Se não fosse tão arrebatador, se não escancarasse todas as nossas emoções, se não abrisse todas as nossas gavetas e colocasse o nosso coração do lado de fora do peito, se não tirasse nossos pés do chão, se não nos levasse às lágrimas, e não fizesse com que nos sentíssemos pertinho de Deus… não seria Palmeiras…  💚

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Palmeiras x Jorge Wilstermann… Palmeiras x Peñarol… Peñarol x Palmeiras… Palmeiras x Santos… Inter x Palmeiras… Palmeiras x Cruzeiro…  Só o Palmeiras mesmo para nos proporcionar emoções tão intensas, tão arrebatadoras…

Estar perdendo, por 3 x 0, num jogo de quartas de  final da Copa do Brasil, ainda no primeiro tempo – o que faz minar totalmente o psicológico do time que está sendo derrotado – e ir buscar… não é para qualquer um.

Achei que Cuca tinha se equivocado na escalação. Depois de algumas partidas em que deixou Zé Roberto no banco, o técnico me inventa de escalá-lo no jogo de ontem. E na lateral, com Dracena para lhe dar cobertura. Não ia dar muito certo… Estranho que Cuca não tivesse se dado conta disso. Sem contar que, pra mim, Borja no banco também era um  erro.

Mas, mesmo meio temerosa pela escalação, eu não esperava – nenhum palmeirense esperava – pelo que aconteceu no primeiro tempo de Palmeiras x Cruzeiro, acho que nem mesmo o mais otimista dos cruzeirenses sonhou com aqueles 3 x 0 no Palmeiras com 30  minutos de jogo…

No início, o  Palmeiras dava pinta de que iria jogar sem muitas dificuldades, que estava tranquilo em seus domínios, e tomava mais a iniciativa… tudo como  imagináramos antes do jogo.

No primeiro minuto, Willian recebeu de Guedes e, meio sem ângulo, finalizou no cantinho, mas pelo lado de  fora… Logo em  seguida, Guerra, de fraque e cartola, fez uma jogada maravilhosa, saiu lá de trás – do nosso campo de defesa -, com bola dominada, fez a fila, avançou, mandou um chutaço pro gol e obrigou o goleiro das marias  a fazer uma grande defesa. O Allianz ficou encantado, de olhos arregalados, com a jogada de Guerra (que craque ele é, me lembrou Valdivia)…

E,  de repente, “a lua se escondeu” e ninguém  entendeu mais nada… Em três únicas descidas,  o Cruzeiro fez 3 gols…

Num contra ataque do adversário, numa cochilada da nossa defesa, e em  apenas 4 toques, a bola estava no fundo das nossas redes. Parecia tão irreal termos tomado aquele gol… e com sete minutos de jogo. “Como assim?”, nos perguntávamos todos. E o que nos parecera que estava certo  antes, começava a dar errado…  o gol deixou nosso time desencontrado, mas a torcida – fazendo contas – cantava, para animar e motivar o time.

Doze minutos depois, numa bobeira geral, Robinho faria o segundo gol do Cruzeiro (tenho a impressão que, algumas vezes, nossos jogadores marcam a bola, correm atrás dela, e esquecem de marcar os jogadores adversários). Uma ducha de água fria na torcida esse gol… todos sentimos o baque… Eu me sentia anestesiada, e me estranhava… mas continuávamos cantando… e fazendo contas.

Aos 30′, na terceira descida do Cruzeiro no jogo, o terceiro gol marcado… de novo, um vacilo palmeirense…

Cuca, pra começar a consertar as coisas… chamou Egídio e sacou Fabiano. Zé Roberto deixaria a lateral e iria para o meio onde nos ajudaria mais…

Se já era difícil imaginarmos uma derrota do Palmeiras, mais difícil ainda era lidarmos com o placar dilatado e com a sombra de uma desclassificação antecipada pairando sobre nossas cabeças… ainda mais quando o primeiro tempo acabou sem que conseguíssemos descontar…

Enquanto pensávamos: “Agora, ferrou”,  nossos olhos interrogavam os dos amigos: Será que tem jeito? A boca, orientada pelo coração, dizia: Jeito tem. E é o Palmeiras, pô! Vamos conseguir! E, dessa maneira, aflitos sim, mas sem tempo para não acreditar,  guiados apenas pelo coração,  todos tínhamos a certeza que, de alguma maneira, iríamos superar mais essa…

E então, o segundo tempo começou… e nós estávamos sem o Guerra – ó céus -, que sentiu dores e foi substituído no intervalo. Borja entrava em seu lugar.

A torcida apoiava o time… cantava,  mostrando aos jogadores em campo que ela acreditava sim e que ia jogar também, e jogar muito. Eu, que estivera meio anestesiada até aquele momento, estava de olhos fechados, mentalizando coisas que queria que acontecessem, falando comigo mesma e com mais alguém em outro plano… e então, meus sentidos acordaram, senti uma energia diferente, forte… abri os olhos e parecia que tinha chegado ali naquele instante, como se estivesse voltando de algum outro lugar…

Acho que aconteceu o mesmo com o resto da torcida, porque a energia que rolava no Allianz começou a crescer – como sempre acontece antes dos gols do Palmeiras. O time, mais acertado com Egídio, mais perigoso com Borja, comandado pelo craque Dudu (joga muito), se insinuava deliciosamente na área do Cruzeiro…

E, aos 7′, foi Borjão da Massa quem enfiou uma bola linda para Duduzinho. O baixinho craque fez o pivô  para o Zé, que chutou, mas foi interceptado pelo zagueiro, a bola, então, voltou para Dudu, que estava de costas pro gol, ele dominou, girou e estufou a rede das marias. GOOOOOOOOOOOOL, P#RRA!! O Allianz explodia no gol de Dudu.  Na hora, eu nem sabia quem tinha feito o gol. Estava lá do outro lado e só tinha visto a bola na rede, e então me perdi no meio do abraço gigante dos meus amigos.

“O Palmeiras é o time da virada. O Palmeiras é o time do amor…” !! Vamos, Palmeiras! Pra cima deles! 

O Allianz estava ensurdecedor… a energia parecia aumentar cada vez mais… E o Cruzeiro sentiu, seus jogadores sabiam que o Palmeiras iria pra cima… e ele foi mesmo. Os sorrisos estavam de volta  aos rostos palestrinos… os nossos olhos, antes chateados, sem graça, por um “não saber o que estava acontecendo”, recuperavam o brilho e a alegria. O Palmeiras em campo, buscando gols, era a luz que eles refletiam agora.

O Palmeiras morava na área do Cruzeiro e botava pressão nos smurfs… as chances surgiam e os palmeirenses todos sentiam que o segundo gol estava chegando…

Egídio cruzou na área, o zagueiro rebateu, outro zagueiro deu um chutão pra cima, Borja, no meio de dois adversários, subiu e tocou de cabeça pra Duduzinho, que entrou na área e fuzilou pro gol… “Meu Deus do céu!! Gooooooooool do Palmeiras!! E só tínhamos  15 min de jogo no segundo tempo. O Allianz quase vinha abaixo na explosão de felicidade da torcida. “Boooooooora, Verdão, vamos buscar mais um”.

