Não tive tempo pra escrever depois da 8ª rodada, mas tenho que deixar registrado aqui o que aconteceu com o meu time na ocasião…

O Palmeiras foi à Curitiba, enfrentar o Coritiba e, de novo, teve que enfrentar as “forças ocultas”. Isso não acaba nunca? O “garfo” de árbitros e bandeiras não tiram férias, não vão operar outros clubes?

Difícil assim, e ainda mais difícil quando dá um ataque de burrice galopante em alguns de nossos torcedores e eles ajudam as “forças ocultas” e o… adversário!

Antes do jogo começar, já podíamos ver que jogar ali não seria muito fácil. O gramado era um horror. Em muitos lugares do campo, ao invés de grama se podia ver apenas areia. O dono da casa alegava que tinha plantado grama de inverno há apenas duas semanas e que ela ainda não tinha crescido  – não deveriam permitir que fossem mandados jogos em gramados assim. E pensar que  reclamamos do gramado do Allianz.

Quando a bola rolou, o melhor ataque do campeonato logo abriu o placar, pra variar. Com seis minutos de jogo, Thiago Santos roubou a bola do “Radiador” e com um lançamento longo encontrou Roger Guedes, que descia em velocidade pela direita; Roger entrou na área, girou sobre o seu marcador e meteu a bola na rede, colocando o Palmeiras na frente. Um golaço, que viria a ser o gol mais bonito da rodada. A comemoração de Roger e dos seus companheiros foi em homenagem à Alecsandro, suspenso.

O Palmeiras me parecia melhor na partida, mas, aos 19′, numa cobrança de falta, os parmeras vacilaram na marcação – ficou todo mundo olhando a bola – e o jogador João Paulo, do Coritiba, de cabeça, mandou na rede do Prass.

O Palmeiras tinha mais posse de bola, acertava muito mais passes do que o seu adversário e, muito embora o Coritiba tentasse tirar os espaços do Palmeiras, era o Verdão quem tinha domínio das ações, era o Verdão quem desarmava tudo (estou gostando muito das partidas do Thiago Santos).

Mas, depois dos gols, o jogo ficou meio truncado; ainda assim, o Palmeiras manteve a superioridade na posse de bola. Já no final do primeiro tempo, o Palmeiras estava errando passes e a nossa zaga parecia assistir à algumas jogadas do Coxa, por conta disso Prass precisou aparecer no jogo e fez duas boas defesas, uma delas já nos descontos.

O árbitro tinha dado 5 minutos de acréscimo por conta do atendimento a Prass aos 13′ de jogo, depois do goleiro ter sido atingido pelo “Radiador” ao tentar fazer uma defesa – o curioso foi o Palmeiras, que teve seu goleiro atingido e ferido na testa,  ter que devolver a bola ao Coritiba em… fair play (totalmente equivocado o nosso entendimento de fair-play, não é mesmo?).

Na segunda etapa, Thiago Santos não voltou e Cleiton Xavier entrou em seu lugar. No primeiro lance, quase que Gabriel Jesus ficou com a bola de cara para o goleiro, mas o goleiro foi mais rápido e ficou com ela.

O jogo corria, as investidas eram quase todas do Palmeiras, que era melhor em campo e buscava o segundo gol. E Jesus teve outra chance, e quase marcou depois de um lindo lançamento de Moisés.

Cuca sacou Rafa Marques e colocou Cristaldo em campo… e quem não sabia o que Cristaldo faria?

Não fazia nem dez minutos que Cristaldo estava em campo quando Moisés cobrou lateral e mandou lá na área, Vitor Hugo desviou de cabeça e Cristaldo, iluminado, e com uma vontade imensa, ao ver a bola pingar à sua frente, meteu a cabeça nela (precisou até se abaixar), balançou a rede, desempatou a partida e colocou o Palmeiras na liderança do campeonato.

Que alegria eu senti! Tinha que ser ele… Cristaldo!! E que festa da torcida, que lotava o espaço destinado a ela. Quatro mil ingressos haviam sido vendidos para os parmeras, num estádio com público de 12.794 pagantes.

Tudo certinho pra gente, e o Coritiba, vendo jogo se aproximava do final, tentava ir pro tudo ou nada, mas sem grande perigo, seus jogadores já pareciam ter aceitado a derrota. O Palmeiras se fechava na defesa e segurava a vantagem, segurava a vitória, que, na era dos pontos corridos, ainda não tinha acontecido lá em Curitiba.

E então,  graças à uma burrice galopante de parte da nossa torcida – “até tu, Brutus?” – o jogo foi paralisado pela arbitragem.

Quem pode acreditar que uma torcida, cujo time vence o jogo em cima de um adversário já batido, já conformado com a  derrota, vai fazer a burrice de acender sinalizadores – que são proibidos – e aos 42′ do segundo tempo, para que o árbitro paralise a partida, para que o adversário tenha tempo de conversar e acertar algumas coisas, e para esfriar e  tirar a concentração do seu próprio time?

A nossa torcida – que sabe muito bem que as partidas são paralisadas quando torcedores fazem uso de sinalizadores, e esse é o detalhe mais decepcionante -, descartando completamente o uso do cérebro, fez isso, e atrapalhou o Palmeiras . E o pior, os demais torcedores não reclamaram disso e nem tentaram impedir que eles fossem acesos.

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O jogo ficou parado alguns minutos, o juiz deu 6 de acréscimo, nossa zaga, desconcentrada com a parada, vacilou numa bola levantada, e o Coritiba empatou a partida aos 49, com um chute de longe de Leandro (aquele, a calopsita). E pensar que a partida, normalmente, mal passaria dos 48…

Já vi torcedor fazer muita burrada, dar muito tiro no próprio pé, mas, ajudar o time a perder dois pontos, e quando ele briga pela liderança do campeonato – um campeonato que ele não conquista há 22 anos -, eu nunca tinha visto. Essa, foi uma “punhalada mas costas”, digna de quem tem orelhas de burro na cabeça.

E pra não perdermos  o costume, para o serviço que andam fazendo contra o Palmeiras ficar completo (quem é o mandante disso?),  o gol foi impedido, mas a arbitragem não assinalou o impedimento, mesmo com o bandeira tendo visão total.

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Não dá pra acreditar que isso é erro, que o bandeira, que faz curso pra ser bandeira, que é preparado pra ser bandeira e enxergar as infrações , não teve como ver o impedimento – um está à frente, e de camisa branca;  o outro está mais atrás, e de camisa verde verde. Sem contar que são dois jogadores impedidos e com a possibilidade de receber a bola. E sem contar também que o Palmeiras, na mesma partida, teve impedimentos milimétricos marcados em seus ataques. E como esse, escancarado, não foi?

Está dando na cara demais… em todas as rodadas as arbitragens “erram” contra o Palmeiras. E ficamos nos perguntando: Quem está por trás disso? Se a coisa parece orquestrada, essa coisa tem chefe, tem mandante… você não acha?

Um pontinho aqui, dois ali… no final, é um prejuízo imenso.

ABRE BEM O OLHO, PALMEIRAS! E COMPRA ESSA BRIGA!

Por causa de alguns probleminhas no blog, e mais alguns, de ordem pessoal, só hoje consegui postar o que escrevi sobre o último jogo do Palmeiras no campeonato Brasileiro. Mas, antes tarde do que nunca… ESTAMOS SALVOS! 

Acho que nenhum palmeirense dormiu tranquilo de sábado para domingo… se é que teve palmeirense que conseguiu dormir.

Não era mais um jogo… era “O” jogo para o Palmeiras e para os palmeirenses.

Os erros cometidos pelo Departamento de Futebol, o time fraco, as entregadas de alguns dos nossos goleiros, gols desperdiçados, escalações e substituições horrendas, as muitas garfadas no apito (imagina se podemos esquecê-las?) nos levaram a ter que decidir a nossa sorte – a permanência na série A – na última partida… Pobre torcedor palmeirense…

Tocada por essa apreensão, essa ansiedade, eu já tinha chorado a manhã inteira. Estava confiante que nos salvaríamos, entendia que éramos o time mais provável a escapar, no entanto, a situação de brigar pra não cair era mais do que incômoda, era desesperadora, e fazia doer um bocado. Mas nem adiantava muito tentar ser racional, porque, na hora do jogo, na hora do “vamo vê”, quando a sorte está lançada no apito inicial, a gente nem sabe onde vai parar a razão.

