Sim, essa visita teria altas doses de emoção.

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Íamos conversando, fotografando, ouvindo atentamente as informações que a Karina, da assessoria da WTorre, e nossa guia, nos dava… de repente, por uma das aberturas que levam ao campo, eu vi o gigante!! Meeeeu Deeeus! Pela abertura, eu vi parte dos dois anéis que foram construídos para acomodar os torcedores, vi o campo, ainda sem grama… me aproximei mais da “janela” aberta diante de mim e meu coração até perdeu o ritmo. Fiquei muito emocionada, mas segurei a onda e seguimos em frente.

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Numa outra “janela”, mais um pedaço do ‘salão de festas’ da nossa casa…

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Encontrávamos operários por todos os lugares onde passávamos, e eles estavam também em todos as direções que olhássemos.

E foi então, que entramos no estádio, propriamente dito… E ao dar de cara com o “objeto de desejo” do qual estamos “grávidos” há tanto tempo, ao me deparar com a transformação assombrosa que o Palestra Italia sofrera, fiquei arrepiada, e o coração, velho de guerra, até parou de bater por um momento. O Allianz Parque é imponente, e faz jus ao seu dono.

Eu mal sabia para onde olhar e, ao mesmo tempo, devorando as imagens do local. E, confesso, a grandiosidade da nossa casa foi impactante pra mim… as palavras me faltavam. Se eu tinha conseguido driblar a emoção lá atrás, agora ela destruía a minha defesa, fazia um chute no vácuo, me dava um chapéu e fazia um golaço…

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Tão logo coloquei os meus pés lá dentro, eu pedi a Deus que abençoasse a nossa casa, que abençoasse o Palmeiras e seus jogadores, para que mais 100 anos de glórias pudessem ser escritos ali. Pedi ao Alto para que os palmeirenses de agora, e os que virão depois de nós, fossem muito felizes naquele lugar. As lágrimas, na maior cara de pau, nem faziam mais cerimônia para aparecer…

Um dos dois telões, que já está colocado, nos olhava imponente lá do alto…

Você sabia que os  telões do Allianz, serão os maiores da América Latina, com cerca de oito toneladas e com área de 103 metros quadrados?E que são necessárias 200 televisões de 42 polegadas lado a lado para igualar ao tamanho dos gigantes da arena palmeirense?

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Foto: Que Deus te abençoe Allianz Parque , e vc seja o palco de muitas conquistas do Palmeiras. Que a sua gente seja sempre feliz...(Chorando litros)

Minha cabeça dava voltas… Ali, naquele lugar, era o Palestra Itália, dá para acreditar? Ali, vi Evair e Edmundo enlouquecerem uma Nação… Ali, o mundo conheceu o Divino; Ali, jogaram Leão, Leivinha, Luisão Pereira, Oberdan, Turcão, Jorge Mendonça, Junqueira, Valdemar Fiúme, Arce, Sampaio, Clebão… Ali nos encantaram Alex, Rivaldo… Ali, Mago Valdivia bailou e nos levou ao delírio… Ali,  Marcos se tornou São Marcos…

E eu ficava me perguntando como é que o nosso Palestra ficou daquele ‘tamanhão’ todo? Acredite, ele é gigantesco! A gente vê as fotos e não faz ideia da grandiosidade do Allianz Parque. Nossa casa é um espetáculo! E, tenho certeza, será a melhor e a mais bonita do Brasil.

E nunca mais vamos assistir partida alguma tomando chuva…

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Eu, que tinha lido há um tempo atrás que a grama seria colocada logo, fiquei pasma de saber o motivo pelo qual ainda não o fizeram. Como estamos numa época do ano em que o dia tem menos luz, e como o estádio tem uma parte coberta, e a grama precisa de luz, seria necessário usar um tipo de lâmpada para que a grama se mantivesse bem cuidada e não perecesse. As tais lâmpadas já foram compradas, mas estão lá na alfândega esperando a liberação, que nunca acontece. E, enquanto não acontece, o gramado não pode ser colocado. ‘Legal’ esse país, que faz vistas grossas para as irregularidades dos estádios da Copa, mas atrapalha o quanto pode a construção do Allianz Parque (será que é porque no Allianz, não há uso de dinheiro público, e não dá para a “tchurminha” brincar de superfaturar?)

