Depois de ter conquistado 9 pontos, nos últimos 4 jogos, depois de ter sido assaltado pelas arbitragens nos últimos 4 jogos (até mesmo nas suas 3 vitórias seguidas), o Palmeiras foi para Minas Gerais enfrentar o Cruzeiro, líder e melhor ataque do campeonato. Cruzeiro, que, jogando em casa, venceu 11 partidas, empatou uma e perdeu duas.

E um monte de gente, inclusive alguns palmeirenses, profetizava uma tragédia para o Verdão. “Caíram todos do burro”.

Dorival fez o que qualquer técnico faz quando o seu time vai jogar fora, ainda mais quando o adversário é o primeiro na tabela, colocou o time para jogar na defesa e explorar os contra-ataques. Sábia decisão, ainda mais porque o Palmeiras ia pro jogo desfalcado de várias peças. Valdivia, o mais desequilibrante e criativo jogador do Verdão, seria a ausência mais sentida.

Dorival escalou o Palmeiras com Fernando Prass, João Pedro, Tobio, Nathan, Juninho, Renato, Victor Luis, Wesley, Mazinho, Bernardo (titular pela primeira vez) e Henrique.

Eu estava achando que, desta feita, a arbitragem (carioca mais uma vez) não seria tão nociva para o Palmeiras, visto que é notório o interesse das “forças ocultas” em aproximar o time do Jardim Leonor do líder do campeonato. Mais tarde, eu veria que estava certa apenas em parte… prejudicar o Palmeiras nunca deixa de ser a prioridade.

O estádio estava praticamente vazio. Com capacidade para 62 mil pessoas, no início do jogo, o placar mostrava que o público era de 12 mil pessoas – o futebol brasileiro, das armações da CBF e STJD, dos “FluminenCes”,  dos caros ingressos, das cartas marcadas, das arbitragens mandrakes, dos promotores torcedores, da interferência nociva da TV, vai perdendo o apelo com o seu público. E ninguém parece se dar conta disso.

Como era de se imaginar, o Cruzeiro quis botar pressão no Palmeiras já no começo da partida. A nossa defesa, no entanto, parecia segura. Eu tinha a impressão que o Palmeiras, quando pensava em ir pra cima também, lembrava que estava jogando fora, e contra o líder do campeonato, então, se mantinha na postura defensiva. Mas ele não estava de todo errado, quem tinha que sair pro jogo era o confiante “bicho-papão” do campeonato.

E o “bicho-papão” do campeonato começou a esbarrar na marcação do Palmeiras e no “bicho-papão” do gol palestrino…  Everton Ribeiro mandou uma bomba de fora da área, e o Prass se esticou todo mandando pra escanteio. Prass, seu lindo!

Tobio desarmou uma, Nathan desarmou duas… Não ia ser tão fácil para o Cruzeiro quanto muita gente apostara que seria…

Aos 20′,  Everton  Ribeiro cruzou na área, Marcelo Moreno não conseguiu dominar e nem chutar, mas tocou de leve a bola e ela bateu na trave, no rebote, Marquinhos tentou fuzilar Prass, que fez uma defesaça; a bola sobrou para Marquinhos de novo, que encheu o pé e mandou pro gol… Prass defendeu e ficou com a bola. M A G N Í F I C O! Prass também faz milagres!!

Sem Valdivia para criar as jogadas, o Palmeiras quase não tinha força ofensiva. Wesley errava uma infinidade de passes, a defesa, no entanto tratava de segurar as investidas do Cruzeiro. Mas o Palmeiras não era só retranca. Levava perigo nas jogadas pela esquerda, nos cruzamentos de Victor Luís; levou perigo no chute de Juninho de fora da área, a bola tinha endereço certo, mas Fábio conseguiu espalmar e impediu o gol do Verdão.

O juiz deixava de marcar algumas faltas para o Palmeiras, de amarelar alguns jogadores. Dorival reclamou da não marcação de uma falta e levou uma bronca do árbitro – ele não pune a falta, mas pune a reclamação. Deve ser legal esse ‘livro novo de regras da Fifa’…

A força inicial do Cruzeiro ia diminuindo à medida que o tempo ia passando. Só que, aos 36′, Egídio desceu pela esquerda e invadiu a área, Nathan dividiu com ele, e a bola subiu, foi interceptada pela mão do cruzeirense e foi para dentro do gol. O juiz, que milagrosamente viu o toque de mão (ultimamente, as arbitragens não veem os lances em que o Verdão é prejudicado), anulou o gol.

mão na bola Cruzeiro

Espantada porque o Palmeiras não tinha sido garfado nesse lance (as arbitragens nesse Brasileirão 2014 têm ignorado todos os toques de mão dos adversários do Palmeiras. Né, Flamengo? Né, FluminenC?) Eu tinha a impressão que as “forças ocultas” queriam um empate no Mineirão…

Assistindo ao jogo eu chegava à conclusão que, quando um time encaixa, dá certo, pode ir em busca do título até mesmo cheio de refugos, como é o caso dos Cruzeiro… “Cristiano Ronaldo Boliviano”, “Marqueeenhos”, “Dagobambi”…

O Palmeiras ainda tentou chegar em duas oportunidades; duas jogadas de Mazinho, uma para Wesley, e outra para Henrique; o Cruzeiro, por sua vez, parava nos erros de Marcelo Moreno ou nos desarmes de Tobio e Nathan.

