Apesar de andar meio sem tempo para escrever no blog (estou preparando uma matéria especial, que está me tomando muito tempo e  atenção), não poderia deixar de escrever sobre o clássico diante do São Paulo – nosso adversário favorito no Allianz Parque -, que nesse início de brasileirão era líder, invicto, até encontrar com o Palmeiras na noite de sábado…

É verdade que andávamos bem ressabiados (alguns parmeras estavam surtando) com o Palmeiras por causa das duas derrotas nos dois últimos jogos, antes do clássico. Ressabiados mais com o futebol insosso que estávamos vendo o time jogar do que com o resultado propriamente dito – tem muita água pra passar debaixo dessa ponte ainda.

E, se por um lado, sabíamos que o Palmeiras, vindo de duas derrotas seguidas, deveria estar com a sua confiança abalada, enquanto o adversário, invicto e líder, vinha cheio de confiança, por outro lado, não podíamos nos esquecer que, desde a inauguração do Allianz Parque, já tínhamos jogado 6 vezes contra eles ali e obtido 6 vitórias – 18 gols marcados pelo Palmeiras (com algumas coberturas sensacionais) e apenas 3 sofridos. Era uma boa ocasião para conseguirmos a sétima vitória…

E foi um jogão… time e torcida bateram um bolão.

No primeiro tempo, a torcida jogou bem, mas em campo o jogo foi mais amarrado, o Palmeiras quase nada criou – Sidão faria uma defesa com quase 40′. O Palmeiras procurou ir ao ataque, mas sem criar “a” jogada de gol… o futebol ainda estava insosso. Faltava um meia pra jogar com Moisés (ele é volante). O São Paulo, por sua vez, de perigoso mesmo, também não tinha muita coisa. Na verdade, embora tentassem, os dois times não criavam. O São Paulo descia o pé nos palmeirenses. O árbitro matava a gente de raiva, invertia faltas, escanteios, sempre em prejuízo do Palmeiras – ele deixaria de amarelar muitos leonores na partida, alguns deles, merecedores do segundo amarelo.

Embora não agredisse o adversário, o Palmeiras não me parecia vulnerável. No entanto, com quase 30′ de jogo, o improvável aconteceu, e o Palmeiras deu um gol de presente para o inimigo. O jogador leonor cobrou um lateral mandando a bola na área, e Dracena, que poderia ter cabeceado a bola pra qualquer lugar longe do nosso gol, teve um insight errado e escolheu atrasar para Jaílson. Marcos Guilherme apareceu no meio do caminho da bola e nem ele e nem Jaílson a pegaram… e ela foi parar dentro do gol, sem ter tocado no pé de adversário algum – ainda que Dracena tenha errado, achei que Jaílson poderia ter sido mais esperto no lance (as chances de chegar na bola eram iguais pra ele e para o adversário), sem contar que faltou comunicação ali entre goleiro e zaga.

O Palmeiras sentiu o gol doado, e se desestabilizou no jogo (a torcida não conseguia acreditar no que tinha acabado de ver. Demos um gol pra eles e em uma jogada que não ia dar em nada)… o adversário, por sua vez, se encheu de confiança e cresceu no jogo. Jaílson se esticou todo pra fazer uma boa defesa e mandar pra escanteio um chute de Reinaldo.

Keno sofreu falta dura de Anderson Martins, que tinha que levar cartão – seria o segundo – e o juiz não deu. Mas deu para Felipe Melo e Dudu… por reclamação. Que filho da mãe. A torcida não se cansava de homenagear o árbitro, e não parava de cantar pra empurrar o Palmeiras também.

O Palmeiras até ensaiou uma pressãozinha, mas fomos para o intervalo no prejuízo… Roger ia ter que acertar as coisas, ia ter que trocar algumas peças…

Na volta do intervalo o time era o mesmo, e muita gente reclamava por isso, mas o futebol já começou a parecer diferente, melhor. Logo de cara, Bruno Henrique cabeceou pro gol e ela passou pertinho… Em seguida, Keno foi empurrado e derrubado na área, e o árbitro nada marcou… Maledeto! Mesmo sem ter feito nenhuma substituição, Roger parecia ter acertado mais o time. No entanto,  esperávamos que ele mexesse na equipe também.

O Allianz cantava… a torcida chamava a reação…

A primeira substituição foi na marra… Diogo Barbosa, com dores, deu lugar para Victor Luís.

E, então, Moisés achou Keno lá na direita… ele desceu até a linha de fundo e cruzou rasteiro, o goleiro espalmou na direção de Willian, que, rápido, chutou e mandou pro fundo do gol… GOOOOOOOOOL!! O Allianz explodiu em gritos e alegria no gol do BGod!

Mas tivemos que esperar pela confirmação do gol. Até agora, não entendi de onde surgiu a dúvida de que o nosso gol legal pudesse ter sido irregular uma vez que, assim que a bola entrou, o juiz apontou para o meio, o bandeira não levantou a bandeira, portanto, nenhum dos dois viu nada errado no lance. E era só o que faltava, né? Uma interferência externa (?!?) para se anular um gol legal…

Os jogadores do Palmeiras correram até o bandeira, Antonio Carlos cresceu pra cima dele (adorei),  a torcida chiava muito, xingava o juiz, enlouquecida com a possibilidade de (mais) uma mutreta pra cima do Verdão. O gol tinha sido legalíssimo. O que iriam inventar dessa vez? E então, depois de mais de 1 minuto, o gol foi validado. E o Allianz explodiu em festa de novo…

“O Palmeiras é o time da virada… o Palmeiras é o time do amor”… A Que Canta e Vibra não economizava a voz… O Allianz ia se tornando mágico, eletrizante – a gente sempre sente o momento em que a energia parece mudar,  e, assim como mandamos a nossa energia para o campo, sentíamos a energia que vinha do nosso time…

Os leonores, que estavam só se defendendo no início do segundo tempo, sentiram o gol, e sentiram muito. Dava pra percebermos lá da bancada. O Palmeiras fez o gol na hora certa, nos primeiros dez minutos do segundo tempo e ia crescer na partida. Tinha tempo de sobra pra virar o jogo.

Keno, que tinha sentido dores no lance do gol, deu lugar para Hyoran… e  Hyoran faria uma bela partida (já tá merecendo a camisa titular).

O Palmeiras ia chegando… e o Allianz não parava de cantar… Sabíamos que o segundo gol não demoraria… E foi um golaço! 22 minutos… Hyoran tinha a bola e procurava um espaço, mas deixou a bola correr um pouco mais, Militão chegou chutando, pra dividir, e na dividida, a bola chutada por Militão bateu em Hyoran, espirrou, e sobrou pra Willian lá na frente (ele estaria impedido caso, e se, Hyoran tivesse feito/tentado fazer o passe pra ele, ou se o toque fosse de forma deliberada, intencional, o que não aconteceu. A bola, na dividida, veio do jogador do São Paulo e bateu no parmera, o que não tira e não coloca um jogador em impedimento). O BGod, jogando muito, pegou de primeira e virou o placar. Golaço!

Aí a torcida enlouqueceu. Mais de 32 mil torcedores cantando forte, empurrando o Palmeiras para a vitória…

Sabe aquelas coisas que de  tão deliciosas parecem inacreditáveis? Então… 2 minutinhos depois,  quando ainda comemorávamos o golaço de Willian, Moisés mandou uma bola ‘daquelas’ para Hyoran lá na direita, Hyoran avançou com a bola dominada e deu um passe perfeito para Dudu, que entrava do outro lado… o “dono” (artilheiro) do Allianz, tão logo a bola chegou à sua frente, deu um mergulho, e  de ‘peixinho’ mandou a bola pro gol… que gol espetacular!

Quase morremos de felicidade… Amigos se abraçavam, desconhecidos se cumprimentavam… todo mundo gritando de alegria… os sorrisos imensos, que não cabiam na boca, não cabiam no Allianz…

E o baixinho surtou no gol, comemorou como nunca – e como sempre -, bem na minha frente. Quase morri de emoção, fiquei toda arrepiada, chorei, vendo a explosão de Dudu, que gritava muito, vendo o time todo vir comemorar com ele, vendo os reservas todos saírem lá do banco e virem festejar com Dudu (sinal de que ele é importante para o grupo, né?)… que momento lindo! Lindo, porque era gol do Palmeiras, e porque era o gol que selava a nossa vitória – o Palmeiras estava ‘on fire’ e sabíamos que não perderíamos aquela partida de jeito nenhum… lindo, porque estávamos vencendo o SPFW pela sétima vez consecutiva no Allianz,  e porque era gol do de Dudu, nosso craque, que estava jogando um bolão, e que merecia tanto aquele gol. Eu poderia viver o resto da minha vida naquele momento…

Achei até que o Palmeiras faria mais gols – e quase fez mesmo -, tamanha era a disposição do time (quando o esquema se acerta, quando as peças se acertam, o Palmeiras sobra em campo mesmo), mas o São Paulo, abatido e batido, caprichava ainda mais nas faltas – Dudu e Hyoran eram alvos de muitas botinadas -, com a benevolência do juiz.

