Tá bom, vamos encerrar o assunto e a discussão sobre a vitória do Palmeiras no derby.

Não foi falta no Prass – ele não estava com as duas mãos na bola, e não levou um tranco do Felipe nem uma cabeçada na mão, e o Tite nem ficou com cara de b…. quando viu a imagem.

Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Falta-em-Prass

Preste atenção na imagem, o jogador ‘lava-jato’ não acertou o Prass… De onde tiram essas ideias?

Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Falta-em-Prass1

E o Tite “não reclamou nadinha da arbitragem” ontem, porque ele “é muito sensato”, “não é hipócrita” e “não costuma falar sobre arbitragem”. Em 2015, ele cansou de repetir que “não fala sobre arbitragem”…

Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Tite-ignora-arbitragem

Também não sei como podem querer comparar o lance de ontem do Felipe (COR) sobre o Prass, com o lance do Jesus e o goleiro do Flamengo. Foi “tão diferente”… por isso que, na ocasião, ninguém da imprensa – ao contrário do que muitos fazem agora – queria que o gol do Palmeiras fosse validado. Nem mesmo os jornaleiros palmeirenses, que agora “não dariam a falta em Prass”… Porque a falta do Jesus no goleiro do Flamengo “foi diferente da falta do Felipe no Prass”.

Pal2x1Fla-Falta-Jesus-goleiro

E tem mais, no início da jogada, antes da falta que “não aconteceu” no Prass,  o Felipe “não estava impedido” – é ilusão de ótica o que a gente vê na imagem…

Pal1x0LavaJato-12-06-2016ImpedimentoFelipe1

O fato de só o Felipe estar na parte mais escura da imagem abaixo, não significa que ele estava impedido. Ele parece estar à frente, mas na realidade não está. É só “o cérebro da gente sendo enganado pela imagem”. Como ver impedimento nisso? Lance muito “duvidoso”…

Pal1x0LavaJato-12-06-2016ImpedimentoFelipe

E ocorre mais um engano quando se fala sobre a agressão de Fagner. Fagner não agrediu Dudu, ele “só visou a bola”, nem abriu o braço bem antes, nem deixou o cotovelo preparado, o tempo todo, pra acertar o palmeirense.  O juiz “acertou” em não dar um vermelho para o jogador ‘lava-jato’.

Pode reparar, quando Dudu ia subir pra cabecear, o Fagner estava olhando só a bola, o cotovelo dele estava levantado por acaso… Na verdade, foi o Dudu quem se direcionou ao cotovelo do Fagner e trombou com ele… não foi o Fagner quem andou de cotovelo já armado com a intenção de agredir Dudu… a imagem mostra que ele nem viu Dudu direito de tanto que olhava a bola…

Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Fagner-agride-Dudu3Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Fagner-agride-DuduPal1x0LavaJato-12-06-2016-Fagner-agride-Dudu1

Nem sei porque o Gaciba, na transmissão, falando sobre a “falta que Dudu fez no cotovelo de Fagner”,  disse: “ele (Fagner) está um pouco acima da temperatura do jogo”…

Pal1x0LavaJato-12-06-2016-Fagner-agride-Dudu2

Portanto, amigo leitor, estão aí as imagens, e elas não mentem.

Felipe “não estava impedido”… Felipe “não fez falta em Prass”…   Fagner “não agrediu Dudu”…  E minha mãe é homem…

E não se fala mais nisso.

 

E o Senhor falou: Se uma porta te é fechada, eu abrirei duas outras; se você não comer a Asa na quarta, eu te darei a Galinha inteira no domingo. – Coríntios 0, 2

Quem diria, foi mais difícil enfrentar a Asa do que a Galinha inteira. O Parmera foi passear em Itaquera, de novo.

Oswaldo escalou o time direitinho (até que enfim, né OO?) e, com time escalado direitinho… a coisa funciona, é óbvio. O Palmeiras tinha os desfalques de Victor Ramos Robinho e Dudu, por suspensão, de Gabriel Jesus e João Pedro, na seleção sub-20 e ainda continuava sem poder contar com Allione, Tobio e Mouche,  que estão no DM há um bom tempo

Nem bem o jogo começou, jogaram – a torcida do Corinthians jogou – uma latinha de cerveja no Prass (isso é proibido, né?). O goleiro entregou a lata para o árbitro, todo mundo viu, porém, nos dias que se seguiram à partida, o STJD, do procurador e paladino da Justiça, Paulo Schmitt (tá metido nuns rolos o sujeito), faria de conta que nem ficara sabendo do caso.

