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“E di dirti tranquillamente, de dirtelo finalmente, che ti amo e che di amarti non smetterò mai…” – Lucio Dalla

 

Que sensação maravilhosa é essa leveza pós título…  ainda estou saboreando e revivendo a tarde de domingo…

Depois de alguns amargos anos em que uma classificação para a Libertadores era o máximo que algumas administrações palestrinas nos permitiam sonhar, lá estava eu a caminho da festa do título do Palmeiras… O terceiro título nacional em quatro anos, o segundo Brasileirão conquistado em 3 temporadas… a décima conquista de campeonato brasileiro (chegamos nos dois dígitos) na gloriosa e vencedora história do Palmeiras.

Decacampeão… e parece que foi ontem mesmo que começamos a nos acostumar a falar em eneacampeonato.

Quando cheguei na Estação Palmeiras-Barra Funda, já parecia que eu entrava em outro mundo… o meu mundo. Camisas do Palmeiras, de todos os modelos, alegres, vaidosas, festivas, ansiosas, apressadas, com faixas de campeão, eram vistas pra todo lado… Muitos ambulantes vendiam faixas de decacampeão de todos os tipos e modelos. Parei para escolher uma e, eram tantos vendedores disputando a cliente,  que, mesmo sem pedir desconto algum, eu comprei a minha pela metade do preço.

Bandeiras, bonés, chaveiros, placas, camisas, faixas, cavalinhos vestidos com camisas do time e faixas de campeão permeavam o caminho… Palmeiras pra onde quer que se olhasse, e o nome Palmeiras sendo ouvido a cada vez que algum deles gritava oferecendo a sua mercadoria: Boné do Palmeiras! Cavalinho do Palmeiras! Que sensação maravilhosa trazia aquele “caos” no caminho.

Céu encoberto, uma tarde quente, meio abafada… Um “formigueiro” na rua, uma enormidade de gente, que vinha de todos os lados se dirigindo ao Allianz Parque… Aquelas pessoas todas, vestidas de verde e branco, que transitavam de maneira desordenada pelas ruas e calçadas,  iam para a mesma festa…  e com o mesmo sentimento no coração…

Quando cheguei na Matarazzo, a minha emoção resolveu espiar o movimento, e era com olhos marejados e um grande nó na garganta que eu caminhava por ali, observando os reflexos dessa nova conquista do Palmeiras, observando tudo o que eu pudesse pra guardar na memória e no coração… os óculos escuros escondiam as lágrimas que eu tentava segurar. Quanta gente indo para o mesmo lugar, quanta alegria nos rostos, quantos sorrisos, quantos olhos brilhantes, cheios de vida, e que sorriam também… o ar rescendia a felicidade, a amor… as pessoas pareciam estar ainda mais vivas. O Palmeiras já tinha conquistado o título na rodada anterior, e agora, na última partida do campeonato, ia encontrar a sua torcida em casa, ia receber a taça de campeão e o amor da sua gente… e a torcida estava louca para se encontrar com ele.  Não, não é só futebol…  É algo maior,  que nos move,  nos une, eleva e nos transporta para uma dimensão diferente, como se uma porta se abrisse para um mundo totalmente verde, com cheiro e gosto de paixão.

A festa já começava ali mesmo, na rua. A parmerada estava numa alegria só… Encontrei os amigos, ganhei uma garrafinha de cerveja e, apesar de não costumar beber, aceitei a cerveja gelada, brindamos o momento, bebemos, jogamos alguma conversa fora, rimos bastante, abraçamos o amigo que ia pra outro setor e entramos… E, claro, compramos o copo comemorativo do Palmeiras Campeão Brasileiro 2018.  “P-a-l-m-e-i-r-a-s  C-a-m-p-e-ã-o” era o delicioso som que se repetia, inúmeras vezes, dentro da minha cabeça…

Última rodada do campeonato… Eu imaginava que os dois times, por motivos muito diferentes, claro, deveriam jogar meio na ressaca. O Palmeiras chegava na partida campeão, de dever cumprido, e já fizera até uma grande festa para comemorar o título, devia estar literalmente de ressaca… o seu adversário, em compensação, chegava já rebaixado no campeonato, naquela ressaca de tristeza… De qualquer forma, era o melhor ataque da competição, contra a pior defesa.

Allianz Parque lotado (quebra de recorde na arena), transbordando felicidade… Torcedores de cabelos verdes, barbas verdes, de máscara de porco, nariz de porco, chapéus de porco, de perucas verdes, unhas e bocas verdes,  envoltos em bandeiras… todo mundo se enfeitara de alguma maneira para a ocasião tão especial… Os jogadores palmeirenses se aqueciam no gramado quando algumas faixas verdes e brancas  começaram a descer lá do anel superior… a arena também se enfeitava para a festa. E foi nesse momento que os primeiros gritos de “É campeão” começaram a ecoar forte no Allianz… aí, não deu pra não chorar…


Times em campo, Palmeiras festejado, aplaudido… o hino, arrepiante, à nossa moda… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… Tínhamos total compreensão de que estávamos dentro de um sonho… real.

Como não poderia deixar de ser, o jogo era todo nosso, mas não era tão pegado… o Palmeiras tinha mais posse de bola e procurava mais o gol – fez algumas jogadas tão lindas – , e o Vitória tratava de se defender e tentava atacar o Palmeiras com chutes de longe. Nós queríamos só comemorar, e, por isso, queríamos o gol pra incendiar a festa – o time também queria – e ele não saía. A torcida cantava feliz… com a leveza de ser dez vezes campeã brasileira.

E então, já no finalzinho do primeiro tempo, Lucas Lima fez boa jogada pela direita e tocou para Bruno Henrique chutar de fora da área. A zaga desviou e a bola sobrou para Duduzinho na esquerda. O craque do Palmeiras e do campeonato gingou na frente de seus marcadores e, com a mesma precisão de um passe que tivesse sido feito com as mãos,  levantou a bola na área, na medida, para Edu Dracena (sua segunda tentativa de gol na partida), saltar, cabecear pra baixo e estufar as redes do Vitória. O Allianz explodiu no som de mais de 41 mil vozes. Abraços campeões eram distribuídos nas arquibancadas…  que alegria! Era o gol de número dois mil do Palmeiras na história do Campeonato Brasileiro. E o Dracenão da Massa que o assinou.

No segundo tempo, Felipão voltou com Deyverson – de cabelo verde – no lugar de Borja. E o time do Palmeiras parecia ter voltado com mais pegada. Nos primeiros minutos, Dudu (que craque ele é. #FicaDuduzinho) quase marcou o segundo num chute colocado. Minutos depois, Deyverson deu uma caneta linda no jogador do Vitória, foi atingido na sequência, dentro da área, mas deu um “duplo twist carpado no vácuo” bem mandrake ao ser atingido e o árbitro nada marcou. No entanto, com a encenação (totalmente desnecessária) ou não de Deyverson, o árbitro tinha que marcar a falta que ele sofreu.

Mas nem precisamos esperar muito pra ver a rede baiana balançar pela segunda vez. Depois de uma cobrança de falta que parecia ensaiada, Dudu tocou para Scarpa, que chutou de pé esquerdo e guardou o segundo do Verdão. Na hora, tive a impressão que o goleiro falhara, mas a bola tinha dado uma desviadinha no meio do caminho. Era só festa no Allianz.

