I was born to love you with every single beat of my heart” – Freddie Mercury

Houve um tempo, em que chamávamos de “modinhas” os torcedores adversários (na nossa torcida eles não existiam) que só apareciam quando seus times ganhavam títulos, só se mostravam torcedores apaixonados quando tinham do que se gabar…

E não é que, agora, com a Geração PS4, com os millenials (frágeis, que não sabem lidar com nenhum tipo de frustração, e que sempre têm que culpar, massacrar alguém quando a sua satisfação não atinge os níveis que a sua alta régua de expectativas impõe) temos os “modinhas” em nossa torcida também?

Fracos que são para lidar com o inesperado, com o improvável, com a dualidade êxito/fracasso, eles estão sempre profetizando o apocalipse, abdicando cada vez mais da capacidade de raciocinar e de dar amor e apoio incondicionais ao time. Que triste…

E com as mídias sociais, acompanhar os jogos do time de coração, que antes (no começo do Twitter, por exemplo) era um prazer, uma diversão, passou a ser insalubre. A busca incessante por aprovação e likes, foi fazendo com que muitos torcedores passassem a ser (a acreditar que são) apenas “analistas de futebol”. E são muitos os que precisam demonstrar, durante o jogo inteiro, e mesmo com o time ganhando, que estão vendo erros, falhas que outros não estão vendo, são muitos os que só sabem criticar e criticar (sem contar a perseguição a jogadores unicamente por ideologia política. E essa é uma das coisas mais canalhas que um torcedor pode fazer ao próprio time)…

E, como se fossem experts na arte da bola rolando, ficam enfurecidos porque o jogador chutou assim, mas tinha que ter chutado assado… porque ele olhou pro lugar errado na hora de chutar, porque o jogador não quis passar pro Fulano, pro Cicrano… porque o goleiro caiu errado… porque o técnico não escalou/substituiu como eles acham que deveria ter escalado/substituído… porque um gol foi perdido (como se os demais clubes fizessem gols a cada vez que têm uma oportunidade)…

E aí – a parte mais disgusting da coisa -, vale fazer a piada mais jocosa sobre o próprio time(!?!), vale denegrir  o jogador X, o Y, o técnico, o clube (cada um tem o cristo preferido para crucificar)… vale adivinhar (e a partir disso, jurar que é verdade absoluta) que o jogador está mascarado, que é mimadinho, que ele pensa assim, pensa assado, que ele quer fritar o técnico, que não se dá bem com os companheiros… 

E é um tal de “Ainnn, venceu mas não mereceu”… Ainnn, nem comemoro um título conquistado assim, nos pênaltis (igualzinho conquistamos a maravilhosa e inesquecível Libertadores 99)… Ainn, vai perder o jogo na quarta… Vai perder o jogo no começo do ano… Ainnn, nem vou assistir pra não passar raiva… A régua da excelência, exigida para os outros, cada vez mais alta, menos para eles mesmos. 

É tudo líquido, sem duração alguma, até mesmo o amor e respeito ao clube… Torcedores virando algozes do próprio time…

Furos, furados, de contratações, de desfalques… memes são criados depreciando time e jogadores… O que importa mesmo, até mais que o respeito ao clube de coração (de coração!?), são os likes, as interações que isso possa gerar… a fama (que não vale pra nada) conseguida nas redes…

Palmeiras, e só ele – todos os outros já foram eliminados em alguma das competições -, disputando três campeonatos…

Palmeiras, fazendo 27 jogos nos últimos noventa dias – em apenas dois meses sob o comando de Abel Ferreira, e com um aproveitamento de 70,8% (10V, 4E, 2D). 16 jogos… em 52 dias (1 jogo a cada três dias).

Pra você ter uma ideia, nos últimos 90 dias, os quatro semifinalistas da Libertadores 2020, tiveram a seguinte agenda: Boca Juniors – 15J / River Plate – 15J / Santos – 23J / Palmeiras – 27J. O Palmeiras fez quase o mesmo número de jogos que os dois times argentinos juntos.

E, nesses quase dois meses, desde a chegada de Abel Ferreira ao Palmeiras – sua estreia foi no início de Novembro – além da maratona de jogos, da falta de tempo para treinar, além dos muitos problemas de lesões, de jogadores convocados para as seleções de seus países e do elenco curto, o Palmeiras ainda teve um surto de Covid-19 (20 jogadores testaram positivo) e precisou fazer malabarismos mil, precisou usar a garotada da Base, para colocar o time em campo, E SEM PEDIR O ADIAMENTO DE UM JOGO SEQUER… E, claro, que isso também atrapalha o rendimento dos jogadores/do time (e não só no Palmeiras)…

E, mesmo assim (mesmo com vários prejuízos no apito também), o time está aí, na briga pelos títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, na sexta posição do Brasileirão (com um jogo a menos que INT, ATL, SAO)…

P….!! Isso é motivo de orgulho! É para batermos no peito e dizermos: Aqui é Palmeiras! E, ainda que a situação fosse outra, jamais poderíamos deixar de dar nosso apoio e nosso amor ao Palmeiras, de acreditar no nosso time. Que torcedores seremos nós se nos acovardarmos e dermos o nosso time como derrotado antes do jogo acontecer?

Nenhuma equipe tem a garantia da vitória, da conquista antecipada de um título, antes de a matemática assim determinar, ou antes de uma final de campeonato ser jogada. Vimos, ano passado, na final da Libertadores, um time jogar muito mais do que o outro e, em duas vaciladas, duas falhas no final da partida, tomar dois gols, perder o jogo e o título. Não há certezas absolutas no futebol. E é isso que o faz tão apaixonante.

Na verdade, existem algumas certezas (e não queiram mudar isso, por favor)… o torcedor morre pelo seu time, dorme e acorda pensando nele, ainda mais quando uma partida importante está próxima, faz qualquer coisa para ele, por ele… vibra muito, reza muito, ri, chora, come unha, usa a camisa/meia da sorte, reza mais ainda, sente emoções indescritíveis, e nunca para de cantar (se der certo, ótimo; se não der, aí a gente vê o que faz com a tristeza). O torcedor está sempre fechado com o seu time. O torcedor abraça o seu time em qualquer situação, como se time e torcida fossem um só. Ainda mais agora que nem podemos ir ao estádio.

E é assim que temos que estar com o Palmeiras agora… unidos.  E é assim que eu vou estar nos próximos jogos… e sempre! De longe (por enquanto), mas pertinho de coração… e fechadíssima com o Palmeiras… para o que der e vier!

Booooora, parmerada! O Palmeiras precisa de nós! VAMOS ABRAÇAR O VERDÃO E JOGAR AS SEMIFINAIS COM ELE!! Essas batalhas são nossas também!

“Eu tô fechada com o Verdão e agora não tem mais conversa…” 🎶🎵

No Brasil inverteram todos os valores… E a imprensa ajuda nisso como pode. E claro que no futebol não seria diferente, muito pelo contrário. É assombroso perceber os caminhos tortos que jornalistas e programas esportivos  fazem, as voltas que dão para fazerem o errado parecer certo,  para apontar em um o defeito, a picaretagem de outro… para buscar o favorecimento, ainda que de maneira ilícita, para os seus clubezinhos de coração (se não forem de coração, tem mais gato do que parece nessa tuba).

Domingo tem Palmeiras e Flamengo, e o “de igual para igual” (Firmino riu disso) –  que não se preocupou nem com a vida dos seus garotos da Base – que jura seguir o melhor protocolo de prevenção do Covid do país, tem vários jogadores infectados (será que não seguiu corretamente os protocolos?), e quer porque quer adiar o jogo.

E imagina se a imprensa já não trabalha a seu favor? Para a Flapress, ele é a vítima e o Palmeiras, que se cuida direitinho, é o vilão. É muita desonestidade para um país só. Nem Galvão Bueno, fanático torcedor do clube carioca, escapou de jogar a isenção na lata do lixo ao chamar o Palmeiras de egoísta…

Um monte de gente quer que o jogo seja adiado… Um monte de gente que não ligou a mínima quando outros clubes tiveram que jogar desfalcados por terem jogadores infectados… Um monte de gente que não abriu a boca, tampouco teclou uma linha para pedir a anulação do jogo do Athletico, que tinha infectados, nem do jogo do CSA, do Goiás, com 15 desfalques pelo mesmo motivo… Um monte de gente que concordou que o Lava Jato jogasse o derby sem fazer testes de Covid nos seus jogadores  – a FPF, através do seu diretor médico e, “coincidentemente” torcedor lava jato, autorizou (só pra eles) o jogo sem os testes, o Sindicato dos Atletas também achou correto…  E agora está todo mundo empenhado em adiar a partida. A que ‘deu$’ servem essas pessoas? Ao deus futebol não é, tampouco ao deus saúde…

E por que a coisa tem que ser diferente só pra um, não é mesmo?