Na TV, narrador e comentarista, mencionavam o fato de que a lata atirada no jogador do Palmeiras, poderia causar perda de mando para o dono da casa, e, PASMEM, a repórter da emissora argumentou que a cerveja era sem álcool!?!? A repórter inventou uma  exceção para a proibição de se atirar objetos no gramado! Vai casar com o Neto essa! Se jogarem uma latinha de cerveja, sem álcool, na cabeça dela, tudo bem? O problema é a lata ser de cerveja com álcool? Se não for assim, beleza? Acho que ninguém contou  pra ela que nos estádios só vendem cerveja sem álcool. E que se é proibido atirar objetos no gramado, isso vale pras latas de cerveja sem álcool também, of course.

Pois é… tem cerveja sem álcool, tem cara que é de pau, e tem cabeça que parece sem cérebro…

O Palmeiras nem deu bola pros itakeras, pra latinha de cerveja “sem álcool”,  pro celular, que jogariam no campo mais tarde, depois do gol de Zé Roberto…

Só deu Verdão no “Istádio dos Quatro Tobogãs”.

Comecinho de partida, jogada bonita de Lucas e Arouca, e o Kelvin, nosso Edmundo afrodescendente, chutou pro gol, fazendo a bola passar raspando a trave. Sim, o Verdão não tinha ido brincar em Itaquera.

O Palmeiras marcava a saída de bola do adversário, e marcava em cima. O time ‘itakera’, sem oferecer perigo ao Palmeiras, era desarmado em muitas oportunidades e não conseguia fazer as jogadas.

O jogo corria e o Palmeiras mandava na partida.

O árbitro amarelara Arouca na sua segunda entrada mais forte, porém, as entradas “mansinhas” no Mago, no Kelvin, as entradas por trás nos parmeras, não recebiam cartão nenhum.

O Verdão, com boa movimentação, passou a ficar cada vez mais próximo da área inimiga… e, numa jogada de mago, do Mago, uma matada na coxa, e a bola levada na embaixadinha, no meio da gambazada – que lindo -, Kelvin foi lançado e cruzou perfeitamente para “Benzemarques”, que estava do outro lado. E ele,  fulminante, por trás da zaga, cabeceou pro fundo do gol de Cássio. QUE GOL LINDO!!!!

O Palmeiras, sobrava no Esmolão, e eu pulava de alegria em casa. Na TV, Milton Leite parecia um balão murchando – de tristeza – na hora de gritar o gol do Palmeiras.

Rafael Marques foi comemorar com a sua gente, e como foi emocionante vê-lo abrir os braços de frente pra Que Canta e Vibra, enlouquecida de alegria, e e bater no peito, porque o PALMEIRAS é grande!!

Rafael Marques (“mi” gosto dele)… já fez mais gols no Itaquerão do que “artilheiro do amor”… Ele, que já chega e “abre a geladeira” na casa  do rival, daqui a um tempo, vai poder “ir ao banheiro de porta aberta”.

Os itakeras perderam o rumo depois do gol, e batiam sempre que podiam; Valdivia levava cada traulitada e o juiz… nada de cartão. Fagner aproveitou uma dividida e acertou a mão no rosto de Egídio, o juiz estava pertinho do lance, mas o cartão ficou no bolso; Kelvin sofria faltas duras, Gabriel também, e o cartão continuava no bolso do juiz.

Enquanto o Palmeiras se mantinha calmo e tocava bem a bola – Rafael Marques, Mago e Zé Roberto comandavam o jogo -, os itakeras eram anulados pela defesa esmeraldina e não conseguiam passar pela marcação; ficavam nervosos e jogavam menos ainda. O time do Palmeiras, compacto, com bom volume de jogo, marcando forte, estava acertadinho em campo. A área dos itakeras era assombrada o tempo todo, por Rafael Marques, por Valdivia, por Zé Roberto, às vezes por Kelvin, que apareciam sempre com boas chances de marcar.