Moisés, que fez uma partidaça, também sentiu dores e deu lugar para Thiago Santos.

Eu só esperava por mais um gol nosso, ou pelo final do jogo. Sabia que nada diferente disso aconteceria. O Palmeiras dera um gol de presente, é verdade, mas depois disso não deixou passar mais nada… e, aos 49′, o jogo acabou, com muitos aplausos da torcida para os jogadores do Verdão.

https://www.youtube.com/watch?v=5RIRQKrk2n8

E no final daquela noite de sábado, que já era quase domingo, um mar de gente vestindo verde e branco ganhou as ruas… um mar de pessoas encantadas com os gols do Palmeiras, com a virada do Palmeiras…  gente que comprava cerveja e pizza no meio da rua, e que falava alto, rindo, gesticulando… falava do jogo, dos lances, dos gols… aquela gente toda ia pra casa, ou ia continuar os embalos de sábado à noite, leve, rouca, feliz da vida… e contando…  7 vitórias… 21 gols marcados… 4 tomados (e 1 deles foi de lambuja)…

É “tabu” que fala, né?

 

 

 

 

 

16 pontos de 18 possíveis… 5 vitórias e 1 empate… 3 vitórias fora de casa – até mesmo contra o Boca, em La Bombonera (uma vitória histórica, o único a bater o Boca em seus domínios por mais de um gol, em uma Libertadores)…  líder geral da competição… 301 gols em Libertadores – é o clube brasileiro que mais balançou as redes na competição sul-americana… Não me lembro de uma outra ocasião em que começamos tão bem uma “Liberta”(e tem gente que reclama)…

O Palmeiras já estava classificado para as oitavas desde o jogo em La Bombonera e, por isso, Roger, que faz um bom trabalho no Palmeiras, optou por escalar alguns jogadores que não vêm jogando. Difícil chamar um Prass de reserva, né? Do time de sempre, Dudu, Willian e Borjão da Massa – jogando contra o seu time de infância, de coração, time da cidade em que ele nasceu…

Na Argentina, o Boca Juniors precisava ganhar do Alianza e torcer por uma vitória do Palmeiras para poder se classificar… O Palmeiras tinha que vencer para o Boca se classificar e muita gente achava que o Palmeiras iria “entregar” o jogo só para tirar o time argentino da competição. Alguns poucos palmeirenses, esquecendo a grandeza do próprio time, queriam que o Palmeiras entregasse… Ah, tá…

Pra desespero daqueles torcedores mais impacientes (burrinhos?), que sonham com um time utópico, de jogadores utópicos, que nunca erram nada, nunca perdem uma bola – tem gente que vai para o estádio achando que só vai ver acertos -, o primeiro tempo ficou no 0 x 0, por causa do árbitro e por causa dos goleiros – nossa defesa estava bem também, Vítor Luís fazia uma boa partida…

Aos 10′, Borja foi empurrado na área (por braço e joelho do adversário), sofreu um pênalti, e Enrique Cáceres, o árbitro paraguaio, no sentido literal e figurado – mandou seguir…

………………..

 

Prass, em seu quarto jogo em 2018, foi monstro na partida (o Palmeiras, graças a Deus, está muito bem servido de goleiros), meteu um cadeado no gol e não entrou nada ali. Fez três grandes defesas, naquele jeitão Fernando Prass de ser (ele tem o dom de me emocionar) e segurou o ímpeto do Junior, que lutava pela classificação. Era ele ou o Boca que passaria à próxima fase. O goleiro colombiano, por sua vez, também segurou Dudu, Guerra e Borja em suas tentativas.

………………..

………………..

………………..

Apesar de ter faltado aquela última bola certinha, o Palmeiras rondou a área do Junior no primeiro tempo, mas o gol não saiu e, quando o juiz apitou o final, alguns torcedores – não foi toda a torcida no Allianz – vaiaram o time.

No segundo tempo, o Palmeiras foi pra cima,  Tchê Tchê arriscou de longe e a bola pegou o travessão…  no ataque seguinte, aos 6′, Borjão da Massa fez explodir o Allianz. Mayke cruzou rasteiro, o goleiro não conseguiu segurar, os colombianos do Junior se atrapalharam, e Borja se aproveitou e mandou pro gol. Zagueiros e goleiro só puderam olhar a bola entrando no gol.

Três minutos depois, o juiz “achou” um pênalti de uma jogada normal, onde Luan, na disputa por espaço, apenas fez a proteção na passagem. O Borja empurrado na área ele não viu, mas viu um pênalti que não existiu… Ah, tá…

Mas o Prass estava no gol, né? Como sempre faço, não assisti à cobrança… fechei os olhos e pensei em Prass, pensei que ele não merecia tomar gol de um pênalti inventado… pensei que ele merecia, pegar o seu 13º pênalti com a camisa do Palmeiras… e todos sabíamos… se tem pênalti, o Prass pega.

“Acordei” com o grito da torcida e, enquanto comemorava com meus amigos, só conseguia olhar o Prass em campo, prestar atenção no muito que ele comemorava ali sozinho, erguendo os braços,  gritando, batendo no peito… Ah, Prass, seu lindo… emocionante… vontade de pular lá e dar um abraço gigante nele.  “PQP, é o melhor goleiro do Brasil, Fernando Prass”… gritava o Allianz Parque. Merecidíssimo, partida monstro de Fernando Prass.

………………..

………………..

E a noite nos prometia mais alegrias… Prass deu um chutão lá pra frente e achou Willian (Prass, em dia de Prass, fez o lançamento), e o BGod, esperto, rápido, tocou no meio de dois colombianos para Borja, o nosso colombiano… Borjão esperou, em posição legal o lançamento, então correu, esperou o goleiro sair, deu um toquinho por cima e guardou… Um golaço! E que festa no Allianz! Até para o Prass, que lá no outro gol, recebeu a “visita” e os abraços de Luan e Emerson.

“Ainnn, o Palmeiras vai entregar”… AHAM! Lá na Argentina, a torcida do Boca comemorava muito cada gol do Palmeiras, cada defesa do Prass…

O Palmeiras queria mais… Dudu tentou Borja e a zaga tirou… Dudu recebeu de Willian, arriscou de fora da área e a bola passou pertinho…

O Barranquilla, em impedimento, marcou um gol… adivinha se o bandeira viu e se a arbitragem não validou?

………………..

E se dependesse da vontade da arbitragem, o placar já seria outro, né?

Mas o nosso artilheiro não estava querendo deixar o juiz nos atrapalhar e nem o seu time de infância se classificar… Dois minutos depois do gol mandrake que tomamos, Borjão da Massa foi pra rede de novo… Guerra cobrou falta na área, a zaga afastou do jeito que deu, e o jeito que deu foi deixar ela pro Borja… e ele guardou o terceiro (ainda bem que o Junior era seu time de coração, imagina se não fosse?)… Hat-trick de Borja, o primeiro hat-trick do Allianz Parque…

Roger sacou Borja e Tchê Tchê para a entrada de Hyoran e Bruno Henrique. E a numerada, hoje Central,  que antigamente era considerada o lugar dos amendoins (os amendoins estão plantado outro lugares agora), se levantou para aplaudir Borja…

O Palmeiras, dominando o segundo tempo, continuava no ataque… em uma das descidas verdes, tabela de Dudu e Willian, o capita chutou cruzado, de esquerda, e a bola passou pertinho…

Guerra, também muito aplaudido, deu lugar à Deyverson… e eu, que me utilizaria de transporte público, tive que sair 5 minutinhos mais cedo, antes que os milhares de torcedores começassem a sair também…

Na rua, prestando atenção ao som que vinha do Allianz, tocada por aquela alegria, tocada pelos gols de Borja, e pela partida monstro de Prass, eu tentava adivinhar o que acontecia lá… e então, percebi que o jogo tinha acabado.

A noite era linda, era verde… a noite era de Prass… de Borja… a noite era nossa… e já podíamos ir dormir em “prass”…

https://www.youtube.com/watch?v=Jj-d7-W0Bn0

 

 

 

rumo-ao-enea-blogclorofila rumo-ao-enea-blogclorofila1

Nós sabemos muito bem que faltam ainda muitas rodadas para terminar o campeonato… sabemos também que uma vitória hoje ainda não é garantia de título para o Palmeiras – e nem para quem tem menos pontos do que ele.

Sabemos que hoje não é uma final, como a imprensa e o próprio Flamengo querem fazer parecer. Infelizmente, não é – adoraria que fosse. Há muito exagero em relação  nesse jogo. É um confronto entre dois candidatos ao título, e não uma guerra entre SP e RJ. O Palmeiras quer se manter líder, ratificar a sua excelente campanha, quer se aproximar um pouco mais do enea, e o Flamengo quer lhe tomar a liderança…

Já aconteceu isso antes neste campeonato. Primeiro, com o Inter, depois com o time da Lava-jato, com o Grêmio, depois com o Santos, e com o Galo… todos brigaram pela liderança com o Palmeiras, quiseram tomá-la do Palmeiras em algum momento, agora, é a vez do Flamengo. Não tem vida fácil, parmerada. Under pressure, all the time.