E apesar de toda a nossa aflição, quando cheguei na Turiaçu, o clima parecia de festa. Embora os torcedores estivessem meio ressabiados e inquietos, nem parecia que o jogo significava o que ele significava… como se fosse um sinal (e como eu buscava algum sinal dos céus nesse dia), as expressões pareciam apenas felizes.

Na entrada do Allianz, fui barrada por uma policial arrogante, que não me permitia entrar com “Cristaldo”, a minha touca de porco. Como entro sempre no estádio com a tal touca – a usei também na estreia do Allianz Parque -, não entendi a proibição “nova”. A alegação era a de que eu – e qualquer outra pessoa – poderia esconder o rosto com o meu chapéu de porco, que poderia usá-lo como uma máscara. Perguntei porque permitiam a entrada de bandeiras, bonés, chapéus diversos (lhe apontei alguns, que entravam impunemente) se todos eles poderiam servir para esconder o rosto, caso um torcedor assim desejasse. E ela me respondia: Você entendeu? Com isso, você não entra.

Meus amigos entraram e fiquei do lado de fora. Já não bastava o stress da partida, e agora eu não podia entrar no estádio. Falei com uma pessoa da federação, e ela me sugeriu que pedisse para algum torcedor organizado, porque talvez eles tivessem permissão para entrar com esse tipo de material, veja só, me sugeriu também deixar no carro – meus amigos e eu tínhamos ido até lá de metrô e trem.

Falei com dois policiais, com mais um monte de pessoas e as respostas eram as mesmas: máscaras são proibidas! Meu chapéu tinha virado “máscara” – mais tarde, no telão, eu veria algumas verdadeiras máscaras de porco no rosto de alguns torcedores. Mas não eram proibidas? Quis falar com o ouvidor, mas ninguém sabia onde ele estava. “Cada hora ele está num portão diferente”, diziam. E eu que me virasse e fosse caçar o ouvidor, ou jogasse fora a minha touca, ou  então, que ficasse do lado de fora.

Arbitrariedade pura e simples. Falta de flexibilidade e de percepção, pura e simples. Descaso com o torcedor, puro e simples. O que foi permitido em “n” jogos, passou a ser proibido em uma única ocasião.

Consegui alguém para guardar o “Cristaldo” pra mim e, muito mais nervosa ainda, entrei no estádio quando o hino nacional já estava sendo tocado – quase uma hora depois de ter sido barrada pela prepotente policial (prepotência é despreparo).

Mago no jogo… Graças a Deus! Eu sabia o sacrifício que ele vinha fazendo para poder estar na partida, eu sabia que ele queria muito estar na partida. Tomara desse tudo certo com ele, porque, Valdivia em campo significava esperança. E cadê os argentinos?? Ah, esse DoRIVOTRIL… não aprende mesmo!

Quando o juiz apitou o início do jogo, o restinho de razão e tranquilidade que eu ainda tinha, saíram correndo. Muitos torcedores se benziam, rezavam. A ansiedade reinava absoluta em nossa arena.

O Allianz Parque, tão lindo… a torcida cantando forte, espantando seus medos… a energia existente ali pulsava em nossas veias. Eu olhava à minha volta, olhava o Allianz cheio de gente, o céu quase sem nuvens, e diante daquela beleza toda, dizia comigo mesma: “Não tem como dar errado”. Minha emoção aumentava um bocado e eu ajeitava o terço, benzido pelo Papa Francisco, que estava no meu braço… “Deus, protege o Valdivia” (minha maior esperança vinha dele).

O nervosismo era palpável, dentro e fora de campo. Só o  time adversário, sem pressão alguma, podia jogar tranquilo. Nós, torcedores,  olhávamos uns para os outros e nossos olhos pareciam de posse do mesmo segredo: o medo do improvável, do qual não queríamos tomar nenhum conhecimento. Era difícil até respirar normalmente. Por algum desígnio divino, os palmeirenses seriam colocados à prova mais uma vez… e quão dura era essa prova.

Não tínhamos bons volantes em campo, e a bola acabava indo para a defesa com mais facilidade, o que fazia com que Lúcio tivesse que correr atrás dos atacantes, e todos antevíamos que isso não ia dar certo.

Eu mal conseguia “ver” o jogo… o coração se agitava a cada lance… Wesley pra João Pedro, mas o goleiro chegou primeiro… Cobrança de falta, a bola passa na área, e Lúcio, do lado esquerdo, erra o chute… Valdivia, com “uma perna só”, impressionantemente, corria, se movimentava, e começava a ter alguma liberdade pra receber… Vaaaaaai, Palmeiras!!

Mas o Atlético chegava… chegou na cara de Prass, que fez a defesa, a bola ficou pipocando na área, o adversário chutou, e Gabriel Dias tirou em cima da linha. O Allianz Parque gelou…

Na jogada seguinte, numa cobrança de escanteio, aconteceu o que ninguém queria que acontecesse… e o Allianz Parque se calou…  Olhos arregalados olhavam uns para os outros, e a dor que eles mostravam era a mesma. Eu acreditava, de verdade, que empataríamos, mas, como saber o que o futuro nos reservaria nos próximos 80 minutos? A torcida voltava a cantar forte.

Para piorar, alguém nos avisou que o Bahia abrira o placar no Couto Pereira… nem em nossos piores pesadelos teríamos imaginado uma situação tão pavorosa, e com apenas 13 minutos de jogo. O coração do torcedor ia se rasgando…. e, por isso, ele cantava ainda mais forte.

João Pedro chutou forte pra dentro da área, mas o goleiro espalmou… Gabriel Dias dominou, entrou na área e chutou, e o zagueiro do Atlético desviou a bola com o braço… PÊNALTI!!!! O Allianz Parque explodiu na marcação… e o palmeirense, tão machucado, chorava lágrimas mistas de alegria e nervosismo.

Não consegui ver a cobrança. De costas para o campo, ajoelhada na escada, terço apertado na mão, de olhos fechados, fiquei só esperando pelo grito da torcida… e ele não vinha (Henrique resolveu dar duas paradinhas antes da cobrança, e eu não sabia)… E então, o Allianz Parque explodiu de felicidade!

Que alegria, meu Deus! Um gol catártico! Gritamos todos os nossos sofrimentos naquele gol, expulsamos o monstro que quase nos matou no gol do Atlético… O Allianz se encheu de luz! Os torcedores choravam… Só depois, ao chegar em casa, eu veria a cobrança de Henrique. Frio, olhar glacial, cobrou lindamente, com categoria, e guardou no cantinho. Obrigada, Henrique!

Eu já não conseguia prestar atenção direito em nada. O Atlético, tranquilão com qualquer resultado, foi pro ataque. Prass, seguro, fazendo uma partidaça, mandou pra escanteio uma bola difícil. Obrigada, Prass!

Lúcio, apesar de toda a garra, fazia uma partida bem ruim; Wesley, que nem garra demonstrava, não jogava nada.  Mas o time lutava… Valdivia, mesmo machucado, corria mais que o time inteiro. Ia marcar saída de bola inimiga, e eu me desesperava de medo que ele se machucasse mais. Ele ganhou três divididas, seguidas, no meio campo e a torcida, reconhecendo o seu esforço e superação, e o quanto ele honrava a camisa, gritava “Valdivia, Valdivia” no meio do jogo. Obrigada, Mago!

A tensão nos consumia. São Marcos, lá no camarote, torcia e sofria como nunca (isso eu também veria só depois). Meu terço arrebentara sozinho – a energia era muito grande. À essa altura, o Bahia vencia o Coritiba por 2 x 1 (vamos, Alex!). O Vitória empatava com o Santos, enfraquecido sem Robinho e Arouca. Não precisávamos de mais nada, só que a rodada acabasse assim.