Um drone, com uma camisa do Guaraní, do Paraguai, que eliminou da Libertadores o time “que pode jogar a Champions” , sobrevoava o Itaquerão… e a parmerada fazia a festa com ele.

Só aos 38′, o juiz lembrou que podia dar amarelo pros adversários também, e Ralf levou o dele. Logo depois, Egídio, por uma falta em Fagner, foi amarelado também (merecidamente) – o Fagner já tinha acertado o rosto do Egídio, lembra? A cobrança dessa falta foi o lance que mais eriçou a torcida rival no primeiro tempo, pra você ter uma ideia do “volume” de jogo deles.

Só que o “Parmera” era melhor em campo, e, embora já tivesse cadenciado o jogo, já tocasse mais a bola, esperando o final da primeira etapa, aproveitou um ataque, aos 46′, originado num tiro de meta comprido de Prass. Zé tocou de cabeça pra Valdivia, e correu lá pra frente, o Mago desceu pela direita e cruzou de volta pro Zé, já no meio da área. O Zé saiu da marcação, deixando o Edu Dracena no chão, chutou, Cássio defendeu, ficou no chão também e, no rebote, antes que Bruno Henrique chegasse, o Zé pegou a sobra e guardou de cabeça na rede ‘itakera’.

Golaço do Zé! 2 x 0… fora o baile.

No segundo tempo, a dinâmica do jogo foi a mesma. O rival até que tentou reagir, mas parava em Vítor Hugo, Jackson, Egídio, Lucas, Arouca, Gabriel… no Mago, que ajudava a desarmar, no Zé, no Rafael Marques, no Kelvin… Prass quase nem precisou trabalhar.

Já o Palmeiras, se aproveitava dos contra ataques e dos espaços que encontrava, e por pouco não goleou o rival. Cássio foi quem impediu fazendo boas defesas. Como quando se esticou todo pra mandar em escanteio uma falta cobrada pelo Zé; ou quando Valdivia – ele jogou muito – deu um passe de gênio pro Zé Roberto e, por pouco, não saiu o terceiro. Cássio foi quem impediu.

O time todo do Verdão fazia uma boa partida, mandava no jogo, dentro da casa do adversário. Valdivia, Zé Roberto e Rafael Marques, incansáveis, se movimentavam muito, e ditavam o ritmo do jogo. Valdivia, aliás, fez uma partidaça (Vamos renovar com ele, hein Palmeiras? Não dá pra perder um talento desse nível).

Últimos minutos de jogo… Um monte de “fiéis” já tinha desistido de torcer fazia tempo, e a parmerada fazia a festa… “Olé! Olé!”

O juiz deu quatro minutos de acréscimo, depois deu mais um, mas não teve jeito. O Palmeiras, muito seguro em campo, tranquilo, não deu o mínimo espaço pro adversário.

O juiz apitou o final da partida. E o Palmeiras saiu com 3 pontinhos na conta, deixando lá em Itaquera a encheção de saco, da imprensa, pelas 3 partidas sem marcar; acabando com a invencibilidade do dono da casa no Brasileirão; acabando com o papo furado de “eliminou o Corinthians no Itaquerão, mas não venceu”…

https://www.youtube.com/watch?v=jbyySzgv17g&list=PL2RjbjKuG1xTuBXmVfmA99raPkDNiMivW

Segura a crise aí, Cu rintia! Caiu em Itaquera, o porco atropela!

ÔÔÔ  O FREGUÊS VOLTOOOOU!

“Ôôô… o freguês voltooooou!” – Olavo Bilac 

Tinha sido difícil pegar no sono na noite anterior… Palmeiras e Corinthians, mais uma vez, se enfrentariam pra decidir uma vaga na final do Paulistão (era Paulistão o jogo todo, virou “Paulistinha” tão logo acabaram as cobranças de penalidades).

Que friozinho na barriga… Tanto para uma torcida quanto para a outra, no clássico de maior rivalidade do mundo, perder para o rival é algo bem difícil de administrar. E pode estar valendo um saco de pipoca… que dirá uma vaga na final.