Nos últimos cinco anos, quase seis, foram 10 confrontos entre as duas equipes, o Palmeiras obteve 5 vitórias, empatou 4 vezes e perdeu em uma única oportunidade. De 30 pontos disputados entre paulistas e cariocas, o Palmeiras conquistou 19 deles, o adversário apenas 7. Auspicioso, não?

Vai ser um jogão certamente. E o Palmeiras tem tudo para conseguir um belo resultado, pra conquistar a vitória e mais três pontos; tem time, tem banco, tem técnico, tem jogadores talentosos, valentes, cheios de garra, tem uma baita determinação, experiência, tem uma sede enorme de conquistar o enea, seu nono campeonato brasileiro, e tem a torcida mais linda e apaixonada do mundo.

O confronto é no Allianz Parque… e quando o confronto é na nossa casa, já sabe como é, né? Uma l-o-u-c-u-r-a!

A rua Palestra Italia vira um rio, verde, pulsante… Corredor alviverde (vai ter corredor sim) iluminando a noite e o coração dos parmeras… luzes verdes, fumaça, camisas, bandeiras, chapéus, bares lotados, cerveja, alegria, vozes, muitas vozes, nossa gente cantando… olhos confiantes, apressados, sorrisos, abraços, muita reza, emoção à flor da pele e amor… uma quantidade imensurável de amor…

O Caldeirão do Porco esquenta uma barbaridade, a temperatura sobe na medida em que a torcida não para de cantar, na medida em que a energia verde deixa o Allianz Parque eletrizante… e o Palmeiras transborda por todos os poros, o Palmeiras ilumina todos os olhos, o Palmeiras se agita em todas as veias, o Palmeiras pulsa em milhões de corações…

O Allianz Parque estará lotado, vibrante, e a Que Canta e Vibra vai entrar em campo com o Verdão… vai dar mais um passo com o Palmeiras em busca do enea… a torcida vai jogar sim senhor!

Jailsão da Massa, Vitor Hugo e Mina, zaga atacante de raça… Zé Roberto – Animal, e Jean, talento e experiência… Duduzinho lindo, o cracaço da camisa 7… Menino Jesus (será?) nosso garoto artilheiro iluminado… Moisés, xerifão… Tche Tche, que vale por meia dúzia… Gabriel, o Pitbull… Barrião da Massa, o finalizador, Rafa Marques, dos gols decisivos, Thiago Santos, que desarma mais que a PM no Eliminates Arena… Allione, Cleiton Xavier, Roger Guedes, Matheus Sales, Arouca, Erik, Leandro Pereira, Egídio, Fabiano, Dracena, Thiago Martins, Fabrício…

Jogue quem jogar – o Cuca é quem sabe dos paranauês -,  o Palmeiras vai em busca da vitória, e nós vamos jogar com ele. De alguma maneira, e como sempre acontece, os milhões de palmeirenses espalhados pelo planeta estarão juntos no Allianz… de alma, coração, energia, e muita, muita vontade de vencer…

É HOJE! O CALDEIRÃO DO PORCO VAI FERVER! O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!

Boa sorte, Palmeiras! Boa sorte, seus lindos! RUMO AO ENEA!!

Não é piração da nossa cabeça, não é carência também… O Palmeiras tem tudo para ser campeão.

E isso é tão verdade que nós, palmeirenses, estamos todos meio doentes, com “pobrema” de liderança. Acordamos líderes na terça-feira, passamos o dia líderes, almoçamos, tomamos banho líderes, fomos e voltamos do Allianz mais líderes ainda.

Fazia tempo, hein? E com o time jogando afinadinho, convencendo,  fazia mais tempo ainda… 22 pontos em 10 jogos, 7 vitórias, o melhor ataque (21 gols), o melhor saldo de gols (11), invicto há 5 rodadas (4 vitórias e um empate)… Tá uma delícia acompanhar tudo isso. E não queremos nos curar, de jeito nenhum, desse nosso “pobrema” de liderança.

Terça-feira de uma noite muito fria, jogo às 21h30, e quase 28 mil parmeras estavam no Allianz, cantando e fazendo uma festa linda. O amor e a força dessa torcida são intraduzíveis.

A imprensa dizia/insistia que Jesus, há apenas 3 partidas sem marcar, estava em jejum de gols. Ô vontade de botar pressão no nosso menino. Se for assim, o que dizer de Fred(ATL-MG), Vitinho(INT), com 4 gols,  Gabigol (SAN), Sasha(INT), Calleri(SPOW), com 3, Lucca (COR), Robinho(ATL-MG), com 2 (e isso já depois da 10ª rodada, na qual Jesus passou a ter 6 gols)? E sem contar os demais atacantes dos clubes “candidatos” ao título, que nem sequer conseguiram balançar as redes ainda, como Romero, Luciano, Guerrero… e tantos outros. Divide esse nada por 10 (rodadas) e verá o que é jejum mesmo.

O Barcelona, de olho em nosso menino Jesus, havia enviado representantes para acompanhar a partida (depois do que eles viram, devem ter colocado mais alguns jogadores na lista deles). XÔ, Barcelona!

Eu estava confiante que o Palmeiras iria jogar bem de novo, mas não imaginava que a esquadrilha verde fosse voar tanto – não deu nem pro juiz nos roubar, a não ser nas muitas faltas que os parmeras sofreram e que ele deixou de assinalar, ou quando Egídio sofreu falta, levamos a vantagem, mas o juiz parou a jogada para marcar falta.

Assisti ao jogo no Allianz, assisti ao VT, e, com exceção do Prass e do Dracena, não sei em qual posição jogam os parmeras. Qual de nós saberia dizer a posição de Tche Tche, Roger Guedes e Moisés? Pra qualquer ponto do campo que você olhe… lá estão eles. Dá a impressão que tem pelo menos uns três de cada.

Desde o início do jogo, mesmo com o América-MG tentando impedir que o Palmeiras jogasse, ele já dava mostras que o gol ia sair mais cedo ou mais tarde… as ações eram quase todas do Verdão, e a dinâmica do jogo era o Palmeiras pressionando e o América se fechando.

Os jogadores se movimentavam muito, Tche Tche e Guedes, velozes apareciam o tempo todo, e era assim também com Jesus e Dudu. Eu tinha certeza que o nosso gol estava madurinho…

E não deu outra. Aos 18′, Tche Tche desceu até a linha de fundo e cruzou, o defensor do América tentou tirar, a bola sobrou pra Jean, que tocou pra Dudu; o nosso baixinho craque, com um passe lindo, achou Guedes lá na direita, Guedes se livrou do marcador e mandou pro meio, CX desviou e Gabriel Jesus guardou. Um gol todo lindo, de jogada linda, em velocidade. Um gol do Palmeiras, que joga leve, inteligente, veloz… o Palmeiras de Cuca…

E Jesus exorcizou os “quase gols” das últimas três partidas, e explodiu na comemoração do gol que abria o caminho da vitória…

E que festa fazia o Allianz! E a torcida queria mais, e cantando empurrava o Palmeiras…

Nem dez minutos tinham se passado e o Palmeiras balançava a rede outra vez. Jogada maravilhosa… Moisés lançou Guedes na direita, e em velocidade ele tabelou com Dudu e tocou pro meio da área, Jesus apareceu, quase embaixo da trave e, à queima-roupa, só desviou pro gol. A bola entrou mansinha, mas foi tudo tão rápido que goleiro e zagueiro nada puderam fazer.

E o nosso menino Jesus, que planejara fazer 15 gols na temporada, observado por Raul Sallenhi, diretor do Barcelona (XÔÔ, Barça! Ainda não, ele vai conquistar mais títulos aqui antes) guardava o seu 15º gol… “Glória, glória, aleluia… é Gabriel Jesus”!!

Só dava Palmeiras, o América não conseguia neutralizar os verdes, ninguém conseguia segurar, Jesus, Guedes, Tche Tche, Dudu, Moisés e Cia… e Jesus balançaria a rede mais uma vez, aos 40′, o bandeira, no entanto, e para nossa tristeza, marcou impedimento.

O primeiro tempo estava quase no  fim, o Palmeiras, líder, vencia por 2 x 0, então, Jesus deu um extra pros olheiros do Barça e meteu uma  senhora  caneta pra cima do Hélder. Coisa linda esse menino!

Na segunda etapa, Jean(que joga muito) deu lugar a Fabiano. O jogo já tinha  começado e a torcida dava pela falta de Tche Tche, que entrou em campo  atrasado.

E as investidas eram todas do Palmeiras. As 5′, o goleiro fez uma baita defesa para evitar o gol de Edu Dracena (to “mi” gostando tanto dele), no rebote, quase Vítor Hugo Marcou, mas o goleiro defendeu também.

O juiz ignorava algumas faltas, duras, que o Palmeiras sofria e a torcida “homenageava” o homem do apito muitas vezes… “Ei, juiz… vai tomar caju”…

O Palmeiras já tinha criado três boas chances de gol, mandava na partida. Dudu desceu e cruzou para Jesus tocar de prima, o jogador do América entrou de carrinho e a bola bateu em seu braço. Parece polêmico, mas muita gente que trabalha com futebol acha que um lance desse deve ser marcado, porque o jogador se expõe à falta ao entrar de carrinho na jogada.