E porque o título já tinha sido conquistado na partida anterior, porque o Palmeiras vencia o Vitória por 2 x 0, porque o segundo tempo já estava na metade, o time deu uma relaxada, diminuiu o ritmo, deu espaço para o adversário. Antonio Carlos fez uma falta, fora da área e o árbitro marcou pênalti (adivinha quem era o árbitro? Ele mesmo, Heber Roberto Lopes, aquele, que nos garfou na reta final do BRA 2017. Nos garfava de novo, e no segundo lance importante, em pleno jogo de entrega da taça). O Vitória cobrou e guardou. Nem cinco minutos depois, aproveitando que o Palmeiras ainda parecia meio relaxado, sem intensidade, Luan (Vit) recebeu na entrada da área, fez a jogada individual e chutou forte. Weverton nada pôde fazer.

A partida estava empatada, e a torcida palmeirense continuava comemorando o título do Brasileirão… Nada nos abalava naquela tarde… nosso Palmeiras era decacampeão. Nossos dias, desde a rodada anterior, quando o título fora conquistado diante do Vasco, eram de festa, de coração em paz, de alma levinha, levinha… mas, claro, queríamos vencer sim.

Felipão, que já tinha colocado Moisés – de cabelo verde também – no lugar de Scarpa,  sacou Lucas Lima e colocou Guerra em campo. O jogo ia chegando ao fim… Foi então que Bruno Henrique resolveu que não podia ter água no nosso chopp. Num contra-ataque do Verdão, ele recebeu de Guerra e, de fora da área e de primeira, mandou uma bomba pro fundo da rede do Vitória. Um golaço! E a festa no chiqueiro pegou fogo! Minutos depois, o jogo acabou. O Campeão Brasileiro 2018 conquistava mais uma vitória, na última partida do ano.

“É Campeão”… “É Campeão”… gritava o Allianz Parque…  E o sonho, real,  tomou ares de fantasia… Os nomes de todos os jogadores do elenco eram gritados… de Felipão também… Fogos explodiam em volta do teto do Allianz, o céu se enchia de “nuvens”coloridas, de luzes coloridas… nada mais parecia real… como crianças, ficávamos olhando tudo aquilo, encantados. No campo, nossos heróis comemoravam muito, faziam muitas fotos, e também viviam um sonho… era difícil saber qual deles estava mais feliz. Tinha gente que chorava, tinha gente que não conseguia parar de sorrir, muita gente gritava, batia no peito… Eles e nós… nós e eles… e todos sabíamos os caminhos que tínhamos percorrido para chegarmos até ali.

Nossos heróis iam recebendo as suas medalhas – o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, convidado do Palmeiras para assistir ao jogo, era um dos que colocavam a sonhada medalha no pescoço dos jogadores… e, então, finalmente, o capitão Bruno Henrique levantou o tão cobiçado troféu…  o ar se encheu de papel verde picado… os pedacinhos de papel voavam por toda a arena… a visão era linda ali… fogos explodiam no céu, nosso coração explodia de amor… a festa dos jogadores era enorme no campo, todos queriam segurar a taça de campeão, todos queriam extravasar a alegria daquele momento, daquele primeiro Brasileirão na carreira de alguns de nossos atletas… os jogadores davam a volta olímpica, Felipão dava a sua volta por cima… o presidente Galiotte, dando a volta no campo também, cumprimentava os torcedores… a torcida, orgulhosa, louca de felicidade pelo decacampeonato, dava uma volta no paraíso… o Allianz se tornara surreal… nosso mundo estava todo ali… o Palmeiras, nosso amor pra toda vida, exercia o seu imenso poder de nos fazer esquecer de todo o resto lá fora…  poderíamos viver pra sempre dentro naquele momento…

E nada no mundo poderia ser melhor… Palmeiras, dez vezes Campeão Brasileiro! Que lindo, Palmeiras! Que lindo!

E que venha o próximo!

 

“Feliz daquele que sabe que o caminhar é constante… e que amar é para sempre…”

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Fui ao Allianz de coração aberto… para o que desse e viesse. Sabia que era difícil reverter aquele resultado indigesto que tínhamos trazido da Argentina, mas sabia também que era completamente possível que o Palmeiras conseguisse virar o jogo nos noventa minutos  aqui.

No entanto, não queria criar expectativas de já ganhou… nada disso. Só queria acreditar que podíamos. Só queria estar lá e poder torcer… muito. Esperar acontecer… Esperar a alegria nos arrebatar, caso ela viesse…

O cenário era perfeito. As ruas cheias de parmeras, aqueles inúmeros vendedores ambulantes, pelo caminho, a nos oferecerem cerveja, água, refrigerante, bonés, chaveiros, cavalinhos do Palmeiras (ah, Brasileirão), camisas, bandeiras…

Eu caminhava apressada, saboreando tudo o que meus olhos podiam ver… e conforme me aproximava do Allianz podia ouvir muitos rojões, gente ansiosa conversando… nas catracas, a torcida cantava forte, feliz… Sim, o Palmeiras, o nosso Palmeiras, estava de volta. Voltava a ser protagonista nos campeonatos.

Entrei no Allianz e ainda não tinha muita gente lá dentro… a faixa de led, logo abaixo do anel superior, era a surpresa do Allianz Parque para a torcida… num muito aceso verde e branco, um  “oleeeee oleeee porcoooo” percorria a arena… o “rascunho’ do mosaico da torcida podia ser percebido nas cadeiras…
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Por falta de festa, de apoio, é que não foi… Como conter a emoção quando o Palmeiras entrou em campo, quando  o Allianz se vestiu de milhares de vozes, se enfeitou com dezenas de fogos de artifício? Uma festa para os nossos sentidos…

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Infelizmente, não deu certo… e a partida terminou empatada. Perder uma vaga na final, acontece… mas perdê-la, podendo não tê-la perdido, é meio complicado…

Teve de tudo no jogo, foi um carrossel de emoções… uma alegria do tamanho do mundo, quando Dudu cruzou para Bruno Henrique mandar pro fundo da rede, no comecinho de jogo, logo aos 9 minutos. A gente pensa até que vai morrer nessa hora, de tanta felicidade… apreensão, quando percebemos que o VAR avisara ao árbitro que havia alguma irregularidade… decepção, quando o nosso gol foi anulado… tristeza, pelo doce que nos arrancavam da mão… tensão, quando o Boca abriu o placar numa vacilada de Luan… alegria, quando Luan empatou o jogo, ainda no comecinho do segundo tempo… uma alegria maior ainda, quando o juiz marcou pênalti e Gustavo Gomez virou o jogo… teve esperança, mas muita esperança mesmo, principalmente depois do segundo gol – se tivéssemos feito o terceiro, o Boca não iria aguentar… mas nos jogaram um balde de água fria depois, quando os argentinos empataram de novo… pelos critérios da competição, pelo agregado, teríamos que fazer mais três gols…

O malfadado jogo na Argentina pesou na segunda partida… mas não achei que o Palmeiras foi mal, ele lutou muito; achei que faltou fazer algo, além do óbvio, para pegar os argentinos de calças curtas, porque eles estavam marcando como loucos, sempre com dois, ou até mais jogadores, em cima de qualquer parmera que estivesse com a bola, para evitar mesmo que fizéssemos as jogadas, para evitar que aproveitássemos o talento de Dudu, por exemplo (em cima dele sempre tinha três ou quatro adversários). 

Não podemos reclamar do VAR se Deyverson estava mesmo impedido – lá na hora, confesso que não vi a irregularidade. Mas o fato é que, quando anularam nosso gol, o time sentiu, acabou vacilando e deixando o Boca abrir o placar alguns minutos depois, mas Luan, que falhou no lance, poderia ter tido a proteção de mais algum parmera ali… era jogo valendo a “vida” na competição.