Renato acertou um chute lindo, mas o goleiro espalmou… Honrando como nunca as traves que canonizaram São Marcos, Prass, abençoado, fazia mais uma defesa difícil. A torcida era um coração só, que pulsava forte.

E o primeiro tempo acabou…

Na volta do intervalo, susto geral, Valdivia não voltara! Como assim, Deus? Meu coração quase parou, mas contei os jogadores em campo e só tínhamos dez, faltava um… Milhares de olhos grudados na saída do túnel, viram o “um” que faltava entrar em campo. E o Allianz Parque comemorou a aparição de Valdivia como se fosse um gol – ele ficara fazendo tratamento no vestiário para poder continuar no segundo tempo. E, lá dentro, seria aplaudido por seus companheiros mais tarde.

Vitória e Santos prolongaram o intervalo do seu jogo por mais 7 minutos. Convenientemente para o Vitória, o jogo do Palmeiras terminaria antes.

Mal o segundo tempo começou e quase o Palmeiras faz o segundo com Mazinho. E, com vários jogos de atraso, Dorival sacou Wesley do time. Cristaldo entrou em seu lugar. Nossos zagueiros deram mole e quase o Atlético fez o segundo. Que susto imenso! A cabeça rodava, a visão era meio embaçada, o suor parecia grudar na pele. E os motivos para aumentar a tensão surgiam do nada, Nathan, contundido, ia sair. Victorino foi pro jogo

Não me lembro de tudo que aconteceu dali pra frente. Só tinha olhos e coração… lembro de Prass, driblando o atacante do Atlético… lembro do Mago dando um passe lindo para o Cristaldo, e o goleiro desviando o chute dele… lembro que o Palmeiras ia pra cima, e eu só conseguia torcer e rezar…. lembro que Mouche entrou no jogo… lembro que ele fez uma jogada com João Pedro, que cruzou pro meio da área, e Renato desperdiçou, tentando de letra, enquanto Henrique estava sozinho na cara do gol… lembro que parava de respirar em alguns momentos… E via o jogo em flashes…

Era difícil suportar aquilo… estávamos com os nervos em frangalhos… as pessoas tinham olhos injetados; alguns, com rostos vermelhos demais; outros, com rostos pálidos, sem sangue… arrasados psicologicamente… um torcedor passou mal e desmaiou (teve um infarto) a menos de dois metros de onde eu estava… Como puderam nos deixar passar por isso de novo?

As chances do Palmeiras se sucediam, ele era o melhor em campo, mas na hora de finalizar, a pressão e o nervosismo decidiam para o Verdão… Deus do céu! Ao mesmo tempo que parecia que não ia acabar nunca, o relógio voava… “Vai dar certo” era o mantra que ecoava na minha cabeça, “Vai dar certo”… O Coritiba empatava com o Bahia, estava tudo favorável ao Palmeiras, mas o medo… ah, o medo… que estrago fazia com a gente.

Os quatro minutos de acréscimo foram de loucura total… Valdivia – que guerreiro. O melhor em campo – dominou a bola na área, livrinho, mas Vuaden marcou falta de Cristaldo…

As pessoas pareciam ilhas, perdidas dentro do seu próprio inferno particular. Sim, aquela tensão era um inferno. O juiz encerrou a partida. O Palmeiras estaria salvo se o jogo do Vitória terminasse empatado.

Dois minutos mais… dois minutos que não acabavam nunca. Voltei pra escada e me ajoelhei novamente, sem olhar pra ninguém, sem olhar o celular… só esperando que se concretizasse aquele bendito empate… e então, ganhamos um extra, o Santos fez um gol no Vitória… e as pesadas correntes que tínhamos arrastado durante as últimas semanas se romperam, e nos sentimos livres novo. Alívio… Felicidade… Ninguém conseguia conter o choro… E choramos tudo que não tínhamos chorado, rimos todos os risos que tínhamos guardado… demos todos os abraços que tínhamos sonhado… era tão bom respirar normalmente.

Saímos rapidamente dali, para ganhar as ruas e nos dirigirmos à Turiaçu… E, lá fora, ainda na Matarazzo, a realização de um deja vu maravilhoso… o momento com o qual eu tanto sonhara acordada nos últimos dias, que antevira, pressentira… a saída do Allianz com o coração em paz, com o Palmeiras a salvo. Impossível traduzir o que eu sentia…

Ainda tinha um nó na garganta quando fui buscar o “Cristaldo”… sorri pra ele e lhe disse: Vamos pra casa. O pesadelo acabou e essa noite dormiremos em paz!!

E, com um sorriso enorme naquela sua cara de porco, ele me respondeu: SEGUNDONA O ESCAMBAU!! AQUI É PALMEIRAS, P%#@RRA!!

“You always smile but in your eyes your sorrow shows, yes it shows…”

Eu não consegui chorar depois que o jogo acabou, chocada com a situação que vivemos agora, sem poder acreditar onde foi que nos colocaram outra vez, minhas lágrimas pareciam ter sumido. Um rasgo no coração já tão cansado de apanhar, coração, que estava morrendo de tristeza por causa do que fizeram ao Palmeiras. Acordei setecentas vezes durante à noite, pedindo a Deus para que meu cérebro “dormisse” um pouquinho e eu não fosse capaz de pensar, de entender, de lembrar…

Ao conversar com um amigo pela manhã, reencontrei as minhas tão amargas lágrimas desaparecidas… a dor no peito era/é imensa.

Estava na cara que o que não começou certo, ia terminar errado…

A montagem do time/preparação/planejamento – dê o nome que quiser – para o Brasileirão foi descuidada, desastrosa. Tínhamos montado um time bom para jogar a segundona, e passamos por ela sem sustos; depois, montamos um time legalzinho para o Paulistão e, por pouco, não chegamos à final. E aí, viria o Brasileiro… o campeonato mais importante do país.

Não sei se foi porque tinha sido fácil a montagem (sem dinheiro) do time de 2013,  se foi porque o time se saiu relativamente bem no paulista, mas o fato é que devem ter achado que seria fácil para o campeonato que tem a participação dos melhores clubes do país.

Precisávamos apenas de algumas peças para dar um “up” no time do Paulistão. Estávamos todos contentes esperando a melhoria no time, que não seria tão difícil assim. Mas vimos acontecer o contrário. Pra começar, perdemos um zagueiro titular, depois, perdemos o atacante – o melhor que havia no elenco -, e para o vizinho do lado. Eu sei que foi ele que se ofereceu ao clube vizinho, mas sei também que a nossa diretoria deu um vacilo tamanho gigante na condução da negociação com o jogador, que ainda tinha vínculo contratual com o Palmeiras. Um grande erro.

Pra piorar, nossos dirigentes, numa total falta de visão, venderam Valdivia, o nosso melhor jogador, o cérebro do time – eu sei que nenhum jogador é inegociável, mas como é que se vende o melhor jogador do time, sem que um substituto à altura tenha sido contratado? E aí a coisa desandou… sem ninguém com capacidade de substituí-lo na criação das jogadas, e com o nosso goleiro titular machucado, vimos a verdadeira cara do nosso futebol. De nada adiantou termos contratado Gareca, que era bom técnico, mas, devido às carências e ausências do elenco, não conseguia fazer o time vencer. E, com uma derrota atrás da outra, Gareca foi demitido, e Dorival Junior foi contratado (nunca achei nada em Dorival, mas já que veio, fazer o quê?).

Por sorte, Alá era palmeirense, a negociação do Mago não deu certo e ele voltou. Se não tivesse voltado, não estaríamos ainda fazendo contas, porque, certamente, nossas chances de fazer contas já teriam acabado faz tempo.