Jogo lá nos entulhos do Palestra, com estádio lotado de itakeras, e apenas 2.000 mil parmeras – eles valeram por 20 milhões. Jogo pra decidir. Um, ia se dar bem; outro, ia dançar… O Palmeiras tinha a missão de vencer a primeira decisão entre os dois, em pleno Esmolão, diante de muitos milhares dos seus inquilinos…

Eu vivia uma sensação dúbia, conflitante… a razão, me fazia apreensiva, tensa, por tudo o que a partida significava, por todas as dificuldades que por certo encontraríamos (ah, a arbitragem…);  o coração, me deixava numa ansiedade monstra pra que chegasse logo a hora e eu pudesse ver o Palmeiras vencer – sim, o coração sabia. Ele sempre sabe…  a gente é que teima em não acreditar nele.

S.C. Itaquera, invicto (graças às arbitragens), blá, blá, blá… “jogando que nem o time de Telê”, nhe, nhe, nhe… E eu me lembrava que, na maioria das vezes em que um derby decidiu classificação ou título, o Palmeiras levara a melhor… informação gravada na alma, no sangue, na história…

Estava difícil lidar com a emoção… Tudo em relação ao Palmeiras, sejam dores ou alegrias, é grandioso demais, ultrapassa todas as fronteiras. Mas eu sabia que, time por time, eu não tinha o que temer, o do Palmeiras é bom. O time de “Itakera”, que também é bom, tinha  a vantagem de jogar junto há mais tempo, de estar diante da sua torcida, e de ser favorecido pelas arbitragens em inúmeras partidas – era esse “detalhe” que me deixava mais tensa.

O  bicho ia pegar…  E, bicho por bicho, que fosse o porco a pegar o gambá.

E eu ficava tentando imaginar, tentava “ouvir” o que seria a preleção daquela tarde… e me emocionava… Mas, eu tinha uma certeza, eles jogariam com a alma (e como jogaram!). Quem veste essa camisa, e sabe o valor que ela tem, se agiganta em momentos assim…

E  foi o Palmeiras quem começou dando as cartas no “Estádio dos Quatro Tobogãs”… Rafael Marques, abusado, viu Cássio um pouquinho adiantado e chutou lá do meio de campo. O goleiro pegou sem dificuldade. Mas, imagina se ele faz o gol? Só iam sobrar os entulhos do Palestra lá.

Os times se observavam… De olhos grudados na TV, vi Valdivia enfiar uma bola pro veloz Dudu, mas um itakera mandou pra lateral.  O Palmeiras marcava bem a saída de bola, tinha mais qualidade com a bola no pé…

E então, aos 13′, depois de um escanteio de Robinho, Victor Ramos cabeceou, a bola bateu no jogador itakera e voltou para o zagueiro palmeirense de novo. E ele, como se fosse um Evair, botou a bola no pé e  estufou a rede.

Eu quase entrei na TV pra comemorar com ele… Meu Deus! GOOOOOOOOOOOOOOOL, VICTOR RAMOS, SEU LINDOOOO! Minha cabeça rodava de emoção e alegria… E a adrenalina subia de vez…

Achei que juiz mudou de postura e ficou mais enérgico em campo depois do gol (será que ficou aborrecido?).

O jogo ia ficando mais pegado. Mendoza, nervosinho, se estranhava com Arouca… E então, um absurdo.  O árbitro matou um ataque do Palmeiras. Sim, o juiz “esqueceu” a lei da vantagem e parou um contra ataque perigoso do Palmeiras, quando Dudu ia sair livre na área e tinha chances de fazer 2 x 0, para marcar uma mísera falta, que nem cartão mereceu, beneficiando claramente o infrator. Depois que a gente fala…

Muitas faltas para o Palmeiras não eram marcadas. O jogo entrara em JuizModeON. O nervoso ia aumentando…

Victor Ramos já estava sangrando, com um corte no nariz, causado pelo cotovelo de Vagner Love, numa disputa de bola.

O futebol do Palmeiras estava meio esquisito…  o posicionamento parecia estar errado. Embora os jogadores fossem os certos, a coisa já não fluía bem, errávamos passes, a bola não passava pelo meio e ia direto lá pra frente lá. E, assim, os adversários foram chegando…

E empataram com Danilo, aos 33′, após uma cobrança de falta de Jadson, que ele, Danilo, livre, cabeceou pro gol do Prass.