Empatamos… viramos… e o Allianz, que já estava eufórico, barulhento, ficou ensurdecedor. A torcida estava linda! Um show! E é assim que tem que ser mesmo, independente de resultados. Se fizéssemos o terceiro, o Allianz iria “eletrocutar” os argentinos, o Boca não ia segurar em campo… Tinha bastante tempo ainda e as chances estavam abertas pra nós, mas descuidamos de novo… e de novo com o jogador “maledetto” que já tinha enfiado dois na gente no jogo de ida. Só por aqueles dois gols ele não poderia ter vida fácil em campo no segundo jogo, né? Felipe Melo, que parecia ter cansado na partida (poderia ter sido substituído por isso), e por quem o maledeto passou facilmente, também podia ter tido um ‘help’ de mais alguém… era preciso que tivéssemos um olho no gato e outro na frigideira, assim como faziam os argentinos que não deixavam nenhum palmeirense no mano a mano.

Apesar de eu ter pedido tanto o Lucas Lima no primeiro jogo da semi, e pra esse também, achei que ele foi muito previsível, tocou de lado, pra trás… esperava mais dele, esperava o imprevisto pra colocar a bola no pé dos atacantes enganando a marcação cerrada dos adversários… esperava que ele reeditasse a partidaça que tinha feito na Argentina, quando ganhamos do Boca por 2 x 0, na Fase de Grupos.

Achei também que as muitas bolas que levantamos para a área não tiveram utilidade alguma com as “casquinhas” do Deyverson. Nessa partida, ele subia pra cabecear, cabeceava de qualquer  jeito, pra qualquer  lugar, sem proveito algum para os demais companheiros, para o ataque.

Apesar dos dois gols bobos que tomamos aqui, o estrago mesmo tinha sido feito no primeiro jogo… 

Enfim, mesmo sem ser um p&ta time, o Boca, copeiro que é, passou, e a gente não…

Mas agora não dá tempo para ficarmos reclamando, para ficarmos curtindo a ressaca, e muito menos pra querermos crucificar esse ou aquele, pedindo a cabeça desse ou daquele, mesmo porque não há motivo pra isso.

TEMOS UM BRASILEIRÃO PRA CONQUISTAR!  E o Palmeiras precisa de nós!

Ano que vem tem Libertadores outra vez e estaremos lá… e tem gente que já não vai nem participar da próxima, né? 😉

Vamos em frente… que atrás do Palmeiras tá cheio de gente.

“Onde amamos, é o nosso lar: lar que nossos pés podem deixar, mas não nossos corações” – Oliver Wendell Holmes

Nosso primeiro jogo em casa foi num 21 de Abril de 1917 (éramos inquilinos e viraríamos proprietários em 1920, com uma entrada de 250 contos de réis e mais duas parcelas de 125 contos – uma para Dezembro de 1921 e a outra para Dezembro de 1922. Quase todo o dinheiro envolvido veio por mãos e corações palestrinos). Na ocasião, pela primeira rodada do Campeonato Paulista, o Palestra Italia venceu o Internacional-SP por 5 x 1 (auspicioso esse placar, não?)

São 100 anos de Parque Antárctica… Palestra Itália… Allianz Parque…

Tanti auguri para a nossa casa linda e tão amada!! Que ela continue lar e abrigo dos parmeras por muitos séculos mais… e que, nela, o Palmeiras obtenha muitas e novas conquistas, para continuar a ser o maior campeão do Brasil. 

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463 anos… terra da garoa, e de muita gente, muitos carros… de calor, frio, sol, chuva e, às vezes, tudo isso no mesmo dia… de muitos problemas e algumas soluções… bem cuidada em algumas coisas, mal tratada em outras… moderna, provinciana, estilosa, cultural, musical, das noites agitadas e movimentadas…  das feiras e mercados… dos inúmeros shopping centers… de muito concreto, ruídos, cores, luzes, parques e pássaros… de metrôs, trens e ônibus, que quase não descansam… de muito asfalto, muito trabalho… de pressa, correria… da mais famosa avenida do país… terra do arroz com feijão, da pizza, da macarronada no domingo, do sushi, da feijoada, do cachorro quente e do milho cozido vendidos em cada esquina, do bolo gigante no meio da rua…

Sampa, o motor que impulsiona o país… e que cresce desenfreadamente…

A cidade de tantas cidades em uma só… com um coração de mãe, maior que o Brasil, e que dá colo e acolhe pessoas, sonhos e ideias de todas as gentes, de todas as cores, de todas as Línguas e credos, de todos os lugares…

Sampa do Allianz Parque, a mais bela e moderna arena do país, coração verde e pulsante da cidade… Cidade que é berço e morada do gigante Palmeiras, o maior campeão do Brasil.

PARABÉNS SAMPA!!  QUE VOCÊ SEJA RESPEITADA E BEM CUIDADA HOJE, E NOS ANOS QUE HÃO DE VIR!!

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Nós sabemos muito bem que faltam ainda muitas rodadas para terminar o campeonato… sabemos também que uma vitória hoje ainda não é garantia de título para o Palmeiras – e nem para quem tem menos pontos do que ele.

Sabemos que hoje não é uma final, como a imprensa e o próprio Flamengo querem fazer parecer. Infelizmente, não é – adoraria que fosse. Há muito exagero em relação  nesse jogo. É um confronto entre dois candidatos ao título, e não uma guerra entre SP e RJ. O Palmeiras quer se manter líder, ratificar a sua excelente campanha, quer se aproximar um pouco mais do enea, e o Flamengo quer lhe tomar a liderança…

Já aconteceu isso antes neste campeonato. Primeiro, com o Inter, depois com o time da Lava-jato, com o Grêmio, depois com o Santos, e com o Galo… todos brigaram pela liderança com o Palmeiras, quiseram tomá-la do Palmeiras em algum momento, agora, é a vez do Flamengo. Não tem vida fácil, parmerada. Under pressure, all the time.

Nos últimos cinco anos, quase seis, foram 10 confrontos entre as duas equipes, o Palmeiras obteve 5 vitórias, empatou 4 vezes e perdeu em uma única oportunidade. De 30 pontos disputados entre paulistas e cariocas, o Palmeiras conquistou 19 deles, o adversário apenas 7. Auspicioso, não?

Vai ser um jogão certamente. E o Palmeiras tem tudo para conseguir um belo resultado, pra conquistar a vitória e mais três pontos; tem time, tem banco, tem técnico, tem jogadores talentosos, valentes, cheios de garra, tem uma baita determinação, experiência, tem uma sede enorme de conquistar o enea, seu nono campeonato brasileiro, e tem a torcida mais linda e apaixonada do mundo.

O confronto é no Allianz Parque… e quando o confronto é na nossa casa, já sabe como é, né? Uma l-o-u-c-u-r-a!

A rua Palestra Italia vira um rio, verde, pulsante… Corredor alviverde (vai ter corredor sim) iluminando a noite e o coração dos parmeras… luzes verdes, fumaça, camisas, bandeiras, chapéus, bares lotados, cerveja, alegria, vozes, muitas vozes, nossa gente cantando… olhos confiantes, apressados, sorrisos, abraços, muita reza, emoção à flor da pele e amor… uma quantidade imensurável de amor…

O Caldeirão do Porco esquenta uma barbaridade, a temperatura sobe na medida em que a torcida não para de cantar, na medida em que a energia verde deixa o Allianz Parque eletrizante… e o Palmeiras transborda por todos os poros, o Palmeiras ilumina todos os olhos, o Palmeiras se agita em todas as veias, o Palmeiras pulsa em milhões de corações…

O Allianz Parque estará lotado, vibrante, e a Que Canta e Vibra vai entrar em campo com o Verdão… vai dar mais um passo com o Palmeiras em busca do enea… a torcida vai jogar sim senhor!