Mas, sigamos com o nosso passeio pelo Allianz…

Nesse espaço, bem próximo da cobertura, será o restaurante panorâmico. Nada mau poder almoçar ou jantar no Allianz, não é mesmo? “Nóis é chique, benhê!!” Eu aproximei a foto, mas ele fica bem lá no alto.

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Nas imagens abaixo, a preparação da área destinada aos atletas, com banheiras, vestiários, chuveiros…  e as imagens de como ficará cada área ao final da construção. Não pude deixar de imaginar o time do Palmeiras ali, jogadores abraçados (com Valdivia, claro), fazendo os seus gritos de guerra e suas orações, antes de entrar em campo, numa final de campeonato. Fiquei arrepiada só de imaginar… E não deixei de rezar ali, de mentalizar uma monte de coisas boas pro meu bem amado Verdão…

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Vimos os vestiários dos árbitros também. Não tirei foto, mas deixei uma Praga de Parmera lá, of course, para todos aqueles homens e mulheres do apito e das bandeiras que ousarem garfar o Palmeiras em sua casa nova.

E então fomos conhecer o anel superior. Lá do alto, aproveitei para dar uma espiadinha na Rua Turiaçu e arredores. Olha o Bar Alviverde ali, de toldo verde e amarelo.

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A visão de lá do anel superior, onde estarão os lugares mais populares, é excelente. E não há pontos cegos no Allianz Parque.

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Essas são as armações onde serão colocadas as cadeiras.

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Entre os anéis superior e inferior estão os camarotes, que, segundo a nossa guia, já foram quase todos vendidos.

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Essa é a visão da área dos camarotes. Que “chato”, né?

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O camarote visto do lado de dentro e do lado de fora…

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E, para terminar, a fachada do Allianz Parque, lindo… Imagina quando essa fachada tiver luzes, acesas?

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Falta pouco agora… Se Deus quiser, não demora muito e voltaremos pra casa… nossa casa nova e espetacular, como o Palmeiras merece, como merecemos nós… Uma casa digna do Campeão do Século e clube mais vencedor do Brasil.

Que Deus te abençoe Allianz Parque, e você seja o bem aventurado palco de muitas conquistas do Palmeiras! Que a sua gente seja sempre feliz e nunca pare de cantar!

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Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certo que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver O que é amar (Gonzaguinha)

A lógica às vezes nos impede de vivenciar milagres em nossas vidas… A razão às vezes nos impede de ser feliz…

Fomos para o estádio ansiosos. De um lado, nossa parte racional, envenenada por todos os achismos dos ‘doutores’ do jornalismo esportivo, e dos pseudo comentaristas dos programinhas vagabundos de TV, nos dizendo que era muito difícil, que o Palmeiras não tem time, que era o clube paulista que ia dar vexame na competição; que o Libertad, invicto, já participou de 654.789.039 Libertadores… Nossa razão confundida por alguns torcedores, que acham que é politicamente correto diminuir o próprio time, e que afirmavam que o Palmeiras seria rebaixado no Paulistão e não passaria da primeira fase na Libertadores (onde estão vocês agora?), que o Palmeiras tinha vendido a competição sul-americana quando negociou um jogador que não queria mais vestir a nossa camisa…

Do outro lado, o coração, ah, o coração… muito mais sábio do que a razão, pois já vivenciou e sentiu em cada uma de suas fibras que ninguém ganha ou perde um jogo de futebol antes que o juiz apite o final da partida; esse coração ia pulando pelo caminho, feito criança cheia de esperança, sem se deixar atingir pelo veneno despejado sobre ele dia após dia.

Quando o metrô chegou na estação, tive a impressão que tínhamos descido dentro do estádio. Ela estava entupida de palmeirenses. E, como se estivessem na arquibancada, eles cantavam a plenos pulmões na estação, e a gente, sentindo aquele arrepio gostoso, ia respirando Palmeiras enquanto subia as escadas.