Se observarmos que foi o clube carioca quem voltou a treinar antes dos demais clubes, e sem autorização da prefeitura, que foi ele que fez de tudo para o futebol carioca voltar a ser disputado antes dos demais campeonatos; que ele fez/faz campanha para a volta do público aos estádios; que se gaba de ter protocolo melhor do que o da CBF (aham); que ele não estava nem aí com as infecções do Atlético Goianiense e quis jogo mesmo assim… se observarmos que agora ele quer adiar a partida contra o Palmeiras, no domingo (27/09), quer adiar a partida contra o Athletico no domingo seguinte (04/10), mas, entre essas duas datas, na quarta-feira (30/09) ele vai jogar normalmente pela Libertadores, vamos perceber que a coisa não se encaixa… 

 

Jogou na quarta no Equador (será que jogadores infectados foram mandados a campo no jogo contra o Barcelona com o conhecimento do clube?), não pode jogar contra Palmeiras no domingo, mas pode jogar na quarta seguinte pela Libertadores, e depois não pode jogar, de novo, no domingo…  Pede adiamento das partidas do Brasileiro e pede pra inscrever mais atletas para jogar a Libertadores… Hmmmm… Já não basta o rubro-negro ter  Covid Tele-Sena – de hora em hora tem um novo ‘contemplado’ -, e o vírus aparece e desaparece de acordo com o dia da semana? Some nas quartas-feiras e reaparece aos domingos? Que coisa, não? Ao que tudo indica, o clube está contando com o trabalho da Flapress, com a benevolência da CBF e com o “serviço” do STJD, seu vassalo tribunal.

E a coisa é tão escrota, tão sem noção, que o vice-presidente dos esperteeenhos, ‘desmemoriado’ como ele só,  ainda tem a cara de pau de dizer que é o Palmeiras que quer levar vantagem… 

23h59: “Futebol com portões fechados e com os termos do protocolo jogo seguro representa uma atividade de baixíssimo impacto e risco de contaminação…

00h00: Ainnn, o Palmeiras quer levar vantagem…

É “picareta que fala”?

E nem o presidente deles escapa…  O clube tããão “preocupado com saúde”, esqueceu a preocupação na volta ao Brasil depois do jogo da Libertadores, e o time foi visto sem máscaras e aglomerado no avião… Ficou esquisito pra caramba isso, e o presidente do clube explicou que, na hora da foto, ele também tira a máscara, prende a respiração… 

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Mas nem sempre eles “prendem a respiração” na hora da foto, né? (E era tão “verdade” a coisa que o clube já demitiu a pessoa que fez a foto do time sem máscara). 

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  A coisa é pra fazer até o Pinóquio ficar com vergonha…

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Está na cara que tem coisa aí, né? Será que estão com medo de enfrentar o Palmeiras? Será que querem descansar pra Libertadores porque, se bobearem, podem ficar de fora da competição? Essa mentirada toda, com esse mandrakíssimo “Covid-TeleSena” que faz com o clube tenha time para jogar Libertadores nas quartas-feiras mas não tenha time para jogar o campeonato brasileiro aos domingos,  esconde alguma coisa.  

No entanto, acho que nem a CBF e o STJD, que gostam tanto da “cor das trancinhas”, vão ter toda essa cara de pau pra adiar a partida uma vez que já negaram isso a outros clubes. Seria muita sujeira.

Mas vamos ficar de olho…                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

 

 

Esse texto foi originalmente escrito em 2013, e repaginado em 2020.

“Não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nascemos para ser campeões” – Mario Minervino

20 de Setembro de 2020… 78 anos de um momento histórico… a Arrancada Heroica.

78 anos distante daquele Setembro, quando o nome Palestra Italia teve que deixar de existir para que seu estádio não fosse tomado, não fosse apropriado pelo São Paulo  – eles, que não tinham estádio, com a desculpa da guerra, dos italianos “inimigos” do Brasil, e com a ajuda da imprensa, que fez de tudo para pintar o Palmeiras como inimigo da pátria (você conhece bem a versão moderna desse tipo de jornalismo) queriam nos tomar o Palestra. É mole?

78 anos que se seguiram àquela semana em que Oberdan me seus companheiros, concentrados em uma chácara à espera do grande jogo de de 20 de Setembro de 1942, choraram ao serem informados que o nome Palestra Italia não mais existia… imagino a dor que calou no peito dos palmeirenses todos da época  (a vi estampada nos olhos de Oberdan, mais de 40 anos depois, quando ele me falou a respeito) e, de alguma maneira, posso senti-la hoje.

78 anos daquela promessa de vingança, feita por Oberdan e seus companheiros, do juramento de vencer o grande perseguidor do Palestra, na final  do campeonato que se daria na semana seguinte (faltavam dois jogos, mas, pela campanha feita, se o Palmeiras vencesse o São Paulo,  já seria campeão antes mesmo de enfrentar o Corinthians na última rodada)… e eles juraram honrar o Palestra, que morria, e a Sociedade Esportiva Palmeiras, que acabava de nascer…

Aqueles homens todos, que lutaram pela honra do Palestra, que salvaram nosso estádio de ser tomado pelo São Paulo; os que cercaram o Palestra com barris de gasolina para defendê-lo (imagine a cena, imagine o tamanho do amor): os que temeram, os que perderam o sono, os que choraram, que se revoltaram e jamais pensaram em desistir, em se entregar (isso ficou marcado em nosso DNA); os que entraram em campo pelo Palmeiras, pela primeira vez, carregando a bandeira do Brasil, e que foram aplaudidos, durante minutos, pelos mesmos que o esperavam para hostilizá-lo; os que amavam o Palestra e passariam a amar o Palmeiras… todos aqueles palmeirenses de então, não podiam imaginar que, passados 78 anos, o dia 20 de Setembro fosse, oficialmente, o Dia do Palmeiras (Lei nº 14.060 do calendário Oficial do Município de São Paulo)…

Não podiam imaginar que aquela família se tornaria nação e tivesse tantos filhos espalhados por todo o país e pelo mundo… E que esses filhos sentissem tanto orgulho do que eles fizeram, da sua luta… que os lembrassem com alegria e respeito, que lhes fossem tão gratos… que esses filhos comemorassem tanto o dia em que o Palmeiras nasceu campeão, quando o nosso patrimônio foi salvo, quando Oberdan e Cia, liderados pelo Capitão Adalberto, conquistaram o respeito de todos, quando fizeram o São Paulo fugir de campo (sim, eles correram), com medo de apanhar de mais do que 3 x 0… quando o Brasil conheceu a imponência de um gigante, e a honra e a força de sua gente.

O tempo passou, amigo, e nós estamos aqui, hoje, fazendo jus à nossa herança de um Palmeiras digno, honrado, imponente e gigante, com uma “tonelada” de títulos, legítimos, conquistados apenas com o seu suor e esforço dentro de campo… que encara os seus inimigos – e eles são tantos agora – de frente e não se vale de trambiques e armações, que prefere não fazer parte da “Tchurma”… estamos aqui para fazer jus à nossa essência de defender o Palmeiras com a mesma bravura e o mesmo amor dos nossos antepassados.

A história se repetiu, e foi com muita luta (imagina se seria diferente) que o Palmeiras, e todos nós, mais de 70 anos depois, defendemos o direito de transformar a nossa casa no Allianz Parque, a versão moderna e maravilhosa do antigo Palestra Italia, o estádio mais bonito e moderno do país, que não tem um único centímetro de concreto sequer que tenha sido comprado com dinheiro público. Tentaram nos atrapalhar, nos impedir, de todas as maneiras… mas nós vencemos, mais uma vez, e o Allianz Parque virou realidade, virou a nova casa dos palmeirenses… e, como não poderia deixar de ser, novos títulos, legítimos, limpinhos, foram conquistados… a Copa do Brasil 2015, os Brasileiros de 2016 e 2018, o Campeonato Paulista de 2020…

Assim é o Palmeiras! Assim somos nós, palmeirenses, palestrinos… está em nossa essência lutar e honrar nosso clube, a nossa casa, a nossa família; fazer as coisas da maneira certa e amar o Palmeiras acima de tudo… reverenciar a nossa história e os que a escreveram até aqui, deixando o caminho limpo para os que vierem depois de nós.