E o Palmeiras voltou a vencer algumas partidas, esboçou reação, voltou a jogar de igual pra igual com times que estavam bem na tabela, saiu da zona incômoda e ganhou uma gordurinha (e é capaz que essa gordurinha, que “tá no talo”, mais uma derrota do Vitória, acabem nos salvando). Mas isso foi até Dorival, que estava indo bem, começar a fazer bobagens… e o Palmeiras voltar a jogar nada e perder… quatro partidas seguidas… já são 19 derrotas no campeonato. Como assim, diretoria? Jogadores custo zero, que rendem zero, que utilidade têm? E um técnico mais barato, que não tem recursos e capacidade para, pelo menos tentar fazer algo diferente na hora que a água bate na bunda, serve pra quê?

O time travou, e só Dorival não viu… só ele não viu que alguns jogadores nada acrescentavam ao time, só ele não viu que deixava gente mais qualificada no banco, e continuou, tenebrosamente, a repetir escalações e substituições derrotadas – se dá tudo errado numa partida, como imaginar que as mesmas peças, nas mesmas posições, e as mesmas substituições, farão dar tudo certo na partida seguinte?

E o que vimos nas últimas quatro partidas foi um filme de horror. O Palmeiras sendo batido, colocado a nocaute, sem briga, sem luta, sem raça… e a gente olhando, querendo ajudar, mas sem poder fazer nada, sem poder acreditar.

Eu sempre achei que jogador que se sai bem numa partida ganha chance na próxima, e o que não se sai bem, perde o lugar. Acho que me enganei. Dorival prefere manter Mouche, Cristaldo, Allione e Washington, por exemplo, no banco, e insistir em Diogo, Juninho, Marcelo Oliveira, Felipe Menezes, Mazinho, Wesley (que nem foi tão mal assim no jogo passado)… Baseado em quê ele dá preferência a esses jogadores, até na hora da substituição, e deixa no banco os que deveriam ser titulares? E, na ausência do Mago, porque ele nunca tenta os outros meias que temos no elenco?

Depois de tanto sofrermos e gastarmos dinheiro à toa tentando encontrar laterais, “achamos” João Pedro e Victor Luís nas categorias de Base. E o que aconteceu? Victor Luís, tomando conta da lateral-esquerda, virou volante, para o fraco Juninho continuar jogando e o Washington, que é volante, ficar no banco. Não dá para entender e nem aceitar.

O time é ruim? É!! Mas, mesmo assim, daria para arrumar ele melhor, né Dorival?

Que desgraça! Como se não bastasse a vergonha e frustração da derrota na estreia do Allianz, por pura burrice do nosso técnico, que privilegiou jogadores que não andam rendendo nada, que mantém o time sem padrão de jogo, por falta de pensar dos nossos dirigentes (estreia da arena numa fase dessa?), nós ainda fomos queimar mais um cartucho diante do Coritiba, mais uma oportunidade de pontuarmos e ficarmos mais tranquilos na tabela.

E o pior, nem Sport e nem Coritiba jogaram muita bola, nós é que deixamos a desejar e não jogamos absolutamente nada! Entregamos os jogos sem luta, sem brio, sem sangue nos olhos, sem sangue nas veias. O Prass tem razão, “A gente toma o gol e depois se desorganiza. A gente está sem poder de reação. O time adversário não se sente agredido e fica com confiança para fazer o gol”. É bem assim, quando os adversários percebem que não levamos perigo algum, eles tratam de ir buscar o resultado. E o Dorival é o único que não percebe isso. E, pelo visto, não tem ninguém que o faça enxergar.

Ficamos ansiosos para ver um time modificado em Curitiba, mas, quando vimos a escalação… já ficamos “espertos”. E não deu outra, sem agredir o adversário, sem levar perigo algum, com Valdivia machucado, tentando jogar no sacrifício, com um monte de bobagens feitas por Dorival (desde quando Diogo é substituto para o Mago? Desde quando Cristaldo, Mouche e Allione são banco?) acabamos sendo derrotados e mergulhados num pesadelo.

E o que fazemos agora com esse “inverno” que se apoderou  do nosso coração? Quem é que vai colocar de volta o chão que havia debaixo dos nossos pés? Quem vai tirar essa angústia do nosso peito?

De quem vamos esperar as providências que farão com que o elenco e a comissão técnica reajam e saiam desse torpor? Para quem podemos pedir que não seja mais escalado o mesmo time que foi derrotado em 4 partidas seguidas? Quem é que vai enfiar na cabeça oca de Dorival que ele tem que mudar o que não está funcionando, que ele tem que ousar, inovar, meter três zagueiros no time, cazzo? Que Mouche e Cristaldo jogam mais que Diogo? Que Victor Luís é lateral? Que o Wesley não acerta um passe? Que Allione não pode entrar em campo só depois que a vaca foi pro brejo? Quem é que vai preservar Valdivia – caso ele não tenha 100% de condições para jogar contra o Inter – para o jogo decisivo no Allianz (jogo decisivo… Deus do céu!)? Quem é que vai gritar para esse elenco que ainda não acabou, e que temos chances sim, p$#@rra? Que se a torcida não desiste nunca, eles estão proibidos de desistir também? Que eles são homens e não meninos, e que não podem se acovardar e sair de campo sem ter lutado, sem ter suado até à última gota, sem ter honrado a camisa que vestem?

Quem é que vai vir nos dizer alguma coisa?

Não tenho as respostas para essas perguntas… mas espero que esse “alguém” seja você, presidente Paulo Nobre. E que você se importe e  se mexa enquanto há tempo, que você faça o time acreditar e cobre mudanças do técnico,  que você faça tudo o que estiver ao seu alcance (mala branca, mala verde…), e até o que não estiver, para salvar o Palmeiras.

Não merecemos esse sofrimento, e o Palmeiras não merece essa vergonha.

Mas, deixo claro, com sofrimento ou sem ele, com vergonha ou sem, não importa como, não vou desistir do Palmeiras! De jeito nenhum!

REAGE VERDÃO, E VAI BUSCAR ESSES PONTOS QUE FALTAM, A VANTAGEM É PEQUENA, MAS AINDA É NOSSA!

Na noite de sábado, o Palmeiras venceu o Coritiba por 1 x 0, saindo da indesejada posição em que se encontrava na tabela. Os alviverdes jogaram bem mais que o time de “mecânicos” do Coritiba. Leandro e Allione fizeram uma grande partida, Wesley também jogou um bom futebol, Marcelo Oliveira foi bem e deu uma de Messi na jogada que construiu o gol do Palmeiras, e o Juninho, que marcou o belo gol da vitória palestrina, fez uma partidaça. Sem contar o Lúcio, que é o “senhor” capitão!! Tem uma garra sem limites! Adoro ele (acho que a chacoalhada que ele deu no time foi providencial. Ninguém queria ser o “cara que não corre” do time).

Que noite! O Palmeiras voltando a apresentar um bom futebol, saindo do Z4, Leandro, Wesley e Juninho batendo um bolão, e o sinal da TIM… funcionando! Mal dava para acreditar.

E a torcida… ah, a torcida… quando ela quer ser apenas linda, ela consegue ser maravilhosa! Deixou as broncas em casa, entrou em campo e jogou com o time, e o time sentiu a força e a energia que vinha da bancada! Mesmo quando, no segundo tempo, o emocional da equipe a deixou meio insegura, a força que vinha da torcida lhe dava a segurança que faltava. Podíamos sentir isso.

Era a-r-r-e-p-i-a-n-t-e ouvir o Pacaembu cantar a plenos pulmões “EU SEMPRE TE AMAREI E TE APOIAREI, EU CANTO AO PALMEIRAS”… O nó na garganta era imenso, os olhos brilhando, o peito inchado de orgulho por sermos palestrinos, palmeirenses, alviverdes; por estarmos vivendo o centenário – que dádiva -, DO CAMPEÃO DO SÉCULO, DO TIME BRASILEIRO QUE MAIS TÍTULOS CONQUISTOU (tchuuupem essa manga) o time pelo qual a gente morre de paixão, e não importa a fase que ele atravesse, o orgulho e o amor permanecem intactos. Foi mágico… Saímos leves do Pacaembu, nos sentindo passarinhos com vontade de voar…

Mas nem por isso, vamos fazer de conta que não aconteceu nada errado na partida, porque aconteceu. Jogo contra o Coritiba é sempre a mesma coisa. O Palmeiras sendo prejudicado pela arbitragem, eles batendo um bocado e, depois, para justificar a derrota, vem um mané qualquer falar em “armação”… uma cara de pau do tamanho do mundo tem esses coxinhas. “Cê” concorda, Celso Roth?