Quase em seguida, o Mago aproveitou uma saída errada e tocou pro Dudu, mas ele, que dava um trabalho danado pros itakeras, mandou ela pelo alto. Eu já não conseguia mais assistir direito…

O primeiro tempo estava acabando, os times pareciam meio “contentes” com aquele resultado parcial, quando Mendoza arriscou um chute de fora da área, acertou no cantinho do gol de Prass e virou a partida.

Agora, a p…. tinha ficado séria… Era a hora do meu Verdão mostrar todas as ‘armas’.

Corri no meu quarto buscar o terço benzido pelo Francisco… “Cristaldo” já tinha sido colocado num local estratégico…

Para o segundo tempo, Oswaldo tinha chamado Cleiton Xavier para o lugar do Lucas, Gabriel se posicionava na direita, e Dudu e Rafael Marques jogariam pelas pontas. Arouca, Robinho, Cleiton, Mago… Aeeee, Oswaldo! Segura o porco!

Num vaivém incessante… eu entrava e saía da sala seguidas vezes. Não conseguia mais assistir, tampouco conseguia não assistir.

Os itakeras se retrancavam, claro, esperando contra atacar. Na TV diziam que era muito difícil furar essa retranca deles. Sei…

Valdivia tabelou com Dudu e cruzou rasteiro. A bola passou toda linda na frente do gol, só esperando quem a colocasse na rede, mas ninguém chegou; Cleiton deu um lindo passe pro Dudu, ele chutou pro gol, mas Cássio deu uma desviadinha na bola, e ela tocou a trave e… saiu. Eu ia ter um infarto. Sentia um calor no peito inexplicável.

O Palmeiras se acertara e ia pra cima… e eu chorava vendo o meu Palmeiras, valente, guerreiro, crescer cada vez mais lá no Esmolão. E não tinha como não me lembrar de 2000. Galeano, cadê você?

A nossa torcida fazia barulho e empurrava o time. Tínhamos que fazer um gol… Eu mal conseguia respirar, e já tinha usado todos os meus argumentos tentando convencer Deus que o Palmeiras é quem merecia a vaga…

Saiu o Mago, entrou Jesus; saiu Wellington, entrou Kelvin… Oswaldo, mexia, ousava… e o time ia pra cima.

O relógio corria, quase trinta minutos, e nada do nosso gol…

E então eu ouvi o som que vinha da TV: “… agora teve o cruzamento, o lançamento pro Gabrieeeeeeeeeeeeeeeeeeeel!! Gooooooooooooooool (corri lá), Rafael Marques…”.

Deus do céu! “Galeano” tinha aparecido!! Rafael Marques colocava o Palmeiras na disputa e saía vibrando feito doido. Que gol lindo! Dudu, lá na esquerda, levantara a bola no segundo pau. Ela passou por Gabriel  (achei que foi derrubado) e sobrou pro RM, praticamente deitado, tocar de cabeça. Cássio só pôde olhar…

Eu chorava, cheia de esperança, como uma mãe que vê o filho pela primeira vez… RAFAEL MARQUES, SEU LINDOOOO!!

Vamos virar, Palmeiras! Meu corpo formigava… mas, embora o Palmeiras tivesse pressionado muito, o 2 x 2 se manteve, e fomos para os famigerados pênaltis…

“Valei-nos São Marcos! Que a luz que sempre o iluminou, ilumine o Prass agora”. Longe da TV, eu ouvia, e depois ia ver o replay…

Robinho perdera o primeiro, chutando muito por cima do gol… Deus do céu! Logo ele, que chuta tão bem?

Fábio Santos mandou na trave, mas ela entrou. Como assim, Deus?

Rafael Marques cobrou lindamente, no ângulo.

Tínhamos que defender um pra igualar…

Renato Augusto chutou forte e converteu.

Victor Ramos, com uma categoria danada, guardou o dele…

Fagner bateu, Prass acertou o canto e quase pegou.

Cleiton Xavier, glacial, esperou Cássio se decidir e guardou…

Ralf guardou o dele também.

Faltava uma cobrança de cada pra terminar a série… Dudu tinha que acertar ou acertar, e Prass tinha que defender ou defender. “Deus, agora é com você. Precisamos acertar esse e o Prass tem que fazer duas defesas para sairmos classificados”. Meu coração me fazia lembrar de 2000, e a esperança aumentava…

Era Dudu quem ia bater. Que vontade de ir lá ver, mas eu não conseguia. Vai, Duduzinho lindo!