E é a nossa história, linda, com capítulos emocionantes, que nos faz permanecer altivos, nos faz levantar ainda mais a cabeça, olhar o céu e enxergar o sol, até mesmo quando os tempos ficam difíceis e as nuvens escuras teimam em aparecer… é a nossa história – e ter história é para poucos e bons – que nos faz cantar ainda mais alto, bater no peito e dizer: “Aqui é Palmeiras, p#rra!

Eu tenho muito orgulho da história desse gigante! Orgulho imenso de ter o sangue esmeralda correndo em minhas veias, de tê-lo herdado do meu pai…

Não sou eterna, mas o meu amor pelo Palmeiras é!

AUGURI, PALESTRA/PALMEIRAS!

 

Atualmente, as mídias sociais acabam servindo, de maneira mais rápida que os blogs, para que a gente diga o quer quer dizer, reclame do que quer reclamar. Por conta disso, é que pouco tenho escrito aqui. No entanto, existem momentos , em que o textão  fica melhor no blog.

O Palmeiras foi campeão Paulista, em cima do rival, foi delicioso, nos alegramos e comemoramos bastante, zoamos a gambazada até não querer mais e, então, viramos a página, porque o campeonato brasileiro teve início… 

Enquanto parte da nossa torcida – aquela parte que só tem olhos para a “grama do vizinho” e, mesmo assim, a enxerga muito mais verde do que ela realmente é – reclama do futebol do time, dos jogadores, do técnico -, e só consegue enxergar isso (tá na moda agora, entre os mais “ingênuos”, digamos assim, torcer contra o próprio time para que caia o técnico, ou saiam determinados jogadores), algumas outras coisas, já tão conhecidas nossas, continuam acontecendo…

O Palmeiras, que vem jogando melhor do que vinha jogando nas primeiras partidas, tem se mostrado mais ofensivo, tem contado com Lucas Lima jogando mais, Zé Rafael também tem melhorado… E o Verdão é o único time invicto da competição, é o  6º colocado, com os mesmos 17 pontos que Fla e Vas (5º e 4º), com 1 ponto a menos que Sao e Atl-MG (3º e 2º) e 3 pontos a menos que o Int (líder do campeonato)… no entanto, o Palmeiras tem 1 jogo a menos que Int, Sao e Fla.  Tem muito campeonato pela frente ainda, e o Palmeiras está na briga sim. 

Mas, pra variar, vem sendo prejudicado pelas arbitragens. E, em tempos de VAR, que tem à sua disposição imagens dos lances, de vários ângulos, para validar ou não gols, para confirmar ou não cartões vermelhos… pra ajudar o árbitro de campo a não cometer erros graves, não deveria mais estar acontecendo de arbitragens estarem interferindo tanto nos resultados dos jogos, não é mesmo? Estranhão isso…  

Já tínhamos visto no Paulista, nas semis, nas finais (e não só nessas ocasiões), como o VAR atua de maneira seletiva… E no Brasileiro a coisa vai de mal a pior, e com nuances bem estranhas… que ficam cada vez mais evidentes para os que acompanham o “esporte bretão”… “erros” de arbitragem, VAR que atua de maneira seletiva em lances iguais, narradores e comentaristas que omitem comentários, ou já dão um veredito, de cara (dependendo do time), legitimando os “erros”, imagens de lances capitais são escondidas, não são claramente mostradas para o telespectador…

  • Contra o Goiás, tomamos gol em falta inexistente…
  • Contra o Fluminense, um gol de Veiga foi anulado sem que houvesse um motivo pra isso…
  • Contra o Inter, deram um pênalti contra o Palmeiras, num toque involuntário de Luan.  Aí, no jogo seguinte…
  • Contra o Bragantino, não deram um pênalti para o Palmeiras (nem mesmo o VAR), em toque do jogador adversário (no jogo Bra x Sao, foi marcado um pênalti a favor do Bra em lance idêntico)

E, no domingo, o Palmeiras recebeu o Sport no Allianz… 

O Palmeiras, assim como nos dois jogos anteriores, apresentou evolução. Mesmo sem Luiz Adriano, Patrick de Paula, Gustavo Gómez, que foram poupados, sem o Pitbull (estava no banco), Marcos Rocha (também no banco e entrou depois), o time teve mais posse de bola ofensiva, criando várias oportunidades de gol (desperdiçamos umas boas chances de marcar). Parece que Luxa vai acertando o meio de campo e recuperando o futebol de Lucas Lima, fazendo Zé Rafael render mais… 

Já no início, tivemos chances com Mayke, Willian e Lucas Lima, mas, aos 10′, quando o jogo estava 0 x 0, o árbitro Diego Pombo Lopez – que havia deixado o futebol durante um bom tempo para participar de um reality show (devia ter continuado por lá) – marcou um pênalti para o Sport.  Me pareceu que Wesley empurrou mesmo o jogador adversário, mas na falta de imagens aproximadas – e por que não mostraram o lance de perto? – não tive muita certeza.

O Sport cobrou e abriu o placar. Weverton quase pegou… Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras virou o jogo.  E com dois golaços.  O primeiro, com William, que, veloz, e de surpresa, interceptou uma bola atrasada para o goleiro, tirou ele da jogada, e, praticamente sem ângulo, quase da linha de fundo, mandou ela pra rede. Uma lindeza! O segundo, da virada, foi de Zé Rafael. Palmeiras no ataque, e o Zé Rafael recebeu fora da área e guardou um pombo sem asa. Foi um escândalo de lindo o gol do Zé. 

 

Na segunda etapa, o Palmeiras estava bem; perdia muitas chances de ampliar, é verdade, mas tinha o controle do jogo.

Zé Rafael fez uma falta mais dura e levou um amarelo… ok. A moça da TV, a comentarista, disse na transmissão que o Zé deveria ter levado vermelho (o lance era pra amarelo mesmo, não era uma chance clara de gol, tampouco ele estava sozinho ali)… Mas não é que um tempinho depois, como se tivesse ouvido a comentarista dizendo o que ele deveria ter feito, como se tivesse recebido um “Pombo-correio” (?), o árbitro inventou uma situação para expulsar o Zé Rafael? 

Numa disputa de bola normal o adversário simulou ter sido agredido… e o Pombo, o árbitro, não só achou que era falta, como era falta pra cartão amarelo, o segundo de Zé Rafael, que foi expulso. O Palmeiras sentiu a expulsão, acabou vacilando numa jogada de ataque do Sport e tomou o empate. 

Mas veja só a falta  que o “seo” Pombo assinalou, e com amarelo…

……….

E veja, na imagem abaixo, onde estava o árbitro no momento da falta… e mesmo assim, estando atrás da jogada,  ele teve “convicção” de que o jogador do Palmeiras merecia o segundo cartão e, consequentemente, a expulsão. Do nada, ele achou um jeito de expulsar o jogador do Palmeiras, como a comentarista de arbitragem achava que deveria ter acontecido. 

Na súmula, ele escreveria depois: 
2º Cartão Amarelo: Expulsei o atleta nº 8, do Palmeiras, senhor José Rafael Vivian, por golpear seu adversário de forma temerária, atingindo com o braço no peito do mesmo durante a disputa de bola.

……….

Eu sei que num lance de amarelo o VAR não pode atuar, mesmo que o árbitro esteja cometendo um erro.  No entanto, mais à frente, depois de uns minutos, tivemos oportunidade de observar que o rigoroso “critério” do árbitro seria esquecido num outro lance, bem mais importante, e onde o VAR deveria ter interferido… e não interferiu.

Para expulsar o Zé Rafael, a mão no peito virou infração, virou “golpe de forma temerária” e motivo para um segundo cartão; para marcar um pênalti a favor do Palmeiras, uma mão na cara  virou “segue o jogo”(a favor do Palmeiras não pode marcar?)… a TV não deu replay no lance, a comentarista ficou quietinha e não fez qualquer comentário dessa vez… 

Willian, dentro da área, foi impedido de chegar na bola, levou um braço na cara, o jogador adversário nem na bola foi, só se preocupou em parar William; o árbitro, o mesmo que, de bem longe, viu uma falta pra cartão, que Zé Rafael não cometeu,  estava lá pertinho do lance ocorrido com Willian… e não viu nada errado? Não marcou nada? Não achou que na disputa Willian levou um golpe temerário? 