A mesma coisa que aconteceu na final da Copa do Brasil 2012, e é sempre bom lembrar isso. Valdivia foi expulso por ter feito uma falta em Wiiliam, que o agredira com um chute no s#@%aco um minuto antes, sem que o juiz marcasse qualquer coisa (ele faz uma falta e é expulso, o jogador William, que o agride com um pontapé, continua em campo, e o “prejudicado” é o Coritiba. Ah, tá! – o STJD até hoje “não viu” essas imagens), pênalti em Valdivia no primeiro jogo, que o juiz não marcou; pênalti em Betinho, também na primeira partida, marcado pelo árbitro, mas sem a expulsão do infrator. O árbitro Wilton Pereira Sampaio, tirou Valdivia da segunda partida da final, mas não tirou o jogador do Coritiba, que agrediu o Mago, e tampouco o jogador Jonas, que cometeu o pênalti em Betinho quando ele ia marcar um gol, e que deveria ter sido expulso, sim! E o beneficiado foi quem mesmo?

Na segunda final, a arbitragem também fez que não viu a penalidade em Henrique… e o Coritiba, cara de pau que só ele, ajudado pela “press”, posou de prejudicado, falou em esquema, tentou desmerecer o título legítimo do Verdão, quando, na verdade, ele, Coritiba, foi pra lá de ajudado.

E não foi diferente no último sábado, o Palmeiras jogou bem mais que o time paranaense, e ficou com os três pontos na raça, mesmo apanhando um bocado dos botinudos adversários, mesmo o juiz deixando de amarelar muitas faltas violentas dos coxinhas, que mereciam cartão (Leandro levou entrada dura por trás, e quem tomou amarelo foi ele, a vítima. Para o infrator, nada), mesmo com o juiz deixando de marcar algumas faltas a favor do Palmeiras, mesmo com o juiz deixando de expulsar uns três jogadores do Coritiba que mereciam ter sido expulsos (só expulsou um)… e… mesmo tendo um pênalti em Lúcio, marcado pelo árbitro, e desmarcado (vê se pode) por sabe-se lá quem (o nosso terceiro pênalti desmarcado em dois anos). Vai ver, apareceu um “delegado Baluta” e “soprou” algo no ouvido do juiz, do bandeira…

Na hora, vendo que a penalidade tinha sido desmarcada – só com o Palmeiras acontece isso – eu, que estava no Pacaembu, não entendi nada, uma vez que tinha certeza  que o bandeira nada marcara.

Mas imagina se a “press” iria questionar isso?  Muito pelo contrário, ela só se preocupou em veicular a choradeira do técnico Celso Roth, dizendo que estava tudo armado para ajudar o Verdão – Roth deveria ser chamado a se explicar no STJD por isso, não é? Deola, por muito menos, foi chamado na “Capitania Hereditária da Justiça Desportiva”, Felipão também.  E se “estava armado” como Celso Roth dizia,  por que será que ele perdeu o emprego depois? Que pateta!

E a “press” não só não questionou a desmarcação da penalidade que o Palmeiras iria cobrar, como a legitimou. Nas notícias que foram publicadas após a partida – nos comentários dos vídeos de melhores momentos também -, a informação que tínhamos era a de que o bandeira tinha visto e assinalado o impedimento…

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Mas será que o bandeira viu Lúcio em posição de impedimento mesmo, “Press”? Quem publicou isso, jura sobre a Bíblia que o bandeira viu e assinalou impedimento quando o lance ocorreu? Se jurar, vai jurar em falso…

No momento em que Lúcio é derrubado, a bandeira do bandeira está abaixada, como você pode observar na imagem abaixo:

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Quando Lúcio está se levantando, depois de ter sofrido pênalti, a bandeira do bandeira continua abaixada. A imagem não mente. Se ele viu algum impedimento, ele viu depois que o lance ocorreu, ou depois que o “além” o avisou?

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E quando o juiz, avisado pelo auxiliar de linha de fundo, marca a penalidade, a bandeira do bandeira continua abaixada… repare que, pela posição das pessoas em campo, levou um tempinho para marcação. Parece que O BANDEIRA NÃO VIU IMPEDIMENTO ALGUM…

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Que coisa, não? Tem sempre uma “força oculta” em linha direta com as arbitragens dos jogos do Palmeiras… e a imprensa sempre a reforçar isso.  A questão nem é se Lúcio estava ou não impedido. As imagens são claras, o juiz assinala a penalidade, e nem bandeira ou auxiliar de linha de fundo assinalam qualquer coisa que fosse contrária à essa marcação. Então, quem viu o impedimento? O bandeira é que não foi…

E é muito esquisito o bandeira “ter visto” irregularidade só depois que o Lúcio foi derrubado, levantou, deu alguns passos,  e depois que  o juiz assinalou o pênalti. O auxiliar não tem que levantar a bandeira tão logo veja a infração? Se não o fez, é  porque não tinha visto nada. E se não viu nada na hora, como viu depois?

Metem a mão no Palmeiras à vontade, sem medo de serem felizes. O pênalti não nos fez falta dessa vez, mas poderia ter feito… como fez falta a penalidade sofrida por Henrique, e não marcada pelo árbitro carioca no empate diante do Bahia (e o Flamengo, que precisava escapar do Z4 na ocasião, foi quem acabou se beneficiando com algumas arbitragens cariocas em jogos palestrinos – 3 seguidas).

O futebol brasileiro não toma vergonha na cara mesmo. De nada adiantou o vexame dos 7 x 1 que o Brasil sofreu diante da Alemanha. Essa mutreta toda, que rola por aqui, está do tamanho certo para os interessados na “espanholização do futebol brasileiro”, principalmente, quando um dos clubes “hispano tupiniquim”, e de trancinhas rubro-negras, está na zona de rebaixamento ou muito próximo dela.

E o Palmeiras é o time favorito para ser prejudicado… Abre o olho palmeirense, em campeonatos brasileiros todo cuidado é pouco!

100Anos-Brasão

#Palmeiras100Anos

              “O Palestra Itália está onde quer que o coração palestrino o leve…”

Só agora, os meus pés tocaram o chão e consegui chegar ao PC, para contar o que foi a primeira partida da final da Copa do Brasil…

Cheguei na Arena Barueri e ao ver a avenida tomada de palmeirenses, me lembrei da Turiaçu… Um mundo de gente vestindo a camisa mais linda do mundo, com rostos pintados, bandeiras, fogos, chapéus, bigodes, olhos ansiosos, abraços apertados; com largos e escancarados sorrisos e cantando sem parar! O Palmeiras na final… M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!

As pessoas, colorindo a rua em verde e branco, faziam um “corredor” e,  com luzes verdes de sinalizadores, fogos, fumaça, cantos e toneladas de amor, criavam um cenário lindo, mágico,  para esperar a chegada do ônibus que traria a delegação do Palmeiras. Imagino como os jogadores se sentiram quando viram aquela recepção… A festa era comovente e a energia que havia ali, de arrepiar! O amor da torcida pelo Palmeiras, derramado em plena avenida, sem nenhum pudor, sem nenhuma reserva… E que amor é esse, que aumenta a cada dia, e resiste a períodos em que o sol se esconde em nosso mundo?