Embora o ritmo fosse menos intenso na segunda etapa, o Palmeiras não deixava de buscar o terceiro gol, e as investidas eram todas verdes. Jesus, sem querer aparecer para o dirigente espanhol, jogava sério e de maneira impecável, Roger Guedes jogava uma enormidade e com muita personalidade (guardadas as devidas proporções, nas descidas até a linha de fundo, onde ele driblava seus marcadores, ele me fazia lembrar de Edmundo), Moisés desarmava mais do que qualquer outro, Dracena também fazia uma bela partida, Fabiano tinha entrado bem no jogo, os Tche Tches todos corriam pra lá e pra cá (acho que o Palmeiras tem vários deles)… e o Zé entrara no lugar do Egídio.

Cruzamento na área e quase que Moisés faz o terceiro, o goleiro defendeu à queima-roupa…

O garoto Vitinho, revelado na Base, entrou em lugar de Cleiton Xavier, que saiu aplaudido.

Zé tabelou com Jesus, que saiu na cara do goleiro, mas mandou por cima…

O Palmeiras, inteligente, administrava, tocava a bola… e aos 48′, o juiz apitou o final.

Palmeiras, agora invicto há seis partidas, líder do campeonato… os 2 x 0 ficaram barato para o América, porque o Verdão sobrara na partida.

São outros tempos esses que vivemos, não é por acaso a boa situação econômica, não é por acaso os salários em dia, a torcida na arena, o time de qualidade, o futebol envolvente… e isso pode ser notado no semblante, maravilhado, de cada torcedor; pode ser notado no toque de bola de nosso time, num Tche Tche que se desdobra em vinte; num Guedes que faz uma partida “de fraque e cartola”, no menino Jesus – objeto de desejo do Barcelona, da Juventus de Turim -, que já tem 15 gols na temporada. pode ser visto na defesa segura, no craque Dudu – nosso Duduzinho lindo -, pequenino de tamanho e imenso dentro de campo; pode ser visto no gigante Prass, que termina os jogos com o uniforme limpinho, no técnico que, da lateral  do campo, comanda cada jogada da sua equipe.

Sim, são outros tempos… Tempos de liderança, tempos de coração mais leve (que já  está no CampeãoModeOn), tempos de poder sonhar, de verdade, com o título…

Eu esperei o restante da rodada pra escrever, pra confirmar o que eu já previa… os outros concorrentes tropeçaram e o Palmeiras assumiu a liderança isolada.

Agora será em MG, diante do Cruzeiro…

Auguri, Palmeiras… e VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

Passado o susto, ou quase susto, eu poderia resumir assim o primeiro jogo de Libertadores, realizado no Allianz Parque: O Palmeiras fez 2 gols (o juiz ainda meteu a mão nele), o Rosario perdeu uma penalidade e não marcou nenhum.

Porque foi exatamente o que aconteceu, mas, as circunstâncias…

Antes do jogo, a Rua Palestra Italia já estava em festa. Muitos torcedores, temendo mais chuva, foram direto pro Allianz Parque (havia chovido um bocado antes do jogo – choveria durante e depois também).

Era climão de Libertadores… mas argentinos e palmeirenses se confraternizavam na Rua Padre Thomaz.

36 mil  torcedores foram pro jogo. E, como sempre acontece, que emoção na hora do hino “à nossa moda”… a voz tropeçava na garganta, mas as lágrimas, sem o menor pudor, saltavam de nossos olhos, como a chuva que caía no campo. E cantar o hino toda arrepiada já é de praxe… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…”, meu, seu, nosso Palmeiras… no mosaico da torcida o objetivo de todos os palestrinos estava traçado: Queremos a taça.

A partida apresentaria dois tempos de jogo completamente distintos. Mas a pegada foi uma só… de Libertadores. E que pegada. No entanto todo mundo pareceu ter assistido apenas à segunda etapa, mas muita coisa importante aconteceu antes. Coisas que poderiam ter decidido a partida nos primeiros 45 minutos.

No primeiro tempo, apesar do time meio manco que o MO anda mandando a campo (coloca meia nesse time, MO!), o Palmeiras fez a sua melhor partida no ano – eu sei que as anteriores não foram grande coisa -, e foi melhor que o Rosario, teve as melhores chances. Rosario, que, segundo a imprensa, era um bicho-papão e ia vencer o Palmeiras – para muitos, ele ia até golear, né “Armário” Cezar?

Logo no início de jogo, bola levantada na área do Palmeiras, Prass e o atacante foram na disputa e o goleiro foi atingido na cabeça. O juiz deixou por isso mesmo. Um minuto depois, Cristaldo levou uma sarrafada, e o juiz mandou seguir… Hmmmm

Cristaldo enfiou uma bola linda pro Dudu, e ele chutou pro gol, tirando do goleiro… a bola passou raspando,  pegou a trave. Isso aumentou ainda mais o volume da torcida… que energia no Allianz.

Robinho pegou uma sobra do goleiro, que se atrapalhou todo com a zaga depois de um cruzamento do Zé, ajeitou, saiu do marcador (que passou direto por ele), mas mandou pra fora…

O Allianz fervia… a torcida cantava forte. Eu, que teria que sair exatamente aos 45′ do segundo tempo, por causa do horário do trem, torcia para estar tudo resolvido favoravelmente ao Palmeiras antes do apito final, antes dos acréscimos.

O Palmeiras criava chances, chutava a gol, trocava passes… e isso era tudo o que queríamos ver.

O Rosário não levava perigo, mas quase pegou o Palmeiras de surpresa numa jogada ensaiada. Só que ela não tava tão ensaiada assim e deu em nada.

E foi então que Gabriel Jesus avançou veloz pela esquerda, entrou na área e foi derrubado. Veja na imagem abaixo, as pernas de Gabriel sendo atingidas pelo marcador que está à frente do argentino de número 29 (eram dois marcadores em Gabriel Jesus). Olha o pé/perna do sujeito atingindo Gabriel…

Se isso não for pênalti,  eu não sou palmeirense…

pênalti-RosarioCentral-em-Jesus

Pênalti, muito pênalti, mas como o Palmeiras tem Roubocard Internacional… o juiz nada marcou. Difícil assim, né? Jogo de Libertadores, no Allianz Parque, contra argentinos catimbeiros, valendo a liderança do grupo, o seu time sofre uma penalidade dessa e o juiz não marca?

Os parmeras levando cada sarrafada, mas o cartão amarelo só saiu para o Thiago Santos…

A chuva já atrapalhava o jogo, e  impedia que a bola corresse em muitas jogadas de ataque do Palmeiras – deu uma atrapalhada nos hermanos também.

Passava da metade do primeiro tempo quando Prass lançou lá na frente, o zagueiro tentou interceptar e a bola sobrou pra Dudu, que, rápido, deu um senhor passe pra Gabriel Jesus; ele recebeu na área e foi atropelado (eu achei que foi), o zagueiro saiu com a bola mas apareceu o Churry, roubou a bola do Salazar, passou pelo Burgos, que veio em cima dele, driblou o goleiro, sem tocar na bola, só pisando na poça d’água, e meteu pro gol, deixando mais um adversário no chão.

GOOOOOOOOOOOOOL, CRISTALDO, SEU LINDOOOOOOOOOOO!!

Explosão de alegria no Allianz Parque! Gol de argentino raçudo, marrento, argentino parmera! Nosso Palmeiras vencia o time “favorito”  (né, Juca? Né, torcedores profissionais de imprensa?).

Então, quando o Palmeiras muito provavelmente ia fazer o segundo gol (que poderia até ser o terceiro, caso o juiz tivesse marcado aquele pênalti), quando Gabriel Jesus recebeu bola legal e saiu na cara do goleiro, tendo até a opção de encobri-lo (Jesus manja desses paranauês), a arbitragem marcou impedimento.

Olha como tava “impedido” o Jesus! Esse Roubocard Internacional do Palmeiras é uma coisa…

impedimento-Jesus-mal-marcado-favorecendo-Rosario

E olha a continuação da jogada… seria “tão difícil” fazer esse gol, não é? Estava faltando só darem uma camisa do Rosario pro juiz, porque, jogando para os adversários ele já estava fazia tempo.

impedimento-Jesus-mal-marcado-favorecendo-Rosario1

O Palmeiras continuou ofensivo, sofreu muitas faltas que o juiz ora não marcou,  ora não deu cartão, e o primeiro tempo terminou 1 x 0 para o Palmeiras. E ficou barato para os argentinos.

E então,  veio o segundo tempo… os planetas se desalinharam, Marte entrou em Escorpião…

Claro que os argentinos, perdendo, iriam vir pra cima; claro que o Palmeiras iria defender a sua vitória parcial, iria se fechar, mas ninguém imaginou que desse um curto-circuito tão grande no Verdão.

O Rosario veio pra cima, e o Palmeiras parou, só se defendia. Nervoso… e não tinha motivos pra isso, ganhava a partida. Eu tinha vontade de entrar lá no campo e dizer para os nossos jogadores: Quem tá perdendo são eles, baralho! Calma!