Me engana que eu gosto, CBF!!   Como acreditarmos que aquele segundo cartão amarelo para Zé Rafael foi só um erro, não é mesmo? O árbitro viu falta pra cartão, viu golpe temerário no lance de mão no peito, e  no lance de mão na cara, onde o jogador esqueceu da bola pra parar  ele não viu nada? O VAR também não viu? Tampouco a comentarista da TV? 

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Se a arbitragem comete “erros” como esses, como os muitos outros que temos observado, e, ao mesmo tempo, a narração omite informações para legitimar esses erros/dá vereditos antecipados às decisões de campo dependendo da conveniência; se imagens, que muitas vezes contradizem as marcações, são escondidas,  podemos imaginar que as partes trabalham em conjunto? Que se comunicam? Que o VAR ouve o áudio da TV? 

E se esse “trabalho em conjunto” existe, se as partes (TV, VAR, árbitro de campo, e sabe-se lá mais quem) se comunicam, se atuam ou se omitem de acordo com a conveniência, se há influência, até da TV, nos “erros” que beneficiam/prejudicam clubes, que mudam resultados de partidas, que ajeitam a tabela de classificação, então, podemos pensar que há um esquema, nada limpo, em ação?

Que VARzea, hein, CBF? 

E imagina agora, que o Palmeiras briga pela lei do mandante, desagradando a “dona do futebol”, como vai ser a coisa?

Vamos ficar de olho!

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      00                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

 

https://www.youtube.com/watch?v-rwqk_lx2eJo&feature=share

https://www.youtube.com/watch?v-rwqk_lx2eJo&feature=share

E lá se vão 106 anos desde o dia em que, no Salão Alhambra, Luigi Cervo  declarou: Está fundado o Palestra Italia!

Sim, não podemos evitar que nossos corações olhem para trás na data de hoje… Não podemos deixar de lembrarmos com carinho de Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vincenzo Ragognetti, e Ezequiel Simone, aqueles jovens da colônia italiana que iniciaram a dinastia Palestra Itália, que iniciaram a nossa “Família”.

Eles queriam que o Palestra Italia fosse grande, o fundaram para que ele disputasse os títulos em pé de igualdade com os outros clubes. Não queriam que o Palestra fosse apenas mais um.  Mas quem poderia imaginar  – será que eles imaginavam? – o tamanhão que o Palestra viria a ter? Será que imaginaram que milhões de corações, de todas as nacionalidades, etnias, credos, do Brasil inteiro e de vários lugares do mundo, fossem amar tanto, mas tanto, o clube, 106 anos depois?

Será que eles imaginaram a história, linda, honrada, de muita luta e perseguição também, que o Palestra (e sua gente) iria escrever? Será que sonharam que ele se tornaria o gigante que é hoje? Que seria o Maior Campeão do Brasil? Será que imaginaram que ser Palestra – depois Palmeiras (certamente eles não imaginavam que o clube seria perseguido a ponto de precisar mudar de nome), seria estar de posse do maior amor do mundo? Who knows…

É maravilhosa a história que o Palmeiras escreveu, que a sua gente o ajudou a escrever…  E todos, sejam palmeirenses ou não, tendo ficado felizes da vida com as suas conquistas, ou não, conhecem cada capítulo dela…

Todo mundo conhece a história daquela gente de sangue esmeralda que, por amor ao Palestra, para defendê-lo do ódio e da inveja, para evitar que seu estádio lhe fosse tomado, tirou de cena o Palestra, líder do campeonato, e fez surgir o Palmeiras Campeão.

É história, é imutável a conquista do Primeiro Torneio Mundial de Clubes de 1951 – a Copa Rio -,  que ajudou a balsamizar as feridas dos corações de todo um país e levou mais de um milhão de pessoas às ruas para comemorar e prestigiar o campeão…  É fato, está guardado na história o título de “Campeoníssimo”, quando o Palestra conquistou as “5 coroas” …  a conquista do Troféu Ramon de Carranza, que fez o nome Palmeiras brilhar em solo europeu… os dez títulos brasileiros, legítimos, limpos, sem mácula – nenhum outro clube conquistou tantos -, as 3 Copas do Brasil, a Copa dos Campeões, que fazem do Palmeiras o Maior Campeão do Brasil… Os 23 títulos Paulistas, mais os dois dos torneios extras que foram criados… Os 102 gols marcados num único campeonato Paulista, em 96; os 8 x 0  no rival (que até hoje não conseguiu devolver)… A conquista da América em 1999… as partidas inesquecíveis, as viradas de placar, enlouquecedoras e inimagináveis… as emoções de tirar o fôlego, de nos deixar de joelhos, agradecidos… o título de Campeão do Século, que o Palmeiras ostenta por ter sido o clube brasileiro que mais títulos ganhou no século que passou…

Está na história do Palestra/Palmeiras a melhor escola de goleiros do Brasil e, quem sabe, do mundo… Oberdan Cattani, Valdir Joaquim de Moraes, Emerson Leão,  Marcos, que virou São Marcos… Lá estão também os nomes de tantos heróis… Ademir – o Divino,  Dudu, Bianco, Heitor,  Julinho Botelho, Evair, Leivinha, Valdemar Fiume, Edu Bala, Cleber, César Maluco, Edmundo, Mazinho, Luís Pereira, Alex, Junqueira, Rivaldo, Valdivia, Nei, Jair da Rosa Pinto,  Liminha, Djalma Santos,  César Sampaio, Cafu, Antonio Carlos…

E a história se renova, sempre… no novo século, em novos anos, meses, dias… em novos craques, que vão deixando seus nomes gravados na história de novas conquistas…  Valdivia, Gabriel Jesus, Mina, Zé Roberto, Fernando Prass, Duduzinho, Weverton, Felipe Melo, Patrick de Paula… 

Mas o que nenhum livro de história pode retratar, exatamente do jeito que é,  o que  não têm como fotografar, desenhar, é o tamanho do amor que a gente sente por você, Palmeiras… pelo simples fato de você existir. 

Ninguém, além de nós, palmeirenses, pode ter a noção real do orgulho que experimentamos ao vestir a camisa que leva o teu distintivo no lado esquerdo do nosso peito. 

Só quem é palestrino sabe a intensidade do que sentimos, não só com as suas maravilhosas conquistas, com seus gols e vitórias… o que sentimos todos os dias, o sentimento vibrante – que não se explica, não se mede, não se compra -, que nos move, nos impulsiona, que faz a nossa vida muito melhor… apenas porque somos Palmeiras. 

Nenhum livro jamais poderá explicar às pessoas porque é que, aconteça o que acontecer, ganhe ou perca títulos, você, Palmeiras, nos faz sentir mais vivos. Porque é tão delicioso estar em qualquer lugar, com os amigos que este amor nos deu, nas horas que antecedem o nosso encontro com você… porque é maravilhoso estar no Allianz Parque, a nossa casa… porque, mesmo em tempos do vírus chinês, em que somos obrigados a ficar longe dos estádios, a nossa maior alegria é estar diante da TV para te ver. E não, de jeito algum, trocamos essa oportunidade por nada, nem mesmo por uma final de Champions… 

São 106 anos, Verdão! Mais de um século de amor… Amor que, desde 1914, já morava no peito de nossos antepassados, de nossos pais, avós e bisavós, já estava impregnado no sangue que viria a correr em nossas veias… Hoje, você é o nosso Palmeiras, o Palmeiras brasileiríssimo, com sotaque italiano…

E hoje é dia de festa! Hoje,  essa gente que respira em verde e branco vai às ruas com o seu melhor sorriso, vestindo a camisa mais linda de todas, para contar ao mundo o que os livros não são capazes de contar, para dizer ao mundo que o nosso amor é o maior de todos, que o Palmeiras tem a torcida mais apaixonada e vibrante deste mundo… 

E que sim, você nos deu e nos dá muito mais do que nós damos a você… 

Que você seja eterno, Palmeiras!  Que a sua Sala de Troféus seja cada vez maior e “povoada”…

Que o Allianz Parque esteja sempre cheio parmeras, felizes, cantando…

Que teus feitos continuem a ser legítimos, que as suas conquistas continuem a ser honradas…

Que os parmeras que vierem depois de nós, te amem tanto quanto nós te amamos hoje, que eles se orgulhem de ti e te respeitem como nos orgulhamos e te respeitamos nós.