Dudu chutou bem, guardou no cantinho e o recado foi dado… O Palmeiras estava vivo e ia buscar!

Os itakeras pareciam com um quê de “hoje não vai dar”… De joelhos, lá na copa, com as mãos segurando o terço que o Papa benzeu, com o coração imóvel, sem bater (ele me garantia que não ia acabar ali),  eu esperei… O babaca do Elias ia pra bola… Ah, Prass, essa você tem que pegar…

E não deu outra… DEFENDEU, FERNANDO PRAAAASS!!!

Parecia até o Marcelinho diante do Marcão… Prass, vibrando com a defesa, se ajoelhou com os braços apontando o céu…  Quando vi a imagem, eu tive certeza que a vaga  era nossa. Já podiam vir as cobranças alternadas. O freguês tinha voltado.

Kelvin foi pra cobrança… goleiro de um lado, bola  de outro. Ah, garoto!

Gil cobrou e guardou.

Jackson, com uma baita categoria guardou também (coisa linda esses zagueiros do Parmera).

Aí, eu decidi que queria ver. Ia acabar ali, eu sabia, e não perderia aquilo por nada desse mundo. A vida colocara os dois maiores rivais nessa disputa, pra que o Palmeiras mostrasse, em grande estilo, que ele está de volta.

Petros, cara de derrotado, foi pra cobrança…

Xô Petros!! Vai errar! vai erraaaaaaar! Eu gritava na sala! Foooora! Foooora!! Pega, Prass! Peeeeega!

Prass dizia para o adversário: “Acabou, Petros. Acabou”. E mostrava o canto onde ele queria que o ‘itakera’ batesse.

E então…

“Lá vai Petros. Partiu, bateu, pé direito na bola… DEFENDEEEEEEU PRAAAAAAAAAAAASS!! FERNANDO PRASS DEFENDE E O PALMEIRAS ESTÁ NA FINAL!!”.

Luz, muita luz!! Todos os espaços se encheram de luz! Prass, maravilhoso,   nos garantia na final. Meu coração nem cabia mais no peito.

O time inteiro do Palmeiras saiu correndo, comemorando enlouquecido, em direção à torcida. O Palmeiras, esbanjando grandeza e vontade de vencer,  eliminava os ‘itakeras’, dentro do galinheiro, e ainda ia levar metade da renda.

Valdivia, acreditem, caiu, literalmente, nos braços da Mancha! Sensacional a cena! Depois dessa, é título, minha gente!

As imagens de jogadores comemorando junto à Que Canta e Vibra falavam  ao nosso coração: TODOS UNIDOS PELO PALMEIRAS!

Foi heroico, catártico,  redentor! Relembrou 2000 e tantas outras “decisões” em que o Palmeiras levou a melhor sobre o rival.

Essa partida, os gols, as defesas, os jogadores, a torcida, entraram todos para a história da Sociedade Esportiva Palmeiras. E serão lembrados ‘Prass’ sempre…

Descanse em ‘Prass’, Cu rintia! Quem vai disputar o “paulistinha” agora é o Verdão!

ÔÔÔ VAMOS BUSCAR, PORCOOOOO!!!

Hoje é o aniversário do nosso maior freguês e seria muito descaso a gente não comemorar, né? Afinal quem é que nos dá mais alegrias que o Curintcha?  Desde 2006, vocês já são mais que simples fregueses…  são nossos clientes VIP.

cartão cliente vip

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UvRz7Uny2JA[/youtube]

Parabéns freguês! 99 anos sem “istádio”, sem “istória”, sem Libertadores, com ídolo traveco e com a camisa mais zuada que eu já vi… uhauhauhauhauhauahuahuahuahauuhauauha Valeu!! O Campeão do Século agradece.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=MonBuI4c1rU[/youtube] 

E a gambazada já  inicia a comemoração do Centenário.. 100 Libertadores, 100 “istádio”, 100 CT, 100 dinheiro, 100 nada…

Saudações Alviverdes e Clorofiláticas!!

2306688058_74df88681e