Amigo palestrino, tenho tido alguns probleminhas familiares, estou “hospitalizada” com o meu pai, e, por isso, não tenho tido tempo para fazer postagens no blog. Mas é claro que estou antenada com tudo que está acontecendo, é claro que estou maravilhada com esse início de 2015, tão surpreendente para os palmeirenses. Tânia Clorofila.

Que sol que tem feito, não??? Vai um chapéu aí??? – Zé Carioca

Era só uma questão de tempo mesmo… era só acertar a casa, colocar as finanças em dia, não adiantar as receitas de 2015, e o Palmeiras se colocaria no caminho outra vez, o Palmeiras teria dinheiro para as despesas do ano, para fazer “supermercado”…

Eu esperava que as coisas melhorassem em 2015, mas não assim, quase tudo de uma vez, logo nos primeiros dias do ano. Que delícia tudo isso, que bom saber que valeu a pena confiar e esperar.

É o Palmeiras 2015, que cansou de levar chapéus e agora os devolve em grande estilo.

Essa fase alto astral do Verdão, esse Palmeiras imponente no mercado, se deve ao trabalho de reestruturação do/no Palmeiras, claro, mas se deve também ao torcedor palestrino, que não abandonou o time em momento nenhum, que o carregou nas costas, que explodiu o número de sócios-torcedores, mesmo num ano tão ruim quanto foi o ano passado, e isso tudo fez o Palmeiras fazer o que está fazendo esse ano.

Chegaram vários jogadores bons – depois do amistoso, todo mundo concorda com isso -,  o Avanti agora passa de 78 mil adesões (logo alcançará o Grêmio, que está em segundo lugar); ao contrário dos rivais, que estão numa pindaíba só, o Palmeiras é um dos únicos dois clubes que pagam salários em dia (e diziam que isso de nada serviria), os jogadores estão escolhendo o Palmeiras para trabalhar; o clube tem uma estimativa de receitas para 2015, de mais de 200 milhões… é mole? Sem contar que pagamos as dívidas e devolvemos os chapéus que nos deram. Com juros e correção monetária.

E nesta quinta-feira, o Palmeiras anunciou seu novo chap… oops, patrocinador máster, a Crefisa. A empresa financeira, com foco em empréstimos pessoais, assinou contrato com o clube por dois anos e pagará R$ 23 milhões por temporada – esse patrocinador era pretendido pelos nossos vizinhos de muro (sorry, bambis. Como diria o vosso presidente, que dá entrevista comendo banana: O choro é livre).

“O São Paulo fez propostas para a gente, sim. Mas a proposta que o Palmeiras fez foi muito melhor. O projeto do Palmeiras é muito melhor. O valor do Palmeiras foi até foi maior, mas o projeto é muito bom.” – Leila Mejdalani, da Crefisa.

Acho bom o Palmeiras mandar fazer uns chaveiros com o porco, o periquito e o… chapéu! Ele já tá virando mascote.

Nada como fazer a coisa certa, não é mesmo, meu amigo? Nada como um clube poder sentir o apoio da sua torcida… 2013 e 2014 foram anos duros, economicamente austeros (não tínhamos de onde tirar dinheiro), e, graças à Copa, não havia muito interesse das empresas em investirem nos clubes, e nosso futebol sofreu um bocado – nós também sofremos – mas o que foi plantado nesse tempo difícil começa a dar frutos… Por isso essa mudança tão favorável agora.

E, pelos acontecimentos todos, podemos concluir que, SABER ESPERAR É UMA GRANDE VIRTUDE, que muita gente não possui, não é mesmo?

Que 2015 seja um ano de muitas alegrias para o Palmeiras e para nós, torcedores, que jogamos com o time o tempo todo, mesmo quando os gramados nos pareceram cheios de buracos, quando o futebol nos deu mais desgostos do que alegria, e quando os refletores estiveram quase apagados…

A grama medrou, o futebol ganhou muitas caras novas, e as luzes, agora acesas, são verdíssimas.

O Palmeiras está de volta! 2015 é nosso! (E ainda falta chegar o Arouca…)

Imagem: GazetaPress

Imagem: GazetaPress

“Terminou há instantes reunião entre o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, o diretor-executivo do clube, José Carlos Brunoro, e o técnico Gilson Kleina em que ficou acertada verbalmente a renovação do vínculo do treinador com a equipe por mais um ano. As partes combinaram de assinar o novo contrato nesta quarta-feira (27) e, às 15h, Nobre e Kleina concederão entrevista coletiva na Academia de Futebol.”

Essa foi a notícia que tivemos no finalzinho da noite de ontem, e que nos foi passada pela Assessoria de Imprensa do clube. E foi também um belo tombo em alguns espertos que cravaram e oficializaram a saída de Kleina durante o dia de ontem (viu como a imprensinha noticia mentiras? Né, Neto? Né, Jorge Não Sei das Quantas?).