PARABÉNS, PALMEIRAS, AMOR DA NOSSA VIDA!! A tua gente te abraça.

Com drama, Palmeiras cura trauma contra o Corinthians e é campeão ...

Morri, mas passo bem… e estou feliz pra ‘baralho’.

 

Demorei uns dias para escrever, e acabei não publicando depois, mas jamais deixaria de registrar aqui o que aconteceu há duas semanas, num certo e lindo sábado, que foi pra lá de especial…

Palmeiras Campeão Paulista pela 23ª vez! Que maravilha!  E em cima do freguês (11 dérbis decisivos, 8  títulos para o Verdão e 3 para o Lava Jato).

Final contra o rival… e dois anos depois do indecente trambique, tamanho GG, da FPF na final do Paulista 2018. 

E agora foi emocionante!

Na primeira partida, não deu outra, o jogo ficou no 0 x 0, mas, graças ao árbitro Raphael Claus – que parece só enxergar falta grave dependendo da camisa – e ao VAR que “dormiu”, Jô deixou de ser expulso depois de uma solada criminosa em Gustavo Gómez; Fagner também pegou o Rony e ficou por isso mesmo; Luiz Adriano foi desequilibrado na área, quase na cara do Cássio, e o replay não apareceu na hora, a imagem mais próxima do lance, e de mais de um ângulo, a que tira todas as dúvidas, não apareceu em momento algum… Benefício pra um, prejuízo pra outro. Mais do mesmo… 

E foi por causa desse “mais do mesmo” que ficamos desconfiadíssimos quando a FPF escolheu (nem sorteio teve) Luís Flávio “Gambá” de Oliveira – useiro e vezeiro em errar em favor do time dele e em prejuízo do nosso – para a segunda partida. Mas, se por um lado, nos preocupávamos com uma arbitragem mandrake, por outro, já sabíamos que, se ganhássemos o título, ele viria de maneira limpa, digna… como sempre acontece quando o Palmeiras é campeão.

Sem a parmerada no estádio por causa do vírus chinês, as arquibancadas do Allianz foram ocupadas por imagens de ídolos palestrinos, do Luxa, por mosaicos – que ruim não podermos estar na nossa casa… Ficou lindo o Allianz.  E, com Luxa no comando da equipe, uma fragrância de 93 pairava no ar… 

 

………………..Palmeiras: Allianz Parque terá mosaico e bandeiras na final

Eu estava calma (a princípio) confiante. Principalmente, por causa do Luxa. Afinal, se ele não souber o que é uma decisão entre os dois maiores rivais do país, quem saberá? Mas era derby, decisivo… e podia ser de bolinha de gude, que os dois lados iam querer ganhar…

E o Palmeiras chegou ao Allianz em meio a um corredor verde de torcedores, fumaça verde, fogos e apoio… incondicional. De arrepiar!

Os tempos são outros, é verdade, e o futebol não anda muito vistoso em terras brasilis, no entanto, quando a partida começou, os times mostraram um futebol que, se não era empolgante, era melhor que o da primeira final. O Palmeiras, ainda que não criasse a nosso contento, me parecia mais firme, disposto, brigando pela bola, roubando-a dos pés adversários, insistindo, indo à frente… Willian teve a melhor oportunidade do primeiro tempo para marcar, mas, finalizando entre quatro marcadores, chutou onde estava o goleiro e deu a Cássio a oportunidade de fazer uma grande defesa.

Nem bem o segundo tempo começou e o Palmeiras saiu na frente. Cruzamento perfeito de Viña e um golaço, de cabeça, de Luiz Adriano. Que alegria!! Se com 0 x 0 a gente até consegue ficar “meio calmo”,  a vantagem no placar faz o contrário conosco, depois do grito, imenso, de alegria, ficamos mais nervosos, querendo que o time marque outro gol logo… Mas eu ficava sempre me lembrando de que, nos últimos tempos, o time que conseguia abrir o placar acabava sempre saindo vitorioso…

A pilha já tava carregadíssima… O Palmeiras tinha a partida sob controle e, por isso mesmo, nem imaginávamos o quanto a disputa desse título se tornaria emocionante… 

O jogo ia se aproximando do seu final… o árbitro, milagrosamente, fazendo uma boa partida… 

Já estávamos nos acréscimos – o grito de campeão prontinho para ganhar os ares… e tudo corria bem (pra nós)… até os 50’… O adversário no desespero, foi pro ataque, Jô – aquele que deveria ter sido expulso na partida anterior – estava com a bola… Gustavo Gómez, que fazia uma partida irretocável, foi na bola… o adversário caiu e o juiz apitou o pênalti…

O juiz fez o que deveria fazer, marcou o que ele viu ali, mas o VAR não… embora Gustavo Gómez tenha ido  de maneira meio estabanada, ele não tocou em Jô, que deixou o pé e, como se tivesse sido barrado pela perna direita do nosso zagueiro… se deixou cair.   

 

O árbitro não tinha como ver, parecia mesmo que ele tinha sido derrubado, mas o VAR tinha… no entanto, no final das contas, acabou sendo até melhor pra nós que a coisa tivesse acontecido assim… sem margem para mimimi…

Mas não pensamos nisso na hora, claro. Na hora, a marcação do pênalti foi devastadora… Ainda mais porque eles cobraram e guardaram – Weverton quase pegou. Teve torcedor que queria fuzilar o GG. Não fiquei na bronca com o nosso zagueiro, nada disso. Mas não conseguia me conformar que a sorte estivesse sendo tão madrasta… se era pra eles empatarem, por que cargas d’água tinha que ser nos últimos segundos? 

Mas quem é parmera sabe, com emoção é mais marcante… e se não tiver emoção, não é Palmeiras.

E lá íamos nós para as cobranças de pênalti… Será que o nosso time estaria abalado como estávamos nós? Será que conseguiriam colocar os nervos no lugar? E os nosso moleques, Patrick de Paula e Gabriel Menino, disputando uma final profissional pela primeira vez, como reagiriam? Luxa ia ter que usar sua experiência toda para levantar os ânimos do time. O adversário, nós sabíamos, tinha sido ressuscitado com aquele pênalti…

Por superstição, não costumo assistir cobranças de pênalti e, por isso, é ainda mais sofrido pra mim… Terço verde, benzido pelo Papa, ao lado da TV… camisa de treino da época da Parmalat (igual à que o meu pai usava na foto que o FB me lembrara naquele mesmo dia)… corri no meu quarto pegar umas “coisinhas” que costumo levar aos jogos… fui lá no terraço conversar com Deus… eu só podia rezar, pensar positivo, mandar as minhas melhores energias para o Allianz… e pedir para que Oberdan e Valdir de Moraes de alguma maneira ajudassem Weverton a defender…

O coração na boca… a respiração toda atrapalhada… e aquela interrogação, que certamente apertava os corações dos palestrinos, e dos rivais também… o que será que vai acontecer agora?

Eles cobrariam primeiro… e eu só conseguia repetir: Pega, Weverton, pega Weverton! E ELE PEGOU, agarrou a bola e ficou ela! Que emoção! Mas Cássio também pegou o de Bruno Henrique… cazzo!

Avelar marcou para o rival…

Eu ia na sala, olhava quem ia bater e saía… me ajoelhava na escada, rezando para que o parmera guardasse… Raphael Veiga bateu com força e deslocou o goleiro… GOOOOL DO PALMEIRAS!!

Não aguentei e fui ver a cobrança… gritando muito para que Weverton pegasse…  E ELE PEGOOOU! DE NOVO!! Se marcássemos agora, ficaríamos em vantagem…

Olhei que era o Scarpa e corri lá pra escada… “Guarda, Scarpa, guarda!!” E ELE GUARDOOOU!! O rival também guardou o dele.