O Palmeiras se deixando acuar e o Rosario querendo agredir, juntou a fome com a vontade de comer. Mas um time, não vive só de atacantes, não vive só de gols, não é mesmo?

Prass foi atingido no rosto por um adversário que tentou tocar de carrinho… e o juizão… nada! E o Rosario continuava em busca do gol de empate.

A tensão era grande na bancada…

Robinho tirou uma bola na área, e, na sequência, atingiu o atacante. O juiz marcou pênalti. Mas que cazzo – sempre fico em dúvida nessas ocasiões, porque, para os comentaristas, dependendo de quem está na jogada, ou do time, pode-se levar em conta que o jogador tocou a bola primeiro, visou a bola, como fez o Robinho, e, portanto, não é pênalti, ou pode-se levar em conta que ele acertou a bola primeiro, mas atingiu o adversário na sequência (nem sei se atingiu mesmo) e, então, é pênalti sim.

Aqui, todos foram categóricos em afirmar que o juiz acertou na marcação. No entanto, na Fox Sport da Argentina acharam que não foi pênalti.

O jornal Ole publicou o vídeo, mas você pode assisti-lo no Youtube. E dá para entender quando dizem que não foi nada, que o jogador não foi tocado. E dizem ainda:”Pero igual sirve”, algo parecido a “tanto faz”… Que diferença da imprensa daqui, não?

https://www.youtube.com/watch?v=YwPSw9cg27I

Pênalti marcado – se eles marcassem, a coisa ia engrossar -, jogador se preparando para a cobrança,  e, do outro lado, ele… FERNANDO PRASS… a parmerada, com a maior confiança, gritava o nome de seu goleiro…

Nem preciso falar o que aconteceu, né? Claro que o lindo e maravilhoso do Prass defendeu! Foi lá no cantinho e tirou! #NaMinhaCasaNão

Confesso, nem vi a cobrança. Segurando meu terço verde (sim, eu já o tinha tirado da bolsa), só olhei pra cima e esperei o grito da torcida. Impossível explicar a felicidade de ouvir o grito que ganhou os ares.

PRAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSS!!! Obrigada!

Mas o Palmeiras não aproveitou, não foi pra cima. MO não mudava o jeito do time jogar, e a situação em campo continuava a mesma… O Rosario buscando o seu gol de todo jeito e o Palmeiras defendendo com todas as suas forças.  Que mudança radical em relação ao primeiro tempo. E não conseguíamos entender como o Palmeiras podia ter voltado do intervalo assim.

Porém, muito embora o Palmeiras tenha adotado uma postura suicida em campo, abdicando de atacar, de segurar mais a bola – 27% de posse de bola na segunda etapa. Isso é inadmissível num jogo de Libertadores, em casa, e quando estamos ganhando -, muito embora o MO tenha deixado o time com três atacantes e sem um meia para fazer a bola chegar neles, e por isso abusarmos dos horrorosos chutões, nosso maravilhoso goleiro estava em campo, nossa defesa valente estava em campo e, mesmo os jogadores parecendo muito perdidos, sendo desarmados facilmente, dando a bola de graça, não conseguindo ficar com ela no pé, o time inteiro foi guerreiro,  lutou, e muito, para não tomar gols.

Robinho tirou uma bola difícil, Cristaldo também, todos defendendo como podiam, que aflição, que desespero no Allianz. Mas, quando vi Jesus tirar uma bola muito perigosa na nossa área, falei para os amigos: Se até Jesus tá ajudando a defender, hoje a gente ganha sim.

Mo já tinha colocado Rafael Marques, Arouca e por fim Allione (que já deveria ter entrado muito antes)…

O jogo estava nos descontos, eu já estava indo embora, já tinha descido a escada, com os ouvidos grudados lá dentro, com o coração grudado lá dentro, quando o Glauco, o amigo que ia embora comigo, falou:

– Vem ver daqui, dá pra ver.

– Vamos embora, Glauco, não vai dar tempo. – e fui olhar numa fresta.

– É só um pouquinho, já vamos. Vem olhar daqui que dá pra ver o telão.

E quando olhei pro telão, só vi o Dudu recebendo do Rafa e tocando pro Allione… tudo parecia vazio ali naquela parte do campo (pensei até que não estivesse valendo)… Allione – que tá a cara do Pirlo – recebeu, e, guardadas as devidas proporções, num estilo meio Divino de ser, sem pressa, com uma frieza absurda, passou pelo marcador, dando uma finta leve e chutando com uma puta categoria…

GOOOOOOOOOOOOOOOOL. ALLIONE, SEU LINDOOOOOOOOO!!

O Allianz explodiu lá dentro, o Glauco e eu nos abraçávamos comemorando… quanta alegria, meu Deus! Os funcionários do Allianz nos perguntavam: Foi gol do Palmeiras? FOOOOOOOI!!!! E saímos apressados…

A corrida pra estação em 13 minutos nem foi nada, a chuva nem foi nada… O meu (nosso) Palmeiras vencera! E nada mais importava naquela noite…

PalmeirasTricampeão-PrassMonstro

“O amor conquista todas as coisas” – Cícero

Só agora estou voltando ao normal, arrebatada que fui por tanto encantamento… Só agora consigo falar a respeito do sonho, no qual entrei Prass nunca mais sair…

Aqueles que não conhecem os caminhos retos para se conquistar objetivos – campeonatos, por exemplo -, os que não sabem o que é caminhar com as próprias pernas, os que não têm história, jamais entenderão a magnitude desse momento do Palmeiras…

Era mais que um título, era mais que a Copa do Brasil… era mais do que a primeira volta olímpica da história do Allianz Parque… era mais do que ter chegado à final tendo que vencer adversários e arbitragens durante todo o campeonato… era mais do que viver um momento de prosperidade, de salários em dia, de casa sempre cheia… mais do que começar a colher os frutos da reconstrução do Palmeiras… era mais do que calar a empáfia e a dissimulação do adversário final… era mais do que poder desdizer os jornaleiros e seus prognósticos ridículos, mais do que fazer a imprensa engolir as suas chacotas, piadinhas, seu desdém… era mais do que mostrar a força do time que a imprensa insistia em fazer desacreditado…  era mais  do que mudar o fato de que em 40 anos só outros dois técnicos ganharam títulos aqui…  era tudo isso junto, era justiça, era uma questão de ser Palmeiras,  era(é) o resgate de um Gigante, que estava prestes a escrever mais uma linda página da sua gloriosa história…

Como foi difícil atravessar a noite e o dia que antecederam a final da Copa do Brasil…

Um certo passado, ainda recente, nos fazia ficar apreensivos; a razão, no entanto, nos lembrava que o adversário, que só nos vencera na primeira partida com a ajuda do árbitro, não era tudo aquilo que diziam dele; e o coração, ah, o coração… ele, que nunca erra, fazia os palpites palestrinos serem os melhores possíveis…

Por mais que eu tivesse imaginado mil vezes o final da noite do dia 02/12, não pensei que ele seria tão espetacular, tão épico, tão Palmeiras…

Desde que saí da minha casa, os palmeirenses pelo caminho eram incontáveis. Nas proximidades do Allianz, eram milhares, e traziam no rosto aquela ansiedade e  brilho nos olhos de quem está indo para uma grande festa.

A Rua Palestra Itália estava uma loucura! Entupida de gente… Muitas luzes de sinalizadores,  fogos, que espocavam sem parar… risos, alegria, ansiedade… todo mundo sabendo que a realização do nosso sonho já tivera o seu início…

PalmeirasTricampeão-RuaPalestraItalia

No entorno do Allianz, o ambiente era mágico, surreal. Nunca tinha visto nada igual, não daquele jeito. Era como se estivéssemos dentro de um sonho, numa outra dimensão, de luzes e névoa…

PalmeirasTricampeão-Matarazzo PalmeirasTricampeão-EntradaAllianz

40 mil pessoas no Allianz… Do lado de fora, na Palestra Italia/Turiaçu e arredores, outras 40 mil, se não mais, acompanhariam nos televisores dos bares..

PalmeirasTricampeão-RuaPalestraItalia1

E tanto dentro do Allianz como fora dele havia uma energia única, arrebatadora, que deixava a gente tonto, como se tivéssemos ingerido alguma droga, cujo efeito colateral fosse a felicidade.