Pedacinhos do Brasil inteiro (interior de São Paulo, da capital, de Roraima, Sergipe, Minas, Paraná, Ceará, Santa Catarina.. ) vieram à Barueri para ser o centrovante de Felipão na tão sentida ausência do nosso Pirata. Sempre temos que lutar contra leões inimagináveis…

Os relógios pareciam parados… Não vi o ônibus chegar, porque já tinha entrado e, dentro do estádio, tinha a impressão que o tempo demorava ainda mais a passar… E ali, naquele lugar, onde, segundo a imprensa, disputaríamos uma final acanhada, escondida, sem graça, helicópteros sobrevoavam o céu para ver o Palmeiras (todo mundo vai onde ele estiver), para ver a festa da Que Canta e Vibra… A lua, brilhando no céu, também tinha vindo ver o espetáculo… E nem ela, nem os helicópteros, e nenhum de nós  podia ver e ouvir a conversa que acontecia no vestiário, entre dois velhos amigos…

Tava chegando a hora… Os goleiros do Coritiba entraram em campo, lá perto da torcida deles, para se aquecer; e tomaram vaia da Que Canta e Vibra! Minutos depois, os goleiros palestrinos também entraram. E o estádio era um coro só: “Bruno! Bruno!”; e ele, confiante, acenava para os torcedores. Nós e o Bruno, na final!! Quem diria… E então, a torcida passou a gritar o nome de Deola. Depois de alguns episódios, que fizeram com que Bruno passasse a ser o titular, foi de arrepiar, de verdade, ouvir a torcida gritar o nome de Deola, e vê-lo acenar de volta, cheio de garra. A família, finalmente unida e em paz.

E, enquanto esperávamos cantando, a festa ia sendo preparada… Com bigodes para homenagear Felipão e o Mago, com balões, milhares de bandeirinhas, máscaras de porco, rostos pintados, corpos envolvidos pela bandeira do time tão amado… logo, o cenário já estava pronto. Meu coração parecia que ia explodir. Eu ficava tentando imaginar como seria a preleção, e o que pensariam e diriam entre si os jogadores, enquanto ouviam a força do canto da torcida palestrina.

Estávamos com os olhos grudados no campo, esperando, e quando o Palmeiras  apareceu,  algo aconteceu…  o que era para ser uma festa, se tornou um espetáculo para os sentidos, para a alma… O estádio explodiu em verde e branco e, ao olhar à minha volta, o Palestra Itália estava ali! O amor, incondicional, da torcida pelo time, tomava posse da Arena Barueri e a transformava na nossa casa. Era o Palestra Italia que viera para a final. Que emoção eu senti! Em meio a uma quantidade absurda de fogos, aplausos, gritos, balões agitados, chuva de papel prateado, bandeiras e bandeirinhas, e cantando a plenos pulmões, a força do amor da Que Canta e Vibra, levara o Palestra até ali. Poucas vezes eu senti algo tão arrebatador assim…

O jogo começou e as coisas não aconteciam como a gente tinha imaginado. O adversário, que fazia uma cera desgraçada desde o primeiro minuto,  marcava a saída de bola e era mais ataque que o Palmeiras, que parecia perdido na defesa, correndo atrás do Coritiba. O juiz nos irritava e irritava o time, deixando de marcar faltas, escandalosas, que sofríamos,  marcando todas para o outro lado e inventando outras.

Embora a bola não chegasse muito fácil em Valdivia, ele se movimentava bem, tentava chamar o jogo e, assim, chamava também as travas das chuteiras adversárias em suas canelas… e como apanhava! Em algumas vezes, o Mago fazia a jogada e ninguém o acompanhava. Henrique fazia muita falta, mas, para mim, Barcos fazia mais! E num lance em que o jogo estava parado, Valdivia foi empurrado pelo adversário e, em resposta, estendeu os braços fingindo que daria a bola pra ele; e o juiz, sem motivo algum, deu amarelo pra ele! Que pilantra! Já imaginei o que viria…

Para nossa sorte, Bruno estava numa noite esplêndida! Fez cada defesa!! Numa delas, logo no comecinho, o cara do Coxa entrou sozinho na área e, com o “Palestra” aterrorizado, Bruno travou a jogada e ficou com a bola. Espetacular! Fui parar de tremer uns 10 minutos depois. O adversário ainda teve outras oportunidades, que a péssima finalização dos seus atacantes, mandou pra fora. Tenso…

Já estávamos nos descontos, numa cobrança de falta, Assunção levantou na área; Betinho, à frente de Jonas, foi agarrado por ele e derrubado, num lance que mais parecia um golpe de judô. PÊNALTI! (nesse caso acho que a regra prevê que o infrator seja expulso, seu juiz!) O “Palestra” explodiu de alegria! Não dá para explicar o que foi aquele momento…

Eu tenho pavor de penalidades, ainda mais num jogo de final… Valdivia ia cobrar… Eu tinha medo de olhar e, durante aquele silêncio que tomou conta do “Palestra”, enquanto eu segurava a medalhinha de um certo escapulário, vi o Mago se dirigir para a bola. Com o coração paralisado, eu olhei para a lua e disse ao meu medo: DESTA VEZ, NÃO! E então olhei pro campo no momento em que a Que Canta e Vibra explodia e o ‘Palestra’ enlouquecia! E com uma emoção sem tamanho, eu vi, bem à minha frente, Valdivia comemorar o gol (me disseram depois, que ele cobrara como Evair em 93) com a saudação pirata que homenageava Barcos. Lindo demais!! As lágrimas eram de alívio e emoção…

E sem que nos déssemos conta, fomos transportados para dentro de um sonho…  

Eu não sei direito tudo o que se passou na segunda etapa, mas me lembro de Thiago Heleno jogando muito, lembro da segurança de Bruno, lembro da defesa que se acertou, do Palmeiras que passou a marcar melhor e a atacar mais, da luta do time em campo e daquela demonstração de amor no “Palestra”… Barueri jamais veria algo assim…A confiança de fazer o segundo gol e o medo de tomarmos um, se revezavam em meu coração.

E então, o Coritiba fez mais uma falta… Assunção cobrou em direção ao gol; a bola, explodindo em Lincoln, procurou e achou Thiago Heleno, e ele,  de cabeça, mandou pras redes. O “Palestra” veio abaixo! A torcida do Coritiba ia cantando cada vez menos. A Que Canta e Vibra, fascinada, já podia sentir o gostinho de tocar a taça e cantava e pulava sem parar… O Palmeiras, que a imprensa tanto ridicularizou, transformava o estádio acanhado e sem graça (segundo ela) no maior estádio do mundo!

Minutos depois, numa disputa mais dura de bola, devidamente aumentada pelo adversário, o juiz expulsou Valdivia. Nos primeiros momentos, o Palmeiras sentiu o golpe; o Mago fazia falta em campo. Pra complicar, num lance na área, Márcio Araújo foi disputar a bola com Tcheco e o Coritiba reclamou de pênalti. O juiz nada marcou e Tcheco foi pra cima dele. Levou cartão? NÃO! Não sou expert nas regras do jogo, mas me pareceu que M. Araújo tinha por objetivo a bola e, quando Tcheco ficou com ela e mudou a sua direção, Márcio Araújo já não podia mais parar ou voltar, e acabou derrubando o jogador. O fato é que o jogo continuava tenso…

Felipão colocou Maikon Leite e, no minuto seguinte, Betinho o lançou à frente do marcardor; ele dominou e foi em direção ao gol, mas se atrapalhou ao tentar tirar o goleiro, e perdeu o gol. Seria o gol do título… Que pecado! E o Coxa veio pra cima, e a defesa que ninguém passa tirou tudo. O Palmeiras lutava pela vantagem construída, o Palmeiras lutava pela chance de conquistar a Copa do Brasil, lutava contra assalto, sequestro, apendicite, expulsões muito mandrakes… e a torcida lutava junto…  E no “Palestra Itália”, feliz, de bigode, coberto por faixas verdes, brancas e vermelhas, ecoava: “…meu Palmeiras, meu Palmeiras, você é meu bem querer…”♫

O banco do Verdão, de pé, acenava e pedia o final de jogo; os torcedores olhavam os relógios…

E então, o juiz apitou! E decretou a festa da torcida mais linda e mais apaixonada do mundo! E decretou também que o Palmeiras vai à Curitiba, desfalcado, prejudicado por arbitragens coniventes com a pancadaria e implacáveis com lances corriqueiros..