Jailsão da Massa, Vitor Hugo e Mina, zaga atacante de raça… Zé Roberto – Animal, e Jean, talento e experiência… Duduzinho lindo, o cracaço da camisa 7… Menino Jesus (será?) nosso garoto artilheiro iluminado… Moisés, xerifão… Tche Tche, que vale por meia dúzia… Gabriel, o Pitbull… Barrião da Massa, o finalizador, Rafa Marques, dos gols decisivos, Thiago Santos, que desarma mais que a PM no Eliminates Arena… Allione, Cleiton Xavier, Roger Guedes, Matheus Sales, Arouca, Erik, Leandro Pereira, Egídio, Fabiano, Dracena, Thiago Martins, Fabrício…

Jogue quem jogar – o Cuca é quem sabe dos paranauês -,  o Palmeiras vai em busca da vitória, e nós vamos jogar com ele. De alguma maneira, e como sempre acontece, os milhões de palmeirenses espalhados pelo planeta estarão juntos no Allianz… de alma, coração, energia, e muita, muita vontade de vencer…

É HOJE! O CALDEIRÃO DO PORCO VAI FERVER! O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!

Boa sorte, Palmeiras! Boa sorte, seus lindos! RUMO AO ENEA!!

Passado o susto, ou quase susto, eu poderia resumir assim o primeiro jogo de Libertadores, realizado no Allianz Parque: O Palmeiras fez 2 gols (o juiz ainda meteu a mão nele), o Rosario perdeu uma penalidade e não marcou nenhum.

Porque foi exatamente o que aconteceu, mas, as circunstâncias…

Antes do jogo, a Rua Palestra Italia já estava em festa. Muitos torcedores, temendo mais chuva, foram direto pro Allianz Parque (havia chovido um bocado antes do jogo – choveria durante e depois também).

Era climão de Libertadores… mas argentinos e palmeirenses se confraternizavam na Rua Padre Thomaz.

36 mil  torcedores foram pro jogo. E, como sempre acontece, que emoção na hora do hino “à nossa moda”… a voz tropeçava na garganta, mas as lágrimas, sem o menor pudor, saltavam de nossos olhos, como a chuva que caía no campo. E cantar o hino toda arrepiada já é de praxe… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…”, meu, seu, nosso Palmeiras… no mosaico da torcida o objetivo de todos os palestrinos estava traçado: Queremos a taça.

A partida apresentaria dois tempos de jogo completamente distintos. Mas a pegada foi uma só… de Libertadores. E que pegada. No entanto todo mundo pareceu ter assistido apenas à segunda etapa, mas muita coisa importante aconteceu antes. Coisas que poderiam ter decidido a partida nos primeiros 45 minutos.

No primeiro tempo, apesar do time meio manco que o MO anda mandando a campo (coloca meia nesse time, MO!), o Palmeiras fez a sua melhor partida no ano – eu sei que as anteriores não foram grande coisa -, e foi melhor que o Rosario, teve as melhores chances. Rosario, que, segundo a imprensa, era um bicho-papão e ia vencer o Palmeiras – para muitos, ele ia até golear, né “Armário” Cezar?

Logo no início de jogo, bola levantada na área do Palmeiras, Prass e o atacante foram na disputa e o goleiro foi atingido na cabeça. O juiz deixou por isso mesmo. Um minuto depois, Cristaldo levou uma sarrafada, e o juiz mandou seguir… Hmmmm

Cristaldo enfiou uma bola linda pro Dudu, e ele chutou pro gol, tirando do goleiro… a bola passou raspando,  pegou a trave. Isso aumentou ainda mais o volume da torcida… que energia no Allianz.

Robinho pegou uma sobra do goleiro, que se atrapalhou todo com a zaga depois de um cruzamento do Zé, ajeitou, saiu do marcador (que passou direto por ele), mas mandou pra fora…

O Allianz fervia… a torcida cantava forte. Eu, que teria que sair exatamente aos 45′ do segundo tempo, por causa do horário do trem, torcia para estar tudo resolvido favoravelmente ao Palmeiras antes do apito final, antes dos acréscimos.

O Palmeiras criava chances, chutava a gol, trocava passes… e isso era tudo o que queríamos ver.

O Rosário não levava perigo, mas quase pegou o Palmeiras de surpresa numa jogada ensaiada. Só que ela não tava tão ensaiada assim e deu em nada.

E foi então que Gabriel Jesus avançou veloz pela esquerda, entrou na área e foi derrubado. Veja na imagem abaixo, as pernas de Gabriel sendo atingidas pelo marcador que está à frente do argentino de número 29 (eram dois marcadores em Gabriel Jesus). Olha o pé/perna do sujeito atingindo Gabriel…

Se isso não for pênalti,  eu não sou palmeirense…

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Pênalti, muito pênalti, mas como o Palmeiras tem Roubocard Internacional… o juiz nada marcou. Difícil assim, né? Jogo de Libertadores, no Allianz Parque, contra argentinos catimbeiros, valendo a liderança do grupo, o seu time sofre uma penalidade dessa e o juiz não marca?

Os parmeras levando cada sarrafada, mas o cartão amarelo só saiu para o Thiago Santos…

A chuva já atrapalhava o jogo, e  impedia que a bola corresse em muitas jogadas de ataque do Palmeiras – deu uma atrapalhada nos hermanos também.

Passava da metade do primeiro tempo quando Prass lançou lá na frente, o zagueiro tentou interceptar e a bola sobrou pra Dudu, que, rápido, deu um senhor passe pra Gabriel Jesus; ele recebeu na área e foi atropelado (eu achei que foi), o zagueiro saiu com a bola mas apareceu o Churry, roubou a bola do Salazar, passou pelo Burgos, que veio em cima dele, driblou o goleiro, sem tocar na bola, só pisando na poça d’água, e meteu pro gol, deixando mais um adversário no chão.

GOOOOOOOOOOOOOL, CRISTALDO, SEU LINDOOOOOOOOOOO!!

Explosão de alegria no Allianz Parque! Gol de argentino raçudo, marrento, argentino parmera! Nosso Palmeiras vencia o time “favorito”  (né, Juca? Né, torcedores profissionais de imprensa?).

Então, quando o Palmeiras muito provavelmente ia fazer o segundo gol (que poderia até ser o terceiro, caso o juiz tivesse marcado aquele pênalti), quando Gabriel Jesus recebeu bola legal e saiu na cara do goleiro, tendo até a opção de encobri-lo (Jesus manja desses paranauês), a arbitragem marcou impedimento.

Olha como tava “impedido” o Jesus! Esse Roubocard Internacional do Palmeiras é uma coisa…

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E olha a continuação da jogada… seria “tão difícil” fazer esse gol, não é? Estava faltando só darem uma camisa do Rosario pro juiz, porque, jogando para os adversários ele já estava fazia tempo.

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O Palmeiras continuou ofensivo, sofreu muitas faltas que o juiz ora não marcou,  ora não deu cartão, e o primeiro tempo terminou 1 x 0 para o Palmeiras. E ficou barato para os argentinos.

E então,  veio o segundo tempo… os planetas se desalinharam, Marte entrou em Escorpião…

Claro que os argentinos, perdendo, iriam vir pra cima; claro que o Palmeiras iria defender a sua vitória parcial, iria se fechar, mas ninguém imaginou que desse um curto-circuito tão grande no Verdão.

O Rosario veio pra cima, e o Palmeiras parou, só se defendia. Nervoso… e não tinha motivos pra isso, ganhava a partida. Eu tinha vontade de entrar lá no campo e dizer para os nossos jogadores: Quem tá perdendo são eles, baralho! Calma!

O Palmeiras se deixando acuar e o Rosario querendo agredir, juntou a fome com a vontade de comer. Mas um time, não vive só de atacantes, não vive só de gols, não é mesmo?

Prass foi atingido no rosto por um adversário que tentou tocar de carrinho… e o juizão… nada! E o Rosario continuava em busca do gol de empate.