Lucas Lima ia pra cobrança… “Faz, Lucas Lima, faz!!” E ELE FEZ!!!  O rival, infelizmente, também fez…

Era a última cobrança… Patrick de Paula, nosso menino, que joga um bolão de gente grande, que encara as partidas como gente grande, que já tinha marcado o gol da semi que nos colocou na final, ia pra cobrança…  Saberíamos depois que ele mesmo escolhera cobrar a última…

Uma hora e meia antes, nós não sabíamos, mas estava tudo escrito… ia ser com muita emoção, e com muito orgulho também… Nosso menino, que há três anos estava disputando a Copa das Favelas, que há três anos sonhava em jogar como profissional, num time grande, ia cobrar… e ia nos dar o título…

Eu já tava chorando de nervoso… corri pra sala e fiquei lá, mas não ousava olhar pra TV (tava dando certo assim). Olhei pra ele, mentalizei a bola entrando no gol e fechei os olhos… prendi a respiração… e, então, o narrador gritou o gol… e eu gritei também, os palmeirenses todos, pelo Brasil inteiro, e em vários países do mundo, gritaram comigo: É CAMPEÃO!! O PALMEIRAS É CAMPEÃO!!

https://www.youtube.com/watch?v-fkEy9leWAIk&feature=share

https://www.youtube.com/watch?v=fkEy9leWAIk&feature=share

 

https://www.youtube.com/watch?v-fkEy9leWAIk&feature=share

Estávamos todos no Allianz naquele momento, de coração, de alma… Patrick corria pelo campo enlouquecido de alegria e nós corríamos com ele, os nossos jogadores todos comemorando… Luxa, o rei dos campeonatos Paulistas, comemorando… e nós, ali também, comemorando com eles…

Foi lindo, foi emocionante… mais um título limpinho e legítimo para o Palmeiras… como, aliás, foram todos os outros que ele conquistou!! 

Obrigada, Verdão!!                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        

 

 

 

 

Picaretagem atrás de picaretagem… resultados fabricados por erros de arbitragem, sempre com o  mesmo beneficiado… e o torcedor, tolinho, sempre dirige a sua revolta aos árbitros, e só a eles… como se os árbitros, por clubismo, e só por clubismo, decidissem ajudar/prejudicar os clubes. Que comodo isso fica para alguns, não é mesmo?

Mas basta “observarmos o movimento da areia para sabermos em qual direção o vento sopra”…

Num certo derby de 2017, o árbitro Thiago Duarte Peixoto errou contra o time muleteiro do apito. Expulsou um jogador lava jato quando, na verdade, a falta havia sido cometida por outro atleta. A súmula foi alterada no mesmo dia, também no mesmo dia o TJD anulou a suspensão automática do jogador (essa prática não está prevista na regra)…

Na saída de campo, depois de todo o bafafá causado pelo erro (de quem ousou prejudicar o time que sempre se beneficia com o apito), diante da imprensa, em polvorosa, que fazia o erro parecer o maior de todos, o árbitro chorou. Significativo isso, não? Deveria saber/imaginar que aquele erro provocaria a ira de alguém, em alguma esfera acima dele. E ele estava certo. Após aquele erro, a Federação Paulista afastou o árbitro – como punição, ele acabaria passando mais de um ano apitando a série B.  Coisa que não acontece com os demais árbitros quando eles erram, nenhum chora, fica assustado, fica se explicando… e olha que eles erram muito, e seus erros têm ajudado a fabricar muitos resultados.

E não teve TJD anulando no mesmo dia a expulsão, também por engano, de David Braz, em 2015, não teve súmula alterada… Não teve  punição para o Daronco quando ele prejudicou o Palmeiras, quando ele “esqueceu a regra” e um jogador voltou a campo sem a sua permissão e não tomou cartão por isso,  quando um impedimento mandrake de Willian foi marcado; não teve punição para ninguém no esquemão do Paulistão 2018, de tutor, delegado, quinto-árbitro, quarto-árbitro… de comunicação via celular, de interferência externa (quando isso era proibido), de um passando recadinho pro outro para anular a marcação de um pênalti legitimo em Dudu; não houve punição ao árbitro que ignorou um pênalti em Borja, um toque de mão de Henrique, na área…

A mensagem, ainda que nas “entrelinhas”, mas não tanto, é clara, só não pode prejudicar um certo clube. E POR QUÊ NÃO PODE PREJUDICAR SÓ ESSE CLUBE? De onde vem essa orientação? Quem determina que seja assim?

A coisa é tão escandalosa, e tão escancarada, que o termo “Apito Amigo” foi criado (não por mim) para exemplificar toda a ajuda que as arbitragens dão para esse mesmo clube. E piorou agora com o uso seletivo do VAR…

Na volta do futebol, depois de meses sem atividade por causa da pandemia, Raphael Claus trabalhou – em campo e também no VAR – em 3 jogos dos 4 que o “Lava Jato” fez. 

Como árbitro de RB Bragantino x Corinthians ele “não viu” que o jogador Fagner esqueceu a bola e deu no meio do adversário. O VAR também “não viu” nada (oi?). E Fagner – o 007 (do futebol) que tem licença para “matar” – só levou amarelo (na maioria das faltas violentas que ele faz, nem amarelo leva)…

E olha que o Bragantino já havia sido vítima dos erros nos testes de Covid-19 feitos pelo Hospital Albert Einstein para essa partida… 

E, então, no jogo seguinte, Mirassol x Corinthians, valendo vaga na final, Raphael Claus estava no VAR…

A partida estava 0 x 0 e no segundo tempo. Raphael Claus, que, na partida das quartas de final, tinha achado que a falta violenta do Fagner não era pra vermelho, chamou o árbitro de campo para ver uma falta do jogador do Mirassol (o melhor do time em campo)  e expulsá-lo – segundo alguns, injustamente. Critério diferente do que ele usou com Fagner, não é mesmo? Até poderíamos atribuir a diferença de critério dele ao fato de estar no VAR. Ali, ele pôde ver e rever o lance para ter certeza.

Momentos depois, teríamos certeza que a falta de critério de Raphael Claus poderia ter muitas outras razões, mas não se devia ao fato de ele estar em campo numa partida e estar no VAR na outra. Mesmo estando no VAR e podendo ver e rever os lances, como fez na expulsão do jogador do Mirassol, “seo” Claus “não viu” essa falta de Gil, dentro da área. Na verdade, foram duas faltas seguidas dentro da área… e o árbitro de campo “não viu”, o do VAR também “não viu”.

Ele deveria estar dormindo no VAR (mas esteve acordado na expulsão do jogador do Mirassol) porque também não viu essa outra falta aqui…

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Muito estranha essa falta de critério que oscila sempre em benefício do mesmo clube, não é?

E o mais estranho é sabermos que  – e essa é a parte que nos interessa -, mesmo depois dos erros cometidos, Raphael Claus não recebeu nenhuma punição (imagino que a federação deve ter ficado satisfeita com a sua atuação) e, muito pelo contrário, foi premiado com a arbitragem do derbi da primeira final do Paulistão, hoje.  Já o  Thiago Duarte Peixoto, aquele que morreu de medo de errar, o que chorou e ficou de castigo um tempão por ter errado contra o clube errado, vai estar no VAR. Sem contar que o árbitro assistente do trambique tamanho EXG, ocorrido na final de 2018, Daniel Paulo Ziolli, e o quinto-árbitro na ocasião, Anderson José de Moraes Coelho, vão estar em campo hoje também. 

A Federação Paulista de futebol não muda, não é mesmo? E faz parecer que o recado é sempre o mesmo… Errar contra o beneficiado de sempre, dá punição; errar contra outros times, dá prestígio. 

Abra bem os olhos, Palmeiras! E fica esperto! 

 

O futebol voltou aqui em Sampa… mesmo sem as torcidas – que o Covid-19 não permite que estejam nos estádios . E nós, que estávamos com saudade de ver o nosso time em campo, já fomos bombardeados com aquele intragável “mais do mesmo”, o extra-campo que sempre pinga a favor dos mesmo clube e que nada tem a ver com o desempenho das equipes.

Os times, depois de tanto tempo parados, não têm apresentado bom futebol, um futebol envolvente… nenhum deles. Mas, pelo que já podemos observar, tem gente “batendo um bolão” em outras esferas…

O Palmeiras precisou sofrer três pênaltis na partida contra o Água Santa para que o árbitro marcasse apenas um –  o comentarista de arbitragem da Goebbels ainda teve o desplante de “analisar” e “não ver” penalidade máxima em nenhum deles.

No jogo do Guarani contra o São Paulo (a vitória do SAO ajudaria o Corinthians) um gol legítimo do time campineiro foi anulado quando a partida estava 2 x 1 para o time da capital.

