Resultado de imagem para golaço de Carlos Eduardo

“Boi, boi ,boi, boi do Piauí… Verdão ganha no Allianz, Pacaembu e Morumbi!” 🎶

Era dia de clássico… na tarde de sábado, Palmeiras x São Paulo jogariam no Pacaembu – o mando era do nosso adversário e nós, palmeirenses, teríamos que assistir na TV. Se vencesse, o Palmeiras já garantiria a sua classificação nos mata-matas.

Eu estava fora e não tinha como assistir, e só ia conseguir voltar pra casa no segundo tempo, e olha lá. Que aflição! O jeito foi acompanhar, quando dava, as informações dos amigos, que eram enviadas pelo celular.

Desde o início, reclamavam todos, que o time adversário descia o sarrafo nos palmeirenses e o árbitro não os punia; diziam que Pablo poderia até ter sido expulso, e que amarelo mesmo, era só para o Palmeiras. E o árbitro do jogo era Thiago Duarte Peixoto, o mesmo que fora mandado para “Nárnia” (ficara um ano na série B), depois de errar contra o Lava Jato, num derby, e estava voltando a apitar a Série A.

Os amigos diziam também que o jogo estava ruim, sem grandes emoções, que Borja não estava bem; alguns afirmavam que o Palmeiras, mesmo ficando mais tempo com a bola não criara nada para que Borja pudesse finalizar… As informações iam chegando… Weverton espalmara, sem grande dificuldade, uma cobrança de falta, e também fizera uma defesa espetacular numa cabeçada de Carneiro; o lance, no entanto, já estava parado porque Pablo, muito acintosamente, de braço levantado, usara a mão para mandar a bola para Carneiro, mas Weverton, não querendo dar chance alguma ao adversário (e seguindo orientações recebidas em treino), foi pra defesa assim mesmo, e arrasou.

Eu estava na rua, quase chegando em casa, ansiosa pra ver o jogo… Assim que o farol fechou, um cara de bicicleta, usando uma camisa do City, atravessou a faixa de pedestres… Quando ele ficou de costas pra mim, eu vi: 33 Gabriel Jesus. Aí eu tive certeza que íamos ganhar o clássico (de novo), até falei isso para quem estava comigo. Era um sinal. 😉

Cheguei em casa e o primeiro tempo já estava quase acabando. E não é que, logo que comecei a assistir, Ricardo Goulart sofreu um pênalti… que o juiz não marcou? Mas que coisa! O sujeito voltando de uma punição de um ano, e parecendo não ter nenhum receio de ser mandado para a “geladeira” de novo… Deve ser porque ninguém vai para a geladeira se errar e prejudicar o Palmeiras… né?

Foi muito pênalti em Goulart… A não marcação de um pênalti em um jogo, num clássico, principalmente, pode ser determinante para o seu resultado, não é mesmo?

Ainda bem que o Palmeiras não ia precisar dessa possibilidade de gol…

Não sei se meus amigos/informantes reclamaram mais do que deviam no primeiro tempo, ou se o Palmeiras voltou mais ligado no segundo, mas o fato é que, já no primeiro minuto, Dudu quase abriu o placar em um chute cruzado que passou pertinho, quase lambendo a trave.

Carlos Eduardo, que viera pro jogo na segunda etapa substituindo Borja, era alvo de muitas reclamações do torcedores nas redes sociais, desde que a substituição fora anunciada; Felipão, por ter optado por ele, também recebia críticas de alguns – tem um pessoal que parece ter esquecido que torcer é diferente de ficar xingando o tempo todo porque aquilo que a gente imagina/espera/quer que aconteça não se realiza. Se o atleta, seja ele quem for, estiver em campo, vestindo a camisa do nosso time, o melhor que nós podemos fazer é torcer por ele, e pelos outros 10 também. Disse a mim mesma que adoraria que Carlos Eduardo fizesse um gol, e bem bonito, para calar os chatos reclamões. Mas só desejei o gol… não imaginei que ele, tão perseguido pela torcida e, por isso mesmo, e muito provavelmente, menos seguro em campo, fosse mesmo marcar. Mal sabia eu o que aconteceria…

Goulart teve uma boa chance depois de um belo passe de Scarpa, mas foi travado por Arboleda na hora de finalizar; depois foi a vez de Carlos Eduardo, que escorou de cabeça para o meio, a bola cruzou toda a frente do gol sem que aparecesse ninguém em condições de empurrá-la pra rede…

Estava gostando de ver o Palmeiras mais perigoso do que o adversário, mais ofensivo, merecendo fazer um gol. Dudu, Scarpa e Goulart (joga “nada” ele) estavam muito bem (imagina quando eles se entrosarem mesmo?) Do meio pra trás estava todo mundo ligado, atento, jogando seguro. Felipe Melo, pra mim, era um dos destaques do time. Jogava muito o Pitbull, Gustavo Gomez também. Weverton parecia bem tranquilo. O Palmeiras crescia no jogo.