E se não fosse o juiz, o terceiro poderia ter saído no ataque seguinte… Caicedo cometeu pênalti em Borja,  e o juiz nada marcou…

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A energia no Allianz era absurda, eletrizante… Eu sentia até tontura e mal conseguia respirar direito… Conhecemos a força da torcida, temos anos de bancada (eu tenho)… e, mesmo assim, a gente se arrepiava e se perguntava: Meu Deus, o que é isso que está acontecendo no Allianz agora? Lindo demais! Forte demais! A torcida, em todos os setores da arena, jogava com o time e buscava o gol  de empate…

Cobrança de falta para o Palmeiras, zagueiros tentando tirar a bola, parmeras tentando ficar com ela… e Willian pegou a sobra, chutou pro gol, a bola ainda bateu no cruzeirense e entrou… Gooooooooooool! Aqui é Palmeiras, p#rra!! A torcida enlouqueceu de alegria!! Nunca vou esquecer dos rostos dos meus amigos nesse momento…

Como pode aquela bola, balançando a rede adversária, representar tanto em nossas vidas? Fazer nosso mundo ficar tão lindo, tão certo, tão verde? O momento do gol é inexplicável… todo mundo se “despe” das caras e bocas e poses… todo mundo fica de verdade, inteiro… e ri… e chora… e grita, pula… abraça quem estiver pela frente… é muito mais  que futebol…

Tivemos muitas outras chances, mas o quarto gol não saiu… no entanto, muito mais do que aliviados, saímos do Allianz felizes, orgulhosos com a reação do time, mantivemos intacta a nossa invencibilidade em casa, e tínhamos na boca um delicioso sabor de vitória…

“Morremos” todos, é verdade, mas voltávamos pra casa mais vivos e inteiros do que nunca… E nenhum de nós conseguiria dormir facilmente naquela noite…

Não vai ser fácil a partida de volta, mas estamos na briga, e vamos buscar.

Jogo da volta contra o Inter, e valendo vaga nas quartas de final da Copa do Brasil…

O  Palmeiras, depois da vitória por 1 x 0, no Allianz , levava para o sul a vantagem do empate.

Jogar pelo empate pode acabar sendo perigoso, e quase sempre traz alguma dor de cabeça. Ainda mais, quando a partida é o jogo do ano, o jogo da vida para o adversário, quando ele está trocando de técnico (isso sempre dá um gás novo). No frio na chuva, Inter e Palmeiras, como em 2015, disputariam uma vaga na Copa do Brasil… O Inter jogava todas as suas fichas de 2017 nessa partida. Rebaixado à Série B no último Brasileirão, se fosse eliminado da Copa do Brasil, só lhe sobraria a segundona mesmo, onde amarga uma 12ª posição. Claro que não seria fácil… mas com empate, com vitória,  fosse como fosse, o importante era o Palmeiras sair do sul classificado.

Não “mi” gostei muito da escalação do Cuca, do time cheio de volantes e sem alguém para armar o time… pelo visto, nossa estratégia ia ser só a bola aérea… Por outro lado, ele parecia querer reforçar a marcação ao colocar Tche Tche, Jean e o Pitbull e isso poderia nos ser benéfico, mas eu preferiria o Thiago Santos nessa trinca, porque ele costuma desarmar mais que chuveiro elétrico no frio, e o Inter – podíamos apostar nisso -, iria vir pra cima do jeito que desse e pudesse.

Já de cara,  numa jogada toda errada e infeliz de Dracena, que tocou de cabeça pra trás buscando Mina,  mas deu a bola de presente pro adversário, quase o Inter abre o placar. Só não marcou o gol porque Prass salvou com o pé…

Os gaúchos pareciam colocar mais  intensidade na partida, e Prass começava a aparecer no jogo… E não demorou muito pra termos uma grande dor de cabeça… Depois de roubar a bola no meio de campo, avançar com  ela, Edenílson, tocou para D’Alessandro receber sozinho na entrada da área, dominar, e mandar pro fundo das nossas redes. Zé e Dracena, que poderiam ter tentado dificultar para D’Alessandro, também estavam marcando Edenílson, que já tinha Mina em seu encalço.

O Palmeiras não se achava em campo, errava muitos passes… Dracena, que já fizera 10 partidas como companheiro de Mina na zaga e perdera só uma,  não estava num bom dia. Mas depois do gol, o Verdão pareceu reagir… Aos 17′, num lance rápido, Guedes recebeu belo passe de Dudu,  avançou na área e meteu pro fundo do gol. O juiz Ricardo Marques assinalou impedimento (os televisivos, vasculharam, vasculharam, e acharam um pedaço de calcanhar impedido)…

Eu achei estranho juiz e bandeira assinalarem impedimento, e com tanta certeza… no início da  jogada, quando a bola já está no pé de Dudu, o jogador do Inter dá totais condições ao palmeirense…. na hora do passe, uma fração de segundo depois dessa”total condição de jogo de Guedes”, eles estão na mesma linha… Numa fração de segundo juiz e bandeira veem o colorado dando totais condições e logo em seguida os dois na mesma linha… e categoricamente assinalaram impedimento? “Visão de águia”, hein? Hmmmm…

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É vôlei, seu juiz?
Três minutinhos depois, Willian tenta o chute a gol, mas Léo Ortiz corta com a mão e, na sequência do lance, toca a bola de novo com a outra mão. E não teve “visão de águia” nenhuma. Dois toques num mesmo  lance… braço longe do corpo… isso não é discutível, não  é polêmico… a regra é clara: é pênalti. Mas o árbitro Ricardo Marques, que estava pertinho do lance, e viu tudo, mandou seguir…

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Em  menos de 5 minutos, Ricardo Marques, o juiz do jogo, resolvera tirar do Palmeiras o gol de empate e também, quem sabe,  o da virada de jogo… Deixar de marcar um pênalti desse é só por muita vontade de deixar de marcar, de querer ignorar a regra, não é? E isso porque era um mata mata, valendo vaga nas quartas de final… Que vontade de esganar o filho da mãe. Uma lambança as arbitragens no Brasil, uma roubalheira, e, enquanto isso, Marco Polo Del Nero, o presidente da CBF, a entidade que deveria zelar pela lisura dos campeonatos, muito provavelmente estava escondido embaixo da cama com medo de ser preso, por corrupção, pelo FBI.

O Inter, inflado pelos seus quase 35 mil torcedores, vencendo o jogo, e tendo o juiz por companheiro, vinha pra cima em seu “jogo do  ano”. O Palmeiras, embora tentasse, não fazia nada de efetivo, não criava, não assustava o goleiro do Inter e, ainda por cima, perdia Dudu, que sentia dores na coxa. Keno o substituiu.

O Palmeiras precisava só de um golzinho, mas nada de  chegar no gol adversário no primeiro tempo…

Na segunda etapa, o Palmeiras  voltou com Thiago Santos no lugar de Dracena, Felipe Melo iria para a zaga… Ok, que é uma opção, mas prefiro o Pitbull em sua posição costumeira.

Já no comecinho, jogada perigosa do Inter… e quase que o tal de Sasha fez…

A gente esperando a reação do Palmeiras, mas quem fez gol foi o Inter, aos 10′, e abriu 2 x 0.  Que “brincadeira” de mau gosto, Palmeiras. Eu ficava dividida entre o “já era” e o “vamos marcar” que parecia gritar dentro de mim…

Cuca chamou Borja para o lugar de Guedes… Com um estrago de 2 gols de diferença e sem um meia no time, não ia ser tão fácil pra ele. Tadinho… pedi a Deus que iluminasse Borjão da Massa…

Já passava dos 20′ e nada do Parmera marcar… e o Inter fazendo o seu  “jogo do ano, vinha pra cima e também marcava muito o Palmeiras… Aos 22′, D’Alessandro cometeu pênalti em Zé Roberto… imagina se o  juiz deu? Maledeto! E olha que até na TV  – que nunca vê nada a favor  do Palmeiras – mostraram o replay mais de uma vez e falaram que foi… e tinha sido mesmo.

Difícil assim… Num jogo em que muito pouco criamos, que raras vezes chegamos com perigo, quando a gente chega, o juiz nos dá uma rasteira?

A adrenalina estava a milhão. Eu mal  conseguia assistir ao jogo. Já tinha nas mãos o meu terço benzido, o terço das “emergências”… e já não conseguia parar diante da TV… entrava e saía da sala o tempo todo… resolvi deixar o terço na frente da TV… e quase o Willian fez… o goleiro do Inter defendeu com o queixo.

As chances do Palmeiras começavam a aparecer… num vai e vem incessante, eu ia na sala só pra dar uma passadinha de mão no terço, uma espiadinha no jogo (só assistia quando o Verdão tinha posse de bola) e voltava. Acredita, Verdão!

