“You always smile but in your eyes your sorrow shows, yes it shows…”

Eu não consegui chorar depois que o jogo acabou, chocada com a situação que vivemos agora, sem poder acreditar onde foi que nos colocaram outra vez, minhas lágrimas pareciam ter sumido. Um rasgo no coração já tão cansado de apanhar, coração, que estava morrendo de tristeza por causa do que fizeram ao Palmeiras. Acordei setecentas vezes durante à noite, pedindo a Deus para que meu cérebro “dormisse” um pouquinho e eu não fosse capaz de pensar, de entender, de lembrar…

Ao conversar com um amigo pela manhã, reencontrei as minhas tão amargas lágrimas desaparecidas… a dor no peito era/é imensa.

Estava na cara que o que não começou certo, ia terminar errado…

A montagem do time/preparação/planejamento – dê o nome que quiser – para o Brasileirão foi descuidada, desastrosa. Tínhamos montado um time bom para jogar a segundona, e passamos por ela sem sustos; depois, montamos um time legalzinho para o Paulistão e, por pouco, não chegamos à final. E aí, viria o Brasileiro… o campeonato mais importante do país.

Não sei se foi porque tinha sido fácil a montagem (sem dinheiro) do time de 2013,  se foi porque o time se saiu relativamente bem no paulista, mas o fato é que devem ter achado que seria fácil para o campeonato que tem a participação dos melhores clubes do país.

Precisávamos apenas de algumas peças para dar um “up” no time do Paulistão. Estávamos todos contentes esperando a melhoria no time, que não seria tão difícil assim. Mas vimos acontecer o contrário. Pra começar, perdemos um zagueiro titular, depois, perdemos o atacante – o melhor que havia no elenco -, e para o vizinho do lado. Eu sei que foi ele que se ofereceu ao clube vizinho, mas sei também que a nossa diretoria deu um vacilo tamanho gigante na condução da negociação com o jogador, que ainda tinha vínculo contratual com o Palmeiras. Um grande erro.

Pra piorar, nossos dirigentes, numa total falta de visão, venderam Valdivia, o nosso melhor jogador, o cérebro do time – eu sei que nenhum jogador é inegociável, mas como é que se vende o melhor jogador do time, sem que um substituto à altura tenha sido contratado? E aí a coisa desandou… sem ninguém com capacidade de substituí-lo na criação das jogadas, e com o nosso goleiro titular machucado, vimos a verdadeira cara do nosso futebol. De nada adiantou termos contratado Gareca, que era bom técnico, mas, devido às carências e ausências do elenco, não conseguia fazer o time vencer. E, com uma derrota atrás da outra, Gareca foi demitido, e Dorival Junior foi contratado (nunca achei nada em Dorival, mas já que veio, fazer o quê?).

Por sorte, Alá era palmeirense, a negociação do Mago não deu certo e ele voltou. Se não tivesse voltado, não estaríamos ainda fazendo contas, porque, certamente, nossas chances de fazer contas já teriam acabado faz tempo.

E o Palmeiras voltou a vencer algumas partidas, esboçou reação, voltou a jogar de igual pra igual com times que estavam bem na tabela, saiu da zona incômoda e ganhou uma gordurinha (e é capaz que essa gordurinha, que “tá no talo”, mais uma derrota do Vitória, acabem nos salvando). Mas isso foi até Dorival, que estava indo bem, começar a fazer bobagens… e o Palmeiras voltar a jogar nada e perder… quatro partidas seguidas… já são 19 derrotas no campeonato. Como assim, diretoria? Jogadores custo zero, que rendem zero, que utilidade têm? E um técnico mais barato, que não tem recursos e capacidade para, pelo menos tentar fazer algo diferente na hora que a água bate na bunda, serve pra quê?

O time travou, e só Dorival não viu… só ele não viu que alguns jogadores nada acrescentavam ao time, só ele não viu que deixava gente mais qualificada no banco, e continuou, tenebrosamente, a repetir escalações e substituições derrotadas – se dá tudo errado numa partida, como imaginar que as mesmas peças, nas mesmas posições, e as mesmas substituições, farão dar tudo certo na partida seguinte?

E o que vimos nas últimas quatro partidas foi um filme de horror. O Palmeiras sendo batido, colocado a nocaute, sem briga, sem luta, sem raça… e a gente olhando, querendo ajudar, mas sem poder fazer nada, sem poder acreditar.