Eu olhava aquele gramado e me lembrava de outros momentos, sentia o Palestra Italia  vivo ali, sabia que um pedaço da antiga ferradura dormia embaixo das arquibancadas… passado e presente misturados…

Eram muitas risadas, conversas e corações a mil quando Prass entrou pra se aquecer, seguido pelos companheiros… A recepção a eles foi eletrizante. “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor”. E quanto amor estava envolvido naquela final…

A nossa “droga da felicidade” ia fazendo efeito. A conexão entre o que se via e ouvia era feita diretamente na nossa pele, no sangue nas nossas veias… Os sons e imagens pareciam atravessar a nossa pele e tomar conta do nosso corpo. O cérebro, atordoado, tentava assimilar, classificar, entender aquele mundo mágico, de sonho, mas era impossível, só podíamos sentir…

A última batalha ia começar… Corações a postos, orações,  alguns olhos grudados no céu,  outros fechados, mãos que seguravam terços… nossa energia se tornando uma só. O lindo mosaico da torcida, que, com muita justiça, trazia Prass, apareceu no momento em que nosso “hino nacional” ganhou os ares… e ele nunca foi tão lindo, tão tocante…

“Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… era emoção demais…  As lágrimas nublavam os meus olhos e, muitas vezes, eu só mexia a boca, porque a voz não saía…

O juiz mal acabara de apitar o início e, com uns 10 segundos de jogo, Arouca achou Barrios lá na frente, ele deu um passe lindo para Gabriel Jesus sair na cara do goleiro e chutar pro gol, mas Vanderlei conseguiu salvar com os pés e tirar a bola por cima… Uhhhhh!

Era o Palmeiras mostrando que era o dono da casa, que ali a conversa seria outra; o Santos parecia assustado, mas foi pro ataque, Prass fez uma defesaça e, no rebote, a bola foi chutada na trave. Que susto!

O Palmeiras procurava não dar espaços para o Santos, desarmava, defendia, e era mais ofensivo, mais objetivo. O time tinha velocidade e uma vontade enorme. Do jeito que a gente queria, do jeito que as sardinhas e a imprensinha não contavam que  seria…

Mergulhada na “outra dimensão”, nervosa, eu enxergava diferente, como se tudo à minha volta tivesse uma outra luz, uma outra perspectiva… a respiração era curta, mais difícil… assistia com o coração…

Chance com Dudu… Chance com Zé Roberto, que recebeu carga do defensor do Santos e caiu na área… Chance com Barrios, de cabeça, e o goleiro defendeu de mão trocada pra evitar o gol certo…

Vaaaamos, Palmeiras! A Que Canta e Vibra dava um show e esperava pelo momento de gritar gol… a energia nas cadeiras do Allianz era absurda. O som era impressionante… “Eu sempre te amarei e te apoiarei, eu canto ao Palmeiras”… Time e torcida dando tudo e o melhor de si…

O Santos fazia muita cera, e o seu goleiro inventava mil e uma para parar o jogo. Com as bençãos do juiz, que fazia muito jogo de cena para parecer aborrecido, mas amarelo que é bom…

Jesus invadiu a área e David Braz meteu o cotovelo na bola, pra evitar que ela sobrasse pro palmeirense. Braço afastado do corpo, braço que desceu para acertar a bola com o cotovelo… E o juiz… nada! Que raiva! Não tinha sido suficiente o gambá Oliveira nos garfar e nos fazer sair em desvantagem na primeira partida?

Sentindo dores no ombro, Jesus, que fazia uma bela partida, saiu de campo aos 40′ para a entrada de Rafael Marques. Que triste perder nosso Menino Jesus e vê-lo  sair chorando…

O grito de gol se torcia em nossas gargantas, querendo escapar…. mas o primeiro tempo acabou 0 x 0.

E veio a segunda etapa… a decisão se aproximava do final…

O Santos, que tanto se gaba de um dia ter parado uma guerra, iniciara uma guerra estúpida e imbecil contra o Palmeiras – logo contra o Palmeiras, que parava até o Santos de Pelé – e se dera muito mal, porque não tinha bala na agulha para enfrentar o Palmeiras em seus domínios. E tremia na base… amarelava… se encolhia…

O falastrão David Braz já tinha saído machucado; Lucas Lima, das risadinhas irônicas, era engolido pelo brilhante futebol de Matheus Salles; Ricardo Oliveira, o imbecil “Viola da vez”, não conseguia fazer nenhum palmeirense entrar na sua pilha…

Por outro lado, Dudu e Barrios jogavam muito…  na verdade, o time todo do Palmeiras jogava muito e era bem melhor que o seu adversário. Seria só questão de ter paciência e sangue-frio. Mas sangue-frio só se fosse o das sardinhas amarelentas… porque o sangue verde pegava fogo e fazia o Caldeirão do Porco ferver.

Eu não vi como a jogada foi feita,  só vi a bola morrer na rede lá do outro lado e o grito de gol de 20 milhões de palestrinos (estavam todos lá) se livrar das amarras e explodir no Allianz. Eu me perdi no amontoado de abraços e lágrimas, e gritos de alegria…

Duduzinho, lindoooooo!! Dudu vibrava muito, aliás, vibração foi a palavra dessa noite épica… Com 11′, conseguíamos tirar a vantagem que Luís Flávio de Oliveira, o árbitro da primeira partida, dera ao Santos. E íamos buscar o título…

O Palmeiras jogava muito mais (que partida de Barrios!), merecia a vantagem, e com uma garra do tamanho da nossa vontade de gritar “É campeão”, ia pra cima das sardinhas falastronas…

O tempo passava… A tensão aumentava. Eu sentia tonturas… Barrios sentiu a coxa e deu lugar para Cristaldo. Minutos depois, Lucas Taylor entrou no lugar de João Pedro…

O jogo ia se aproximando dos 40′, e nós íamos ficando cada vez mais nervosos. Eu já não via mais o jogo direito… estava inquieta, rezava… a cabeça voava mentalizando o final de jogo, a festa da torcida.

E então, uma falta para o Palmeiras… Rafa, um amigo, me pergunta: Você lembra da falta em 98? Presta atenção. Sim, eu me lembrava…

Dito e feito! Robinho cobrou lá na esquerda, Vítor Hugo desviou de cabeça, Rafa Marques deu um toquinho e mandou pra área. Com três santistas ali, Duduzinho apareceu como um raio e guardou.

E o Allianz enlouqueceu e se abraçou com o Palestra Italia. Duduzinho, herói do jogo, emocionado, nos emocionava ainda mais na comemoração…  Nossa camisa 7,  finalmente podia sorrir orgulhosa e feliz…

Palmeiras x Santos Dudu (Foto: Marcos Ribolli)

Mas a vida queria fazer mais um herói…

Não entendemos isso na hora em que o Santos marcou  o seu gol, justo quando faltavam poucos minutos para gritarmos o tão sonhado “É campeão”… Não entendemos porque a sorte madrasta tinha levado a decisão para as famigeradas cobranças de pênalti…

Tinha que ser épico, tinha que ser no jeito Palmeiras de ser, e logo compreenderíamos isso…

Eu, que nunca tinha visto nada igual a esse jogo, à essa vibração, à essa  conexão time e torcida, à festa na entrada, olhava a torcida palestrina no Allianz e pensava comigo “não existe outro final pra essa história. O Palmeiras vai ser campeão”… “Prass vai pegar”… Nem Deus, nem Allah, Jeová, a sorte, o destino, o acaso… ou seja lá o que for, seriam tão cruéis com essa torcida tão linda e tão apaixonada…

E me enchi de coragem pra assistir… Ninguém nos tomaria esse título… Em nossa casa mandamos nós!

Com meus terços nas mãos, eu chamava até Oberdan para ajudar Prass, mas acho que ele já estava ali mesmo… eu pensava que todos os heróis palestrinos, até mesmo os que já se foram, estavam no Allianz naquele momento…

Marquinhos Gabriel foi cobrar (“ajuda o Prass, Oberdan”)… e chutou pra fora! O Allianz explodia em alegria…

Zé Roberto foi para a nossa primeira cobrança… e guardou!!! O sangue esquentava na veia. Estávamos em vantagem…

Meu coração estava lá dentro do campo…

Gustavo Henrique foi pra cobrança (“Pega, Prass! Pega, Prass! Você vai pegar!” Eu quase perdia a voz de tanto gritar)… e Prass , maravilhoso, monstro, defendeu! Os palestrinos pareciam em transe de tanta felicidade…

Eu era a criança que encontrara a bicicleta embaixo da árvore de Natal… Meu Deus que felicidade! Chorava, ria e morria de nervoso ao mesmo tempo.

Rafa Marques cobrou e o goleiro do Santos defendeu… Isso fazia parte dos planos da vida para fazer um outro herói…

A tensão era palpável… qualquer erro agora poderia ser fatal… Mas continuávamos em vantagem… era só acertar as próximas cobranças… Alguns torcedores choravam copiosamente…

Geuvânio cobrou e fez para o Santos…

Jackson, com muita competência, guardou para o Palmeiras… Bendito seja o zagueiro que cobra como atacante…

Lucas Lima fez para o Santos…

Cristaldo,  cobrando lindamente, fez para o Palmeiras… raça gringa no Allianz em homenagem ao técnico adversário…

O “rei da farsa e pastor nas horas vagas” fez o terceiro  do Santos, e por muito pouco o Prass não defendeu…

Faltava uma cobrança… se guardássemos essa, o Palmeiras seria campeão… Um chute a gol nos separava de um sonho… um chute a gol… só um…

A cobrança era de Prass, cobrança  do nosso goleiro; aquele, que, profeticamente, a Mancha Verde trouxe em seu mosaico… aquele, que a vida, merecidamente, queria brindar agora com uma página especial em nossa história…

As mãos santas de Prass tinham nos empurrado à final… e, agora, pelos seus pés poderíamos conquistar o título. Prass nos colocaria uma faixa no peito…

Eu não tive coragem de ver… Olhei para o céu, pedi a Deus, lembrei de Evair, que assistia à partida, imaginei que a sua energia estaria com Prass naquele momento… a minha energia toda estava com Prass…

Fernando Prass bate pênalti (Foto: Marcos Ribolli)

Olhando pro céu, prendi a respiração e  esperei o grito da nossa torcida… e nunca mais vou me esquecer da força com que ele ganhou os ares…

https://www.youtube.com/watch?v=RNEYMB3HNyE

Aquela camisa, metade Oberdan, metade São Marcos, com recheio de Prass, corria pelo gramado, enlouquecida de alegria. Prass entrava pra história do Palmeiras, e a gente soltava o grito guardado… É Campeão! É Campeão! Tricampeão!