Não termos tomado gol em casa nos dava a chance de conseguirmos  nos classificar apenas fazendo um gol e não tomando mais nenhum. Senti uma coisa tão diferente, uma energia tão forte, uma força… Sei lá, senti que o gol ia sair…  A energia era tanta que eu chorava, mesmo sem querer…

Quando o Inter ia pro ataque, eu saía da sala e ia rezar em outro lugar. Quando era o Palmeiras com a bola, eu corria lá pra ver…

O tempo passando… o Inter já ficava todo no campo de defesa para tentar impedir o nosso gol… Força, Palmeiras, vai que dá!

Falta para o Palmeiras… Jean vai cobrar… Agora, Jean, capricha!  Bola levantada na área… os parmeras todos sobem, se movimentam, e a bola vai parar… dentro do gol! Glória a Deus!!

Gol do Palmeiras, p@rra!! Jogadores saem correndo, comemorando … e eu quero saber quem fez… Thiago Santos é quem está  no meio do abraço gigante… Thiago Santos é o nome do gol palmeirense… O replay mostra, Jean cobra a falta, Mina sobe mais que todo mundo, mas a bola passa por ele… Borja parece dar uma raspadinha nela (eu achei), e Thiago Santos, dividindo com o defensor do Inter, cabeceia pro gol…

E ainda tínhamos 34 minutos de jogo. Pra mim, o tempo de jogo agora era “ainda”… Minha Nossa Senhora! Força, Verdão!! Segura aí!!  

O smorfioso do juiz deu mais 5… meu coração ia sair pela boca… e eu chorava de nervoso, alegria, emoção… Mina, Pitbull, Zé, Borja, Prass, Tche Tche, Thiago Santos, Keno, Fabiano, Jean, Willian… o time inteiro pra segurar a classificação…

No banco, Roger Guedes, pálido, nervoso, come as unhas de quatro dedos de uma vez… Antonio Carlos, apreensivo, tenso, também come as unhas… “Ainn, esses jogadores riem da gente e não estão nem aí pro time”, dizem os hardys.

E então, o juiz, que tanto nos garfara, apita o final da partida. PALMEIRAS… C-L-A-S-S-I-F-I-C-A-D-O !!

Pega o seu impedimento, juiz, pega os pênaltis que você não deu também e enfia onde você quiser… AQUI É PALMEIRAS, P%RRA!! Uffa…

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“O amor conquista todas as coisas” – Cícero

Só agora estou voltando ao normal, arrebatada que fui por tanto encantamento… Só agora consigo falar a respeito do sonho, no qual entrei Prass nunca mais sair…

Aqueles que não conhecem os caminhos retos para se conquistar objetivos – campeonatos, por exemplo -, os que não sabem o que é caminhar com as próprias pernas, os que não têm história, jamais entenderão a magnitude desse momento do Palmeiras…

Era mais que um título, era mais que a Copa do Brasil… era mais do que a primeira volta olímpica da história do Allianz Parque… era mais do que ter chegado à final tendo que vencer adversários e arbitragens durante todo o campeonato… era mais do que viver um momento de prosperidade, de salários em dia, de casa sempre cheia… mais do que começar a colher os frutos da reconstrução do Palmeiras… era mais do que calar a empáfia e a dissimulação do adversário final… era mais do que poder desdizer os jornaleiros e seus prognósticos ridículos, mais do que fazer a imprensa engolir as suas chacotas, piadinhas, seu desdém… era mais do que mostrar a força do time que a imprensa insistia em fazer desacreditado…  era mais  do que mudar o fato de que em 40 anos só outros dois técnicos ganharam títulos aqui…  era tudo isso junto, era justiça, era uma questão de ser Palmeiras,  era(é) o resgate de um Gigante, que estava prestes a escrever mais uma linda página da sua gloriosa história…

Como foi difícil atravessar a noite e o dia que antecederam a final da Copa do Brasil…

Um certo passado, ainda recente, nos fazia ficar apreensivos; a razão, no entanto, nos lembrava que o adversário, que só nos vencera na primeira partida com a ajuda do árbitro, não era tudo aquilo que diziam dele; e o coração, ah, o coração… ele, que nunca erra, fazia os palpites palestrinos serem os melhores possíveis…

Por mais que eu tivesse imaginado mil vezes o final da noite do dia 02/12, não pensei que ele seria tão espetacular, tão épico, tão Palmeiras…

Desde que saí da minha casa, os palmeirenses pelo caminho eram incontáveis. Nas proximidades do Allianz, eram milhares, e traziam no rosto aquela ansiedade e  brilho nos olhos de quem está indo para uma grande festa.

A Rua Palestra Itália estava uma loucura! Entupida de gente… Muitas luzes de sinalizadores,  fogos, que espocavam sem parar… risos, alegria, ansiedade… todo mundo sabendo que a realização do nosso sonho já tivera o seu início…

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No entorno do Allianz, o ambiente era mágico, surreal. Nunca tinha visto nada igual, não daquele jeito. Era como se estivéssemos dentro de um sonho, numa outra dimensão, de luzes e névoa…

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40 mil pessoas no Allianz… Do lado de fora, na Palestra Italia/Turiaçu e arredores, outras 40 mil, se não mais, acompanhariam nos televisores dos bares..

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E tanto dentro do Allianz como fora dele havia uma energia única, arrebatadora, que deixava a gente tonto, como se tivéssemos ingerido alguma droga, cujo efeito colateral fosse a felicidade.

Eu olhava aquele gramado e me lembrava de outros momentos, sentia o Palestra Italia  vivo ali, sabia que um pedaço da antiga ferradura dormia embaixo das arquibancadas… passado e presente misturados…

Eram muitas risadas, conversas e corações a mil quando Prass entrou pra se aquecer, seguido pelos companheiros… A recepção a eles foi eletrizante. “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor”. E quanto amor estava envolvido naquela final…

A nossa “droga da felicidade” ia fazendo efeito. A conexão entre o que se via e ouvia era feita diretamente na nossa pele, no sangue nas nossas veias… Os sons e imagens pareciam atravessar a nossa pele e tomar conta do nosso corpo. O cérebro, atordoado, tentava assimilar, classificar, entender aquele mundo mágico, de sonho, mas era impossível, só podíamos sentir…

A última batalha ia começar… Corações a postos, orações,  alguns olhos grudados no céu,  outros fechados, mãos que seguravam terços… nossa energia se tornando uma só. O lindo mosaico da torcida, que, com muita justiça, trazia Prass, apareceu no momento em que nosso “hino nacional” ganhou os ares… e ele nunca foi tão lindo, tão tocante…

“Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… era emoção demais…  As lágrimas nublavam os meus olhos e, muitas vezes, eu só mexia a boca, porque a voz não saía…

O juiz mal acabara de apitar o início e, com uns 10 segundos de jogo, Arouca achou Barrios lá na frente, ele deu um passe lindo para Gabriel Jesus sair na cara do goleiro e chutar pro gol, mas Vanderlei conseguiu salvar com os pés e tirar a bola por cima… Uhhhhh!

Era o Palmeiras mostrando que era o dono da casa, que ali a conversa seria outra; o Santos parecia assustado, mas foi pro ataque, Prass fez uma defesaça e, no rebote, a bola foi chutada na trave. Que susto!