Eu sempre achei que jogador que se sai bem numa partida ganha chance na próxima, e o que não se sai bem, perde o lugar. Acho que me enganei. Dorival prefere manter Mouche, Cristaldo, Allione e Washington, por exemplo, no banco, e insistir em Diogo, Juninho, Marcelo Oliveira, Felipe Menezes, Mazinho, Wesley (que nem foi tão mal assim no jogo passado)… Baseado em quê ele dá preferência a esses jogadores, até na hora da substituição, e deixa no banco os que deveriam ser titulares? E, na ausência do Mago, porque ele nunca tenta os outros meias que temos no elenco?

Depois de tanto sofrermos e gastarmos dinheiro à toa tentando encontrar laterais, “achamos” João Pedro e Victor Luís nas categorias de Base. E o que aconteceu? Victor Luís, tomando conta da lateral-esquerda, virou volante, para o fraco Juninho continuar jogando e o Washington, que é volante, ficar no banco. Não dá para entender e nem aceitar.

O time é ruim? É!! Mas, mesmo assim, daria para arrumar ele melhor, né Dorival?

Que desgraça! Como se não bastasse a vergonha e frustração da derrota na estreia do Allianz, por pura burrice do nosso técnico, que privilegiou jogadores que não andam rendendo nada, que mantém o time sem padrão de jogo, por falta de pensar dos nossos dirigentes (estreia da arena numa fase dessa?), nós ainda fomos queimar mais um cartucho diante do Coritiba, mais uma oportunidade de pontuarmos e ficarmos mais tranquilos na tabela.

E o pior, nem Sport e nem Coritiba jogaram muita bola, nós é que deixamos a desejar e não jogamos absolutamente nada! Entregamos os jogos sem luta, sem brio, sem sangue nos olhos, sem sangue nas veias. O Prass tem razão, “A gente toma o gol e depois se desorganiza. A gente está sem poder de reação. O time adversário não se sente agredido e fica com confiança para fazer o gol”. É bem assim, quando os adversários percebem que não levamos perigo algum, eles tratam de ir buscar o resultado. E o Dorival é o único que não percebe isso. E, pelo visto, não tem ninguém que o faça enxergar.

Ficamos ansiosos para ver um time modificado em Curitiba, mas, quando vimos a escalação… já ficamos “espertos”. E não deu outra, sem agredir o adversário, sem levar perigo algum, com Valdivia machucado, tentando jogar no sacrifício, com um monte de bobagens feitas por Dorival (desde quando Diogo é substituto para o Mago? Desde quando Cristaldo, Mouche e Allione são banco?) acabamos sendo derrotados e mergulhados num pesadelo.

E o que fazemos agora com esse “inverno” que se apoderou  do nosso coração? Quem é que vai colocar de volta o chão que havia debaixo dos nossos pés? Quem vai tirar essa angústia do nosso peito?

De quem vamos esperar as providências que farão com que o elenco e a comissão técnica reajam e saiam desse torpor? Para quem podemos pedir que não seja mais escalado o mesmo time que foi derrotado em 4 partidas seguidas? Quem é que vai enfiar na cabeça oca de Dorival que ele tem que mudar o que não está funcionando, que ele tem que ousar, inovar, meter três zagueiros no time, cazzo? Que Mouche e Cristaldo jogam mais que Diogo? Que Victor Luís é lateral? Que o Wesley não acerta um passe? Que Allione não pode entrar em campo só depois que a vaca foi pro brejo? Quem é que vai preservar Valdivia – caso ele não tenha 100% de condições para jogar contra o Inter – para o jogo decisivo no Allianz (jogo decisivo… Deus do céu!)? Quem é que vai gritar para esse elenco que ainda não acabou, e que temos chances sim, p$#@rra? Que se a torcida não desiste nunca, eles estão proibidos de desistir também? Que eles são homens e não meninos, e que não podem se acovardar e sair de campo sem ter lutado, sem ter suado até à última gota, sem ter honrado a camisa que vestem?

Quem é que vai vir nos dizer alguma coisa?

Não tenho as respostas para essas perguntas… mas espero que esse “alguém” seja você, presidente Paulo Nobre. E que você se importe e  se mexa enquanto há tempo, que você faça o time acreditar e cobre mudanças do técnico,  que você faça tudo o que estiver ao seu alcance (mala branca, mala verde…), e até o que não estiver, para salvar o Palmeiras.

Não merecemos esse sofrimento, e o Palmeiras não merece essa vergonha.

Mas, deixo claro, com sofrimento ou sem ele, com vergonha ou sem, não importa como, não vou desistir do Palmeiras! De jeito nenhum!

REAGE VERDÃO, E VAI BUSCAR ESSES PONTOS QUE FALTAM, A VANTAGEM É PEQUENA, MAS AINDA É NOSSA!