Mas, jogue quem jogar, o Palmeiras vai à Curitiba mais forte, mais unido (obrigada Sampaio), mais pertinho do título; vai com “um olho no gato e outro na frigideira”…

O Palmeiras vai à Curitiba com Barcos, Mago e mais vinte milhões de palestrinos guardados no coração, para trazer a taça pra casa…

SÓ FALTA UMA! AVANTI PALESTRA! SCOPPIA CHE LA VITTORIA È NOSTRA!!!



Eu já me cansei de dizer aqui que os nossos maiores problemas não estão dentro de campo. Eles são administrativos e fruto da inoperância de dirigentes que não estiveram e não estão nem aí com o Palmeiras. Mas, ainda que quisessem, nossos dirigentes não podem, diretamente, fazer o time ganhar ou perder. Tem mais gente ajudando a coisa a desandar de vez, e é preciso que se fale a respeito. Diante do Coritiba, foi para matar a gente de vergonha e medo! Levei uns dias para assimilar e poder escrever.

Jogo na Arena Barueri, contra o Coritiba. Finalmente, Felipão iria colocar em campo os jogadores que fez tanta questão de ter no elenco para a temporada de 2011. Jogando com aqueles que privilegiou durante o ano todo, jogando com os bem comportados (nem todos que jogaram são comportados como pensa o torcedor), parecia que seria mais fácil conquistarmos a tão sonhada vitória, que nos deixaria dormir mais tranquilos pelo resto do ano. Afinal, o técnico é ótimo, alguns jogadores é que o estavam atrapalhando…

E lá fomos nós… com Luan, que Felipão, ameaçando até deixar o clube, fez o Palmeiras comprar – pena que compraram a versão sem cérebro; Tinga, que não joga nada, mas nunca foi escalado na posição que o fez ser revelação na Ponte Preta; Rivaldo, que Felipão faz questão de dizer que é ótimo jogador – só se for para os adversários, e que também joga fora de sua posição; Ricardo Bueno, motivo de birra do nosso técnico com a diretoria; Chico, que foi menos ruim que os demais, mas não é melhor que Pierre, DISPENSADO POR FELIPÃO, NEM AQUI E NEM NA CHINA (quem obrigou a diretoria a comprar Luan poderia ter ficado com Pierre se quisesse, mas não quis); João Vítor, Gerley (que estava à sua disposição)… E Maikon Leite no banco (POR QUÊ?), Carmona nem relacionado para a partida (POR QUÊ X 2)… Assim não dá, né Felipão? 42 pontos disputados, o time ganhou só 9, e você não muda nada, nunca? Não dá para por todas as culpas no episódio da “transferência” do Kleber. Não dá para você tirar o seu da reta. Olha só a tabela do segundo turno:

O Coritiba, de técnico e jogadores comuns (tinha até o Jeci, lembra dele?), estava bem mais arrumado em campo que o Palmeiras. Quando um jogador deles descia pelo meio, até eu que não entendo nada de esquemas e táticas, já percebia o desenho do ataque se formando. Todo mundo sabendo como fazer. E o Palmeiras? Parecia um catado! Não temos padrão de jogo, não temos jogadas ensaiadas… a não ser a bola parada de Assunção, que só dá certo em anos bissextos e quando há a passagem do cometa Halley por aqui. MAIS NADA! Cadê o Felipão? Vou reclamar no PORCON! Até agora, ele nada fez para melhorar esse time. Nem mesmo foi alguma vez olhar a molecada lá na Base. Não merece mais essa blindagem toda que lhe damos, há quase um ano e meio. Sua teimosia, que antes nos parecia interessante, peculiar, agora virou burrice extrema. Ele castiga o Palmeiras e a torcida… POR BIRRA? Qual a vantagem de atitudes assim?

Aos jogadores não falta vontade.  Mas falta “T” de jogar. Nós os vimos correndo em campo, tentando fazer faltas (nem isso fizemos mais que o Coritiba), tentando achar um caminho. MAS ELES NÃO SABEM COMO FAZÊ-LO! A falta de qualidade da maioria (e eles não são culpados por não terem qualidade), aliada à falta de um esquema que lhes dê confiança, à falta de confiança no esquema utilizado, são as maiores responsáveis, DEPOIS DESSA DIRETORIA ESCROTA, INOPERANTE, – QUE SÓ PENSA EM CONTAS NO AZUL E TIME NO CHÃO, pelos vexames seguidos que temos passado. É uma bola de neve, que vai crescendo no decorrer da partida. Se a gente, que acredita até em Papai Noel e mula sem cabeça, já percebe depois de alguns minutos de jogo, que a coisa não vai, imaginem quem está dentro de campo?

Foi uma das partidas mais lamentáveis à que eu assisti. No começo do primeiro tempo deu até a impressão que o Palmeiras poderia conseguir algo. Mas, desorganizado, dando chutões (qual a vantagem de se jogar assim?), sem criar nada, a única coisa que conseguiu mesmo foi tomar um gol do Coritiba. Aos 23′, Everton Costa desceu pela direita, Henrique falhou na marcação, o jogador invadiu a área, passou por Deola (que não parou a bola e nem o atacante), e tocou para Davi estufar as redes. Ao Palmeiras sobrou apenas a correria, sem propósito, fruto do desespero de não se sentir em condições de reverter o placar.

Na segunda etapa, Rivaldo deu lugar à Maikon Leite. O Palmeiras parecia determinado a buscar o empate. O Coritiba ficava todinho em seu campo de defesa e a gente até se animou lá na bancada. Bobagem… O coração que não bate mais, só apanha, de olhos arregalados via as finalizações horrendas destruírem qualquer possibilidade de gol.  Via o delírio insano de jogador bater no peito pelo gol perdido, como se tivesse feito gol de placa…

Eu não conseguia sentir toda a dor daquele espetáculo de horrores. Não… Meu coração era uma placa de gelo. Mas, aos 11′, a placa de gelo trincou e começou a sangrar. O Coritiba, que estava todo atrás, desceu num contra ataque e, com três toques, a bola chegou para Leonardo fuzilar Deola. O sangue foi derretendo a superfície gelada do meu coração e a dor  apareceu… Do técnico aos 11 em campo, a impressão que eu tinha era a de que aquelas pessoas estranhas roubaram as camisas do Palmeiras e as vestiram para entrar em campo no lugar do meu time… Aquilo não era e não podia ser o Palmeiras! ISTO, QUE TEMOS VISTO EM CAMPO, NÃO É O PALMEIRAS!

Felipão colocou Fernandão no lugar de Tinga, mas nada mudou. Perdemos dois gols feitos. Um com Ricardo Bueno (será que obedecia ao empresário?) e outro com Fernandão. Eles devem ter faltado ao treino específico para atacantes que Felipão tinha dado durante a semana. O coração sangrava e doía cada vez mais…  E, com o time precisando desesperadamente marcar gols, Felipão tirou Ricardo Bueno e colocou… Márcio Araújo!  Tirar um atacante, por pior que ele seja, e colocar um volante é pedir para perder mesmo, né? E foi o que aconteceu! O jogo acabou, os seres estranhos que se faziam passar pelo Palmeiras foram embora…

A torcida vaiou, xingou e saiu… Caminhava apática pelas ruas, sem protestos, sem revolta, sem choro, sem graça… Parecendo alheia à dor que rasgava o seu peito, conversava e discutia normalmente os erros do Palmeiras, os erros de Felipão e de todos os demais envolvidos, como se eles não fossem do nosso time, como se eles não estivessem nos levando à Segundona, como se milhares de lágrimas não estivessem querendo brotar de todos os olhos, como se não doesse muito a cada vez que respirássemos, como se eles não fossem os responsáveis pelo medo gelado, viscoso, definitivamente misturado ao nosso sangue…

Os 7 pontos que nos separam da zona de degola, e a desilusão de mal poder acreditar numa reação, pesavam sobre as nossas costas, fazendo com que caminhássemos devagar. Longe do título, e das classificações que o campeonato possibilita, longe das alegrias e comemorações do final de temporada, nossos desejos de torcedor se reduzem a um só: uma mísera vitória para não cair. Com um desempenho horrível neste segundo turno, obter uma única vitória já está quase na cota dos milagres… Já vimos esse filme. É difícil (pelos adversários que temos à frente), mas ainda não é impossível.