Tava uma chuva danada lá fora, mas ninguém aguentava esperar. Inúmeros vendedores subiam e desciam as escadas, vendendo capas de chuva no meio daquelas centenas de palmeirenses. Já na calçada, eu observava que a alegria dos torcedores era contagiante! Tão contagiante que até a chuva perdeu o rebolado e, bastante sem graça, foi saindo de fininho e desapareceu. E eu pensei com meus botões: Hoje, não tem pra ninguém…

Quando chegamos, a praça em frente aos portões principais estava cheia de gente. E diferente de muitas outras vezes, as pessoas pareciam confiantes, ansiando pelo que ocorreria lá dentro. Era como se todo mundo tivesse olhado os seus medos de frente e dito: HOJE, NÃO! Agora é a minha vez de ser feliz (fiz isso na Copa do Brasil).

O Pacaembu estava lotado, mas naquele horário sem noção, ainda havia muita gente pelo caminho – quem é o “inteligente” que marca uma partida, num dia de semana, às 19h15? E por que só o Palmeiras joga nesses horários estapafúrdios?! Mas o fato é que o time, que está TEMPORARIAMENTE na segunda divisão, e que a TV Globo jura que teve a sua torcida diminuída, colocava mais de 35.500 pessoas no estádio, batendo o recorde de público do Pacaembu na Libertadores, para ver jogar um Palmeiras cheio de desfalques, no time já desfalcado de sempre. Que coisa, né?

Quando esse Palmeiras, tão amado, entrou em campo, recebeu um aconchegante “abraço” da sua gente. Era como se ela lhe dissesse: Olha, estamos aqui, vamos jogar com você e, juntos, seremos imbatíveis.

Kleina tinha armado uma defesa forte, mas o time não jogou atrás, não. As chances iam surgindo… com Ayrton, Henrique, Vinícius (fazendo fila num monte de paraguaios), Charles… A torcida queria o gol e não parava de cantar. O Libertad, que achava o Palmeiras tão fraquinho, metia os 11 dentro da área a cada vez que o “fraquinho” ia pro ataque.

A partida era pegada pra caramba, tinha a tônica da Libertadores. A inexperiência da maioria de nossos jogadores nessa competição, era compensada por valentia e garra, diante dos tão catimbeiros adversários. Guiñazu batia o tempo todo e o juiz deixava passar. No entanto, qualquer esbarrão que um palmeirense desse num paraguaio era falta, passível de cartão (o Libertad é o time do presidente da Conmebol, né?). A torcida, que aplaudia cada lance do Verdão, marcava forte os paraguaios e o juiz. EI, JUIZ, VAI ….. .. ..!!!

O primeiro tempo acabou e o gol não saiu.

Na volta do intervalo, a faísca elétrica que liga time e torcida, incendiou o jogo e o Pacaembu de vez! ♫ Ê PALMEIRAS MINHA VIDA É VOCÊ!! ♫♪ O Palmeiras veio disposto a pagar o preço que aquela vitória exigia. Paulo Nobre tem razão quando diz que é sangue na veia. A gente sentia o sangue correr mais quente, mais forte.

No primeiro minuto, Juninho quase fez de cabeça; depois, foi a vez de Vinícius fazer uma jogada linda e acionar Marcelo Oliveira, que tocou de calcanhar pro gol e quase pegou o goleiro de surpresa.

E o torcedor palestrino, numa sintonia surreal com o time, abriu o peito, colocou seu coração e o seu amor no gramado, e o time defendeu esse coração e esse amor com uma grandeza que há muito não se via…

O Pacaembu tinha alma, tinha voz! O Pacaembu tinha o perfume do Palmeiras gigante… Arquibancadas, numeradas e tobogã fundiam-se num espaço só; todas as vozes soavam como se fossem uma só; 35.511 torcedores tornavam-se um só: o poderoso 12º jogador do Palmeiras, que renascia com o time para buscar a vitória a todo custo.