Jogando fora, e melhor do que o dono da casa, com um jogador a menos, um pênalti em Marcelo Oliveira, não marcado por Leandro Vuaden, e outro em Henrique, também não marcado pela arbitragem – é brincadeira (sacanagem?) o que fazem as arbitragens nos jogos do Verdão -, e o Palmeiras não perdeu!!!! GLÓRIA A DEUS!!!

Parece que Dorival vai conseguir dar mais tranquilidade ao elenco  parece que, com um esquema mais defensivo, os jogadores se sentem mais seguros e o time fica menos desarvorado (custava Gareca ter sido menos cabeçudo e ter montado o time mais defensivo, pelo menos, até ‘desafogar’?).

Mas não foi fácil conseguir trazer um ponto pra Sampa. O time já foi pra lá sem Prass, Valdivia, Lúcio, Allione, Wesley (com “gastrite” na coxa), entre outros, e, nem bem o jogo começou, nos primeiros minutos, já perdeu o zagueiro Wellington, que sentiu o tendão de Aquiles. Foi exatamente esse, o momento em que comecei assistir à partida (soube depois que Leandro já tinha obrigado o goleiro a espalmar uma bola); Wellington saía chorando de campo, dando lugar a Victorino. Tem momentos que parece que tudo conspira contra você…

E a “conspiração” continuava… Fábio saiu (muito bem) numa bola no alto e foi atingido por uma cabeçada do adversário, e ficou lá no chão com a cabeça rachada, sangrando… Mais um?

Depois dos atendimentos, Fábio continuou no gol, mas com uma touca por causa do ferimento, e o jogador do Atlético, que acabou permanecendo em campo por quase 10 minutos mais, deixou a partida com o rosto inchado e meio arroxeado.

Fábio-cabeçadaFábio-cabeçada1

Bastante diferente da rodada anterior, o Palmeiras se portava direitinho na partida, se movimentava bem, dificultando a vida do Atlético, e tinha mais chances de gol. E eu pensava – você também pensava, aposto -: “Será que hoje quebraremos a maldita sequência de derrotas”?

Mas as oportunidades (o árbitro também) ainda conspiravam contra nós… Leandro saiu na cara do gol, chutou tentando tirar do goleiro, mas parou na trave. Na continuação da jogada, Juninho ajeitou pra Henrique, que foi derrubado na área pelo jogador atleticano. Você lerá nos portais (vai lá na Globo ver) que Henrique escorregou (são tão convenientemente cegos os narradores, comentaristas e “jornaleiros”), mas passaram o pé nele e o derrubaram, e as imagens são claras:

  Henrique-sofre-pênalti-PalxAtl

 

No vídeo abaixo, aos 2:40, você pode conferir a penalidade cometida em Henrique. E os caras de pau da transmissão e dos portais “juram” que ele escorregou… estranho que ninguém, além dos palmeirenses, tenha visto que  “escorregaram ele”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=GxV296iF5tA[/youtube]

Assim é difícil mesmo sair da parte de baixo da tabela… Ainda mais quando tudo, até o juiz, conspira contra você…

Depois do pênalti não marcado em Henrique, o Atlético foi ao ataque, Fábio espalmou direitinho, para o lado, o chute de Marcos Guilherme, mas,  na sequência, Delatorre, de calcanhar (mais um que nunca mais repetirá a façanha), mandou pro gol.

Que raiva! O Palmeiras jogando melhor, na casa do adversário, o juiz mete a mão no pênalti que talvez pudesse colocá-lo à frente do placar, e, pra piorar, quem acaba fazendo gol é o Atlético…

Mas, ao contrário do que temos visto acontecer em muitas partidas,  o Palmeiras foi à luta, jogando direito, querendo empatar, e sem aquelas bizarrices (só algumas) de outras oportunidades. Ah, e sem deixar de se defender também (Victorino tava jogando um bolão).

Eu torcia para que os jogadores tivessem paciência, não se desesperassem… Não me conformava que o Palmeiras estivesse atrás no placar, sem merecer estar.

E embora tivesse criado mais algumas chances, o Palmeiras foi para o intervalo com a sombra da derrota a lhe amendrontar… e nós, torcedores, imersos na bipolaridade da situação que vivemos atualmente, mesmo percebendo que o Palmeiras já tinha uma outra cara, mesmo acreditando que o nosso gol iria sair, nos sentíamos um pouquinho ameaçados pela “escuridão” de mais um resultado negativo… Claro e escuro dentro de um mesmo coração… Difícil…

O Palmeiras “chegou chegando” no segundo tempo. O goleiro adversário tirou uma, a defesa tirou outra… A torcida se animava. O coração esperava…

Cobrança de falta para o Palmeiras, a bola ficou com Diogo na área, ele deu uma pedalada e o jogador do Atlético o derrubou. Pênalti! Esse, o juiz marcou. Restava saber se ele não iria inventar uma nova cobrança, caso o Palmeiras convertesse…

Eu nem consegui olhar. Nem vi com que categoria o Henrique cobrou… só esperei os meus fones de ouvido serem invadidos pelo grito da torcida… E, finalmente, a escuridão perdia para a luz que invadia o meu (nosso) coração…

Há quanto tempo não víamos o Palmeiras reagir depois de tomar um gol… era pra glorificarmos de pé! O oitavo gol de Henrique, lindo, no campeonato, o décimo na temporada – já alcançou o “Travec”.