Quanto a mim, depois de ter ouvido o dia todo, e com um medo imenso, o nome de Luxemburgo como o provável novo técnico do Palmeiras, só tive uma coisa a dizer: Obrigada, Senhor!

É claro que eu queria um outro técnico, um que causasse mais impacto, que abalasse as estruturas… eu queria o Bielsa, e mais um monte de gente também queria. Mas, diante de tudo o que ele pediu, não dava mesmo para o Palmeiras fazer a loucura de trazê-lo. Se chegamos ao centenário numa situação financeira pra lá de difícil, certamente a culpa não é de quem administra o Palmeiras agora – muita coisa já foi acertada, muita dívida já foi paga. E não dá para o Palmeiras pegar o “cartão de crédito” e parcelar o Bielsa em ‘trocentas’ vezes e depois ficar só pagando os juros quando não puder pagar as parcelas, deixando todas as outras contas sem pagar.

E já que Bielsa não viria, o que é que tínhamos por opção: Luxemburgo? Passo! Só colecionou fracassos nos últimos anos, sem contar aquelas contratações pra lá de esquisitas que ele faz, e o seus “pojetos” pra ‘inglês ver’. Mancini? Ainda é só uma aposta, e ele não sairia de seu clube nesse momento. Abel? Ele estava quase sendo rebaixado com o Flu e não conseguia reverter a situação, por isso foi demitido. Cuca? Assinou com o Galo. Tite? Sem o seu grande auxiliar, o Apito Amigo, não tem o mesmo desempenho…

Na minha concepção, trocar de técnico, só por trocar, não era a coisa certa a se fazer. Por isso, diante da escassez de bons técnicos no Brasil, diante da realidade que nos mostrou os melhores times de 2013 sem nenhum técnico medalhão no comando (Cuca era motivo de zombaria até mesmo durante a Libertadores), acho que o Palmeiras fez a escolha certa e preferiu manter o técnico da brilhante campanha da Série B (quem diz que ela foi pífia, medíocre, não diz a verdade). E, ainda por cima, com o salário reduzido e sendo aumentado de acordo com as metas atingidas. Uma bela sacada da diretoria. E era o Kleina mesmo que eu queria (ele só precisa ser menos medroso), se não pudéssemos ter o Bielsa.

Os jogadores queriam que Kleina ficasse (é importante ouvi-los); boa parte da torcida também queria  (por onde o Palmeiras passava, em seus muitos jogos na série B, torcedores pediam pra ele ficar), e uma outra parte o rejeitava/rejeita. Nenhum técnico seria unanimidade. Nem o Bielsa. Qualquer que fosse o nome ele receberia críticas de algum lugar, não havia um único nome que fosse consenso.

O Luxemburgo, por exemplo, que eu abomino e execro, e que em minha opinião seria o caos, era a ‘salvação da lavoura’ para alguns outros torcedores… Não tem certo e errado. São apenas preferências pessoais, são pontos de vista. Para alguns, o centenário está perdido com a permanência de Kleina; para outros, estaria perdido se o “X” chegasse… Quem será que tem razão? O tempo dirá.

Kleina tem qualidades, mas tem falhas também, tem pontos negativos (todos os técnicos têm), porém,  essas falhas são passíveis de correção. A nossa diretoria tem que ficar atenta, trabalhar nisso e cobrar ousadia do técnico, porque agora ela será extremamente necessária.

Mas o fato é que o martelo está batido e Kleina será o comandante do Palmeiras em 2014, e nós, torcedores que somos, gostemos dele ou não, temos que torcer para que ele tenha muito sucesso aqui; temos que cobrar, é claro, mas temos que apoiar, ajudar, seja como for, a fazer esse 2014 dar certo.

Kleina, 2014 é o ano do centenário do Gigante.  E, acredite, ele será o ano de nossas vidas! Da sua e da de todos nós palestrinos (torcedores, jogadores, dirigentes)! Não tenha medo, ouse! A pressão de ter que trazer o Palmeiras de volta já acabou. Agora, os caminhos que vamos trilhar têm mais perigos, têm mais inimigos, mas as conquistas serão muito mais deliciosas! O medo não tem mais vez, ele não nos ajudará em nada; por isso, as peças precisarão ser colocadas e mexidas no tabuleiro de maneira diferente e corajosa.  E é isso que esperamos do seu trabalho: coragem, ‘dar a cara pra bater’. Acredite em você, porque nós vamos acreditar!

Que Deus o abençoe e ilumine, Kleina, para  que você consiga ser vencedor no Palmeiras.

Se você se sair bem no maior de todos, vai virar o melhor técnico de todos também, assim como aconteceu com Luxemburgo um dia.

Boa sorte, ‘Fred Flintstone’!!

E cobra da diretoria aí, os reforços (BONS REFORÇOS) para o centenário. Já está na hora deles começarem a aparecer.