E, então, aos 34’… ficamos todos estupefatos. Carlos Eduardo tabelou com Dudu, e o baixinho, rápido, inteligente, deu um passe de calcanhar lindo pra ele… e Carlos Eduardo soltou um míssil de fora da área. A bola bateu, por baixo, no travessão de cima, bateu no chão, bateu no travessão de novo, bateu no chão e entrou… Ah, danada. Tinha que ser caprichosa no gol maravilhoso de Carlos Eduardo (os bambis já colecionam muitas pinturas palestrinas. A cada jogo tem uma nova). Eu que desejara que Carlos Eduardo marcasse um gol , e gol bonito, nunca imaginei que seria esse espetáculo. Que golaço!

https://www.youtube.com/watch?v=2dCW8zh45IE

Os jogadores todos foram comemorar com ele, os reservas todos correram pro abraço. Um bolo de parmeras pulando ali na linha de fundo, todos eles felizes pelo garoto que entupia todas as cornetas com seu petardo – prova de que o time inteiro se ressente (e isso atrapalha) quando a marcação da torcida pra cima de um atleta é muita. Um gol para lavar a alma do Cadu, dos companheiros que o apoiam… e para levar o Palmeiras a mais uma vitória diante do São Paulo.

Foi tão sensacional o gol de Carlos Eduardo, foi tão linda a comemoração dos jogadores palmeirenses, que até o mascote bambi ficou encantado…

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O jogo caminhava para seu final (por pouco não saiu mais uma cobertura), o Palmeiras, que há 10 anos não perde para o São Paulo em Campeonatos Paulistas (em brasileiros, a última derrota foi em Mai/2017), decidia a partida, saía com a vitória e , com 22 pontos conquistados, carimbava antecipadamente a classificação para os mata-matas…

E pensar que, em 2014, Carlos Miguel Aidar, então presidente do São Paulo, disse, enquanto debochadamente comia bananas diante das câmeras de TV, que o Palmeiras estava se apequenando. Veja só como são as coisas… O Palmeiras, em campeonatos brasileiros, não perde para os leonores desde Maio/2017… em Campeonatos Paulistas, não sabe o que é uma derrota desde 2009… O Palmeiras, de situação financeira, trabalho, estrutura e elenco invejáveis, ganhou dois Brasileirões (2016/2018) e uma Copa do Brasil (2015) desde então, e o adversário, que coleciona belíssimas “coberturas” e um “torpedo” presenteados por jogadores palmeirenses, está a ver navios há um tempão.

Como bem disse Paulo Nobre, o grande responsável pela reestruturação do Palmeiras, o mundo é redondo e, agora, o Aidar (e quem mais se refestelou com as suas idiotices) deve saber o que fazer com a banana, né?

Que aniversário, esse, do Palmeiras…

Comemoramos 97 anos em grande estilo. Na noite do dia 26, teve uma festa linda no CT do Palmeiras, para comemorar a existência do nosso clube tão amado. Tive o privilégio de estar lá, de poder me emocionar quando ouvi tocar o nosso hino, de poder cantar parabéns e, ao lado de amigos queridos, tomar um champanhe e comer uma fatia do bolo mais lindo que eu já vi. Também, com aquelas cores e o distintivo tão amado, nenhum outro poderia ser mais bonito. Vejam só se não tenho razão…

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Mas, justamente na semana do aniversário, teríamos uma pedreira pela frente. Clássico diante do freguês, líder do campeonato, amiguinho do trambiqueiro lá da CBF e, como efeito colateral dessa “amizade, amiguinho dos juízes também. Jogar contra o time dos gambás, nunca é problema mas, jogar contra os inventores, em parceria com a prefeitura de SP, do roubo travestido de incentivo fiscal, inventores da lavanderia invisível (a justiça e a CBF, simplesmente não a viram e nem a veem), parentes muito próximos da Família Oliveira, não ia ser fácil.