O mundo ficou mais bonito, o mundo ficou todo verde…

O Gigante Palmeiras estava de pé! Tricampeão da Copa do Brasil, 12 títulos nacionais, o maior campeão do Brasil… E o Gigante batia no peito dizendo: Na minha casa não!

PARABÉNS, PALMEIRAS! PARABÉNS, TORCIDA QUE CANTA E VIBRA!! Foi limpo, legítimo e muito merecido! ¯\_(ツ)_/¯

 

Haja serenidade e paciência para aguentar o despreparo de alguns dos policiais que trabalham no Allianz Parque em dias de jogos.

Intransigentes, arrogantes, prepotentes, despreparados…

Objetos cuja entrada é permitida por alguns policiais, em vários jogos, viram “armas letais” para outros, donos da verdade. Se nem a PM sabe o que é permitido e o que não é (se uns permitem e outros não, é sinal que não há consenso, e vai do gosto e bom ou mau humor do policial), o torcedor não é obrigado a adivinhar, e também não é obrigado a se desfazer dos seus pertences, jogá-los fora, apenas porque um(a) policial, arbitrariamente, assim decidiu.

Perguntei para o policial porque algumas coisas que são proibidas no Allianz, aquelas faixinhas que vendem na porta do estádio, por exemplo, são permitidas em Itaquera. Balbuciou, enrolou, e, sem resposta pra dar, me disse: Aqui é o Allianz Parque, não é Itaquera. Eu disse: Mas a polícia é a mesma, o estado é o mesmo, e por que a diferença? Nenhuma resposta eu recebi…

Proíbem crianças, de 6, 7 anos , eu  já presenciei isso, de entrar com a cara pintada – não existe nada mais sem noção do que isso. O que uma garotinha de 6, 7 anos (havia uma outra, a irmãzinha, que não tinha mais do que 4 e elas foram proibidas de pintar o rosto antes de entrar) vai fazer com a cara pintada? Cometer um crime e depois se esconder graças à pintura do rosto? No entanto, torcedores adversários, bem crescidinhos, já picharam os banheiros do Allianz, com pincéis atômicos,  e não teve polícia nenhuma que os impediu de entrar no estádio com eles, e nem os impediu de vandalizar as dependências da arena.

E pensar que policiais proíbem criancinhas de fazer uns riscos em verde e branco no rosto, porque não é permitido…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -CaraPintada

Tudo é inflamável e proibido, até mesmo um caderno de alguém que tenha vindo pro jogo direto da faculdade. Mas isqueiros, que são inflamáveis também, e com os quais se poderia colocar fogo em Roma e até nas cadeiras, de plástico, entram aos milhares.

É preciso mais bom senso. O  futebol deveria ser uma festa, mas a PM, ao implicar com coisas sem importância alguma faz com que ele seja exatamente o contrário.

Não permitem (apenas alguns policiais não permitem) que eu entre com uma touca de porco (“Cristaldo”) – com a qual sempre entrei no Pacaembu, sem problema algum -, porque, segundo dois policiais – a policial da revista e o seu superior -, que trabalharam na partida Palmeiras x Cruzeiro, eu posso esconder o rosto com ela (isso não é verdade, não dá para esconder o rosto nem que eu queira, e mostrei isso ao policial). Mas, ao que parece, proíbem só a mim, porque um monte de outras pessoas entram no Allianz Parque com toucas de porco – algumas, iguaizinhas à minha -, toucas sem porco, toucas de todo jeito, e ninguém barra… e é nessa proibição seletiva, nesse constrangimento sem motivo, que se encontra o problema maior.

Basta que vejamos imagens de vários jogos para constatarmos como a implicância com uma touca com um nariz de porco, que não oferece nenhum perigo aos demais torcedores, é apenas isso: implicância. O policial cisma de implicar com um torcedor; é apenas um momento em que ele parece ter necessidade de mostrar que tem poder e autoridade (se precisa tanto mostrar poder e autoridade, é porque não é bem preparado para a função).

Essa touca, de porco, na imagem abaixo, pode entrar no estádio, assim como pode entrar a peruca verde da pessoa que está ao lado da moça…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade

Essa outra também pode (e bastaria puxá-la um pouco para esconder o rosto, algo que a polícia quer tanto evitar)…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade1

Esse chapéu entra no Allianz sem problema algum… assim como o boneco  na mão do torcedor.

Resultado de imagem para Palmeiras x Fluminense Copa do Brasil 2015

Esse chapelão aqui (visto na mesma partida em que eu fui barrada), também entra numa boa…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade2

Assim como entra essa touca… de porco também! Só o “Cristaldo” não pode…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco

Entram até em pares…

Esses são só alguns exemplos. Existem inúmeros outros modelos de chapéus e toucas, de vários tamanhos, que são vistos dentro dos estádios, permitidos pela PM, mas não tenho imagens de todos eles.

Na imagem abaixo está “Cristaldo”, a minha “famigerada” touca, a “arma letal” que eu levo para o estádio e que, segundo a PM, servirá para eu esconder o rosto – caso eu cometa algum delito lá. A parte do “caso eu cometa algum delito” fica subentendida, fica implícita na proibição da polícia, não é mesmo? Por que outro motivo uma pessoa tentaria esconder o rosto da polícia? A touca não chega nem até a minha testa, imagina como eu posso puxá-la e cobrir o rosto com ela (nesse dia, da imagem na TV, “Cristaldo” pôde entrar sem problemas).

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco1

E, pasmem… essa touca da imagem abaixo, de modelo idêntico à minha, porém maior, entra sem constrangimento algum para a sua dona (várias outras, idênticas, também entram). Essa imagem é da partida Palmeiras 3 x 2 Inter.

Touca-porco-rosa

Não tem como não achar que é arbitrariedade pura e simples. Se a minha touca pode esconder o rosto, então, pode-se fazer o mesmo com todas essas outras toucas e chapéus que você viu acima, não é mesmo?

Se muitas outras pessoas entram com toucas idênticas à minha, por que elas podem e eu não? Por que só eu tive que ser constrangida (ser barrada é sim um constrangimento), hostilizada? Por que só eu tive que sair do estádio e ficar tentando encontrar alguém que tivesse um carro por perto para eu guardar a minha touca? Por que só eu teria que jogá-la no lixo, ou então não assistir à partida, porque “com ela eu não iria entrar de jeito nenhum”? Isso é abuso de autoridade, e o pior, sem motivação alguma. Meus direitos de cidadã, e também de torcedora, sendo violados…

Além disso, a falta de coerência na argumentação desses policiais é absurda, porque pode-se esconder o rosto também com os cachecóis do time, por exemplo, ou com as abas dos bonés,  com camisetas, com bandeiras, perucas, e, principalmente, com os capuzes dos moletons (e tudo isso é permitido no estádio)… então, o problema não é a possibilidade de se esconder o rosto, não é mesmo? É o “porco”, ou então é só o exagero na demonstração de autoridade e a vontade de tratar mal uma torcedora. Vontade de constranger, hostilizar, aborrecer, atrasar, e de causar um problema para quem não foi de carro e não tem onde guardar seu objeto “proibido”…  E imagino que não seja pra esse tipo de coisa que a polícia está nos estádios, não é mesmo?

A policial que me revistou, e de maneira grosseira, ríspida, e com um certo deboche diante das minhas argumentações, barrou a minha  touca, afirmou ao seu oficial que a touca era uma máscara.

Máscara, pra mim, é isso que você vê na imagem abaixo, retirada da Revista Palmeiras, edição de Julho.

Touca-porco-Máscara

E essa máscara também pôde entrar no Allianz… e não há nada errado nisso. Não há nada errado em toucas, chapéus, perucas… Não somos criminosos que precisam se esconder da polícia. Errado é entrar com armas, com drogas… errado é achar que todo mundo é bandido e barrar/proibir o torcedor de fazer do futebol uma festa.

Mas eles são inflexíveis (só com alguns torcedores) e pra lá de ríspidos na maneira de falar conosco: “Com isso você não entra e pronto”!! E se você não quiser jogar fora, tem que então voltar pra casa e perder o jogo e o dinheiro gasto com o ingresso. Arbitrariedade pura e simples.