A tensão era grande na bancada…

Robinho tirou uma bola na área, e, na sequência, atingiu o atacante. O juiz marcou pênalti. Mas que cazzo – sempre fico em dúvida nessas ocasiões, porque, para os comentaristas, dependendo de quem está na jogada, ou do time, pode-se levar em conta que o jogador tocou a bola primeiro, visou a bola, como fez o Robinho, e, portanto, não é pênalti, ou pode-se levar em conta que ele acertou a bola primeiro, mas atingiu o adversário na sequência (nem sei se atingiu mesmo) e, então, é pênalti sim.

Aqui, todos foram categóricos em afirmar que o juiz acertou na marcação. No entanto, na Fox Sport da Argentina acharam que não foi pênalti.

O jornal Ole publicou o vídeo, mas você pode assisti-lo no Youtube. E dá para entender quando dizem que não foi nada, que o jogador não foi tocado. E dizem ainda:”Pero igual sirve”, algo parecido a “tanto faz”… Que diferença da imprensa daqui, não?

https://www.youtube.com/watch?v=YwPSw9cg27I

Pênalti marcado – se eles marcassem, a coisa ia engrossar -, jogador se preparando para a cobrança,  e, do outro lado, ele… FERNANDO PRASS… a parmerada, com a maior confiança, gritava o nome de seu goleiro…

Nem preciso falar o que aconteceu, né? Claro que o lindo e maravilhoso do Prass defendeu! Foi lá no cantinho e tirou! #NaMinhaCasaNão

Confesso, nem vi a cobrança. Segurando meu terço verde (sim, eu já o tinha tirado da bolsa), só olhei pra cima e esperei o grito da torcida. Impossível explicar a felicidade de ouvir o grito que ganhou os ares.

PRAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSS!!! Obrigada!

Mas o Palmeiras não aproveitou, não foi pra cima. MO não mudava o jeito do time jogar, e a situação em campo continuava a mesma… O Rosario buscando o seu gol de todo jeito e o Palmeiras defendendo com todas as suas forças.  Que mudança radical em relação ao primeiro tempo. E não conseguíamos entender como o Palmeiras podia ter voltado do intervalo assim.

Porém, muito embora o Palmeiras tenha adotado uma postura suicida em campo, abdicando de atacar, de segurar mais a bola – 27% de posse de bola na segunda etapa. Isso é inadmissível num jogo de Libertadores, em casa, e quando estamos ganhando -, muito embora o MO tenha deixado o time com três atacantes e sem um meia para fazer a bola chegar neles, e por isso abusarmos dos horrorosos chutões, nosso maravilhoso goleiro estava em campo, nossa defesa valente estava em campo e, mesmo os jogadores parecendo muito perdidos, sendo desarmados facilmente, dando a bola de graça, não conseguindo ficar com ela no pé, o time inteiro foi guerreiro,  lutou, e muito, para não tomar gols.

Robinho tirou uma bola difícil, Cristaldo também, todos defendendo como podiam, que aflição, que desespero no Allianz. Mas, quando vi Jesus tirar uma bola muito perigosa na nossa área, falei para os amigos: Se até Jesus tá ajudando a defender, hoje a gente ganha sim.

Mo já tinha colocado Rafael Marques, Arouca e por fim Allione (que já deveria ter entrado muito antes)…

O jogo estava nos descontos, eu já estava indo embora, já tinha descido a escada, com os ouvidos grudados lá dentro, com o coração grudado lá dentro, quando o Glauco, o amigo que ia embora comigo, falou:

– Vem ver daqui, dá pra ver.

– Vamos embora, Glauco, não vai dar tempo. – e fui olhar numa fresta.

– É só um pouquinho, já vamos. Vem olhar daqui que dá pra ver o telão.

E quando olhei pro telão, só vi o Dudu recebendo do Rafa e tocando pro Allione… tudo parecia vazio ali naquela parte do campo (pensei até que não estivesse valendo)… Allione – que tá a cara do Pirlo – recebeu, e, guardadas as devidas proporções, num estilo meio Divino de ser, sem pressa, com uma frieza absurda, passou pelo marcador, dando uma finta leve e chutando com uma puta categoria…

GOOOOOOOOOOOOOOOOL. ALLIONE, SEU LINDOOOOOOOOO!!

O Allianz explodiu lá dentro, o Glauco e eu nos abraçávamos comemorando… quanta alegria, meu Deus! Os funcionários do Allianz nos perguntavam: Foi gol do Palmeiras? FOOOOOOOI!!!! E saímos apressados…

A corrida pra estação em 13 minutos nem foi nada, a chuva nem foi nada… O meu (nosso) Palmeiras vencera! E nada mais importava naquela noite…

Haja serenidade e paciência para aguentar o despreparo de alguns dos policiais que trabalham no Allianz Parque em dias de jogos.

Intransigentes, arrogantes, prepotentes, despreparados…

Objetos cuja entrada é permitida por alguns policiais, em vários jogos, viram “armas letais” para outros, donos da verdade. Se nem a PM sabe o que é permitido e o que não é (se uns permitem e outros não, é sinal que não há consenso, e vai do gosto e bom ou mau humor do policial), o torcedor não é obrigado a adivinhar, e também não é obrigado a se desfazer dos seus pertences, jogá-los fora, apenas porque um(a) policial, arbitrariamente, assim decidiu.

Perguntei para o policial porque algumas coisas que são proibidas no Allianz, aquelas faixinhas que vendem na porta do estádio, por exemplo, são permitidas em Itaquera. Balbuciou, enrolou, e, sem resposta pra dar, me disse: Aqui é o Allianz Parque, não é Itaquera. Eu disse: Mas a polícia é a mesma, o estado é o mesmo, e por que a diferença? Nenhuma resposta eu recebi…

Proíbem crianças, de 6, 7 anos , eu  já presenciei isso, de entrar com a cara pintada – não existe nada mais sem noção do que isso. O que uma garotinha de 6, 7 anos (havia uma outra, a irmãzinha, que não tinha mais do que 4 e elas foram proibidas de pintar o rosto antes de entrar) vai fazer com a cara pintada? Cometer um crime e depois se esconder graças à pintura do rosto? No entanto, torcedores adversários, bem crescidinhos, já picharam os banheiros do Allianz, com pincéis atômicos,  e não teve polícia nenhuma que os impediu de entrar no estádio com eles, e nem os impediu de vandalizar as dependências da arena.

E pensar que policiais proíbem criancinhas de fazer uns riscos em verde e branco no rosto, porque não é permitido…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -CaraPintada

Tudo é inflamável e proibido, até mesmo um caderno de alguém que tenha vindo pro jogo direto da faculdade. Mas isqueiros, que são inflamáveis também, e com os quais se poderia colocar fogo em Roma e até nas cadeiras, de plástico, entram aos milhares.

É preciso mais bom senso. O  futebol deveria ser uma festa, mas a PM, ao implicar com coisas sem importância alguma faz com que ele seja exatamente o contrário.

Não permitem (apenas alguns policiais não permitem) que eu entre com uma touca de porco (“Cristaldo”) – com a qual sempre entrei no Pacaembu, sem problema algum -, porque, segundo dois policiais – a policial da revista e o seu superior -, que trabalharam na partida Palmeiras x Cruzeiro, eu posso esconder o rosto com ela (isso não é verdade, não dá para esconder o rosto nem que eu queira, e mostrei isso ao policial). Mas, ao que parece, proíbem só a mim, porque um monte de outras pessoas entram no Allianz Parque com toucas de porco – algumas, iguaizinhas à minha -, toucas sem porco, toucas de todo jeito, e ninguém barra… e é nessa proibição seletiva, nesse constrangimento sem motivo, que se encontra o problema maior.