1999 já passou (não volta mais), e 2012 tá logo ali… Será que o nosso coração aguenta?

Depois dos incidentes ocorridos na partida deste último sábado (22) na partida contra o Figueirense, o Palmeiras optou por não atuar mais no estádio do Canindé e escolheu a Arena Barueri como o local do jogo contra o Coritiba, que acontece no dia 5 de novembro, às 19h, pela 33ª. rodada do Campeonato Brasileiro.
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O retrospecto do Palmeiras atuando na Arena Barueri é excelente: em 13 partidas, o time soma oito vitórias, quatro empates e uma única derrota, sofrida para o Fluminense, por 2×1, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de 2010. No total, o time marcou 27 gols e sofreu 13. O aproveitamento no estádio é de 72%.
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Em 2011, o Verdão realizou apenas um jogo em Barueri, na vitória de 3×0 sobre o Linense, pelo Campeonato Paulista. Os gols foram de Patrik (2) e Kleber, e o time jogou com Deola; Cicinho, Danilo, Leandro Amaro e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção (Chico), Patrik e Lincoln (Tinga); Adriano e Kleber (Miguel).
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A estreia do Palmeiras na Arena Barueri aconteceu na vitória de 3×1 sobre o Sertãozinho, em 17 de janeiro de 2008, pelo Paulistão. Os gols foram de Alex Mineiro (2) e William. Nessa partida, o time dirigido por Vanderlei Luxemburgo jogou com Diego Cavalieri; Élder Granja (Wendel), Gustavo, Dininho e Leandro; Pierre, Makelele (William), Martinez e Valdívia; Luiz Henrique (Deyvid Sacconi) e Alex Mineiro.
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Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Juizladrão

No fundo, no fundo, sabíamos que não seria um jogo fácil. Todo mundo falando que eram favas contadas, mas não era. O Coritiba, desesperado com a sombra da segundona, técnico novo e, além de tudo, com alguns bons jogadores. Do nosso lado, a falta de Marcos, Edmílson, Wendel e de Diego Souza (nosso melhor jogador) eram para nos deixar pelo menos com o “sinal amarelo’ ligado. Jogadores importantes, ausentes de um time sem banco. Mas a falta de banco não pode ser a nossa ‘muleta’. Times bem ruinzinhos e sem banco decente, estão conseguindo resultados bem melhores que os nossos.

Muricy apresentou um 4-3-3, e já no começo da partida a gente percebeu que podíamos ganhar. Não entendi porque Muricy não fez o óbvio. Diego não joga, entra Deyvid Sacconi; Wendel está fora, entra Sandro Silva. Teria sido melhor. Em campo, eu achei o Palmeiras um tanto quanto, atrapalhado, mas em nenhum momento duvidei da vitória que fatalmente viria, caso o árbitro não fizesse tanta lambança. Seria “lambança” o substantivo correto para o trio que mais pareciam três  ‘Irmãos Metralha’ do que árbitro e bandeirinhas? Errando muito, o tal Péricles Bassols Cortez (RJ), expulsou Pierre. Eu não concordei com a expulsão. Pierre, visivelmente não teve intenção de ‘pegar’ o adversário. Escorregou e passou direto da bola. Mas, o pior,é que carrinho de um time é marcado, carrinho do outro nem sempre…

Com a nossa ‘espinha quebrada’, ia ficar difícil. Mas o juiz acabou expulsando um lá do Coxa e  parecia que ia ficar tudo normal. Só que com os nossos desfalques, a qualidade do time ficou bem comprometida. Cleiton até que tentou chamar o jogo, e foi quem mostrou qualidade em campo. Mas ele sozinho não resolve.  Falta alguém para ser o protagonista desse time. Falta um meia esquerda… Sem contar que os outros pareciam que nunca tinham jogado juntos. Quantos erros… O Marcão, que de lateral é uma desgraça, até que de zagueiro não foi tão mal, mas a torcida já não  consegue ver qualquer coisa boa que ele faça. E POR QUE NÃO MAURÍCIO RAMOS? Por que Muricy insiste com Marcão?  Jogamos muito mal, essa é que é a verdade… Obina não fez nadinha e Ortigoza, muito esforçado, jogando enfiado pouco pôde fazer. Armero muito atrapalhado, Daniel perdendo quase todas as jogadas…

Mas não teríamos saído derrotados de maneira alguma, não fosse o juiz. Ele interferiu diretamente no resultado da partida. Parecia que estava recebendo por cartão dado. Só de vermelho, foram 4. Finalzinho de jogo, 46′, o safardana marcou penalti bem mandrake de Marcão, num lance em que ele é quem sofreu falta. FDP! Marcelinho Paraíba cobrou e Bruno por pouco não pegou… E AGORA? FICA NA CONTA DE QUEM MAIS UMA AFANADA  DA ARBITRAGEM? E para que o torcedor se sentisse ainda mais assaltado, os dois minutos que o juiz assinalou que daria a mais, ele simplesmente não deu. Terminamos de assistir à partida com as mãos ao alto…

Ah, diretoria, tenha dó do Palmeiras e da gente! QUANDO É QUE VOCÊS VÃO TOMAR PROVIDENCIAS (DE VERDADE), PARA ACABAR COM ESSA BAIXARIA DA ARBITRAGEM? A cada jogo é uma afanada que nos leva pontos e não é possível que vocês não estejam vendo isso! Enquanto o Palmeiras é  roubado (contra Bambis, Goiás, Grêmio, Galo, Coritiba…), outros são ajudados. Dois gols impedidos, validados no Beira Rio, não fazem vocês se lembrarem de nada, não? PORRA, JÁ VIMOS ESSE FILME !! EM 2005(que terminou até com reloginho de ouro, de presente), 2007, 2008…

Nós, vamos lotar o Palestra para o jogo de sábado, apoiar nosso time e  fazer uma festa linda!  Vocês, cuidam dos bastidores, tá?

Quando o campeonato começou, tudo o que a gente queria e sonhou, era estar à frente, nessa altura da competição. Pois bem, eis o Palmeiras na liderança, prontinho para começar o segundo turno, diante do Coritiba, lá na casa deles.

Tivemos alguns sustos, é verdade, mas nem foi tão difícil assim. Teria sido mais fácil, não fossem as arbitragens. Mas deixa prá lá, nossas conquistas sempre superam os trambiques. A história está aí que não me deixa mentir. Porque nós temos história, tradição, e as páginas do nosso “livro” continuam limpinhas, imaculadas. Bem diferente das de outros clubes por aí…

Vamos à campo cheio de desfalques. O Santo, Diego, Edmílson, Wendel… Olha só o calibre dos craques que estarão ausentes hoje. Não é mole, não. Mas em compensação, teremos a volta de Obina e, Oxalá ele mostre para o boboca do “Quem?rrison”, como deve jogar um centroavante, de verdade. Ele disse que torce para o Coxa? Melhor ainda! A vitória do Palmeiras nos trará  prazer em dobro.

Vai Muricy! Acerta o time aí e não fique com vergonha de usar a competência de Jorginho em favor do Palmeiras. Pede ajuda na escalação, se preciso for! Ele conhece os caras há muito mais tempo que você. É a segunda etapa da caminhada rumo ao 9º campeonato. E a gente vai junto, Verdão! Vamos ganhar, ganhar e ganhar! Porque aqui é Palmeiras, porra!

Ah, e para quem não viu, aí está o vídeo que a Samsung fez da torcida mais linda e apaixonada do planeta. No mês do aniversário do Palmeiras, mês do Tsunami Verde, as palavras ficam por conta da Que Canta e Vibra… você vai se arrepiar…

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