É duro falar desse jogo que o Palmeiras fez contra o Comercial/PI, lá em Teresina. Porque ele teve dois aspectos completamente distintos.

Pudemos constatar que o Palmeiras continua o mesmo… Facilitando a vida de alguns timinhos, sem conseguir matar um jogo fácil, na hora em que é necessário…  sem o técnico entender que tirando um meia e colocando um volante, ele facilita as coisas para um time adversário que não oferece perigo…  e sem perder a irritante mania de fazer o placar, depois diminuir o ritmo e deixar o adversário gostar do jogo… tudo do mesmo…

Para nossa sorte, Valdivia também continua o mesmo… talentoso, atrevido, mágico… Em campo, ele enlouqueceu a torcida daqui e de lá, com uma partida brilhante. E discutir se Valdivia é craque ou não, é a coisa mais “encheção de linguiça” do mundo! Joga bem? É útil ao Palmeiras? Desequilibra as partidas? Mete o companheiro na cara do gol?  Então, BASTA! Os adjetivos dados a ele não importam. Quem acha que ele é craque, não vai convencer os que não acham, e vice-e-versa!  No final, todos o aplaudem, mesmo.

Voltando ao jogo, se não estou enganada, o fraco time do Comercial/PI estava sem fazer uma partida oficial desde Junho. E o Palmeiras foi se enroscar justamente com ele. Jogamos bem em boa parte do jogo, tivemos ótimos momentos, mas vacilamos no segundo tempo, deixamos o adversário querer “brincar” também, fomos desatentos e tomamos um gol… Saímos com a vitória, mas não eliminamos o jogo da volta. Felipão insiste em temer e respeitar (em excesso) qualquer time pequeno. E quando falamos do Comercial do Piauí,  bota pequeno nisso! Ao se perceber temido, o nosso fraquíssimo adversário se sentiu motivado… Passamos perto de sofrer o empate… Não pode, Palmeiras! Sei que vamos ganhar aqui; sei que o time apresenta melhoras, está ganhando corpo (aos poucos, mas está), alguns jogadores recém-chegados já estão mostrando bom futebol mas, os vacilos dentro das quatro linhas, e alguns equívocos na hora de substituir, têm determinado alguns resultados indigestos. Tem que ir prá cima, Felipão! AQUI É PALMEIRAS, PORRA!

Mas eu quero mesmo é falar de Valdivia! E do Palmeiras, que melhora tanto quando ele está em campo. Quero falar do futebol lindo que aparece através de seus pés. Da alegria que contagia a arquibancada sob o comando do Mago… Do coração da gente que vira passarinho e sai voando do peito…

No primeiro tempo só deu Verdão. Trazendo quatro caras novas (saídas do banco), a falta de entrosamento era visível, os erros de passe também. Mas, tão logo Valdivia e Cicinho (que bela contratação), começaram a aparecer em todas as jogadas,  tão logo o Mago começou a destruir pela direita, o Palmeiras começou a dominar a partida e as chances foram surgindo. Adriano (tô gostando dele com Kleber) jogando mais enfiado na área, também fazia o Palmeiras mais perigoso. Maurício Ramos por muito pouco não marcou; logo depois, Kleber mandou uma na trave, após cobrança de falta do Mago que,  deitando e rolando no jogo, encantava a torcida local e os milhões de palestrinos grudados na TV. E tinha que ser do Mago, a levantada perfeita,  consciente, para a cabeçada de Adriano, que  meteu pro gol e colocou o Palmeiras, merecidamente, em vantagem. Como joga esse meu ídolo!! Com ele em campo o futebol é mais alegre, não conseguimos desgrudar os olhos da TV, do campo, da bola que parece colada aos seus pés… não conseguimos desgrudar os olhos de Valdivia, que sempre nos surpreende com as suas jogadas maravilhosas, com o seu raciocínio ágil, que deixa de bobeira até mesmo o câmera…  (Se um cara desse não é craque, eu sou a Angelina Jolie…)

E as coisas estavam tão boas que, com um minuto de jogo da segunda etapa, o Palmeiras ampliaria; jogada de Cicinho para Kleber, dentro da área, girar entre dois marcadores e meter a bola no canto direito do goleiro. Que belo gol do Gladiador!! Era a vantagem que o Palmeiras precisava para eliminar o jogo da volta. Minutos depois, outra jogada de perigo do Palmeiras e Danilo (que foi seguro pelo pescoço) quase faz de cabeça. Na sequência, Valdivia enlouquece o estádio, ao enganar o seu marcador com o seu delicioso “chute-no-vácuo”! Tenho certeza que, assim como eu (que gritei um bocado),  cada palmeirense comemorou muito esse lance. Além de nos encher de orgulho e alegria, essa jogada do Mago mostra que ele está feliz; que se sente bem e está confiante. E por ter percebido meu ídolo ‘de volta’, sem dores, feliz; por ouvir a torcida gritando o seu nome, eu chorei de alegria.

Constatar que o Mago está recuperado e jogando muito, nos faz duplamente felizes. Por poder ver o belo futebol que os seus mágicos pés produzem e por saber que o Palmeiras fica muito mais forte com ele em campo. E, por isso mesmo, quando Felipão o tirou para a entrada de Chico, o ritmo do Palmeiras diminuiu e o Comercial se aventurou a buscar a sua “passagem” para jogar em São Paulo.

Mas ainda que o Palmeiras estivesse vacilando, ainda que não estivesse jogando bem na segunda etapa,  a marcação de um impedimento inexistente de Adriano (que já tinha até driblado o goleiro), acabou interferindo no resultado da partida. No apito, o Palmeiras perdia a chance de matar o jogo; minutos depois, numa desatenção da nossa zaga  (achei que Bruno falhou também),  Rafael, de cabeça,  faria o gol do Comercial.  Tardiamente Felipão colocou Tinga  e o estreante Miguel no time.  Chico quase marcou o terceiro, mas o jogo terminou 2 x 1. Reclamamos bastante, mas não há problema algum. O time está se acertando. Como eu costumo dizer, isso apenas fere o nosso orgulho por não termos eliminado a partida de volta. Para as nossas aspirações na competição, está tudo certo. Qualquer empate ou vitória no jogo de volta fará com que o Palmeiras siga adiante. Na semana que vem a gente faz a lição de casa direitinho.

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E QUE VENHAM OS BAMBIS, NO DOMINGO! JÁ QUE GOSTAM TANTO DE BOLINHAS, VAMOS DEIXAR ALGUMAS NAS REDES DA BORBOLETA-MOR… HAHAHA

ÔÔÔ VAMOS GANHAR, PORCOOOOOO!