A rivalidade, que já é imensa, tomou proporções gigantescas depois de uma atitude idiota da maior torcida do adversário. Apareceram com uma antiga ficha de inscrição de Kleber como associado deles. Claro que a nossa torcida nem ligou. Claro que a nossa torcida não aceitou a “pilha” que tinha como objetivo tumultuar as coisas para o clássico. Se até Pokémons podem evoluir, por que Kleber não poderia?  E, claro que esse medo, tão revelado nessa atitude dos gambás, serviu ainda mais de motivação para o Palmeiras, e deixou o nosso ambiente mais alegre e divertido. Mas que burrice desses caras! Logo eles, que até outro dia tinham por ídolo um gordo e fervoroso torcedor do Flamengo.

Mas, é como diz o ditado, não se cutuca uma onça, ou melhor, um porco, com a vara curta… E a vara dos gambás, dentro das quatro linhas ficou curtinha, curtinha…

Jogo lá em Presidente Prudente, um calor infernal, que logo nos primeiros minutos da partida já deixava os jogadores bastante extenuados. Felipão, inteligentemente, mandara o Palmeiras à campo vestindo o uniforme branco, o que obrigaria os gambás a jogarem de preto. Não ia ser nada refrescante para os nossos fregueses.

Maikon Leite sentira uma contusão e estava fora, Cicinho, suspenso, também estava; Felipão, que tinha sido julgado e pegara duas partidas de gancho, assistiria o jogo de uma cabine. Em seu lugar, estaria o pé quente do Murtosa. E sabem que eu acho que o que fora, intencionalmente engendrado para nos prejudicar, acabou sendo uma ajuda inestimável? Lá de cima, Felipão viu o jogo muito bem e, com Murtosa, acertou o time direitinho quando precisamos.

O Palmeiras nem quis saber do calorão e foi prá cima dos gambás, desfalcados de Paulo Cesar Oliveira. Aos 8′, Patrik avançou e cruzou na cabeça de Kleber. Faltou pouco para ele guardar… Cinco minutos depois, Kleber avançou na área e chutou cruzado. Júlio César conseguiu mandar para escanteio. Só dava Palmeiras. Mas, aos 17, Emerson tentou cruzar, Henrique não conseguiu interceptar, acabou tirando Marcos da jogada e a bola entrou. Que saco!!

Meu coração, insistentemente, me avisava que o Palmeiras jamais perdera para os gambás com Valdivia em campo… E esse mesmo Valdivia, que dava uns passes lindos para seus companheiros, era caçado por Chicão… Kleber também sofria muitas faltas. Liedson tentava provocar Thiago Heleno. Mas nada dava certo… Os palestrinos estavam espertos às provocações. Chico, Luan, Valdivia, Kleber, Henrique, Thiago Heleno, Gabriel… marrentos, encaravam as discussões e os adversários.

Luan, apesar do sol escaldante, corria como nunca e jogava muito bem. Os gambás não conseguiam pará-lo. Imaginem se tivéssemos Cicinho também? Só Patrik destoava da disposição dos demais. E, ainda no primeiro tempo, aos 32′, Murtosa o trocou pelo estreante Fernandão. A alteração já surtiu efeito. Aos 34, Assunção cobrou escanteio. Fernandão e Henrique subiram, tentando cabecear; o goleiro Julio César se atrapalhou, fez uma defesa no vácuo, e Luan, sozinho, pegou a sobra e encheu o pé, estufando as redes. Que gol lindo! Os jogadores se abraçavam em campo, Felipão pulava lá nas cabines e a Que Canta e Vibra explodia na bancada. Que alegria eu senti! Que petardo do Luan! Mais tarde, o goleiro gambá, diria que Kleber o atrapalhou por estar à sua frente. Esse Kleber não tem mesmo fair play, hein gente? Tadinho do moço… Ninguém contou prá ele que os atacantes adversários vão prá área quando seus times estão no ataque? Me lembrou até um certo ‘goleiro de hóquei’…

E antes que acabasse o primeiro tempo, Luan, que estava inspirado, tentaria marcar mais duas vezes. Numa delas, depois do Mago tê-lo “achado”lá na frente, o goleiro defendeu o chute. Achei que, no segundo pau, Kleber e Fernandão poderiam ter concluído melhor, se ele tivesse passado. Mas a vontade de ganhar, quando é muita, faz dessas coisas…