Arbitrariedade aleatória, diga-se de passagem, porque a proibição vai depender de quem estiver trabalhando no dia, de quem revistar você. Arbitrariedade, que já me fez jogar fora até um batom… vê se pode – qual a mulher que não tem um mísero batom na bolsa?  E isso acontece com outras mulheres também que são “sorteadas” ao acaso a jogarem seus batons no lixo. Nego entra com maconha e outras “cositas”mais no estádio e a PM está extremamente preocupada com nossos batons e toucas.

E aí nos lembramos que as mulheres não têm histórico de causar confusão em estádios, nem de brigar, de matar, de serem mortas, de vandalizar patrimônio alheio… Não há nenhuma fugitiva que tenha se escondido com uma touca… Então, porque tanta rigidez e truculência conosco?

A lei diz que TODO MUNDO É INOCENTE ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO, mas, para alguns dos policiais militares do Estado de São Paulo, parece que a lei é diferente, e todo mundo é culpado, é bandido, até que eles decidam o contrário.

Que eu saiba, a polícia existe (pagamos impostos para que ela exista), para servir à população, e não para tratar todo cidadão como se ele fosse um bandido prestes a cometer um crime, apenas para facilitar o trabalho dela.

Muitas outras pessoas reclamam dos maus tratos por parte dos policiais. Recebi várias reclamações de torcedores palmeirenses e selecionei algumas:

José Roberto Shimazaki Me proibiram de entrar com uma faixa porque estava escrito o nome da minha cidade.

Viviane G. Vaccari Me fizeram jogar fora os folders das promoções do Burger King

Fabricio Peres A verdade é que policiais odeiam torcedores, não interessa pra eles se vc é de alguma torcida organizada ou se vc é torcedor comum. Como não sou de SP, fui apenas uma vez ao Allianz Parque e senti na pele essa ignorância desses policiais.

José Roberto Shimazaki No palestra Itália me proibiram de entrar com um cartaz de papelão, alegando que era produto inflamável, mas plástico e faixa (tecido) podia, incoerência total!

Paulo Rogério Almeida Uma vez não me deixaram entrar com um jornal, falaram que era inflamável. Eu disse: “meu corpo também é inflamável, minhas roupas também são, e aí?” Baldeou e disse pra jogar fora.
Isso sem contar um PM que quis que eu pegasse fila (deficiente, por lei federal, não é obrigado a pegar), falou que minha deficiência era na mão e não nas pernas. Esperei o fiscal da federação aparecer, entrei na fila e saí olhando pra esse mesmo policial. Esses caras que ficam enchendo o saco, normalmente são torcedores de outros times do estado. É muita falta de coerência!

Lohany Galeno Lepinski Tânia, passei por você na hora que vi o policial “debatendo” com você (pois pra mim ele só queria realmente te impedir, não ouvi nada coerente enquanto estava por perto). E eu tinha acabado de praticamente ser agredida por uma policial DESPREPARADA que estava nos revistando.
Primeiro, que fila para revista era aquela? Em anos de estádio, clássicos e jogos com mais de 30 mil torcedores, nunca vi tanta mulher naquelas filas. E olha que eram 19 mil pessoas no jogo, nem todas mulheres, e faltavam VINTE E CINCO MINUTOS para o início do jogo. Segundo: Eu estava sem mochila, sem carteira, sem nada (até pq odeio enrolar na revista), apenas com meu agasalho já estendido e aberto na mão para que fosse verificado. E o que acontece? simplesmente ela me socou pra frente e gritou: “SAI!”. O que está acontecendo? Meu ombro ficou muito dolorido, pois não foi um toque pra eu ir andando, somente um soco completamente desnecessário. Que coisa ridícula! Apenas lamentável como somos tratados por quem deveria nos defender! Espero que isso jamais se repita, me senti uma delinquente. Entrei no jogo muito revoltada.

Lamentável…  E ficamos nos perguntando: O que podemos fazer quanto a isso?

Podemos denunciar!! De agora em diante, celular na mão, torcedor palmeirense. Vamos  filmar os abusos que sofrermos, e os que acontecerem com pessoas à nossa volta também. Vamos registrar a truculência, a arbitrariedade, a maneira como somos mal tratados, vamos tirar fotos dentro e fora do estádio, gravar as conversas ríspidas e denunciar. Vamos postar as imagens e os filmes e áudios que fizermos, espalhá-los por aí. Quem sabe alguma “boa alma” resolva tomar providências, não é mesmo?

E, claro, vamos nos queixar à Ouvidoria da Polícia Militar também.

Sabe o Allianz Parque, aquela arena maravilhosa, aquele estádio espetacular, que nós, palestrinos, chamamos de ‘nossa casa’? Foi eleito o “Estádio do Ano” de 2014 por um site inglês, o Stadium DataBase.

É ‘fraco’ o nosso Allianz Parque, não?

Eram 32 arenas, de várias partes do planeta, concorrendo em votação popular. Tinha o recém-reformado Vélodrome, de Marselha (palco de Brasil e Holanda, na semifinal da Copa do Mundo de 1998), tinha o Otkritie, do Spartak de Moscou, o San Mamés, do Athletic Bilbao, o Basaksehir Fatih Terim Stadyumu, da Turquia, e várias arenas brasileiras também – Itaquerão, Beira-Rio, Arena da Amazônia, Arena da Baixada, Arena das Dunas, Arena Pantanal.

Veja alguns dos concorrentes:

Akwa Ibon Stadium – Nigéria
Akwa Ibom Stadium

Arena Lublin – Polônia
Arena Lublin

Borisov Arena – Belarus
Borisov Arena

Basaksehir Fatih Terim Stadyumu – Turquia
Başakşehir Fatih Terim Stadyumu

Hazza Bin Zayed Stadium – Emirados
Hazza Bin Zayed Stadium

Incheon Asiad Main Stadium – Coréia do SulIncheon Asiad Main Stadium

King Abdullah Sports City Stadium – Arábia Saudita
King Abdullah Sports City Stadium

Konya Büyüksehir Stadyumu – Turquia
Konya Büyükşehir Stadyumu

San Mamés Barria – Espanha
San Mamés Barria

Singapore National Stadium – Singapura
Singapore National Stadium

Stade Vélodrome – França
Stade Vélodrome

Lhasa Staddium – China
Lhasa Stadium

Otkiritie Arena – Rússia
Otkritie Arena

Os outros concorrentes você vê aqui:
http://stadiumdb.com/competitions/stadium_of_the_year_2014

E o vencedor foi o Allianz Parque, que recebeu muitos votos de brasileiros, mas recebeu muitos votos da Europa também. Foram mais de 33 mil votos no total. E olha que ele nem foi palco da Copa do Mundo, hein? Não é um lindo?

Parabéns, Allianz Parque! Você nos enche de orgulho!!

Allianz-Winner1

A temporada está começando, e o Palmeiras se prepara para o início do Paulistão.

Hoje tem o primeiro amistoso de 2015 no Allianz Parque! Palmeiras x Shandong Luneng, da China.

Zé Roberto, Dudu, Amaral, Gabriel, Robinho “White”, Leandro, Girotto, Lucas, Rafael Marques, João Paulo, Vítor Hugo, Alan Patrick, Victor Ramos, Kelvin, o técnico Oswaldo de Oliveira… tá cheio de caras novas no Verdão, e tem mais gente chegando.

Vamos dar-lhes as boas vindas!! Vamos apresentar a Que Canta e Vibra ao Palmeiras 2015 – esse Palmeiras, que já tem Prass, tem Valdivia, o melhor meia do Brasil, tem Allione, Nathan, Tobio, João Pedro, Victor Luís, Mouche, Cristaldo…

É hoje, 17/01/2015, às 17h00, no Allianz Parque.

Nossos jogadores e técnico convidam a todos (em chinês!!) para assistir à partida – presta atenção no meu ídolo mágico e poliglota. Um arraso!

E se o Palmeiras vai jogar nós vamos!

Palmeiras vai jogar-chinês-verde

BOA SORTE, PALMEIRAS!! QUE 2015 SEJA UM ANO DE MUITAS VITÓRIAS E CONQUISTAS PARA TODOS NÓS!!

Nova casa do UFC no Brasil, arena exibe mais um formato do complexo multiuso e recebe o primeiro evento de MMA

Divulgação

No próximo dia 18, quinta-feira, o Allianz Parque receberá pela primeira vez um evento oficial do UFC – o Ultimate Fighting Championship, maior torneio de artes marciais mistas do mundo.

O anfiteatro do complexo, localizado atrás do gol norte, situará o treino aberto do próximo torneio, que será realizado em Barueri no sábado, dia 20. Arena multiuso mais completa do Brasil, o Allianz Parque reforça sua versatilidade apresentando-se como nova casa do UFC. A festa será prestigiada por 600 convidados.

Após o primeiro evento-teste, no final de setembro, o Allianz Parque sediou a exibição da première “12 de junho de 93 – o dia da paixão palmeirense”, o jogo entre ídolos que marcou a despedida oficial de Ademir da Guia dos gramados, duas partidas do Palmeiras válidas pelo Campeonato Brasileiro e dois megashows do ex-beatle Paul McCartney.

 

Divulgação