Na rodada seguinte, no “mata ou morre” valendo vaga nas semifinais, e que já contava com o recurso do VAR, a coisa ficou mais esquisita ainda…

Palmeiras x Santo André  – o VAR, que não pode chamar o árbitro em caso de cartão amarelo (devia estar doidinho para que Gabriel Menino (PAL) fosse expulso), chamou Luís Flávio de Oliveira para que ele revisse um lance de falta que era só pra amarelo mesmo. Mas não chamou o árbitro quando Ronny (PAL) levou uma entrada criminosa, um carrinho/tesoura, por trás. O juiz deixou passar e o VAR também. Qual seria o critério? 

Bragantino x Corinthians – Fagner(COR), como sempre faz, cometeu uma falta violenta (esqueceu a bola e deu no meio do adversário) e, como sempre acontece também, ficou impune. O árbitro “não viu”, o VAR também “não viu nada” e não chamou o juiz para rever o lance… Na “Goebbels”, Luís Carlos Jr, pergunta para Sandro Meira Ricci, o comentarista de arbitragem, se seria cartão vermelho para Fagner.  Com a maior cara de pau/desfaçatez do mundo (será que não pode falar a verdade lá?) ele respondeu: “Eu diria que, como o juiz tem o controle do jogo, seria um cartão laranja”.

Até parece engraçado, mas é uma vergonha um comentarista de arbitragem  se prestar a isso de inventar um cartão laranja só pra não ter que falar que o jogador deveria ter sido expulso, que um clube (sempre o mesmo) foi favorecido e outro foi prejudicado pelo descaso com as regras do jogo por parte do árbitro de campo e também dos responsáveis pelo VAR. Sandro Meira Ricci, que já foi árbitro, tem a obrigação de saber que regras não deixam de existir porque o árbitro tem o controle do jogo.

É sempre assim, o “serviço” feito no campo e a imprensa, com seus “profissionais”, brigando com imagens e ajudando a tornar lícito o que é ilícito.

E, então, como se os bastidores do Paulistão – com suas maracutaias todas – já não bastassem, e não fossem pra lá de suspeitos (remember 2018?), uma outra notícia ganha as manchetes: “Hospital erra resultados de 13 exames de Covid-19 e Bragantino alerta CBF e Federação Paulista”.

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O hospital dos resultados errados é o Hospital Israelita Albert Einstein, um dos melhores do país.  É dele o laboratório responsável  pelos exames de Covid-19 para o Brasileiro da Série A e para o Campeonato Paulista. E errou resultados… Foram 26 resultados errados. E dos 26 nomes que testaram positivo para Covid, 13 eram atletas e 7 deles eram titulares e atuariam contra o Corinthians. 

Os jogadores ficaram dois dias afastados dos treinamentos, certamente ficaram com o psicológico abalado por acharem que estavam infectados com o vírus que está fazendo um estrago por aqui, por imaginarem que familiares seus talvez pudessem estar infectados também… e aí, depois de dois dias, quase na hora do jogo, que valia vaga na semifinal, graças a novos exames, eles descobrem que não estão infectados coisa nenhuma e são liberados.  Que esquisito, hein?

E o que é pior… só descobriram que os jogadores e funcionários não estavam infectados porque o Red Bull Bragantino, achando estranho esses resultados (seu pessoal é testado duas vezes por semana  – cerca de 70 testes por rodada), resolveu fazer novos exames nos Laboratórios Fleury e Cura… e os exames deram negativo.

Com os resultados dos outros laboratórios em mão, o pessoal do Red Bull Bragantino voltou ao Einstein, no dia do jogo, para saber o que estava acontecendo… Então, fizeram novos exames lá também e constataram que estavam todos negativos para Covid-19. E, assim,  às 17h00, os sete titulares foram liberados para o jogo, que teria início às 19h00

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Que coisa, não? Errar o resultado de um exame, até vai… mas de 26? E só com o Bragantino?

O hospital alegou que “na análise dos processos internos, identificou-se um lote específico de reagentes importados (“primers”) com instabilidade de funcionamento, que foram provavelmente os responsáveis pelo resultado divergente”. E nos perguntamos: Foram só os exames do RB Bragantino que deram resultado errado por causa do reagente? Esse lote específico, com instabilidade de funcionamento, foi usado só nos exames deles? O laboratório do Einstein não está acostumado a usar esse reagente? Quantos outros exames mais tiveram resultados errados ali no Einstein? E se o pessoal do Bragantino não tivesse desconfiado do erro e ido fazer exames em outros laboratórios? 

Muito, muito estranha essa história…

Difícil acreditar que um hospital tão bem conceituado, que prima pela qualidade dos seus serviços, tenha feito uma presepada dessa entregando resultados positivos para Covid-19 para 26 pessoas que não estão infectadas,  que isso tenha sido descoberto só porque novos exames foram feitos nos Laboratórios Fleury e Cura… e que os exames de resultado errado do  Einstein são os exames oficiais da Federação Paulista de Futebol. 

Certezas não temos, no entanto, quantas coisas podemos imaginar disso tudo… 

Mas uma coisa é certa… fosse o Bragantino adversário do Palmeiras, por exemplo, e tivesse sido prejudicado assim antes de um jogo valendo vaga na semifinal de um campeonato, e estariam todos – a imprensa esportiva, principalmente – fazendo um escarcéu, pedindo a anulação da partida, falando em fraude, em “esquema Crefisa” e outras barbaridades. Até o Delegado Olim estaria dando entrevistas a respeito do assunto. Não é mesmo? Mas, curiosamente, está todo mundo quietinho… nem mesmo a FPF pareceu incomodada com o dano que essa situação trouxe ao Bragantino…

Os clubes que fiquem espertos com os seus exames a partir de agora (se cuida, Mirassol). 

 

“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes de a verdade ter a oportunidade de se vestir” – Winston Churchill

Agredir uma outra pessoa, resolver problemas pessoais (de diferença de pensamento/ciúmes/traição… seja lá o que for) usando de violência é primitivo, bárbaro, inaceitável. Ainda mais quando a pessoa agredida é fisicamente mais frágil, tem menos força. Por isso, nos revolta bastante quando é um homem que agride uma mulher. É muita covardia. 

Ainda mais, se levarmos em conta que houve um tempo em que as mulheres não conseguiam ser muito acreditadas em suas queixas de agressões sofridas, nem mesmo nas delegacias – ainda hoje acontecem muitos casos assim.

Dessa mesma forma, é horrível, é inaceitável uma pessoa, seja pelo motivo que for, inventar uma agressão que não sofreu, tentar culpar outra pessoa de um crime que ela não cometeu.

Há alguns dias, ficamos chocados com as denúncias de Mallu Ohana, ex-mulher de Dudu, de que teria sido agredida por ele. E ela dizia que tinha provas, imagens.

Quem me segue no Twitter, no Facebook, sabe que, assim que eu soube,  eu disse que não colocava a mão no fogo por nenhum dos dois (a gente nunca sabe o que vai no íntimo de cada um), no entanto, a Amber Heard, ex-mulher do Johnny Depp, a Najila também, estavam aí para nos lembrar que nem sempre o que parece é. Infelizmente, são vários casos assim, como aconteceu com ex-paquita, que acusou o marido de agressão e, depois, graças à uma câmera da rua, foi vista sentada na calçada causando em si mesma os ferimentos dos quais acusava o marido.

Precisaríamos esperar o desenrolar dos acontecimentos… 

As informações diziam que a ex-esposa de Dudu o acusava de tê-la agredido com socos e puxões de cabelo nas dependências do condomínio que reside, e que ela registrara um Boletim de Ocorrência e procurara por atendimento no Hospital Albert Einstein. Um comunicado de seus advogados dizia que ela estava extremamente abalada.

A opinião pública, imediatamente, julgou, condenou e crucificou Dudu por isso.

Dudu, por sua vez, de maneira voluntária, foi à delegacia e afirmou que não agredira Mallu.  

Quem acusa,  tem que provar. No entanto, os vídeos, obtidos pela polícia apareceram – foram enviados à imprensa pelo estafe do jogador… e confirmavam o que Dudu alegava.

Eu soube que seguranças e um zelador do condomínio foram depor e disseram que Dudu foi agredido por ela. Um dos seguranças, inclusive, afirmou que deu a volta até a outra porta, para tirar Dudu do carro.