O Palmeiras procurava não dar espaços para o Santos, desarmava, defendia, e era mais ofensivo, mais objetivo. O time tinha velocidade e uma vontade enorme. Do jeito que a gente queria, do jeito que as sardinhas e a imprensinha não contavam que  seria…

Mergulhada na “outra dimensão”, nervosa, eu enxergava diferente, como se tudo à minha volta tivesse uma outra luz, uma outra perspectiva… a respiração era curta, mais difícil… assistia com o coração…

Chance com Dudu… Chance com Zé Roberto, que recebeu carga do defensor do Santos e caiu na área… Chance com Barrios, de cabeça, e o goleiro defendeu de mão trocada pra evitar o gol certo…

Vaaaamos, Palmeiras! A Que Canta e Vibra dava um show e esperava pelo momento de gritar gol… a energia nas cadeiras do Allianz era absurda. O som era impressionante… “Eu sempre te amarei e te apoiarei, eu canto ao Palmeiras”… Time e torcida dando tudo e o melhor de si…

O Santos fazia muita cera, e o seu goleiro inventava mil e uma para parar o jogo. Com as bençãos do juiz, que fazia muito jogo de cena para parecer aborrecido, mas amarelo que é bom…

Jesus invadiu a área e David Braz meteu o cotovelo na bola, pra evitar que ela sobrasse pro palmeirense. Braço afastado do corpo, braço que desceu para acertar a bola com o cotovelo… E o juiz… nada! Que raiva! Não tinha sido suficiente o gambá Oliveira nos garfar e nos fazer sair em desvantagem na primeira partida?

Sentindo dores no ombro, Jesus, que fazia uma bela partida, saiu de campo aos 40′ para a entrada de Rafael Marques. Que triste perder nosso Menino Jesus e vê-lo  sair chorando…

O grito de gol se torcia em nossas gargantas, querendo escapar…. mas o primeiro tempo acabou 0 x 0.

E veio a segunda etapa… a decisão se aproximava do final…

O Santos, que tanto se gaba de um dia ter parado uma guerra, iniciara uma guerra estúpida e imbecil contra o Palmeiras – logo contra o Palmeiras, que parava até o Santos de Pelé – e se dera muito mal, porque não tinha bala na agulha para enfrentar o Palmeiras em seus domínios. E tremia na base… amarelava… se encolhia…

O falastrão David Braz já tinha saído machucado; Lucas Lima, das risadinhas irônicas, era engolido pelo brilhante futebol de Matheus Salles; Ricardo Oliveira, o imbecil “Viola da vez”, não conseguia fazer nenhum palmeirense entrar na sua pilha…

Por outro lado, Dudu e Barrios jogavam muito…  na verdade, o time todo do Palmeiras jogava muito e era bem melhor que o seu adversário. Seria só questão de ter paciência e sangue-frio. Mas sangue-frio só se fosse o das sardinhas amarelentas… porque o sangue verde pegava fogo e fazia o Caldeirão do Porco ferver.

Eu não vi como a jogada foi feita,  só vi a bola morrer na rede lá do outro lado e o grito de gol de 20 milhões de palestrinos (estavam todos lá) se livrar das amarras e explodir no Allianz. Eu me perdi no amontoado de abraços e lágrimas, e gritos de alegria…

Duduzinho, lindoooooo!! Dudu vibrava muito, aliás, vibração foi a palavra dessa noite épica… Com 11′, conseguíamos tirar a vantagem que Luís Flávio de Oliveira, o árbitro da primeira partida, dera ao Santos. E íamos buscar o título…

O Palmeiras jogava muito mais (que partida de Barrios!), merecia a vantagem, e com uma garra do tamanho da nossa vontade de gritar “É campeão”, ia pra cima das sardinhas falastronas…

O tempo passava… A tensão aumentava. Eu sentia tonturas… Barrios sentiu a coxa e deu lugar para Cristaldo. Minutos depois, Lucas Taylor entrou no lugar de João Pedro…

O jogo ia se aproximando dos 40′, e nós íamos ficando cada vez mais nervosos. Eu já não via mais o jogo direito… estava inquieta, rezava… a cabeça voava mentalizando o final de jogo, a festa da torcida.

E então, uma falta para o Palmeiras… Rafa, um amigo, me pergunta: Você lembra da falta em 98? Presta atenção. Sim, eu me lembrava…

Dito e feito! Robinho cobrou lá na esquerda, Vítor Hugo desviou de cabeça, Rafa Marques deu um toquinho e mandou pra área. Com três santistas ali, Duduzinho apareceu como um raio e guardou.

E o Allianz enlouqueceu e se abraçou com o Palestra Italia. Duduzinho, herói do jogo, emocionado, nos emocionava ainda mais na comemoração…  Nossa camisa 7,  finalmente podia sorrir orgulhosa e feliz…

Palmeiras x Santos Dudu (Foto: Marcos Ribolli)

Mas a vida queria fazer mais um herói…

Não entendemos isso na hora em que o Santos marcou  o seu gol, justo quando faltavam poucos minutos para gritarmos o tão sonhado “É campeão”… Não entendemos porque a sorte madrasta tinha levado a decisão para as famigeradas cobranças de pênalti…

Tinha que ser épico, tinha que ser no jeito Palmeiras de ser, e logo compreenderíamos isso…

Eu, que nunca tinha visto nada igual a esse jogo, à essa vibração, à essa  conexão time e torcida, à festa na entrada, olhava a torcida palestrina no Allianz e pensava comigo “não existe outro final pra essa história. O Palmeiras vai ser campeão”… “Prass vai pegar”… Nem Deus, nem Allah, Jeová, a sorte, o destino, o acaso… ou seja lá o que for, seriam tão cruéis com essa torcida tão linda e tão apaixonada…

E me enchi de coragem pra assistir… Ninguém nos tomaria esse título… Em nossa casa mandamos nós!

Com meus terços nas mãos, eu chamava até Oberdan para ajudar Prass, mas acho que ele já estava ali mesmo… eu pensava que todos os heróis palestrinos, até mesmo os que já se foram, estavam no Allianz naquele momento…

Marquinhos Gabriel foi cobrar (“ajuda o Prass, Oberdan”)… e chutou pra fora! O Allianz explodia em alegria…

Zé Roberto foi para a nossa primeira cobrança… e guardou!!! O sangue esquentava na veia. Estávamos em vantagem…

Meu coração estava lá dentro do campo…

Gustavo Henrique foi pra cobrança (“Pega, Prass! Pega, Prass! Você vai pegar!” Eu quase perdia a voz de tanto gritar)… e Prass , maravilhoso, monstro, defendeu! Os palestrinos pareciam em transe de tanta felicidade…

Eu era a criança que encontrara a bicicleta embaixo da árvore de Natal… Meu Deus que felicidade! Chorava, ria e morria de nervoso ao mesmo tempo.

Rafa Marques cobrou e o goleiro do Santos defendeu… Isso fazia parte dos planos da vida para fazer um outro herói…

A tensão era palpável… qualquer erro agora poderia ser fatal… Mas continuávamos em vantagem… era só acertar as próximas cobranças… Alguns torcedores choravam copiosamente…

Geuvânio cobrou e fez para o Santos…

Jackson, com muita competência, guardou para o Palmeiras… Bendito seja o zagueiro que cobra como atacante…

Lucas Lima fez para o Santos…

Cristaldo,  cobrando lindamente, fez para o Palmeiras… raça gringa no Allianz em homenagem ao técnico adversário…

O “rei da farsa e pastor nas horas vagas” fez o terceiro  do Santos, e por muito pouco o Prass não defendeu…

Faltava uma cobrança… se guardássemos essa, o Palmeiras seria campeão… Um chute a gol nos separava de um sonho… um chute a gol… só um…

A cobrança era de Prass, cobrança  do nosso goleiro; aquele, que, profeticamente, a Mancha Verde trouxe em seu mosaico… aquele, que a vida, merecidamente, queria brindar agora com uma página especial em nossa história…

As mãos santas de Prass tinham nos empurrado à final… e, agora, pelos seus pés poderíamos conquistar o título. Prass nos colocaria uma faixa no peito…

Eu não tive coragem de ver… Olhei para o céu, pedi a Deus, lembrei de Evair, que assistia à partida, imaginei que a sua energia estaria com Prass naquele momento… a minha energia toda estava com Prass…

Fernando Prass bate pênalti (Foto: Marcos Ribolli)

Olhando pro céu, prendi a respiração e  esperei o grito da nossa torcida… e nunca mais vou me esquecer da força com que ele ganhou os ares…

https://www.youtube.com/watch?v=RNEYMB3HNyE

Aquela camisa, metade Oberdan, metade São Marcos, com recheio de Prass, corria pelo gramado, enlouquecida de alegria. Prass entrava pra história do Palmeiras, e a gente soltava o grito guardado… É Campeão! É Campeão! Tricampeão!