O dia parecia mesmo diferente. E então, Josimar, que tinha entrado no lugar de Weldinho no segundo tempo, cometeu uma falta violenta – sem intenção, diga-se de passagem, uma vez que visava/olhava apenas a bola – e foi expulso. Tá certo ele ter sido expulso, quer dizer, estaria certo se os todos os árbitros apitassem todos os jogos com o mesmo livro de regras, com o mesmo critério.

Repare bem na falta – violenta, eu sei -, que Josimar, com a intenção ou sem, cometeu:

Josimar-lance-expulsão

 

E me diga, em quê ela é diferente dessa falta em Mouche, cometida pelo jogador do Inter, que nem amarelo levou?

Mouche-atingido

Em quê ela é diferente dessa outra aqui, ainda mais violenta, cometida pelo jogador Cícero, do FluminenC (aquele mesmo FluminenC que voltou à série A, graças à punição dada à Lusa pelo uso de um jogador irregular. Punição dada pelo mesmo STJD, que agora ignora – tá com rabo preso/faz que não sabe – o jogador irregular do Corinthians)?

Cícero-voadora1

Cícero

Viu só? O jogador do FluminenC não tem nem a desculpa de que “visava a bola”.

Você se lembra dessa outra falta aqui? Por causa dela, e com o uso das imagens, Thiago Alves, do Palmeiras, foi denunciado e punido pelo STJD. Vamos ver se o STJD vai fazer com o Cícero(FLU) o mesmo que  fez com o palmeirense.

tiago-alves

Aos amigos do rei, tudo (impunidade, favores, benefícios); aos demais, as leis, as regras.

Difícil disputar campeonatos nessas condições… Revoltante perceber que as arbitragens parecem prestar serviços para determinados clubes – de onde viriam essas instruções, no caso disso ser verdade? Do mesmo lugar denunciado pelo ex-árbitro Gutemberg? Complicado imaginarmos – e temos imaginado cada vez mais – que talvez o STJD aja em função de outros interesses que não os da Justiça Desportiva…

A cada partida, o Palmeiras tem que lutar contra os adversários que vê e os que não vê…

E lá íamos nós lutar para não perder o jogo, na casa do adversário, com um jogador a menos, com um juiz “meio cego”, com todos os nossos receios… e por trinta longos minutos restantes.

Eu esperava apenas que o Palmeiras lutasse dali pra frente, e que não tomasse gol de jeito nenhum. A cada tentativa do Atlético, mesmo aquelas quase sem perigo, a espinha gelava. Era  como estar numa montanha-russa…

Mas a “sorte”, tendo como instrumento o árbitro da partida, ainda queria conspirar contra o Palmeiras.

Marcelo Oliveira sofreu penalidade clara, indiscutível – o jogador do Atlético deixa a perna para derrubar o palmeirense -, e Leandro Vuaden mandou o jogo seguir.

MarceloOliveira-pênalti1

 

Até a imprensa, que sempre ignora os prejuízos sofridos pelo Palmeiras, que fez que nem viu a penalidade sofrida por Henrique, concordou:

MarceloOliveira-pênalti2

O Palmeiras sofre três penalidades, e o árbitro, que está em campo para marcar todas as que forem cometidas, marca uma só. Acho que, para o Palmeiras,  de cada duas ou três penalidades sofridas, a arbitragem pode marcar só uma. Deve ser por cota. E a cota do Palmeiras diante do Atlético foi de 1/3.

Por nossos méritos, poderíamos ter saído com a vitória, mas por méritos do apito, tivemos que dar graças a Deus por sairmos com o empate. Na conta de quem fica isso?

Os guerreiros palestrinos – sim, eles foram guerreiros -, mais equilibrados psicologicamente, seguraram o seu pontinho, não deixaram que o adversário e nem o juiz o tomassem, e o trouxeram para casa.

E é assim que tem que ser de hoje em diante, Verdão, na raça!

Valeu, Dorival! Quebramos a maldita sequência de derrotas! Esse “sangue de Dudu” tem poder!!

100Anos-Brasão