A menos que Dudu fosse a pessoa de legging preta, de blusinha de alça e cabelo comprido solto, a imagem deixava claro que não era ele quem estava exaltado e empurrando, agredindo…

No áudio do momento em que ele entrou no carro, só se ouve: Para com isso, Mallu! Sai daí, Mallu! Não faz assim, Mallu! Vem cá, Mallu, chega!…

Às 19h50, depois das “agressões” sofridas, a Mallu, “extremamente abalada”, “triste”, “chorando”, “machucada”, entrou no elevador e voltou ao apartamento…


As notícias se sucediam na semana… através de seus advogados, Mallu Ohana afirmava que as agressões tinham ocorrido dentro da garagem.

Hoje, novas imagens apareceram… E nenhuma agressão do Dudu pode ser vista, muito pelo contrário, ele é a pessoa agredida.

 

Me sinto incomodada por constatar que a coisa não aconteceu do jeito que a Mallu afirma que aconteceu…

Quantos homens por aí agridem mulheres, agridem de verdade, e continuam afirmando que não fizeram nada, que foi ela que fez “assim”, fez “assado”, enquanto eles continuam impunes.

Inventar agressão é desleal com as muitas mulheres que são agredidas todos os dias por aí, é enfraquecer as suas vozes…  Não gosto disso. Por respeito a mim mesma, jamais agiria assim, por mais raiva que sentisse de uma outra pessoa (é preciso lembrar das crianças envolvidas também – na história deles tem dois anjinhos lindos) . 

Podemos sempre virar a página e escolher um caminho melhor. E a mentira não é esse caminho.

 

Lá se vão 27 anos… Mas qual palmeirense  vai esquecer daquele 12 de Junho de 1993?

Num dia como hoje, não tenho como não lembrar das noites em que fiquei sem dormir – era impossível dormir direito – esperando a final do Campeonato Paulista… nem do frio na barriga, e daquele aperto (gostoso) no coração, companheiros constante daqueles dias…

Evair, Edmundo, Zinho… povoando nossos pensamentos todos os dias. Do pé de algum deles ia sair gol certamente. E quanta engenharia cerebral imaginando as situações que a gente queria que acontecessem,  tentando antever como seriam as jogadas, como seriam os gols – claro que isso não acontecia só comigo… E quanto mais a gente pensava, mais ansioso ficava… Medo, mesmo, só do improvável. Eu tinha certeza, absoluta, que o Palmeiras seria campeão. E, por isso, era ainda mais difícil esperar…

Os dois ingressos, tesouros inestimáveis, comprados graças à ajuda de Oberdan Cattani, aniversariante do dia, estavam em meu criado mudo junto à imagem da Madre Paulina e de um santinho do Papa João XXIII… 

Hoje, as imagens daquele dia, as sensações daquele dia, do jogo, o perfume daquela noite, as cores, os sons… atravessam o tempo espontaneamente… a gaveta das memórias escancara… 

A noite insone… o coração aflito… o dia nascendo… O caminhão da Parmalat, para o qual buzinávamos, felizes da vida, na  Marginal, e que nos buzinava de volta… A chegada no estádio duas horas antes do jogo, a imagem dos torcedores chegando, enchendo o Morumbi cada vez mais… As risadas, as conversas, os olhos elétricos, faiscantes… A torcida palestrina cantando como nunca, sorrindo como nunca, se abraçando e se desejando sorte… como sempre

O Viola, diziam no rádio, vomitando no vestiário antes de entrar em campo – tinha provocado o timaço do Palmeiras na primeira partida, e sabia que com o Palmeiras mordido vinha chumbo grosso no segundo jogo…

Mais de cem mil torcedores no estádio… Dia dos Namorados, o melhor dia para estarmos com o nosso verde amor… O time do Palmeiras, de meias brancas, entrando em campo… Meu Deus! Que lindo! Impossível expressar o que senti…  E  do jeito que a gente gostava, indo pra cima, jogando muito – Edmundo quase marcando no primeiro minuto… 

A intuição forte, aguçada pela imagem, tão nítida,  quase como uma visão, que me acompanhava por duas semanas… Evair correndo pra galera, braços abertos e comemorando diante de mim. Evair de joelhos no gramado…

Era tudo muito arrebatador! Era mágico… Nos primeiros dez minutos, de uma final histórica, o Palmeiras tinha chutado oito vezes ao gol do rival, que chutara uma vez no gol de Sérgio… 

O Palmeiras enlouquecendo a gente na bancada com o seu futebol, e mo gol que não vinha… A ansiedade pelo primeiro gol que, sabíamos todos, seria a senha para o título… A espera, que durou um século de 37 minutos… o toque de Evair para Zinho, o chute cruzado e a bola indo morrer lá no canto direito do goleiro… O grito que ganhou os ares – e me fez perder completamente a voz, de tanto repetir, bem alto pra Ele escutar, “Obrigada, meu Deus”… A felicidade em um nível que eu nunca tinha sentido na vida…

O gosto delicioso das lágrimas (quantas lágrimas), dos gritos, dos abraços… as minhas conversas com Deus… as mãos trêmulas, o coração batendo fora do peito… os rivais parecendo tão pequeninos, perdendo a cabeça e descendo a botina… a expulsão, injusta, inventada, de Tonhão…  a nossa zaga espetacular… o abismo entre o futebol do Palmeiras, que sobrava na partida, e o futebol do adversário… 

A torcida que cantava sem parar…  um quase gol de Edmundo…  Mazinho tocando e o Matador Evair marcando o segundo gol… a minha visão de tantos dias se materializando diante de mim enquanto ele corria enlouquecido no campo (mas sem se ajoelhar)… o coração que não cabia mais no peito… a jogada de Evair para marcar o terceiro, a bola, caprichosa, resolvendo que pararia na trave, e  Edílson (que saiu do coração da torcida por vontade própria) pegando o rebote e guardando na rede, para fazer 3 x 0… o relógio passeando devagarinho, devagarinho quando queríamos que ele corresse para podermos gritar o que se apertava em nossa garganta… a tremedeira no meu corpo todo… a dificuldade pra respirar… muitos torcedores ajoelhados, olhando para o céu… Homens e mulheres chorando juntos…

O jogo que ia para a prorrogação (mesmo com o Palmeiras tendo 9 pontos a mais que o rival no campeonato)… mais trinta minutos de ansiedade… a hora do tudo ou nada… aquela energia absurda que percorria as nossas veias e incendiava o Morumbi… 

A expectativa  maravilhosa e inexplicável de um sonho, sonhado por tanto tempo, que está prestes a se realizar… o Morumbi transformado numa grande nave a nos levar por “planetas” desconhecidos… a sensação – nova para boa parte da torcida – de aproximação com o que é divino,  sagrado… a pele arrepiada… aquele pensamento, estonteantemente feliz, de: Meu Deus, é verdade mesmo? O não ter mais controle nenhum sobre as suas emoções e se deixar “viajar” no sabor daquele calor que invadia nosso peito… e lágrimas, muitas lágrimas… de nervoso, de alegria… só existia o mundo ali, no gramado, nas arquibancadas e numeradas…

O grito preso na garganta, por tanto tempo, querendo sair de todo jeito… a alma louca pra se sentir leve, “lavada”… a espera judiando de todos os nossos sentidos… o corpo formigando… o coração batendo tão forte que chegava a doer o peito… Não tínhamos nenhuma dúvida… éramos as crianças correndo até a arvore de Natal para encontrar a tão sonhada “bicicleta”…

Os 9 minutos mais demorados da vida… o Animal, perigosíssimo, partindo pra dentro da área e sendo derrubado… o pênalti marcado… a felicidade de quem sabia que com Evair era só esperar a cobrança e comemorar… 

Os olhos grudados no campo… o coração sem bater… a respiração suspensa… O mundo parado naquele momento entre o chute, a bola tocar as redes e o grito sair de nossas gargantas… O “Matador” nos dando a vida… e correndo, de braços abertos, se ajoelhando (só nesse momento entendi que a minha visão de semanas estava completa)… 

A alma lavada,  sons, cor, calor, o mundo brilhando em verde e branco… Luxemburgo descendo para os vestiários antes do jogo acabar (ele já sabia, todos nós sabíamos, até os gambás sabiam)…

Palmeirenses pulando, se ajoelhando, gritando, se abraçando, agradecendo… todos chorando de felicidade… O apito final…  grito, delicioso, ensurdecedor, com que tanto sonháramos: É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!

A minha maior alegria palestrina… Obrigada, Evair, Edmundo, Zinho, Mazinho, Cesar Sampaio, Sérgio, Antonio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, Amaral, Daniel Frasson, Jean Carlo, Alexandre Rosa, Luxa! 

Obrigada, Palmeiras!