O mundo ficou mais bonito, o mundo ficou todo verde…

O Gigante Palmeiras estava de pé! Tricampeão da Copa do Brasil, 12 títulos nacionais, o maior campeão do Brasil… E o Gigante batia no peito dizendo: Na minha casa não!

PARABÉNS, PALMEIRAS! PARABÉNS, TORCIDA QUE CANTA E VIBRA!! Foi limpo, legítimo e muito merecido! ¯\_(ツ)_/¯

 

Que dia!

Eu contei os anos, os meses, as semanas, as horas – ainda as estou contando – para chegar esse momento…

Eu sonhei tanto com esse dia, com esse “não conseguir dormir, nem comer”, “não conseguir respirar direito”,  “com esse ser incapaz pensar em outra coisa que não fosse o Palmeiras, o jogo de hoje”, com esse coração apertado, inquieto, louco pra dar uma espiadinha no futuro… eu sonhei com essa ansiedade, esse frio na barriga, que só as lágrimas aliviam… sonhei com todas as imagens que povoam a minha mente agora, e que, aposto, povoam a sua também…

A gente estava sempre deixando pro ano que vem, e depois vinha outro “ano que vem”, e mais outro… e não batíamos nem na trave…

E aqui estou eu, aqui estamos nós, amigo palmeirense, o ano que vem é agora , estamos no dia mais importante do nosso “ano que vem”, a poucas horas da finalíssima da Copa do Brasil… É o Palmeiras em busca do seu 12º título nacional, no mês 12 da graça de São Marcos.

Atravessamos “desertos” imensos, que nos mostravam sempre o mesmo horizonte, a mesma perspectiva… a mesma miragem… “escalamos montanhas”, que pareciam cada vez mais altas e íngremes à medida em que tentávamos subir… e quase nos afogamos algumas vezes também, nos muitos pântanos onde nos atiraram contra a nossa vontade…

Não, não foi fácil chegar aqui – nunca é fácil para quem tem que lutar contra tudo e contra todos, para quem tem que jogar sempre contra 16 adversários (eles são 16 agora)… para quem tem quem enfrentar o fogo amigo… as péssimas administrações… para quem parece ter todos os “escribas” contra si… pra quem é assaltado durante um campeonato todo, até mesmo na primeira partida da final…

Mas somos Palmeiras, e não nos curvamos  às adversidades. Nos fazemos mais fortes com elas. Nós as enfrentamos e as ultrapassamos. E agora tudo está mudado.

Agora, é chegada a última batalha.  Agora, não é mais a hora de “desse jogador eu gosto; desse, não gosto”” esse jogador é ruim, esse é bom”“o técnico fez assim, mas não fez assado”“o presidente isso, o presidente aquilo”… Não, nada disso. Nós, eles… somos todos Palmeiras, e lutamos a mesma luta. E é assim que vamos para a partida final: unidos e mais fortes!

Seja quem for escalado, seja qual for a tática de Marcelo Oliveira… estamos juntos nisso, até o pescoço. Se o MO resolver escalar o massagista e o roupeiro, vamos gritar muito: Ah, é o massagista! Ah, é o roupeiro! É hora de apoio total e irrestrito ao Palmeiras, o nosso Palmeiras.

E é assim que vamos jogar com o nosso time. Vamos fazê-lo sentir que pode contar conosco pro que der e vier, vamos dar a ele a nossa voz, a nossa alma, o nosso amor… e vamos incendiar o Allianz, fazer dele um vulcão, que vai explodir em alegria verde por todos os cantos da cidade, do país, do mundo…

Ninguém vai poder nos deter agora; não, se a nossa vontade for maior que a vontade dos que querem nos deter… ninguém vai poder nos atrapalhar, se a nossa determinação for do tamanho do orgulho de vestirmos a nossa camisa… nada vai ser maior do que a força do Gigante Palmeiras.

Esse sentimento que antecede uma final é do c…… É por causa dele que ficamos arrepiados o dia todo, é por causa dele que choramos a cada cinco minutos… E só quem chega à final sabe como é…

Se queremos a Copa, temos que buscá-la, temos que merecê-la. Agora é em nossa casa, com a nossa gente… é a nossa hora, a nossa vez.

Força, Palmeiras! É a última batalha, guerreiros! Sintam a energia das arquibancadas, se deixem guiar por ela… joguem no ritmo dos vinte milhões de corações que estarão batendo no peito de cada um de vocês…

Não foi ontem, não é amanhã… O ano que vem é agora! Vai Palmeiras… Se joga!!!

TextoFinal-Prass-defende

Abre os braços pra felicidade de ser campeão…

TextoFinal-Allione TextoFinal-RobinhoTextoFinal-Cristaldo

E pode gritar, mas grita muito… Nós queremos ouvir lá da bancada…

TextoFinal-VH-JacksonTextoFinal-RafaelMarques-AroucaTextoFinal-ZéTextoFinal-CristaldoGrita

E, depois, é só correr pro abraço…

TextoFinal-Barrios

E dançar para exorcizar os fantasmas…

TextoFinal-Barrios1

É só comemorar…

TextoFinal-Prass-elenco

É ganhar os ares…

TextoFinal-Cambalhota

É ganhar os céus, e voar…

TextoFinal-Prass-no-ar

E aí vale chorar de emoção… vale chorar de alegria…

TextoFinal-Dudu-PrassTextoFinal-RafaelMarques-PN

Vale agradecer a felicidade, o talento…

TextoFinal-Jesus1

Porque ser Palmeiras é amar…sem medidas…

TextoFinal-ZéRoberto

O PALMEIRAS É GRANDE, E NASCEU PRA SER CAMPEÃO!!

VAMOS BUSCAR, PORCOOOO!!!

Jornalismo de informação é para “os fracos”, a moda agora é jornalismo de alienação… com boas doses de meias verdades, informações distorcidas, para, nas entrelinhas, levar o leitor à comprar uma ideia que, algumas pessoas, em algumas redações, querem vender.

O Palmeiras perdeu do Coritiba, o Santos perdeu do Vasco…

Os dois com os seus times reservas, e, claro, os dois de olho na final da Copa do Brasil, que acontecerá na próxima quarta-feira no Allianz Parque. Mas com uma diferençazinha: enquanto o Palmeiras nada mais aspira no Brasileiro, o Santos ainda brigava pelo G4… e acabou com as suas chances de classificação.

Mas olha só como a rgt, tendenciosa x 1000, publicou a derrota de um e de outro.

O Palmeiras, “travado”; para o Santos, “É quarta-feira”; o Palmeiras, “sem vencer”, e com “pior público” (19 mil pessoas, mais do que cabe na Vila Belmiro); o Santos, “com reservas, concentrado na final da Copa do Brasil”… Como se o Palmeiras também não tivesse jogado com reservas, e como se ele também não estivesse concentrado e de olho na final da Copa do Brasil.

Pra um, uma derrota é significado de time que vai muito mal; pra outro, uma derrota, e o adeus ao G4, é como se fosse nada, e a notícia ruim é minimizada pela lembrança da final próxima…

Isso não é por acaso… Quem escreve sabe escolher as palavras, cirurgicamente. Está clara a preferência da rgt, não é mesmo? E, com tanta preferência (a gente sabe bem o que acontece com os preferidos da platinada), o Palmeiras que abra o olho com o árbitro que for “sorteado”.