Basta que vejamos imagens de vários jogos para constatarmos como a implicância com uma touca com um nariz de porco, que não oferece nenhum perigo aos demais torcedores, é apenas isso: implicância. O policial cisma de implicar com um torcedor; é apenas um momento em que ele parece ter necessidade de mostrar que tem poder e autoridade (se precisa tanto mostrar poder e autoridade, é porque não é bem preparado para a função).

Essa touca, de porco, na imagem abaixo, pode entrar no estádio, assim como pode entrar a peruca verde da pessoa que está ao lado da moça…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade

Essa outra também pode (e bastaria puxá-la um pouco para esconder o rosto, algo que a polícia quer tanto evitar)…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade1

Esse chapéu entra no Allianz sem problema algum… assim como o boneco  na mão do torcedor.

Resultado de imagem para Palmeiras x Fluminense Copa do Brasil 2015

Esse chapelão aqui (visto na mesma partida em que eu fui barrada), também entra numa boa…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade2

Assim como entra essa touca… de porco também! Só o “Cristaldo” não pode…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco

Entram até em pares…

Esses são só alguns exemplos. Existem inúmeros outros modelos de chapéus e toucas, de vários tamanhos, que são vistos dentro dos estádios, permitidos pela PM, mas não tenho imagens de todos eles.

Na imagem abaixo está “Cristaldo”, a minha “famigerada” touca, a “arma letal” que eu levo para o estádio e que, segundo a PM, servirá para eu esconder o rosto – caso eu cometa algum delito lá. A parte do “caso eu cometa algum delito” fica subentendida, fica implícita na proibição da polícia, não é mesmo? Por que outro motivo uma pessoa tentaria esconder o rosto da polícia? A touca não chega nem até a minha testa, imagina como eu posso puxá-la e cobrir o rosto com ela (nesse dia, da imagem na TV, “Cristaldo” pôde entrar sem problemas).

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco1

E, pasmem… essa touca da imagem abaixo, de modelo idêntico à minha, porém maior, entra sem constrangimento algum para a sua dona (várias outras, idênticas, também entram). Essa imagem é da partida Palmeiras 3 x 2 Inter.

Touca-porco-rosa

Não tem como não achar que é arbitrariedade pura e simples. Se a minha touca pode esconder o rosto, então, pode-se fazer o mesmo com todas essas outras toucas e chapéus que você viu acima, não é mesmo?

Se muitas outras pessoas entram com toucas idênticas à minha, por que elas podem e eu não? Por que só eu tive que ser constrangida (ser barrada é sim um constrangimento), hostilizada? Por que só eu tive que sair do estádio e ficar tentando encontrar alguém que tivesse um carro por perto para eu guardar a minha touca? Por que só eu teria que jogá-la no lixo, ou então não assistir à partida, porque “com ela eu não iria entrar de jeito nenhum”? Isso é abuso de autoridade, e o pior, sem motivação alguma. Meus direitos de cidadã, e também de torcedora, sendo violados…

Além disso, a falta de coerência na argumentação desses policiais é absurda, porque pode-se esconder o rosto também com os cachecóis do time, por exemplo, ou com as abas dos bonés,  com camisetas, com bandeiras, perucas, e, principalmente, com os capuzes dos moletons (e tudo isso é permitido no estádio)… então, o problema não é a possibilidade de se esconder o rosto, não é mesmo? É o “porco”, ou então é só o exagero na demonstração de autoridade e a vontade de tratar mal uma torcedora. Vontade de constranger, hostilizar, aborrecer, atrasar, e de causar um problema para quem não foi de carro e não tem onde guardar seu objeto “proibido”…  E imagino que não seja pra esse tipo de coisa que a polícia está nos estádios, não é mesmo?

A policial que me revistou, e de maneira grosseira, ríspida, e com um certo deboche diante das minhas argumentações, barrou a minha  touca, afirmou ao seu oficial que a touca era uma máscara.

Máscara, pra mim, é isso que você vê na imagem abaixo, retirada da Revista Palmeiras, edição de Julho.

Touca-porco-Máscara

E essa máscara também pôde entrar no Allianz… e não há nada errado nisso. Não há nada errado em toucas, chapéus, perucas… Não somos criminosos que precisam se esconder da polícia. Errado é entrar com armas, com drogas… errado é achar que todo mundo é bandido e barrar/proibir o torcedor de fazer do futebol uma festa.

Mas eles são inflexíveis (só com alguns torcedores) e pra lá de ríspidos na maneira de falar conosco: “Com isso você não entra e pronto”!! E se você não quiser jogar fora, tem que então voltar pra casa e perder o jogo e o dinheiro gasto com o ingresso. Arbitrariedade pura e simples.

Arbitrariedade aleatória, diga-se de passagem, porque a proibição vai depender de quem estiver trabalhando no dia, de quem revistar você. Arbitrariedade, que já me fez jogar fora até um batom… vê se pode – qual a mulher que não tem um mísero batom na bolsa?  E isso acontece com outras mulheres também que são “sorteadas” ao acaso a jogarem seus batons no lixo. Nego entra com maconha e outras “cositas”mais no estádio e a PM está extremamente preocupada com nossos batons e toucas.

E aí nos lembramos que as mulheres não têm histórico de causar confusão em estádios, nem de brigar, de matar, de serem mortas, de vandalizar patrimônio alheio… Não há nenhuma fugitiva que tenha se escondido com uma touca… Então, porque tanta rigidez e truculência conosco?

A lei diz que TODO MUNDO É INOCENTE ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO, mas, para alguns dos policiais militares do Estado de São Paulo, parece que a lei é diferente, e todo mundo é culpado, é bandido, até que eles decidam o contrário.

Que eu saiba, a polícia existe (pagamos impostos para que ela exista), para servir à população, e não para tratar todo cidadão como se ele fosse um bandido prestes a cometer um crime, apenas para facilitar o trabalho dela.

Muitas outras pessoas reclamam dos maus tratos por parte dos policiais. Recebi várias reclamações de torcedores palmeirenses e selecionei algumas:

José Roberto Shimazaki Me proibiram de entrar com uma faixa porque estava escrito o nome da minha cidade.

Viviane G. Vaccari Me fizeram jogar fora os folders das promoções do Burger King

Fabricio Peres A verdade é que policiais odeiam torcedores, não interessa pra eles se vc é de alguma torcida organizada ou se vc é torcedor comum. Como não sou de SP, fui apenas uma vez ao Allianz Parque e senti na pele essa ignorância desses policiais.

José Roberto Shimazaki No palestra Itália me proibiram de entrar com um cartaz de papelão, alegando que era produto inflamável, mas plástico e faixa (tecido) podia, incoerência total!

Paulo Rogério Almeida Uma vez não me deixaram entrar com um jornal, falaram que era inflamável. Eu disse: “meu corpo também é inflamável, minhas roupas também são, e aí?” Baldeou e disse pra jogar fora.
Isso sem contar um PM que quis que eu pegasse fila (deficiente, por lei federal, não é obrigado a pegar), falou que minha deficiência era na mão e não nas pernas. Esperei o fiscal da federação aparecer, entrei na fila e saí olhando pra esse mesmo policial. Esses caras que ficam enchendo o saco, normalmente são torcedores de outros times do estado. É muita falta de coerência!

