Anteontem (na verdade, já era ontem), eu fui dormir leve… Sem um peso enorme no coração, que era o de ter que aguentar Luxemburgo e todas as suas invenções, escalações erradas, substituições idem, sem contar as contratações bizarras e as declarações de deixar o nosso fígado ruim. Aquele medo de não saber o que ele iria aprontar na próxima partida. Nunca vi um técnico fritar tantos jogadores, em tão pouco tempo, desvalorizando o patrimônio de clube e parceira. Gustavo, Valdivia, Lenny, Marcos, K9… todos eles foram vitimas de declarações belicosas e prejudiciais, do técnico, que na fase boa só conhece o pronome “eu”. Mas esse ciclo se fechou, ainda bem. E, assim como eu, a maioria da Nação, foi dormir extremamente feliz.
Luxemburgo se foi, se é que ele esteve aqui, mesmo. Nos ajudou a ganhar um Paulista, é verdade. Mas apenas nos ajudou e não ganhou sozinho como ele parece acreditar. Partidas memoráveis de Marcos,Valdívia, Diego Cavalieri, Gustavo, Pierre, Henrique, Alex Mineiro, entre outros, foi o que nos trouxe o tão esperado título. E depois o comandante parou. No afã de ser manager ele nunca mais voltou a ser técnico. Dizem que nem treinar o time ele se dignava a fazer. E os títulos foram passando, sempre para outras mãos que não as nossas. E a culpa era sempre do juiz, da torcida e, nas entrelinhas, até mesmo dos jogadores. Nunca dele. As fichas logo começaram a cair. Assim que Valdívia foi vendido, graças à exigência do técnico, uma parte da torcida desceu da nuvem, onde o título paulista a levara. Mas haviam os renitentes, que tentavam a todo custo, defender o que já se fazia explícito demais: não tínhamos nem a sombra do Luxemburgo que o Palmeiras pensara ter contratado.
A verdade é que o coração palestrino ia sendo machucado em doses homeopáticas. Um pouquinho de cada vez. E as desculpas, que costumavam ser tão convicentes, foram ficando cada vez mais inverossímeis. Foi a Copa do Brasil, a Sulamericana, Brasileiro 2008, Paulista 2009, Libertadores, e as promessas de um time forte para o próximo campeonato, se repetiam, mas ninguém mais acreditava… E as dores foram se acumulando no peito do torcedor. Começamos a cobrar a diretoria. Não era possível que eles estivessem mesmo satisfeitos com esse rendimento tão abaixo do esperado, e com um custo tão alto. Mas, nada como um dia após o outro… Luxemburgo abusou do direito de ser arrogante e ultrapassou limites que não deveria. Não respeitou a hierarquia palestrina no episódio da venda de Keirrison, e o que tanto sonhávamos aconteceu. ELE FOI DEMITIDO! Foi uma noite de intensa comemoração. Nunca vi uma torcida ficar tão feliz por perder um técnico, e às vésperas de um clássico!
É… hoje tem Palmeiras x Santos, amigos. Mas será que o torcedor está tão preocupado assim? Quem mais nos atrapalhava, não senta mais no banco do Palmeiras. Jorginho comandará a equipe que, tenho certeza, vai brigar muito em campo e fará uma bela partida. Estamos com o nosso time e vamos apoiá-lo sempre. Agora, o que nos deixa ansiosos é a chegada do novo técnico. Aprendemos, nesse episódio, que mais que o curriculum do treinador, o que importa mesmo é o caráter que ele traz em sua bagagem. Só exigimos do novo técnico, respeito ao nosso clube e trabalho sério, dedicado. Que ele cuide muito bem do nosso amor. E, por isso, a nossa torcida pede o mesmo nome. A diretoria acena com a vontade de contratá-lo…
SEJA MUITO BEM-VINDO, MURICY RAMALHO!! ESTAMOS SÓ ESPERANDO VOCÊ CHEGAR…