No entanto, a rgt e mais um monte de gente por aí, fazem que esquecem de um detalhe: o Santos precisou que, entre outras coisas, o juiz garfasse o Palmeiras, lhe subtraísse uma penalidade máxima e a consequente expulsão do zagueiro santista, para que ele o vencesse pelo placar mínimo. E isso porque o Palmeiras jogou mal, senão, nem com juiz tinha dado…

Todas essas bobagens que estão sendo ditas por alguns jogadores do Santos, por alguns de seus torcedores jornaleiros deixam claro que eles têm medo do Palmeiras sim.

Fosse o contrário, nem se dariam ao trabalho…

Não vai ser mole no Allianz, como pensam alguns… mas não vai mesmo.

Prepare-se, rgt, preparem-se haters, o Caldeirão do Porco vai ferver!!

MOSTRA PRA ELES, VERDÃO!

“Todo e qualquer time tem o direito de ganhar, perder ou empatar os seus jogos pelos seus próprios méritos, ou deméritos. Um árbitro não pode interferir nisso, ainda mais em uma final… isso seria como um assalto, cuja arma seria o apito”  – Tânia Clorofila

A PF deveria fazer uma limpa no futebol brasileiro. Uma Operação “Apito a Jato” cairia bem por aqui… porque a coisa tá feia… as arbitragens acabaram de fazer o campeão do “Edilsão 2015” e está parecendo que querem fazer o da Copa do Brasil também.

O Palmeiras conseguiu o feito inédito – ou será que foram as arbitragens mandrakes que se superaram? – de ser garfado por dois árbitros diferentes numa mesma partida. Luís Flávio de Oliveira, nosso velho “conhecido”, operou o Palmeiras, sem anestesia, e numa final de campeonato – passou mal depois (aposto que não foi de remorso), foi substituído, e o seu substituto, Marcelo Aparecido de Souza, terminou de fazer a lambança. Foi a primeira vez  que um “jogador itakera” foi substituído num Palmeiras x Santos.

Entre outras coisas (falta violenta em Jesus, sem nenhuma punição para o agressor; cartões amarelos para o Palmeiras por qualquer motivo; Ricardo Oliveira apitando a partida (será que é parente?), Lucas(PAL) expulso – pelo árbitro substituto -, mas Lucas Lima(SAN) que acertou a cara do nosso Lucas antes, continuou em campo e nem amarelo levou), “Mr.Magoo” Oliveira deixou de marcar um pênalti absurdo e escancarado em Barrios, e de expulsar o zagueiro do Santos pelo pênalti cometido. Isso mudaria completamente a partida, não é mesmo? É assim que fazem o resultado de muitas partidas. Por causa disso, e só por causa disso,  o Palmeiras saiu derrotado da Vila Belmiro pelo placar de 1 x 0.

Foi tão escandaloso o pênalti que praticamente toda a imprensa esportiva – até a rgt –  confirmou que Barrios fora mesmo tocado por trás pelo zagueiro santista, quando entrava na área com clara chance de gol. Na Band, até o Neto confirmou o pênalti. E quando até o Neto afirma que foi pênalti para o Palmeiras, é sinal  que o lance teve até “tiro” e “facada”…

Porém, apareceram alguns legitimadores do erro do árbitro – o que acabou servindo de senha para que boa parte da opinião pública desse o veredito de lance normal, e as reclamações dos palmeirenses parecessem infundadas – é sempre assim.

Na Fox, foram dois jornalistas “destemidos” e familiares e um ex-árbitro a contestar o lance. Um dos jornalistas, diria que “houve o atropelamento, mas não houve o pênalti” (Santa falta de senso, Batman); o outro, depois de ser muito contestado por torcedores, por ter afirmado que não havia sido pênalti, acabou dizendo que o lance foi polêmico e, portanto, não se poderia culpar o árbitro (tô bem na fita com todo mundo, benhê! E em cima do muro!).

MuroBeting

Já o ex-árbitro, Simon – aquele, que operou o Brasiliense diante do S.C.Itaquera, numa final de Copa do Brasil, e que também operou o Palmeiras num campeonato brasileiro, diante do Fluminense, invalidando um gol de Obina, porque ele “teria cometido pênalti” (no jogador que o agarrava por trás) – afirmou com todas as letras que Barrios tropeçara em sua própria perna.

Apareceu até o Chefe da Arbitragem, Sérgio Correia, para, baseado em uma imagem(!?!?), dizer que o lance fora legal e que Barrios tropeçara. Ele declarou: “Por essa foto dá pra ver claramente que Barrios tropeçou”. Por essa foto? Como assim? Tem que ver o vídeo! Se a avaliação do Chefe de Arbitragem é nesse nível tão “profissional”… imagina a arbitragem como é, né?

Roubo-CopadoBrasil-SergioCorreia

Quantas afirmações equivocadas, equivocadamente formando opiniões…

Vejamos o quanto Barrios “tropeçou”, o quanto “foi polêmico” o lance, o quanto esse “atropelamento não foi pênalti”, o quanto ele “foi Pelé em chutar a própria perna”… Vamos ver o vídeo que o Sérgio Correia tinha por obrigação ver, mas parece não ter visto…

A penalidade é incontestável e, depois desse vídeo, só continuarão a negá-la os que forem deficientes visuais, intelectuais ou muito mal intencionados…

Precisa desenhar?

https://www.youtube.com/watch?v=XKukmaIrWOM

Barrios foi tocado em seu pé direito, depois, em sua perna esquerda e, pra arrematar, foi pisado em seu pé esquerdo… um pênalti três em um… e o corintiano Oliveira não viu, o bandeira também não, nem o quarto-árbitro (que sempre costuma “apitar” em nossos jogos), não apareceu nem um delegado “baluta”, ninguém se valeu de imagens externas para “soprar” para o juiz…

Como se já não bastasse o que o Ceretta fizera na final do Paulistão (na mesma Vila Belmiro, diante do mesmo Santos)… O PALMEIRAS FOI GARFADO NA FINAL DA COPA DO BRASIL TAMBÉM!

Na conta de quem vai ficar isso, eu não sei. Mas sei que tinha que ter punição, e severa, para um árbitro que faz um resultado de partida, com o agravante  de ser uma final. O Palmeiras tem que processar os responsáveis por isso, não pode aceitar isso passivamente. É muito fácil prejudicar um time e ficar tudo por isso mesmo… ficar tudo na conta do erro. Depois, basta aparecer um torcedor profissional de imprensa e sair com essa pérola:

https://www.youtube.com/watch?v=-brhqsQWELM&feature=youtu.be

“O Palmeiras não tem o direito de colocar a conta do resultado no erro da arbitragem, porque não jogou nada” – Carlos Cereto

Veja só…  se um time não jogar bem, não pode reclamar de ter sido prejudicado pelo árbitro? De onde essa pessoa tirou essa pérola? É a “legitimação do estupro”…

Uma mulher não pode reclamar de ser estuprada porque saiu na rua de saia curta e blusa decotada, e o Palmeiras não pode reclamar de ser roubado, NUMA FINAL, porque jogou mal…

Jogou mal sim, mas só saiu derrotado por causa do árbitro.

As arbitragens, são péssimas, horríveis, tendenciosas; a imprensinha, parece que vai pelo mesmo caminho…

E O PALMEIRAS… FOI GARFADO NA VILA BELMIRO, DE NOVO!

“Depois de tudo o que passamos, não vamos deixar ninguém nos tomar esse título, esse sonho. NEM A PAU!” – São Marcos

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Há 15 anos não sabíamos o que era fazer duas finais no mesmo ano…  Mas os tempos mudaram.

Fomos trocando de caminho, saindo daquela estrada errada, que não nos levava a lugar algum… e quantas pedras encontramos… como foi difícil ter paciência para trocarmos de caminho… quanta turbulência nos chacoalhou quando tentamos sair do chão e voar…

Mas, entre caminhadas, algumas tímidas tentativas de voo, gols maravilhosos, dribles, Allianz Parque sempre lotado, muita vontade, disposição e alegria (sim, tivemos muitas alegrias), aqui estamos nós! Na segunda final de 2015.