A gente sabia que não ia demorar muito… Tratei de vestir a minha invicta camisa da sorte (limão, Valdivia 10), que eu usava sobre as costas. No mesmo instante (acredite), Wesley chutou meio esquisito de fora da área, a bola encontrou Charles que só teve  trabalho de dominar e mandar por entre as pernas do goleiro. E o Pacaembu explodiu na alegria do gol tão desejado, tão esperado! Explodiu em gritos, lágrimas, sorrisos, abraços e um orgulho do tamanho do mundo. Explodiu com o tapa na cara que time e torcida deram nos profetas do apocalipse, dos que rotularam o Palmeiras como time limitado… dos que subestimaram a nossa mítica camisa… Ainda consigo ouvir o grito de gol do 12º jogador do Palmeiras…

O juiz, que deixou Guiñazu bater o jogo inteiro, expulsou Wesley, injustamente, aos 16′. E o Libertad veio pra cima. Vinícius saiu com câimbras. Tudo ficava mais difícil… Mas a superação entrou em campo! A torcida enfrentava a cara feia do adversário cantando o hino do time. Mágico! E o que se viu foi a fibra de um gigante, de um time que se doou e ultrapassou os próprios limites. Os espaços se confundiram e estávamos todos dentro de campo. Éramos todos jogadores num espetáculo maravilhoso, numa apresentação épica! Com um a menos, o jeito era dar de bico para qualquer lado, era segurar a bola, cair para esfriar o jogo e irritar o adversário, fazer cera, catimbar. Os jovens jogadores do Palmeiras pareciam veteranos. Prass operou um milagre, defendendo uma cabeçada com  pé, ou melhor, com mais 35.511 pés. Ali, ao lado dele, quase morremos de susto. Mas já tínhamos dito ao nosso medo: Hoje, não!

O meu Palmeiras parecia que jogava Libertadores três vezes por semana. O tão tarimbado Guiñazu, e o seu invicto time, foram engolidos pelo gigante com o qual se defrontaram. E a torcida “em campo” ajudava a tirar de cabeça, a dar bicão, carrinho, torcia e jogava com o time, fazia falta, cobrava o final de jogo com o juiz, discutia com o adversário… e cantava!!! Nada e ninguém poderia segurar o Palmeiras nessa noite! Nada poderia deter o Gigante que ressurgia diante de nossos olhos. Encantada, orgulhosa, eu me dava conta de que jamais havia visto algo parecido.

O estádio respirava forte esperando o final de jogo. E quando o juiz apitou, e a alegria dos palmeirenses inundou o Pacaembu, time e torcida sabiam que dali por diante, ficaria cada vez mais difícil vencer o Palmeiras, que esse time estava crescendo na hora certa, da maneira certa… Sabiam que as portas de todas as chances estão abertas… Sabiam que o Gigante estava de volta…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-gReIKAPYGk[/youtube]

E deve ter sido por isso, pela luta de todos, pela alegria conquistada com tanta bravura, pela felicidade de ver que o Palmeiras renasceu, que mesmo depois do apito final, a torcida continuou cantando o hino do time, aplaudindo seus extenuados guerreiros, de pé…  Foi tão lindo, fez com que nos sentíssemos tão plenos, tão vivos, que o tempo poderia ter parado ali…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=OomdgqYoEds[/youtube]

Não temos e nunca tivemos muletas, nem padrinhos ou favores… SÓ TEMOS A NOSSA GRANDEZA!  E, por isso mesmo, só os palmeirenses sabem o que veio de brinde com essa vitória, nessa noite… só eles entendem porque se comemorou tanto… porque ao invés de ir para os portões de saída, a torcida correu para o alambrado… porque, minutos depois, todo mundo continuava dentro do estádio pulando e cantando… Foi mais que uma vitória e uma classificação. Nessa noite ganhamos mais que um título…

O Pacaembu nunca mais será o mesmo, ele viu ressurgir o seu maior campeão!

TANTI AUGURI, PALESTRA!