Lohany Galeno Lepinski Tânia, passei por você na hora que vi o policial “debatendo” com você (pois pra mim ele só queria realmente te impedir, não ouvi nada coerente enquanto estava por perto). E eu tinha acabado de praticamente ser agredida por uma policial DESPREPARADA que estava nos revistando.
Primeiro, que fila para revista era aquela? Em anos de estádio, clássicos e jogos com mais de 30 mil torcedores, nunca vi tanta mulher naquelas filas. E olha que eram 19 mil pessoas no jogo, nem todas mulheres, e faltavam VINTE E CINCO MINUTOS para o início do jogo. Segundo: Eu estava sem mochila, sem carteira, sem nada (até pq odeio enrolar na revista), apenas com meu agasalho já estendido e aberto na mão para que fosse verificado. E o que acontece? simplesmente ela me socou pra frente e gritou: “SAI!”. O que está acontecendo? Meu ombro ficou muito dolorido, pois não foi um toque pra eu ir andando, somente um soco completamente desnecessário. Que coisa ridícula! Apenas lamentável como somos tratados por quem deveria nos defender! Espero que isso jamais se repita, me senti uma delinquente. Entrei no jogo muito revoltada.

Lamentável…  E ficamos nos perguntando: O que podemos fazer quanto a isso?

Podemos denunciar!! De agora em diante, celular na mão, torcedor palmeirense. Vamos  filmar os abusos que sofrermos, e os que acontecerem com pessoas à nossa volta também. Vamos registrar a truculência, a arbitrariedade, a maneira como somos mal tratados, vamos tirar fotos dentro e fora do estádio, gravar as conversas ríspidas e denunciar. Vamos postar as imagens e os filmes e áudios que fizermos, espalhá-los por aí. Quem sabe alguma “boa alma” resolva tomar providências, não é mesmo?

E, claro, vamos nos queixar à Ouvidoria da Polícia Militar também.

Nosso domingo vai começar com festa! A parmerada vai encher a Turiaçu logo cedo. Tem Palmeiras às 11 da matina! E estar com o Palmeiras é sempre uma alegria imensa.

Quarta de final do Paulistão 2015… A torcida que “está encolhendo” vai lotar o Allianz Parque. 39.525 ingressos foram vendidos para Palmeiras x Botafogo… é mole essa torcida? Que show! O maior público da rodada (Ponte Preta da Capital x Ponte Preta – 32.438 pagantes / SPFW x Red Bull – 18.221 pagantes).

“Time pequeno” é assim mesmo… é o maior vencedor do país, mora no melhor estádio de todos e tem a torcida mais apaixonada e apaixonante do mundo.

E ela, a Que Canta e Vibra, vai entrar em campo para jogar com o Verdão. Verdão, de time completo; Verdão, de Valdivia e Cleiton Xavier (não sei porque ‘Oshvaldo’ vai começar com eles no banco)… Verdão, de Prass, Robinho e Dudu… de Lucas, Gabriel, Rafael Marques e Cristaldo… de Vitor Hugo, Tobio Arouca e Zé Roberto… Verdão, que é meu, é seu, é nosso!

Booora buscar a vitória, Palmeiras! Com velocidade, mas sem afobação, tranquilo e tocando a bola lindamente, do jeito que os nossos jogadores sabem… fazendo o nosso arroz com feijão, com calma, com atenção redobrada e muita raça. Seja quem for o adversário, seja ele grande ou pequeno, não podemos dar mole pra ninguém (Muito cuidado com a arbitragem – a mutreta já deu as caras no primeiro jogo da rodada).

Arma esse time aí, Mago, como só você sabe fazer, e mete os parmeras na cara do gol! Magia neles, Valdivia!!

Carimba a vaga para a semifinal, Palmeiras! Pra ir em busca de mais um título do Paulistão!

E pode contar conosco! O Allianz Parque vai tremer! 20 milhões de corações estarão pulsando amanhã, juntos, espalhados no peito dos 40 mil palestrinos  que estarão no jogo. E a nossa voz será uma só…

ÔÔÔ VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

Jogo às 22h00, numa quarta-feira (quem é o “esperto” que decide isso?), é de matar de desgosto o torcedor  que levanta cedinho no dia seguinte. Futebol não tem, ou não deveria ter, nada a ver com novela. Se a rgt prioriza a novela, que deixe o futebol pra outra emissora, que possa transmitir futebol no horário de futebol.

E ainda tem transmissão na TV, o tempo está mais frio e chuvoso, o ingresso mais barato custa 100 reais (avantis têm um bom desconto)…   tudo isso seria um prato cheio para esvaziar o estádio, não é mesmo? E justo quando o Palmeiras arrecada mais do que os outros grandes paulistas juntos, e que campeonatos inteiros de outros estados.

Mas eu sou capaz de apostar que, mesmo com todos esses motivos para ficar em casa, a torcida que “está encolhendo” vai encher o Allianz Parque – eu estarei lá.

E sabe por que? Porque o torcedor palestrino está sempre para o que der e vier com o Verdão, porque ele sente que estamos vivendo um momento diferente, que as mudanças começaram, e ele está disposto a apoiar/ajudar o Palmeiras nisso – ele sempre está disposto.

Só que esse bom momento entre clube e torcida parece incomodar algumas pessoas, principalmente as da chamada “imprensinha”. Inventam cada pauta tão sem noção… arrumam tanta “pilha” para os torcedores…

Muita gente ainda não entendeu, inclusive a imprensa, que o torcedor do Palmeiras é apaixonado pelo Palmeiras! E ponto final.

E não adianta matéria sobre os caros ingressos no Allianz (de R$100 a R$300), não adianta dizer que é mais barato ver Neymar e Messi (quem disse que queremos vê-los?)… Nós pagamos mesmo, e pagamos porque é o Palmeiras. Simples assim (“se ele jogasse lá no céu, eu morreria só pra lhe ver”).

Não nos interessam os outros times, a seleção, somos torcedores do Palmeiras. Pra ver Neymar e a selenike eu não pagaria nem R$ 1,99 (tanta gente jogou um dinheirão fora para vê-los na Copa do Mundo).  E se os ingressos do Palmeiras são caros, os dos itakeras, para jogos LÁ EM ITAQUERA, custando de R$ 150,00 a R$ 450,00, estão uma “pechincha”, não é mesmo? Sem contar que, quando o torcedor não está nem aí com o time, pode cobrar 20 reais que ele não vai. Taí o SPFW,  que não me deixa mentir, né “Vaidar”? Está sempre jogando só para o mascote assistir.

Mas é semana de clássico, hoje é dia de clássico, vai ter “Choque-Rei no Allianz Parque. Então, aparece a matemática torta dos estagiários da imprensa, que contam um único clássico jogado no Allianz até agora,  para insistir em dizer que o Palmeiras não venceu clássicos em seu estádio – ela não diz que, em campeonatos paulistas, os leonores não vencem o Palmeiras desde 2009, né?

Helooooo, “pipous”! O estádio do Palmeiras existe há décadas, e foi apenas reformado, lembra? Então, sem essa de que o Palmeiras não ganhou clássicos em seu estádio. Não só ganhou clássicos lá, uma tonelada deles, como ganhou muitos títulos também!

Palmeiras x SPFW será apenas o segundo clássico mandado no Allianz Parque – o Palestra Italia de roupa e nome novos -, e o Palmeiras, só precisa jogar sem afobação, fazer o arroz com feijão, com calma, muita atenção e muita raça.

Nosso time tem totais chances de vencer a partida e o tal “primeiro clássico”. Temos bons jogadores, uma torcida maravilhosa,  o estádio mais lindo do planeta, e muita vontade de vencer.

É hoje, parmerada!! Vai voar penas e lantejoulas no Allianz!! 

O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!

Até daqui a pouco, Parmera!! Estamos chegando! 

QUEBRA TUDO, DUDU!!!