Com dois minutos de acréscimo, o juiz encerrou o primeiro tempo.

Pra mim, estava de bom tamanho. O Palmeiras, desfalcado, empatando com o líder do campeonato, na casa dele.  Mas bem que eu queria um golzinho nosso…

Veio a segunda etapa e o Cruzeiro já não era tão incisivo – levou perigo ao gol de Prass numa cabeçada de Ricardo Goulart -, já errava mais passes e não parecia mais o mesmo da primeira etapa, que foi parado pelas mãos de Prass.

Wesley, que pouco ou nada produzia, sentiu cansaço e pediu pra sair. Bruninho entrou em seu lugar.

Mazinho, justiça seja feita, sempre tentando criar alguma coisa, cruzou da esquerda. Henrique ajeitou para Bernardo bater de primeira, da entrada da área.  O chute forte do palmeirense, obrigou o goleiro do Cruzeiro a se esticar todo para conseguir espalmar. O Palmeiras – desfalcado, sempre é bom lembrar – ia tentando beliscar…

O juiz ia amarelando os jogadores… João Pedro, Juninho… Egídio…

Então, aos 29′, Egídio fez uma falta em Bruninho no meio de campo, parando o contra-ataque do Palmeiras. Uma falta pra cartão amarelo. Mas, como ele já tinha cartão amarelo, o árbitro Péricles Bassols se achou no direito de aliviar pro Cruzeiro ao não expulsar o jogador. Se a falta é para cartão,  O ÁRBITRO TEM QUE DAR O CARTÃO, e se o jogador já tomou um amarelo, ELE TEM QUE SER EXPULSO, simples assim.

Dorival Junior reclamou o cartão não dado ao jogador do Cruzeiro. E o juiz expulsou… o Dorival! Veja só o nível da picaretagem nas arbitragens do Brasil. Dorival foi expulso, porque reclamou do cara que fez falta e parou o contra-ataque do Palmeiras. E com o cara que fez a falta… nada aconteceu…

Prass faria mais uma defesa importante quando Ricardo Goulart, de frente pra ele, tentou o gol. No rebote, o goleirão palestrino ainda evitou o escanteio e colocou a bola pra lateral. Partidaça do Prass!!

O Palmeiras não fazia cera, não procurava ganhar tempo para segurar o empate… pelo contrário, mudava algumas peças na tentativa de chegar ao gol de Fábio. Felipe Menezes entrou no lugar de Bernardo. Dois minutos depois, aos 37′, Dorival tirou Mazinho e colocou Mouche.

E nem bem eles entraram… Felipe Menezes, num passe lindo, achou Mouche na área. Ele tocou na saída de Fábio, a bola bateu na trave, na linha do gol e, quando estava entrando, Egídio, O CARA QUE O JUIZ TINHA QUE TER EXPULSADO AOS 29′, evitou o gol – essa é uma das maneiras pelas quais as arbitragens interferem no resultado das partidas.

Finalzinho de jogo. Felipe Menezes puxou o contra-ataque pelo meio e lançou Henrique pela esquerda. Ele, com uma categoria imensa, levantou a cabeça, olhou, e viu Mouche que entrava pelo meio, e então tocou, fazendo a bola correr toda a extensão da área até os pés do atacante. Mouche, de primeira, fuzilou Fábio e guardou!! Um golaço!!

O árbitro amarelou Mouche por tirar a camisa na comemoração… expulsão por reclamação, cartão por tirar a camisa… mas o cartão amarelo do Egídio, pela falta que parou um ataque do Palmeiras, ele não quis dar, né? E, se tivesse dado, o Palmeiras estaria agora com 2 x 0 no placar… (mas não pode falar que o juiz prejudicou o Palmeiras, né? Então, não falo)

Eu disse lá no começo que as “forças ocultas” preferiam um empate, lembra? Então… o juiz deu 5 (CINCO!!) minutos de acréscimo, sem que nada justificasse esse tempo exagerado… deu dois minutos no primeiro tempo… o que houve de diferente no segundo? O gol do Palmeiras?

As “forças ocultas, que pareciam preferir um empate, devem ter ficado felizes…

Aos 47:49, aproveitando o tempo extra que o juiz inventou, o Cruzeiro empatou com Dagoberto… Tivesse dado os mesmos dois minutos da primeira etapa, o jogo teria acabado quase um minuto antes… Reza a lenda, que o jogo terminou aos 49:30 – não precisava mais do tempo, né?

acréscimos

É fácil a vida dos palmeirenses? Jogar contra os caras do apito é bicho feio!

Fiquei uns segundinhos, só uns segundinhos mesmo, aborrecida com o empate do Cruzeiro, que tirou o doce da nossa boca, e que poderíamos ter evitado. Mas não dava pra fazer de conta que não foi um bom resultado sairmos de lá com um pontinho…

VALEU, VERDÃO!! Jogando fora, desfalcado, marcando golaço, e precisando ser garfado até contra o líder do campeonato…

E ABRE O OLHO COM O JUIZ DO DERBY!! QUEM AVISA AMIGO É!