Chegou o hoje… Um hoje de 20 títulos nacionais em campo (11 deles do Palmeiras)… Um hoje, como todos os outros “hojes” em que fomos felizes, construído a duras penas, passando por cima de todas as adversidades possíveis e imagináveis…

Torcedores, jogadores, comissão técnica e dirigentes sabem como foi duro vencer adversários difíceis, vencer as arbitragens tendenciosas, os pênaltis não marcados, vencer as inesperadas lesões, os desfalques, as cirurgias, as dores, a pressão… as notícias, propositadamente turbulentas e venenosas… o deboche de alguns adversários, que, em fim de carreira, vão confundindo talento com polêmica, provocação e falta de fair play…

Mas sabemos também como ficamos mais fortes quando nos colocaram à prova, quando duvidaram da nossa capacidade; como ficamos insuperáveis quando estivemos unidos e nos mantivemos alegres, e como essa força nos empurrou pra frente, mesmo quando até pareceu que não ia dar…

“Ah, do Cruzeiro o Palmeiras não vai passar”“O Inter tem mais time do que o Palmeiras e tem todas as chances de passar à semifinal”… “O FluminenC leva uma boa vantagem para a segunda partida e tem mais chances de chegar à final”… “A final será entre FluminenC e Santos”… blá blá blá… mimimi…

As  fichas dos “eshpecialishtaish de futebol” eram/são todas apostadas em nossos adversários… sempre.

E olha a gente aqui. Contrariando a “lógica torcedora rival” de alguns “jornaleiros”, e a “bundamolice” de outros tantos, estamos a um punhado de horas de realizarmos um sonho… Não dormimos direito essa noite, não conseguimos comer direito, os batimentos do coração já tem ritmos de arquibancada, e não conseguimos deixar de pensar no jogo, de imaginar lances, jogadas, dribles e gols…e camisas verdes se abraçando, e bandeiras verdes sendo agitadas… e lágrimas verdes de felicidade… vitória do Verdão…

Não vemos a hora da hora chegar…

Mas, de novo, eles dizem que não podemos… de novo eles nos subestimam, de novo eles esquecem a força dessa camisa e dessa gente verde-esmeralda. De novo eles minimizam a garra de nossos jogadores. De novo ignoram os méritos  que nos trouxeram até aqui…

Vamos mostrar que podemos sim, e podemos muito. Temos time, torcida, uma vontade do c……. de conquistar esse título…  temos tudo o que precisamos.

A sorte está lançada. Eu boto a maior fé no Verdão, e é claro que esse título foi, e é sonhado, mentalizado, desejado, rezado, esculpido e desenhado… Claro que eu quero essa Copa.

Mas eu sempre disse nos meus textos, e repito agora, durante todo esse tempo – que ficou pra trás graças a Deus – o que eu queria mesmo era isso: poder sonhar com um título, disputar um título… Tinham tirado o meu direito de sonhar.

E então, eu só sonhava que sonhava…

Sonhava que sonhava com esse frio na barriga e esse nó na garganta…

Sonhava  com essa ansiedade e esse sorriso besta que fica na cara da gente o tempo todo…

Sonhava em contar os dias, as horas, os minutos pra chegar a hora de um jogo…

Sonhava em ficar um tempão decidindo qual seria a “camisa da sorte” que eu deveria vestir… e quais as superstições que eu teria que alimentar…

Sonhava com poder comprar o ingresso pra final…

Sonhava em estar sonhando, como estou agora, com gols do Palmeiras, e dribles, e comemorações em campo… e abraços e gritos… lágrimas de alegria…

Sonhava com a Que Canta e Vibra cantando muito alto, feliz, altiva…

Sonhava em ver meu Palmeiras de volta ao seu lugar… nas finais.

Sonhava com as lágrimas que correm no meu rosto agora…

Posso estar apreensiva, ansiosa, insone, com borboletas no estômago, rezando, mentalizando, sonhando, desejando, chorando emocionada… mas, de verdade, estou com o coração em paz… com a alma plena, orgulhosa do Palmeiras e muito feliz!

E aos que não acreditam no Palmeiras, só digo uma coisa: Segurem-se nas cadeiras, porque o Verdão vai buscar! E a sua fantástica torcida vai com ele.

E que assim seja.

BOOOOOORA, PALMEIRAS!

Que não nos faltem os lindos dribles e passes de Dudu, nem as jogadas do Menino Jesus… que não nos falte a garra do Prass, do Rafa, do Cristaldo, do Zé, do Mouche, do Amaral… que não faltem as cabeçadas certeiras de Vitor Hugo, Barrios, Jackson e Rafa Marques… que não nos faltem as pinturas em forma de gol de Robinho, nem os desarmes de Arouca, Lucas e Egídio… que não nos faltem a fibra e a experiência de Zé Roberto, nem a segurança de Vitor Hugo… que não nos faltem as maravilhosas mãos e defesas de Prass…

E que não nos falte sabedoria pra discernir entre esperar e avançar…  nem calma e paciência pra lembrar que a decisão será no Allianz Parque… que não falte “jogar com a alma e o  coração” a nenhum palmeirense em campo… e, claro, que não nos faltem gols, muitos deles, na rede adversária.

Alegre-se palestrino, torça muito, o nosso Palmeiras está de volta… e quer ser campeão.

À luta, Verdão,  que o amor imenso da sua gente, amor que nunca está em falta, te conduza.

VAMOS BUSCAR A COPA!

 

 

 

“Se em 2012 nós fomos a Curitiba para encerrar uma noite de 2011, agora chegou a vez de acabar com aquela maldita tarde de 2009 no Macaranã” –  by @forzapalestra

Em 2012, diziam que a gente “não ia ganhar do Grêmio no Olímpico”… que “não íamos conseguir segurar o time de Luxemburgo aqui em Barueri”…

Diziam que o Coritiba estava melhor… que “não ganharíamos no Horto”… pintaram até uma certa estrela de campeão  numa certa parede…

Todos desconfiavam do nosso time… colocavam mil senões nas nossas chances… Todos – rivais, imprensa – nos davam por derrotados…

Mas nós nunca deixamos de acreditar… abraçamos o nosso time, fomos abraçados por ele e, juntos, encaramos os nossos problemas e fomos à luta… remendados, desacreditados, roubados na semifinal e nas duas finais…

E o que aconteceu ficou na história… na nossa história…

Conquistamos a vaga pra final e fomos campeões depois! Mesmo com desconfianças e desfalques, deu Verdão!  Com sequestro e apendicite, deu Verdão! Com juiz roubando, com pênaltis não marcados e expulsões injustas, deu Verdão! Com pancadaria, com soco na cara, com chute no saco, deu Verdão!

Deu Verdão… na força da nossa gente! Na raça e na fibra de nossos jogadores… no maravilhoso Corredor Alviverde… no frio e na chuva… nos aplausos, nos gritos, nas orações, nos risos e lágrimas de alegria… nas mãos apertadas, nervosas; na respiração suspensa… nos milhões de corações palestrinos que “entraram em campo”… na valentia de nossos heróis (sim, eles foram nossos heróis)… na fé do sangue verde-esmeralda…  e sabe por que?  Porque aqui é Palmeiras, porra!

VAMOS BUSCAR A VAGA, PALMEIRAS!!!! RUMO AO TRI !!!

E não esqueça que hoje é dia de obrigação. Sim, obrigação.

A OBRIGAÇÃO HOJE É A DE LUTAR! É obrigação honrar a camisa verde-esmeralda mais linda do mundo! É obrigação correr, e correr muito dentro de campo! É obrigação se entregar  de corpo e alma! É obrigação não temer o adversário! É obrigação “dar o sangue” e brigar por cada centímetro do gramado do Allianz Parque! É obrigação ir pra cima do inimigo! É obrigação aliar talento e malícia, muita vontade e sabedoria, sangue nos olhos e muita calma…

É obrigação ter a responsabilidade que o momento exige e ter muito cuidado com a arbitragem também… É obrigação não desistir nunca, um segundo sequer, até o apito final… É obrigação jogar no  ritmo do coração da Que Canta e Vibra…

É obrigação bater no peito e dizer “Eu tenho orgulho de ser Palmeiras”!