Eu até queria falar da vitória do Palmeiras – com time reserva – diante do Bragantino, do gol do Rafael Marques, da jogada do Leandro Pereira e do passe do Zé antes do gol, da alegria da Que Canta e Vibra…

Queria falar que fiquei arrepiada quando o menino Jesus foi chamado pelo Oswaldo, depois de ter sido pedido pelo Allianz Parque inteiro, e mais arrepiada ainda, quando ele entrou em campo pela primeira vez como profissional… queria falar da festa que a torcida fez pra ele… e da jogada de marketing, sensacional, que deu ao nosso menino Jesus o número 33…

Queria falar da bela partida do Victor Ramos, do público de quase 30 mil pessoas, da renda que ultrapassou a casa dos dois milhões… do Allianz Parque, tão lindo… das seis vitórias seguidas, da alegria que toma conta do nosso coração agora…

Mas, infelizmente, não posso. Algumas coisas, que aconteceram antes da partida, e durante a primeira meia hora de jogo, não podem ser esquecidas.

Já faz um tempinho, que parece que andam querendo que ocorram problemas no Allianz Parque; parece que andam querendo arranjar motivos para inviabilizarem jogos na arena mais linda e mais moderna do Brasil… pelo menos, é a impressão que eu tenho.

Você lembra quando jogamos o último derby? Lembra que contei aqui da confusão que a PM causou, e que ela jogou bombas nos torcedores lá na Turiassu, e até dentro do clube do Palmeiras, numa área onde estavam crianças – polícia brigando com torcedores na rua, e jogando bomba na área das piscinas do clube? Lembra que postei imagens das organizadas dos dois times, já dentro do estádio, enquanto havia uma guerra lá fora?

Ficou suspeitíssima a ação da polícia naquela ocasião, não é mesmo? Ainda mais pelos muitos depoimentos de torcedores e transeuntes que falavam do exagero da polícia, da sua truculência… Na ocasião eu até disse que a polícia é despreparada, mas, pensando bem, ela não fez o mesmo com os torcedores durante a Copa do Mundo, fez? Então…

Pois bem, no sábado passado, dia do jogo do Palmeiras contra o Bragantino,  a PM, segundo eu soube, chegou atrasada para o policiamento local, e os portões que deveriam ter sido abertos às 16h00, só depois de aproximadamente 50 minutos é que começaram a permitir a entrada dos torcedores.

Quando cheguei ao Allianz, por volta das 17h00, estava chovendo, e a muvuca se estabelecia. A fila de quem entraria pela Matarazzo começava quase em frente ao Shopping Bourbon, passava em frente aos portões de entrada (por que não entrar dali?), e seguia até a esquina da Pe. A.Thomaz, para depois voltar em direção aos portões. “Lindo” isso, né? E tão “inteligente”… Não sei qual o sentido de se fazer uma fila tão longa, ainda mais num dia em que está chovendo. Organização da polícia: nota 0.

E se fosse só isso… A fila não andava, não se mexia, e a gente lá na chuva, p… da vida. A PM, num exagero de revista, segurava a fila um bocado. Víamos meia dúzia de pessoas entrando no corredor de acesso aos portões, depois de já terem sido revistados, e a fila parada e entupida de torcedores. Pra piorar o que já era ruim, uma tonelada de gente furava a fila – a PM nada fazia – e aí é que a fila não andava mesmo. E a chuva caindo… e os torcedores parados lá na fila, na rua, tomando chuva. Torcedores avanti tendo que comprar capas de chuva para usar em quase uma hora e meia de fila…

Os torcedores reclamavam, e com toda razão. E se já tava tudo um horror, acrescente truculência – dos policiais – e  abuso de poder.

Policial, estúpido, para o torcedor que reclamava,  torcedor que comprou ingresso: “Sabe porque vocês recebem mal (se referindo à má organização)? Porque vocês pagam a gente mal” (Helloooooo, seu políciaaaaa!! Pagamos impostos até não querer mais neste país. Se você recebe mal, vá reclamar com seu chefe. E recebendo mal ou bem, a sua obrigação é fazer o seu trabalho direito, com educação e civilidade).

Policial, estúpido, gritando com o torcedor, que pagou para assistir à uma partida de futebol: “Você, por acaso, entende alguma coisa de organizar uma fila? Não entende, né? Então, fica quieto, que quem entende disso sou eu!” (entende nada, viu seu “puliça”, puta coisa mais mal organizada)

Molhada pra caramba, irritada, eu consegui entrar – quase na hora do jogo começar – muito antes dos meus amigos, que se perderam de mim na “organização” da fila – aquele amontoado de gente podia ser tudo, menos fila. E, durante a partida, as pessoas iam chegando, muito atrasadas, e relatando cada coisa, repetindo diálogos parecidos com os que escrevi mais acima, falando sobre provocação dos policiais, risinhos dos mesmos diante da indignação do  torcedor…

Essas pessoas nos contavam que, quando o jogo começou, os torcedores que estavam na rua ainda, ficaram ainda mais revoltados, com toda razão, e então, a polícia que fez vistas grossas para os que furavam a fila às 17h00, começou a barrar os desesperados que tentavam conseguir furar de todo jeito.  E, segundo os relatos, teve empurrão, teve cassetete sendo usado contra torcedor… aquela “delicadeza” toda e costumeira da polícia. Segundo o relato de vários torcedores, com meia hora de jogo – sim, teve torcedor que entrou depois de 30 minutos de bola rolando -, as pessoas passaram a entrar quase sem revista nenhuma, a polícia até os apressava… veja só.

E aí, a gente se pergunta: será que no show do Paul McCartney, com um público muito maior, a PM fez as pessoas perderem meia hora de show? Gritaram com as pessoas, empurraram, usaram cassetetes contra elas? Será que fizeram isso com os torcedores na Copa do Mundo? Não, né? Então, por que fazem isso nos jogos do Palmeiras, com os torcedores do Palmeiras? Não fizeram isso nem com os itakeras que quebraram as cadeiras do Allianz e picharam as portas dos banheiros – e tinha polícia com eles na área destinada aos visitantes.

Vale lembrar que, na estreia do Allianz Parque, com todos os ingressos vendidos, não foi preciso nem fazer fila na rua para entrarmos. E não houve nenhuma confusão, nenhuma dificuldade de acesso.

Depois que o campeonato começou, a “organização” da PM começou a fazer os problemas surgirem. O fato é que a polícia anda tratando o torcedor como bandido – só que ninguém é bandido até que se prove o contrário.

Tá ficando bem esquisita essa história… com cara de coisa orquestrada – é tão fácil torcedores se revoltarem por não terem seus direitos de cidadãos respeitados, por serem empurrados, por serem tratados com brutalidade e falta de educação, é tão fácil começar um tumulto, é tão fácil inviabilizarem o Allianz por causa disso (seria esse o grande motivo?). E a quem será que isso interessaria (ô pergunta ‘difícil’)? Para qual deus será que andam “acendendo velas”?

Por enquanto, só podemos “achar que”, só podemos desconfiar… E você, leitor do blog, sabe que eu sou adepta de provar o que falo. E como provar o que falamos agora? É muito fácil. Todos nós, ou quase todos nós, temos celulares que podem tirar fotos, podem filmar, não é mesmo? Pois então, mão à obra!

Vamos fotografar e filmar essas ações, esses desmandos, as ofensas, as agressões ou quase agressões, os abusos de autoridade dos quais os palmeirenses forem vítimas. Viu algum torcedor passando por isso? Filma! Fotografa!

O Blog da Clorofila estará à disposição dos torcedores palmeirenses para divulgar essas imagens. E elas serão divulgadas também em todos os sites e blogs da Mídia Palestrina.

E se, por acaso, as nossas suspeitas, de que estão querendo arranjar um jeito de inviabilizarem jogos no Allianz, se confirmarem, precisaremos nos defender e defender a nossa casa.

Estamos combinados? De hoje em diante, celulares e câmeras a postos, parmerada!!

ÔÔÔ VAMOS FILMAR E FOTOGRAFAR, PORCOOOO!!