Veio a segunda etapa, a sombra também veio para uma parte do gramado, e o Palmeiras veio prá cima dos gambás! Tínhamos 7′ de jogo quando Assunção lançou por cima da zaga para Fernandão. Ele, com uma categoria desgraçada, avançou pelo meio de dois marcadores, matou no peito, olhou onde estava o goleiro, e tocou sem chance de defesa. UM GOLAAAAAAAAAAAÇO MARAVILHOSO! Sei não… não é qualquer um que faz um gol daquele… com aquela calma e categoria…

Ao Palmeiras coube começar a administrar a virada, mas sem deixar de atacar. Com a vantagem, minha adrenalina ia à milhão. O time que já lutava muito desde o primeiro minuto, agora lutava mais ainda. Que orgulho eu sentia em ver meu time guerreiro, com aquela baita raça, brigando, apanhando, desarmando, batendo boca, “mordendo” o adversário… Mais do que os gols em si, a maneira como o time estava conquistando a vitória me deixava orgulhosa! O jogo não acontecia só onde a bola estava… Valdivia e Kleber que o digam! Isso é futebol!

O Palmeiras fazia um jogo digno de ser o presente de aniversário ao clube e à torcida. E se era presente, faltava o laço para embelezar o embrulho… O Mago, respondendo à todas as provocações, respondendo à vez em que, lesionado, foi motivo de chacota no treino dos gambás, meteu um chute no vácuo, enlouqueceu os palestrinos e matou de raiva a gambazada… “Tchicón” que o diga!  A torcida, feliz, gritava o nome de Valdivia!!

O árbitro Luiz Flávio, embora não tenha atuado à altura do seu irmão e ídolo alvinegro, Paulo César Oliveira, também não fez feio à linhagem. Deixou de expulsar Chicão, por uma cotovelada no Mago (imaginem se fosse Kleber a dar cotovelada em alguém? Seria enforcado pelo tribunal inquisidor); deixou de dar vermelho para Emerson, por todos os coices desferidos (já pensou se fosse o Mago a dar o carrinho criminoso que Emerson deu em Luan?). Os gambás tentavam com o “Milk” Sheik, mas os chutes eram sempre fraquinhos. Murtosa sacou Assunção para a entrada de João Vítor. Logo depois, o Mago deu um passe mágico para Luan (o grande nome da partida) invadir a área e chutar cruzado. Passou raspando…

Levamos um susto aos 43′, num chute de Liedson que Marcos bloqueou com uma defesa sensacional. Chicão, descontrolado, ainda tentava provocar o Mago no finalzinho da partida. E acabou por desferir um tapa na cara de Valdivia. (QUERO VER O QUE FARÁ, NESTE CASO, O STJD, QUE LEVOU KLEBER A JULGAMENTO, NUMA OUTRA OPORTUNIDADE, POR ACHAR FALTA DE FAIR PLAY ELE TER CONTINUADO UMA JOGADA EM QUE A BOLA ERA DE POSSE DO PALMEIRAS (Cotovelada e tapa na cara é  agressão, né promotor?). Juiz e bandeirinha fizeram que não viram a agressão, o jogo foi até os 50′, mas nada de diferente aconteceu… O PALMEIRAS VENCEU O DERBY!

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Aos gambás sobrou o chororô habitual. E eles choraram mais pelas coisas que o Valdivia fez em campo do que pelos gols tomados e pela derrota sofrida. Aos programinhas esportivos coube a mesma ladainha de todas as vezes… Valdivia merece apanhar (eles mudam até as regras do futebol para justificar as asneiras que vomitam aos microfones) por ter feito o seu lance genial. Alguns “profissionais”de imprensa se incomodam tanto quando o Mago dá o chute no vácuo,  mas quando o Neymar conseguiu dar um igual, acharam o máximo. Que gente hipócrita!

Mas já estamos acostumados a isso, Valdivia também está. E lá se vão 97 anos de freguesia e, agora, Tite deve estar calculando a jogabilidade e freguesabilidade para entender o que aconteceu… hahahah…  Muchas Gracias, SCCP (Small Club Cliente Preferencial), nem Felipão motivaria melhor o meu time.

E… Parabéns, Palmeiras!!! Vocês foram bárbaros e merecem aplausos!