Tudo o que nós, torcida, jogadores, comissão técnica e diretoria, queríamos é que chegasse esse momento, era estar nesta batalha. Sonhamos com ela, lutamos para estar aqui. E queremos mais, queremos estar na final. Então… Booora, Palmeiras! Vamos buscar!

Nós confiamos em vocês. E faremos a nossa obrigação também. Vamos cantar e torcer, vamos fazer tremer o Allianz Parque, apoiar e empurrar o nosso time os 90 minutos e além deles, carregar nosso time nas costas se preciso for, vamos “entrar em campo e jogar também”…

Tamojunto, Verdão!! É PRA  JOGAR COM A ALMA E O CORAÇÃO!! E VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

……..

Quando a gente pensa que a bandalheira das arbitragens acontecem só no campeonato Brasileiro – campeonato, que a CBF parece ter decidido que seria disputado por um time só (se ela não concordasse com árbitros decidindo partidas para favorecer um único time, se não tivesse interesse nisso, certamente já teria punido esses apitadores e auxiliares todos, e até o tal do Sérgio Correa) -, eis que a gente vê a mesma coisa acontecer na Copa do Brasil.

Fase de mata-mata, onde um erro capital pode decidir uma classificação,  e nos vemos às voltas com alguns “erros” capitais cometidos pela arbitragem. Claro que o jogo ao qual  me refiro é o do Palmeiras.

O Verdão, brigando pela vaga na semifinal da Copa do Brasil, foi ao sul enfrentar o Internacional na primeira partida do mata-mata. E, muito embora, o Palmeiras, no primeiro tempo, tenha deixado o (ruinzinho) time do Inter jogar mais do que eu gostaria que ele jogasse – Prass teve que fazer uma defesa importante num chute de Alex, Valdivia genérico errou feio numa chance que teve para marcar -, muito embora o Barrios tenha perdido um gol feito na cara do goleiro (na segunda etapa, Jesus também perderia um gol), foi o Palmeiras quem jogou melhor e quem teve a chance de ouro para abrir o placar.

Pênalti em Dudu – uma paulada/rasteira por trás -, que a arbitragem milagrosamente marcou (acho que na Copa do Brasil pode) e que Barrios foi cobrar. O goleiro conseguiu rebater a bola, um jogador do Inter chegou a tempo e colocou-a pra fora.

Isso é o que você lê na maioria dos portais. E aconteceu mesmo, mas não foi exatamente assim… ou melhor, não foi só isso, estão faltando algumas informações.

Lembra daquela cobrança de pênalti do Henrique, num Palmeiras x Galo de 2014, que o árbitro, aplicando a regra, de maneira extremamente rigorosa, fez voltar porque tinha havido invasão?

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Lembra que, na segunda cobrança, houve invasão de novo, mas, curiosamente, o “tão rigoroso” juiz, abdicando de ser rigoroso dessa vez, não mandou voltar (vai ver, foi porque o Henrique já tinha perdido mesmo)?

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Então… lá no sul, não só teve invasão, como teve o invasor se favorecendo com a invasão e mandando pra fora a bola que o goleiro do Inter rebateu, e que ia ficar “vivinha” para Barrios não fosse o invasor estar ali . Confira nas imagens abaixo:

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O Inter, o time infrator, se beneficiou muito com a invasão, não é mesmo? E o juiz, Sandro Meira Ricci, que precisava/deveria ter determinado que fosse feita uma nova cobrança nada fez  (Barrios já tinha perdido na primeira mesmo, né?). Qualquer juiz que tenha feito o “Ensino Fundamental da Arbitragem” deveria saber isso. Não precisa ser universitário do apito ou PHD pra saber essas coisas, tão básicas. Pisou na bola o juizão, não é mesmo?

O jogo ficou mais ou menos equilbrado, mas os chutões do Palmeiras o deixavam menos perigoso – o time funciona melhor se toca a bola. E o primeiro tempo acabou assim, com o Palmeiras melhor que o Inter apesar dos  dois gols desperdiçados..

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou sem mudanças, e o Rafa Marques e o Allione, que eu achava que deveriam ter entrado jogando, continuavam lá no banco…

O Verdão dava umas cutucadas no Inter, mas  foi o Inter quem abriu o placar. Oito minutos de jogo,  e  Alex arriscou um senhor chute de fora da área e guardou. Prass nada pôde fazer… Ele estava adiantado, eu achei, mas achei também que o chute seria indefensável mesmo se ele estivesse mais atrás.

O Palmeiras, que voltara melhor na segunda etapa, mas ainda deixara uns buracos na defesa – por pouco não se complicou em alguns lances -, tinha que correr atrás do prejuízo. Jesus tentou, mas a bola parou no travessão. O Palmeiras, buscando a reação, tinha mais posse de bola, mas ainda sofria por não criar.

O Inter, temendo a reação do Palmeiras, recuava e dava claras mostras que a sua maior preocupação era não tomar gol.

MO, tentando pressionar mais o Inter, chamou Rafael Marques e Cristaldo para os lugares de Arouca e Barrios (só não entendi porque foi o Arouca quem saiu e não o Amaral).

Dois minutos depois das alterações, Jesus desceu pela esquerda e tocou rasteiro pelo meio da zaga inimiga para encontrar Lucas, que descia pela direita. Lucas levantou pra área e o iluminado Rafael Marques (15 gols na temporada, que acabara de entrar no jogo), aparecendo entre os zagueiros e subindo lá no terceiro andar, meteu uma cabeçada certeira na rede do Inter. Um gol lindo, que fez o Rafa Marques e a torcida do Palmeiras comemorarem muito, e que me fez pular feito louca diante da TV. Bendito sejam os gols que o Palmeiras faz na casa dos adversários!

O Inter sentiu o gol tomado, e o Verdão, que estava bem mais ofensivo depois das alterações, foi pra cima.

Quatro minutos depois do gol de Rafa Marques, Dudu deixou a bola passar, Gabriel Jesus dominou, ia pro gol, com todas as chances de virar a partida, e foi derrubado na área pelo goleiro Alisson, do Inter, mas a arbitragem, assim como já tinha acontecido no derby, quando Cássio fez pênalti em Jesus,  nada marcou – assim é fácil para alguns, né? Se o árbitro ajuda um time a se defender, como é que o outro terá condições de virar uma partida? No “Ensino Fundamental” da Arbitragem o Sandro Meira Ricci não aprendeu que isso é pênalti??

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Para o Palmeiras, essas coisas são sempre “o jogador do Palmeiras disputou a bola com o goleiro”, “o goleiro saiu na bola”, “é discutível”, “precisamos ver melhor o lance”, o árbitro não tinha condição de ver” (olha a carona de tacho do bandeira lá atrás)… e é assim que a roubalheira corre solta nos gramados do Brasil Brasil, que, pelo visto, só vai voltar a ganhar uma Copa do Mundo quando conseguir fazer tramoia na arbitragem do mundial também.

Com o jogo em seus minutos finais – e esperto com o juizão mandrake – , o Palmeiras ficou mais atrás esperando o contra-ataque do Inter. E segurou o resultado, trazendo a vantagem de jogar por uma vitória simples ou, até mesmo, por um empate de 0 x 0.

O resultado foi bom pra gente, claro, mas, por ter jogado mais do que o Inter, teria sido justo se o Palmeiras tivesse saído com a vitória. E só não saiu porque Sandro Meira Ricci, o árbitro da partida, não deixou.

Quarta-feira tem a segunda partida.

BOOOORA LÁ, PARMERADA!! VAMOS LOTAR O ALLIANZ E AJUDAR O VERDÃO A SE CLASSIFICAR.

Meu ingresso já está comprado, e o seu?